O alto representante da União Europeia para Assuntos Exteriores, Josep Borrell, parabenizou nesta segunda-feira, 20, o esquerdista Gustavo Petro pela vitória nas eleições presidenciais da Colômbia, que apresentaram um resultado “inquestionável”.
“Parabenizo a Gustavo Petro por sua eleição como próximo presidente da Colômbia. Colômbia é um um parceiro fundamental para a UE. Conte com a União Europeia para seguir fortalecendo nossas relações”, indicou Borrell através do seu perfil oficial no Twitter.
Em seguida, na sua chegada a um Conselho de ministros de Exteriores da UE, Borrell afirmou que na Colômbia houve um “claro voto a favor de uma mudança política e de uma sociedade mais igualitária e mais inclusiva.”
Afirmou ainda que a UE implantou no país sulamericano uma missão de observação eleitoral e que publicará um relatório sobre o processo. Porém, Borrell disse que “já pode antecipar que sua impressão é que as eleições foram absolutamente limpas, desenvolvidas com plena normalidade, com um resultado inquestionável.”
“Desejo o melhor ao presidente eleito da Colômbia e aos colombianos, que podem avançar em uma sociedade mais igualitária e mais inclusiva”, concluiu.
Eleições colombianas
A Colômbia elegeu neste domingo, 19, o próximo presidente no 2º turno das eleições, quando pela primeira vez um candidato esquerdista obteve a vitória.
A jornada eleitoral se desenvolveu com tranquilidade e normalidade, a expectativa de algumas pesquisas que previam resultados apertados se confirmaram conforme a contagem avançou e a distância entre os dois candidatos foi de menos de um milhão de votos.
O resultado foi mais folgado que o empate técnico previsto em algumas pesquisas. Petro teve 11.281.013 votos e alcançou a 50,44 % do eleitorado, ante 47,31 % de Rodolfo Hernández, empresário da construção civil que disputou como independente sob o guarda-chuvas de um movimento chamado Liga de Governantes Anticorrupção e que recebeu 10.580.412 de votos.
A participação foi uma das mais altas registradas no país, pois alcançou a 58,09%, contra 41,91 % de abstenção, o mais baixo percentual, conforme os dados do Registro Nacional. / EFE