UE ameaça Venezuela com sanções se negociação com oposição não chegar a 'resultados concretos'


Federica Mogherini, chefe da diplomacia europeia, disse que bloco ampliará as medidas contra Caracas se representantes do chavismo e do líder opositor Juan Guaidó não se acertarem nas discussões em Barbados sob supervisão da Noruega

Por Redação
Atualização:

BRUXELAS - A União Europeia (UE) ameaçou nesta terça-feira, 16, impor novas sanções contra a Venezuela se não forem obtidos "resultados concretos" nas negociações entre o governo e a oposição em Barbados para buscar soluções para a grave crise política, econômica e social que afeta o país.

"Caso não obtenham resultados concretos nas negociações em andamento, a UE ampliará ainda mais suas medidas restritivas", indicou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, em uma declaração em nome dos países europeus.

UE elevou tom contra governo de Nicolás Maduro e prometeu novas sanções se negociação com oposição fracassar Foto: Miraflores Palace/REUTERS
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Delegados do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e do líder opositor, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, chegaram na véspera a Barbados para retomar os diálogos depois de concordarem, dias atrás, na criação dessa mesa de trabalho.

Os europeus receberam com satisfação a retomada das negociações sob mediação da Noruega, consideradas um "canal para superar a crise", mas pediram que se "alcance com urgência um resultado que permita eleições transparentes e supervisionadas internacionalmente".

O UE, que desde 2017 sancionou 18 funcionários do alto escalão do governo venezuelano e impôs um embargo de armas ao país, também expressou sua disposição para discutir novas sanções aos "membros das forças de segurança envolvidos em torturas e outras violações de direitos humanos".

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O chanceler espanhol, Josep Borrell, pediu na segunda-feira, durante reunião com seus pares europeus em Bruxelas, sanções contra esses funcionários com base no relatório da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta segunda-feira "otimista" após a retomada do diálogo entre delegados de seu governo a oposição em Barbados, com mediação da Noruega, para buscar soluções para a crise política e econômica do país.

"(O relatório de Bachelet) confirma de maneira clara e detalhada o alcance e a gravidade das violações de direitos humanos, a erosão do Estado de direito e o desmantelamento das instituições democráticas no país", diz a declaração da UE.

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Mogherini, em nome dos 28 países do bloco, deu como exemplo a trágica morte de Rafael Acosta, um militar venezuelano de 50 anos que morreu em 29 de junho em um hospital de Caracas em razão das supostas torturas às quais foi submetido após ser preso.

Além das sanções, a UE lançou em fevereiro junto com países latino-americanos e europeus o Grupo de Contato Internacional (GCI), iniciativa que defende "eleições presidenciais livres e justas" na Venezuela. 

A chefe da diplomacia europeia reiterou que os trabalhos do GCI e de seu assessor especial, o uruguaio Enrique Iglesias, ainda estão em andamento e que o objetivo de realizar um "processo eleitoral pacífico" para acabar com a crise não mudou. / AFP

BRUXELAS - A União Europeia (UE) ameaçou nesta terça-feira, 16, impor novas sanções contra a Venezuela se não forem obtidos "resultados concretos" nas negociações entre o governo e a oposição em Barbados para buscar soluções para a grave crise política, econômica e social que afeta o país.

"Caso não obtenham resultados concretos nas negociações em andamento, a UE ampliará ainda mais suas medidas restritivas", indicou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, em uma declaração em nome dos países europeus.

UE elevou tom contra governo de Nicolás Maduro e prometeu novas sanções se negociação com oposição fracassar Foto: Miraflores Palace/REUTERS

Delegados do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e do líder opositor, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, chegaram na véspera a Barbados para retomar os diálogos depois de concordarem, dias atrás, na criação dessa mesa de trabalho.

Os europeus receberam com satisfação a retomada das negociações sob mediação da Noruega, consideradas um "canal para superar a crise", mas pediram que se "alcance com urgência um resultado que permita eleições transparentes e supervisionadas internacionalmente".

