União Europeia diz que vitória eleitoral alegada por Maduro ‘não pode ser reconhecida’


Conselho da União Europeia afirmou em comunicado não haver evidências que comprovem resultado oficial; bloco pediu ‘verificação independente’ das eleições na Venezuela

Por Redação

A vitória nas eleições presidenciais da Venezuela, que a autoridade eleitoral concedeu oficialmente ao atual presidente Nicolás Maduro, “não pode ser reconhecida”, disse a União Europeia neste domingo, 4.

“Na ausência de evidências de apoio, os resultados publicados em 2 de agosto pelo Conselho Nacional Eleitoral não podem ser reconhecidos”, disse o Conselho da União Europeia em um comunicado, pedindo uma “verificação independente”.

No sábado, 3, sete países da União Europeia já haviam pedido às autoridades venezuelanas que publicassem “rapidamente todos os registros” da eleição presidencial, para “garantir a total transparência” do processo.

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Na declaração, Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal expressaram “forte preocupação” com a situação na Venezuela. “Essa verificação (dos resultados) é essencial para reconhecer a vontade do povo venezuelano”, disseram os países.

Tanto os apoiadores de Maduro quanto a oposição convocaram manifestações em massa em Caracas no sábado, em uma demonstração de força que levou tensão às ruas Foto: Matias Delacroix/AP

A manifestação da UE ocorre em meio à crescente preocupação internacional com o aumento do número de prisões na Venezuela após as eleições. Neste domingo, o Papa Francisco expressou preocupação com a “situação crítica” no país e pediu o fim da violência. Maduro anunciou em um comício na semana passada que o governo havia prendido 2 mil opositores e advertiu que outros seriam presos.

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Em seus primeiros comentários sobre a crise pós-eleitoral na Venezuela, o Papa conclamou “todas as partes a buscarem a verdade, a exercerem moderação e a evitarem qualquer tipo de violência”. Em sua oração do Angelus na Praça de São Pedro, Francisco pediu que “os conflitos sejam resolvidos por meio do diálogo”, considerando “o verdadeiro bem das pessoas e não os interesses partidários”.

A Venezuela mergulhou em uma crise pós-eleitoral que tomou as ruas com manifestações maciças, nas quais os partidários do partido governista defendem a reeleição de Maduro para um terceiro mandato. Já a coalizão de oposição e seus eleitores denunciam uma suposta fraude eleitoral contra Edmundo González, que eles consideram o vencedor das eleições.

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O vice-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jon Finer, em uma entrevista à rede de televisão CBS, confirmou no domingo a posição do governo americano de que González “obteve o maior número de votos” na eleição. Se o governo venezuelano alega ter vencido a eleição, deve mostrar os dados, “algo que se recusou a fazer”, disse Finer, indicando que o governo deve “embarcar” em uma “transição” democrática.

Finer também admitiu que eles estão trabalhando “em estreita colaboração com os principais países da região que têm influência na Venezuela” para formar uma “coalizão” para esse fim, entre os quais ele mencionou o Brasil. “Estamos preocupados com a perspectiva de instabilidade se essas prisões continuarem”, acrescentou.

O Conselho Nacional Eleitoral proclamou Maduro como presidente eleito nas eleições sem, até o momento, apresentar as atas que comprovem esse fato, gerando sérias dúvidas na comunidade internacional. Em contrapartida, a oposição divulgou cerca de 80% das folhas de contagem das seções eleitorais que, segundo eles, favorecem Gonzalez.

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Uma análise feita pela The Associated Press de quase 24 mil imagens de atas de seções eleitorais, representando os resultados de 79% das urnas eletrônicas, constatou que Gonzalez recebeu 6,89 milhões de votos, quase meio milhão a mais do que o órgão eleitoral afirma que Maduro obteve. Os resultados atualizados divulgados na sexta-feira pelo CNE mostram que, com base em uma contagem de 96,87%, Maduro teve 6,4 milhões de votos e Gonzalez, 5,3 milhões.

