União Europeia anuncia fim da fase de emergência da Covid-19


A medida é apenas recomendação da Comissão Europeia, e os países são livres para segui-la ou ignorá-la

Por Redação
Atualização:

BRUXELAS - A União Europeia anunciou nesta quarta-feira, 27, que está saindo da fase de emergência da pandemia de Covid-19, enquanto se concentra na vacinação, vigilância pandêmica e testes em preparação para uma possível nova onda no outono, que começa em meados de setembro no hemisfério norte.

A medida ocorre em meio à diminuição significativa no número de mortes e hospitalizações em toda a Europa devido à prevalência da variante Ômicron, mais contagiosa porém menos grave, juntamente com o altos níveis de imunização. Três quartos dos europeus estão totalmente vacinados e mais da metade recebeu uma dose de reforço.

À medida que o número de infectados pela doença nos sistemas de saúde foi diminuindo nas últimas semanas, vários países do bloco reduziram as restrições para contenção do coronavírus, criando uma confusa colcha de retalhos de medidas em toda a UE.

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O anúncio da UE – que veio da Comissão Europeia, braço executivo do bloco – é uma tentativa de coordenar a gestão da pandemia à medida que se torna menos aguda, embora os governos nacionais continuem a definir suas próprias políticas de saúde pública. A recomendação desta quarta não é juridicamente vinculativa e os países são livres para segui-la ou ignorá-la.

A presidente da comissão, Ursula von der Leyen, disse porém que é crucial manter a vigilância. “Novas variantes podem surgir e se espalhar rapidamente”, disse. “Mas sabemos o caminho a seguir. Precisamos intensificar ainda mais a vacinação e o reforço, e [realizar] testes direcionados – e precisamos continuar a coordenar nossas respostas de perto na UE "

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen Foto: EFE / EFE
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Na última terça-feira, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que uma queda acentuada nos testes arriscaria deixar o mundo cego para a evolução do vírus e o potencial surgimento de novas e perigosas mutações. “Quando se trata de um vírus mortal, a ignorância não é uma felicidade”, disse.

A OMS é a responsável por declarar uma pandemia e o fim dela, uma medida que tem vastas implicações legais para uma grande variedade de setores, incluindo seguradoras e fabricantes de vacinas. A agência de saúde da ONU disse que a pandemia não acabou.

Semelhante à gripe sazonal

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Em um documento que adiantava a decisão da Comissão Europeia e que foi obtido pela Reuters na noite de terça, Bruxelas incentiva a introdução de formas mais sofisticadas de detecção de surtos.

Para isso, devem ser identificados grupos prioritários para testagem, incluindo aqueles próximos a surtos, pessoas em risco de desenvolver covid-19 grave e equipes médicas e outras que estejam em contato regular com populações vulneráveis.

A vigilância do vírus também deve ser adaptada, com maior foco no sequenciamento genômico para detectar possíveis novas variantes e menos atenção na notificação em massa de casos.

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“O objetivo da vigilância não deve mais se basear na identificação e notificação de todos os casos, mas na obtenção de estimativas confiáveis da intensidade da transmissão comunitária, do impacto da doença grave e da eficácia da vacina”, diz o documento.

A proposta sugere o estabelecimento de um sistema de vigilância semelhante ao usado para monitorar a gripe sazonal, no qual um número limitado de profissionais de saúde selecionados coleta e compartilha dados relevantes.

As vacinas continuam sendo essenciais na luta contra a doença, diz o documento, recomendando que os estados considerem estratégias para aumentar a vacinação entre crianças de 5 anos ou mais antes do início do próximo ano letivo.

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A Comissão alerta que as imunizações estão abaixo de 15% entre crianças entre 5 e 9 anos, a faixa etária mais jovem para a qual as vacinas Covid-19 foram autorizadas na Europa. Isso se compara a mais de 70% dos adolescentes de 15 a 17 anos, diz o documento./NYT e REUTERS

BRUXELAS - A União Europeia anunciou nesta quarta-feira, 27, que está saindo da fase de emergência da pandemia de Covid-19, enquanto se concentra na vacinação, vigilância pandêmica e testes em preparação para uma possível nova onda no outono, que começa em meados de setembro no hemisfério norte.

A medida ocorre em meio à diminuição significativa no número de mortes e hospitalizações em toda a Europa devido à prevalência da variante Ômicron, mais contagiosa porém menos grave, juntamente com o altos níveis de imunização. Três quartos dos europeus estão totalmente vacinados e mais da metade recebeu uma dose de reforço.

À medida que o número de infectados pela doença nos sistemas de saúde foi diminuindo nas últimas semanas, vários países do bloco reduziram as restrições para contenção do coronavírus, criando uma confusa colcha de retalhos de medidas em toda a UE.

O anúncio da UE – que veio da Comissão Europeia, braço executivo do bloco – é uma tentativa de coordenar a gestão da pandemia à medida que se torna menos aguda, embora os governos nacionais continuem a definir suas próprias políticas de saúde pública. A recomendação desta quarta não é juridicamente vinculativa e os países são livres para segui-la ou ignorá-la.

A presidente da comissão, Ursula von der Leyen, disse porém que é crucial manter a vigilância. “Novas variantes podem surgir e se espalhar rapidamente”, disse. “Mas sabemos o caminho a seguir. Precisamos intensificar ainda mais a vacinação e o reforço, e [realizar] testes direcionados – e precisamos continuar a coordenar nossas respostas de perto na UE "

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen Foto: EFE / EFE

Na última terça-feira, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que uma queda acentuada nos testes arriscaria deixar o mundo cego para a evolução do vírus e o potencial surgimento de novas e perigosas mutações. “Quando se trata de um vírus mortal, a ignorância não é uma felicidade”, disse.

