Ucrânia retira tropas militares de cidades-chave do leste


Retirada significa avanço da Rússia em seus objetivos de controlar o leste ucraniano

Por Redação
Atualização:

KIEV - As tropas militares da Ucrânia se retiraram da cidade de Severodonetsk, no leste do país, nesta sexta-feira, 24, onde os conflitos mais violentos com a Rússia ocorrem há semanas. A retirada significa um grande avanço das tropas russas em seus objetivos de controlar o leste ucraniano.

A decisão ocorre um dia após a União Europeia (UE) mostrar forte apoio a Ucrânia, concedendo-lhe o status de candidato ao bloco, embora o processo possa levar anos até que seja alcançado.

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Os ucranianos que lutavam em Severodonetsk estavam há semanas tentando superar a desvantagem militar e numérica contra a Rússia em uma forte resistência. Entretanto, Sergei Gaidai, governador de Luhansk (região onde Severodonetsk está localizada) anunciou nesta sexta-feira que as tropas irão se retirar da área.

Membros militares da Ucrânia em direção a posições do front de batalha próximas a cidade de Severodonetsk. Após pressão militar da Rússia, tropas se retiram da cidade Foto: Oleksandr Ratushniak / EFE

“As forças armadas ucranianas terão que se retirar de Severodonetsk. Eles receberam uma ordem para isso”, disse ele no Telegram. “Ficar em posições que foram bombardeadas incessantemente por meses não faz sentido”, acrescentou.

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A tomada de Severodonetsk permite que os russos avançassem sobre a cidade vizinha de Lisichansk e consolidem o controle de Luhansk. Desta maneira, progridem no ataque sobre o Donbas, que desde 2014 está parcialmente sob o controle de separatistas pró-Rússia.

Severodonetsk está “quase transformada em escombros”, segundo Gaidai. “Toda a infraestrutura crítica foi destruída. 90% da cidade está danificada, 80% das casas terão que ser demolidas”, explicou.

O governador também informou que as forças russas avançam em direção a Lisichansk, que também está sob constante bombardeio, e dominam a cidade de Mikolaivka, cerca de 20 km a sudoeste de Lisichansk.

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Hirske, uma cidade vizinha, também é alvo dos russos. Segundo um representante dos separatistas pró-Rússia, o tenente-coronel Andrei Marochko, todas as aldeias da cidade estão sob controle de Moscou.

O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta sexta que cerca de 2 mil pessoas estão “completamente cercadas” nas áreas próximas a Zolote e Hirske, e que quase metade de Zolote está sob controle russo.

Os Estados Unidos minimizaram a retirada ucraniana de Severodonetsk. Funcionários do Pentágono disseram à AFP sob anonimato que a conquista da cidade custou “um grande preço” por um “pequeno benefício”. Para eles, a Ucrânia tenta “consolidar as forças em posições onde possam se defender melhor”.

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No norte do país, as tropas russas intensificaram ataques contra a cidade de Kharkov nos últimos dias. Uma equipe AFP que estava em terra ouviu fortes explosões no centro da cidade na noite desta quinta-feira, 23, e pela manhã descobriu que o Instituto Politécnico foi atingido por mísseis. Diversas janelas estouraram e o telhado do local ficou à beira da destruição total.

No sul da Ucrânia, em Kherson, cidade que está sob controle russo, um alto comandante de Moscou morreu em um ataque com explosivos plantados em seu carro. Um funcionário pró-Rússia descreveu o fato como “um ato de terrorismo”.

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Foi a primeira vez que autoridades pró-Rússia anunciaram a morte de um de seus membros neste tipo de ataque, que se multiplica.

Enquanto isso, a Ucrânia faz novos apelos ao Ocidente para acelerar as entregas de armas. Nesta quinta-feira, os Estados Unidos anunciaram o envio de um novo lote de ajuda militar no valor de US$ 450 milhões. /AFP

KIEV - As tropas militares da Ucrânia se retiraram da cidade de Severodonetsk, no leste do país, nesta sexta-feira, 24, onde os conflitos mais violentos com a Rússia ocorrem há semanas. A retirada significa um grande avanço das tropas russas em seus objetivos de controlar o leste ucraniano.

A decisão ocorre um dia após a União Europeia (UE) mostrar forte apoio a Ucrânia, concedendo-lhe o status de candidato ao bloco, embora o processo possa levar anos até que seja alcançado.

Os ucranianos que lutavam em Severodonetsk estavam há semanas tentando superar a desvantagem militar e numérica contra a Rússia em uma forte resistência. Entretanto, Sergei Gaidai, governador de Luhansk (região onde Severodonetsk está localizada) anunciou nesta sexta-feira que as tropas irão se retirar da área.

Membros militares da Ucrânia em direção a posições do front de batalha próximas a cidade de Severodonetsk. Após pressão militar da Rússia, tropas se retiram da cidade Foto: Oleksandr Ratushniak / EFE

“As forças armadas ucranianas terão que se retirar de Severodonetsk. Eles receberam uma ordem para isso”, disse ele no Telegram. “Ficar em posições que foram bombardeadas incessantemente por meses não faz sentido”, acrescentou.

A tomada de Severodonetsk permite que os russos avançassem sobre a cidade vizinha de Lisichansk e consolidem o controle de Luhansk. Desta maneira, progridem no ataque sobre o Donbas, que desde 2014 está parcialmente sob o controle de separatistas pró-Rússia.

Severodonetsk está “quase transformada em escombros”, segundo Gaidai. “Toda a infraestrutura crítica foi destruída. 90% da cidade está danificada, 80% das casas terão que ser demolidas”, explicou.