Diversos países e líderes políticos de diferentes partes do mundo, incluindo alguns considerados próximos a Maduro, como os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros, pediram ao governo que mostrasse a recontagem dos votos. As forças de segurança venezuelanas detiveram centenas de partidários da oposição sob a acusação de promover a violência. O governo chegou a ameaçar prender a líder da oposição Maria Corina Machado e o próprio Gonzalez.

Na declaração, os líderes europeus pediram às autoridades venezuelanas que acabassem com as prisões arbitrárias, a repressão e a retórica violenta contra membros da oposição e da sociedade civil, e que libertassem todos os “prisioneiros políticos”.

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Os dois setores convocaram manifestações em massa em Caracas no sábado, em uma demonstração de força que trouxe tensão às ruas. Machado reapareceu para liderar a manifestação da oposição, embora González, um diplomata aposentado de 74 anos, não estivesse presente.

Órgãos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos, pediram paz e coexistência democrática, enquanto a Comissão Interamericana de Direitos Humanos pediu a libertação das pessoas presas “arbitrariamente”. Pelo menos sete países (Estados Unidos, Peru, Equador, Costa Rica, Argentina, Uruguai e Panamá) reconheceram González como o vencedor das eleições presidenciais venezuelanas./Com AP e AFP

A vitória nas eleições presidenciais da Venezuela, que a autoridade eleitoral concedeu oficialmente ao atual presidente Nicolás Maduro, “não pode ser reconhecida”, disse a União Europeia neste domingo, 4.

“Na ausência de evidências de apoio, os resultados publicados em 2 de agosto pelo Conselho Nacional Eleitoral não podem ser reconhecidos”, disse o Conselho da União Europeia em um comunicado, pedindo uma “verificação independente”.

No sábado, 3, sete países da União Europeia já haviam pedido às autoridades venezuelanas que publicassem “rapidamente todos os registros” da eleição presidencial, para “garantir a total transparência” do processo.

Na declaração, Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal expressaram “forte preocupação” com a situação na Venezuela. “Essa verificação (dos resultados) é essencial para reconhecer a vontade do povo venezuelano”, disseram os países.

Tanto os apoiadores de Maduro quanto a oposição convocaram manifestações em massa em Caracas no sábado, em uma demonstração de força que levou tensão às ruas Foto: Matias Delacroix/AP

A manifestação da UE ocorre em meio à crescente preocupação internacional com o aumento do número de prisões na Venezuela após as eleições. Neste domingo, o Papa Francisco expressou preocupação com a “situação crítica” no país e pediu o fim da violência. Maduro anunciou em um comício na semana passada que o governo havia prendido 2 mil opositores e advertiu que outros seriam presos.

Em seus primeiros comentários sobre a crise pós-eleitoral na Venezuela, o Papa conclamou “todas as partes a buscarem a verdade, a exercerem moderação e a evitarem qualquer tipo de violência”. Em sua oração do Angelus na Praça de São Pedro, Francisco pediu que “os conflitos sejam resolvidos por meio do diálogo”, considerando “o verdadeiro bem das pessoas e não os interesses partidários”.

A Venezuela mergulhou em uma crise pós-eleitoral que tomou as ruas com manifestações maciças, nas quais os partidários do partido governista defendem a reeleição de Maduro para um terceiro mandato. Já a coalizão de oposição e seus eleitores denunciam uma suposta fraude eleitoral contra Edmundo González, que eles consideram o vencedor das eleições.

O vice-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jon Finer, em uma entrevista à rede de televisão CBS, confirmou no domingo a posição do governo americano de que González “obteve o maior número de votos” na eleição. Se o governo venezuelano alega ter vencido a eleição, deve mostrar os dados, “algo que se recusou a fazer”, disse Finer, indicando que o governo deve “embarcar” em uma “transição” democrática.

Finer também admitiu que eles estão trabalhando “em estreita colaboração com os principais países da região que têm influência na Venezuela” para formar uma “coalizão” para esse fim, entre os quais ele mencionou o Brasil. “Estamos preocupados com a perspectiva de instabilidade se essas prisões continuarem”, acrescentou.