A OMS é a responsável por declarar uma pandemia e o fim dela, uma medida que tem vastas implicações legais para uma grande variedade de setores, incluindo seguradoras e fabricantes de vacinas. A agência de saúde da ONU disse que a pandemia não acabou.

Semelhante à gripe sazonal

Em um documento que adiantava a decisão da Comissão Europeia e que foi obtido pela Reuters na noite de terça, Bruxelas incentiva a introdução de formas mais sofisticadas de detecção de surtos.

Para isso, devem ser identificados grupos prioritários para testagem, incluindo aqueles próximos a surtos, pessoas em risco de desenvolver covid-19 grave e equipes médicas e outras que estejam em contato regular com populações vulneráveis.

A vigilância do vírus também deve ser adaptada, com maior foco no sequenciamento genômico para detectar possíveis novas variantes e menos atenção na notificação em massa de casos.

“O objetivo da vigilância não deve mais se basear na identificação e notificação de todos os casos, mas na obtenção de estimativas confiáveis da intensidade da transmissão comunitária, do impacto da doença grave e da eficácia da vacina”, diz o documento.

A proposta sugere o estabelecimento de um sistema de vigilância semelhante ao usado para monitorar a gripe sazonal, no qual um número limitado de profissionais de saúde selecionados coleta e compartilha dados relevantes.

As vacinas continuam sendo essenciais na luta contra a doença, diz o documento, recomendando que os estados considerem estratégias para aumentar a vacinação entre crianças de 5 anos ou mais antes do início do próximo ano letivo.

A Comissão alerta que as imunizações estão abaixo de 15% entre crianças entre 5 e 9 anos, a faixa etária mais jovem para a qual as vacinas Covid-19 foram autorizadas na Europa. Isso se compara a mais de 70% dos adolescentes de 15 a 17 anos, diz o documento./NYT e REUTERS

BRUXELAS - A União Europeia anunciou nesta quarta-feira, 27, que está saindo da fase de emergência da pandemia de Covid-19, enquanto se concentra na vacinação, vigilância pandêmica e testes em preparação para uma possível nova onda no outono, que começa em meados de setembro no hemisfério norte.

A medida ocorre em meio à diminuição significativa no número de mortes e hospitalizações em toda a Europa devido à prevalência da variante Ômicron, mais contagiosa porém menos grave, juntamente com o altos níveis de imunização. Três quartos dos europeus estão totalmente vacinados e mais da metade recebeu uma dose de reforço.

À medida que o número de infectados pela doença nos sistemas de saúde foi diminuindo nas últimas semanas, vários países do bloco reduziram as restrições para contenção do coronavírus, criando uma confusa colcha de retalhos de medidas em toda a UE.

O anúncio da UE – que veio da Comissão Europeia, braço executivo do bloco – é uma tentativa de coordenar a gestão da pandemia à medida que se torna menos aguda, embora os governos nacionais continuem a definir suas próprias políticas de saúde pública. A recomendação desta quarta não é juridicamente vinculativa e os países são livres para segui-la ou ignorá-la.

A presidente da comissão, Ursula von der Leyen, disse porém que é crucial manter a vigilância. “Novas variantes podem surgir e se espalhar rapidamente”, disse. “Mas sabemos o caminho a seguir. Precisamos intensificar ainda mais a vacinação e o reforço, e [realizar] testes direcionados – e precisamos continuar a coordenar nossas respostas de perto na UE "

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen Foto: EFE / EFE

Na última terça-feira, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que uma queda acentuada nos testes arriscaria deixar o mundo cego para a evolução do vírus e o potencial surgimento de novas e perigosas mutações. “Quando se trata de um vírus mortal, a ignorância não é uma felicidade”, disse.

A OMS é a responsável por declarar uma pandemia e o fim dela, uma medida que tem vastas implicações legais para uma grande variedade de setores, incluindo seguradoras e fabricantes de vacinas. A agência de saúde da ONU disse que a pandemia não acabou.

Semelhante à gripe sazonal

Em um documento que adiantava a decisão da Comissão Europeia e que foi obtido pela Reuters na noite de terça, Bruxelas incentiva a introdução de formas mais sofisticadas de detecção de surtos.

Para isso, devem ser identificados grupos prioritários para testagem, incluindo aqueles próximos a surtos, pessoas em risco de desenvolver covid-19 grave e equipes médicas e outras que estejam em contato regular com populações vulneráveis.

A vigilância do vírus também deve ser adaptada, com maior foco no sequenciamento genômico para detectar possíveis novas variantes e menos atenção na notificação em massa de casos.

“O objetivo da vigilância não deve mais se basear na identificação e notificação de todos os casos, mas na obtenção de estimativas confiáveis da intensidade da transmissão comunitária, do impacto da doença grave e da eficácia da vacina”, diz o documento.

A proposta sugere o estabelecimento de um sistema de vigilância semelhante ao usado para monitorar a gripe sazonal, no qual um número limitado de profissionais de saúde selecionados coleta e compartilha dados relevantes.

As vacinas continuam sendo essenciais na luta contra a doença, diz o documento, recomendando que os estados considerem estratégias para aumentar a vacinação entre crianças de 5 anos ou mais antes do início do próximo ano letivo.

A Comissão alerta que as imunizações estão abaixo de 15% entre crianças entre 5 e 9 anos, a faixa etária mais jovem para a qual as vacinas Covid-19 foram autorizadas na Europa. Isso se compara a mais de 70% dos adolescentes de 15 a 17 anos, diz o documento./NYT e REUTERS

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