O governador também informou que as forças russas avançam em direção a Lisichansk, que também está sob constante bombardeio, e dominam a cidade de Mikolaivka, cerca de 20 km a sudoeste de Lisichansk.

Hirske, uma cidade vizinha, também é alvo dos russos. Segundo um representante dos separatistas pró-Rússia, o tenente-coronel Andrei Marochko, todas as aldeias da cidade estão sob controle de Moscou.

O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta sexta que cerca de 2 mil pessoas estão “completamente cercadas” nas áreas próximas a Zolote e Hirske, e que quase metade de Zolote está sob controle russo.

Os Estados Unidos minimizaram a retirada ucraniana de Severodonetsk. Funcionários do Pentágono disseram à AFP sob anonimato que a conquista da cidade custou “um grande preço” por um “pequeno benefício”. Para eles, a Ucrânia tenta “consolidar as forças em posições onde possam se defender melhor”.

No norte do país, as tropas russas intensificaram ataques contra a cidade de Kharkov nos últimos dias. Uma equipe AFP que estava em terra ouviu fortes explosões no centro da cidade na noite desta quinta-feira, 23, e pela manhã descobriu que o Instituto Politécnico foi atingido por mísseis. Diversas janelas estouraram e o telhado do local ficou à beira da destruição total.

No sul da Ucrânia, em Kherson, cidade que está sob controle russo, um alto comandante de Moscou morreu em um ataque com explosivos plantados em seu carro. Um funcionário pró-Rússia descreveu o fato como “um ato de terrorismo”.

Foi a primeira vez que autoridades pró-Rússia anunciaram a morte de um de seus membros neste tipo de ataque, que se multiplica.

Enquanto isso, a Ucrânia faz novos apelos ao Ocidente para acelerar as entregas de armas. Nesta quinta-feira, os Estados Unidos anunciaram o envio de um novo lote de ajuda militar no valor de US$ 450 milhões. /AFP

KIEV - As tropas militares da Ucrânia se retiraram da cidade de Severodonetsk, no leste do país, nesta sexta-feira, 24, onde os conflitos mais violentos com a Rússia ocorrem há semanas. A retirada significa um grande avanço das tropas russas em seus objetivos de controlar o leste ucraniano.

A decisão ocorre um dia após a União Europeia (UE) mostrar forte apoio a Ucrânia, concedendo-lhe o status de candidato ao bloco, embora o processo possa levar anos até que seja alcançado.

Os ucranianos que lutavam em Severodonetsk estavam há semanas tentando superar a desvantagem militar e numérica contra a Rússia em uma forte resistência. Entretanto, Sergei Gaidai, governador de Luhansk (região onde Severodonetsk está localizada) anunciou nesta sexta-feira que as tropas irão se retirar da área.

Membros militares da Ucrânia em direção a posições do front de batalha próximas a cidade de Severodonetsk. Após pressão militar da Rússia, tropas se retiram da cidade Foto: Oleksandr Ratushniak / EFE

“As forças armadas ucranianas terão que se retirar de Severodonetsk. Eles receberam uma ordem para isso”, disse ele no Telegram. “Ficar em posições que foram bombardeadas incessantemente por meses não faz sentido”, acrescentou.

A tomada de Severodonetsk permite que os russos avançassem sobre a cidade vizinha de Lisichansk e consolidem o controle de Luhansk. Desta maneira, progridem no ataque sobre o Donbas, que desde 2014 está parcialmente sob o controle de separatistas pró-Rússia.

Severodonetsk está “quase transformada em escombros”, segundo Gaidai. “Toda a infraestrutura crítica foi destruída. 90% da cidade está danificada, 80% das casas terão que ser demolidas”, explicou.

O governador também informou que as forças russas avançam em direção a Lisichansk, que também está sob constante bombardeio, e dominam a cidade de Mikolaivka, cerca de 20 km a sudoeste de Lisichansk.

Hirske, uma cidade vizinha, também é alvo dos russos. Segundo um representante dos separatistas pró-Rússia, o tenente-coronel Andrei Marochko, todas as aldeias da cidade estão sob controle de Moscou.

O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta sexta que cerca de 2 mil pessoas estão “completamente cercadas” nas áreas próximas a Zolote e Hirske, e que quase metade de Zolote está sob controle russo.

Os Estados Unidos minimizaram a retirada ucraniana de Severodonetsk. Funcionários do Pentágono disseram à AFP sob anonimato que a conquista da cidade custou “um grande preço” por um “pequeno benefício”. Para eles, a Ucrânia tenta “consolidar as forças em posições onde possam se defender melhor”.

No norte do país, as tropas russas intensificaram ataques contra a cidade de Kharkov nos últimos dias. Uma equipe AFP que estava em terra ouviu fortes explosões no centro da cidade na noite desta quinta-feira, 23, e pela manhã descobriu que o Instituto Politécnico foi atingido por mísseis. Diversas janelas estouraram e o telhado do local ficou à beira da destruição total.

No sul da Ucrânia, em Kherson, cidade que está sob controle russo, um alto comandante de Moscou morreu em um ataque com explosivos plantados em seu carro. Um funcionário pró-Rússia descreveu o fato como “um ato de terrorismo”.

Foi a primeira vez que autoridades pró-Rússia anunciaram a morte de um de seus membros neste tipo de ataque, que se multiplica.

Enquanto isso, a Ucrânia faz novos apelos ao Ocidente para acelerar as entregas de armas. Nesta quinta-feira, os Estados Unidos anunciaram o envio de um novo lote de ajuda militar no valor de US$ 450 milhões. /AFP

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