O Conselho Nacional Eleitoral proclamou Maduro como presidente eleito nas eleições sem, até o momento, apresentar as atas que comprovem esse fato, gerando sérias dúvidas na comunidade internacional. Em contrapartida, a oposição divulgou cerca de 80% das folhas de contagem das seções eleitorais que, segundo eles, favorecem Gonzalez.

Uma análise feita pela The Associated Press de quase 24 mil imagens de atas de seções eleitorais, representando os resultados de 79% das urnas eletrônicas, constatou que Gonzalez recebeu 6,89 milhões de votos, quase meio milhão a mais do que o órgão eleitoral afirma que Maduro obteve. Os resultados atualizados divulgados na sexta-feira pelo CNE mostram que, com base em uma contagem de 96,87%, Maduro teve 6,4 milhões de votos e Gonzalez, 5,3 milhões.

Diversos países e líderes políticos de diferentes partes do mundo, incluindo alguns considerados próximos a Maduro, como os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros, pediram ao governo que mostrasse a recontagem dos votos. As forças de segurança venezuelanas detiveram centenas de partidários da oposição sob a acusação de promover a violência. O governo chegou a ameaçar prender a líder da oposição Maria Corina Machado e o próprio Gonzalez.

Na declaração, os líderes europeus pediram às autoridades venezuelanas que acabassem com as prisões arbitrárias, a repressão e a retórica violenta contra membros da oposição e da sociedade civil, e que libertassem todos os “prisioneiros políticos”.

Os dois setores convocaram manifestações em massa em Caracas no sábado, em uma demonstração de força que trouxe tensão às ruas. Machado reapareceu para liderar a manifestação da oposição, embora González, um diplomata aposentado de 74 anos, não estivesse presente.

Órgãos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos, pediram paz e coexistência democrática, enquanto a Comissão Interamericana de Direitos Humanos pediu a libertação das pessoas presas “arbitrariamente”. Pelo menos sete países (Estados Unidos, Peru, Equador, Costa Rica, Argentina, Uruguai e Panamá) reconheceram González como o vencedor das eleições presidenciais venezuelanas./Com AP e AFP

A vitória nas eleições presidenciais da Venezuela, que a autoridade eleitoral concedeu oficialmente ao atual presidente Nicolás Maduro, “não pode ser reconhecida”, disse a União Europeia neste domingo, 4.

“Na ausência de evidências de apoio, os resultados publicados em 2 de agosto pelo Conselho Nacional Eleitoral não podem ser reconhecidos”, disse o Conselho da União Europeia em um comunicado, pedindo uma “verificação independente”.

No sábado, 3, sete países da União Europeia já haviam pedido às autoridades venezuelanas que publicassem “rapidamente todos os registros” da eleição presidencial, para “garantir a total transparência” do processo.

Na declaração, Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal expressaram “forte preocupação” com a situação na Venezuela. “Essa verificação (dos resultados) é essencial para reconhecer a vontade do povo venezuelano”, disseram os países.

Tanto os apoiadores de Maduro quanto a oposição convocaram manifestações em massa em Caracas no sábado, em uma demonstração de força que levou tensão às ruas Foto: Matias Delacroix/AP

A manifestação da UE ocorre em meio à crescente preocupação internacional com o aumento do número de prisões na Venezuela após as eleições. Neste domingo, o Papa Francisco expressou preocupação com a “situação crítica” no país e pediu o fim da violência. Maduro anunciou em um comício na semana passada que o governo havia prendido 2 mil opositores e advertiu que outros seriam presos.

Em seus primeiros comentários sobre a crise pós-eleitoral na Venezuela, o Papa conclamou “todas as partes a buscarem a verdade, a exercerem moderação e a evitarem qualquer tipo de violência”. Em sua oração do Angelus na Praça de São Pedro, Francisco pediu que “os conflitos sejam resolvidos por meio do diálogo”, considerando “o verdadeiro bem das pessoas e não os interesses partidários”.

