BRUXELAS - Governos da União Europeia estão prontos para aprovar a imposição de sanções contra sete autoridades venezuelanas próximas ao governo do presidente Nicolás Maduro na quinta-feira, disseram dois diplomatas da UE, na resposta mais firme do bloco até agora à crise política no país sul-americano.
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Autoridades que provavelmente terão viagens proibidas e bens congelados incluem o chefe da Guarda Nacional Bolivariana, Sergio Rivero Marcano, o ministro do Interior, Nestor Reverol, o diretor da inteligência nacional,Gustavo González López, e o presidente da Suprema Corte, Maykel Moreno, disseram os diplomatas à Reuters.
As sanções provavelmente serão adotadas e impostas na próxima semana, disseram.
Repressão
Ontem, O governo confirmou a morte do ex-policial Óscar Pérez, de 36 anos, um opositor do regime chavista que era procurado pelas autoridades desde junho, quando atacou prédios do governo usando um helicóptero. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que as forças de segurança chavistas usam um lança-granadas antitanque RPG-7 para explodir a casa em que Pérez estava.
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Em pronunciamento na TV estatal, o ministro do Interior, general Néstor Reverol, mostrou a fotografia de Pérez e o incluiu na lista de sete mortos na operação, além de dois policiais. Ainda de acordo com Reverol, outros seis rebeldes presos serão indiciados. “A operação foi realizada para o desmantelamento de uma perigosa célula terrorista, que nos últimos meses havia organizado ataques contra instituições do Estado”, afirmou o general.
Sanções
O governo americano aplicou no ano passado sanções similares contra toda cúpula chavista, desde o presidente Nicolás Maduro e o vice Tareck El Aissami até a cúpula militar e judicial. Essas pessoas também tiveram bens congelados e foram proibidas de entrar nos Estados Unidos.
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O governo venezuelano anunciou nesta terça-feira que o ex-policial Óscar Pérez, protagonista do ataque de um helicóptero contra edifícios do governo em 2017, morreu junto com seis homens de seu grupo durante uma vasta operação de captura na segunda-feira nos arredores de Caracas.
Em agosto, Washington proibiu empresas financeiras de fazer negócios com a Venezuela, o que prejudicou a capacidade do país de refinanciar sua dívida externa e facilitou o default de títulos da PDVSA e do governo no fim do ano. / REUTERS