O UE, que desde 2017 sancionou 18 funcionários do alto escalão do governo venezuelano e impôs um embargo de armas ao país, também expressou sua disposição para discutir novas sanções aos "membros das forças de segurança envolvidos em torturas e outras violações de direitos humanos".

O chanceler espanhol, Josep Borrell, pediu na segunda-feira, durante reunião com seus pares europeus em Bruxelas, sanções contra esses funcionários com base no relatório da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta segunda-feira "otimista" após a retomada do diálogo entre delegados de seu governo a oposição em Barbados, com mediação da Noruega, para buscar soluções para a crise política e econômica do país.

"(O relatório de Bachelet) confirma de maneira clara e detalhada o alcance e a gravidade das violações de direitos humanos, a erosão do Estado de direito e o desmantelamento das instituições democráticas no país", diz a declaração da UE.

Mogherini, em nome dos 28 países do bloco, deu como exemplo a trágica morte de Rafael Acosta, um militar venezuelano de 50 anos que morreu em 29 de junho em um hospital de Caracas em razão das supostas torturas às quais foi submetido após ser preso.

Além das sanções, a UE lançou em fevereiro junto com países latino-americanos e europeus o Grupo de Contato Internacional (GCI), iniciativa que defende "eleições presidenciais livres e justas" na Venezuela. 

A chefe da diplomacia europeia reiterou que os trabalhos do GCI e de seu assessor especial, o uruguaio Enrique Iglesias, ainda estão em andamento e que o objetivo de realizar um "processo eleitoral pacífico" para acabar com a crise não mudou. / AFP

BRUXELAS - A União Europeia (UE) ameaçou nesta terça-feira, 16, impor novas sanções contra a Venezuela se não forem obtidos "resultados concretos" nas negociações entre o governo e a oposição em Barbados para buscar soluções para a grave crise política, econômica e social que afeta o país.

"Caso não obtenham resultados concretos nas negociações em andamento, a UE ampliará ainda mais suas medidas restritivas", indicou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, em uma declaração em nome dos países europeus.

UE elevou tom contra governo de Nicolás Maduro e prometeu novas sanções se negociação com oposição fracassar Foto: Miraflores Palace/REUTERS

Delegados do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e do líder opositor, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, chegaram na véspera a Barbados para retomar os diálogos depois de concordarem, dias atrás, na criação dessa mesa de trabalho.

Os europeus receberam com satisfação a retomada das negociações sob mediação da Noruega, consideradas um "canal para superar a crise", mas pediram que se "alcance com urgência um resultado que permita eleições transparentes e supervisionadas internacionalmente".

O UE, que desde 2017 sancionou 18 funcionários do alto escalão do governo venezuelano e impôs um embargo de armas ao país, também expressou sua disposição para discutir novas sanções aos "membros das forças de segurança envolvidos em torturas e outras violações de direitos humanos".

O chanceler espanhol, Josep Borrell, pediu na segunda-feira, durante reunião com seus pares europeus em Bruxelas, sanções contra esses funcionários com base no relatório da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta segunda-feira "otimista" após a retomada do diálogo entre delegados de seu governo a oposição em Barbados, com mediação da Noruega, para buscar soluções para a crise política e econômica do país.

"(O relatório de Bachelet) confirma de maneira clara e detalhada o alcance e a gravidade das violações de direitos humanos, a erosão do Estado de direito e o desmantelamento das instituições democráticas no país", diz a declaração da UE.

Mogherini, em nome dos 28 países do bloco, deu como exemplo a trágica morte de Rafael Acosta, um militar venezuelano de 50 anos que morreu em 29 de junho em um hospital de Caracas em razão das supostas torturas às quais foi submetido após ser preso.

Além das sanções, a UE lançou em fevereiro junto com países latino-americanos e europeus o Grupo de Contato Internacional (GCI), iniciativa que defende "eleições presidenciais livres e justas" na Venezuela. 

A chefe da diplomacia europeia reiterou que os trabalhos do GCI e de seu assessor especial, o uruguaio Enrique Iglesias, ainda estão em andamento e que o objetivo de realizar um "processo eleitoral pacífico" para acabar com a crise não mudou. / AFP

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