A Venezuela mergulhou em uma crise pós-eleitoral que tomou as ruas com manifestações maciças, nas quais os partidários do partido governista defendem a reeleição de Maduro para um terceiro mandato. Já a coalizão de oposição e seus eleitores denunciam uma suposta fraude eleitoral contra Edmundo González, que eles consideram o vencedor das eleições.

O vice-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jon Finer, em uma entrevista à rede de televisão CBS, confirmou no domingo a posição do governo americano de que González “obteve o maior número de votos” na eleição. Se o governo venezuelano alega ter vencido a eleição, deve mostrar os dados, “algo que se recusou a fazer”, disse Finer, indicando que o governo deve “embarcar” em uma “transição” democrática.

Finer também admitiu que eles estão trabalhando “em estreita colaboração com os principais países da região que têm influência na Venezuela” para formar uma “coalizão” para esse fim, entre os quais ele mencionou o Brasil. “Estamos preocupados com a perspectiva de instabilidade se essas prisões continuarem”, acrescentou.

O Conselho Nacional Eleitoral proclamou Maduro como presidente eleito nas eleições sem, até o momento, apresentar as atas que comprovem esse fato, gerando sérias dúvidas na comunidade internacional. Em contrapartida, a oposição divulgou cerca de 80% das folhas de contagem das seções eleitorais que, segundo eles, favorecem Gonzalez.

Uma análise feita pela The Associated Press de quase 24 mil imagens de atas de seções eleitorais, representando os resultados de 79% das urnas eletrônicas, constatou que Gonzalez recebeu 6,89 milhões de votos, quase meio milhão a mais do que o órgão eleitoral afirma que Maduro obteve. Os resultados atualizados divulgados na sexta-feira pelo CNE mostram que, com base em uma contagem de 96,87%, Maduro teve 6,4 milhões de votos e Gonzalez, 5,3 milhões.

Diversos países e líderes políticos de diferentes partes do mundo, incluindo alguns considerados próximos a Maduro, como os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros, pediram ao governo que mostrasse a recontagem dos votos. As forças de segurança venezuelanas detiveram centenas de partidários da oposição sob a acusação de promover a violência. O governo chegou a ameaçar prender a líder da oposição Maria Corina Machado e o próprio Gonzalez.

Na declaração, os líderes europeus pediram às autoridades venezuelanas que acabassem com as prisões arbitrárias, a repressão e a retórica violenta contra membros da oposição e da sociedade civil, e que libertassem todos os “prisioneiros políticos”.

Os dois setores convocaram manifestações em massa em Caracas no sábado, em uma demonstração de força que trouxe tensão às ruas. Machado reapareceu para liderar a manifestação da oposição, embora González, um diplomata aposentado de 74 anos, não estivesse presente.

Órgãos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos, pediram paz e coexistência democrática, enquanto a Comissão Interamericana de Direitos Humanos pediu a libertação das pessoas presas “arbitrariamente”. Pelo menos sete países (Estados Unidos, Peru, Equador, Costa Rica, Argentina, Uruguai e Panamá) reconheceram González como o vencedor das eleições presidenciais venezuelanas./Com AP e AFP

A vitória nas eleições presidenciais da Venezuela, que a autoridade eleitoral concedeu oficialmente ao atual presidente Nicolás Maduro, “não pode ser reconhecida”, disse a União Europeia neste domingo, 4.

“Na ausência de evidências de apoio, os resultados publicados em 2 de agosto pelo Conselho Nacional Eleitoral não podem ser reconhecidos”, disse o Conselho da União Europeia em um comunicado, pedindo uma “verificação independente”.

No sábado, 3, sete países da União Europeia já haviam pedido às autoridades venezuelanas que publicassem “rapidamente todos os registros” da eleição presidencial, para “garantir a total transparência” do processo.

Na declaração, Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal expressaram “forte preocupação” com a situação na Venezuela. “Essa verificação (dos resultados) é essencial para reconhecer a vontade do povo venezuelano”, disseram os países.

Tanto os apoiadores de Maduro quanto a oposição convocaram manifestações em massa em Caracas no sábado, em uma demonstração de força que levou tensão às ruas Foto: Matias Delacroix/AP

A manifestação da UE ocorre em meio à crescente preocupação internacional com o aumento do número de prisões na Venezuela após as eleições. Neste domingo, o Papa Francisco expressou preocupação com a “situação crítica” no país e pediu o fim da violência. Maduro anunciou em um comício na semana passada que o governo havia prendido 2 mil opositores e advertiu que outros seriam presos.

Em seus primeiros comentários sobre a crise pós-eleitoral na Venezuela, o Papa conclamou “todas as partes a buscarem a verdade, a exercerem moderação e a evitarem qualquer tipo de violência”. Em sua oração do Angelus na Praça de São Pedro, Francisco pediu que “os conflitos sejam resolvidos por meio do diálogo”, considerando “o verdadeiro bem das pessoas e não os interesses partidários”.

A Venezuela mergulhou em uma crise pós-eleitoral que tomou as ruas com manifestações maciças, nas quais os partidários do partido governista defendem a reeleição de Maduro para um terceiro mandato. Já a coalizão de oposição e seus eleitores denunciam uma suposta fraude eleitoral contra Edmundo González, que eles consideram o vencedor das eleições.

O vice-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jon Finer, em uma entrevista à rede de televisão CBS, confirmou no domingo a posição do governo americano de que González “obteve o maior número de votos” na eleição. Se o governo venezuelano alega ter vencido a eleição, deve mostrar os dados, “algo que se recusou a fazer”, disse Finer, indicando que o governo deve “embarcar” em uma “transição” democrática.

Finer também admitiu que eles estão trabalhando “em estreita colaboração com os principais países da região que têm influência na Venezuela” para formar uma “coalizão” para esse fim, entre os quais ele mencionou o Brasil. “Estamos preocupados com a perspectiva de instabilidade se essas prisões continuarem”, acrescentou.

O Conselho Nacional Eleitoral proclamou Maduro como presidente eleito nas eleições sem, até o momento, apresentar as atas que comprovem esse fato, gerando sérias dúvidas na comunidade internacional. Em contrapartida, a oposição divulgou cerca de 80% das folhas de contagem das seções eleitorais que, segundo eles, favorecem Gonzalez.

Uma análise feita pela The Associated Press de quase 24 mil imagens de atas de seções eleitorais, representando os resultados de 79% das urnas eletrônicas, constatou que Gonzalez recebeu 6,89 milhões de votos, quase meio milhão a mais do que o órgão eleitoral afirma que Maduro obteve. Os resultados atualizados divulgados na sexta-feira pelo CNE mostram que, com base em uma contagem de 96,87%, Maduro teve 6,4 milhões de votos e Gonzalez, 5,3 milhões.

Diversos países e líderes políticos de diferentes partes do mundo, incluindo alguns considerados próximos a Maduro, como os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros, pediram ao governo que mostrasse a recontagem dos votos. As forças de segurança venezuelanas detiveram centenas de partidários da oposição sob a acusação de promover a violência. O governo chegou a ameaçar prender a líder da oposição Maria Corina Machado e o próprio Gonzalez.

Na declaração, os líderes europeus pediram às autoridades venezuelanas que acabassem com as prisões arbitrárias, a repressão e a retórica violenta contra membros da oposição e da sociedade civil, e que libertassem todos os “prisioneiros políticos”.

Os dois setores convocaram manifestações em massa em Caracas no sábado, em uma demonstração de força que trouxe tensão às ruas. Machado reapareceu para liderar a manifestação da oposição, embora González, um diplomata aposentado de 74 anos, não estivesse presente.

Órgãos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos, pediram paz e coexistência democrática, enquanto a Comissão Interamericana de Direitos Humanos pediu a libertação das pessoas presas “arbitrariamente”. Pelo menos sete países (Estados Unidos, Peru, Equador, Costa Rica, Argentina, Uruguai e Panamá) reconheceram González como o vencedor das eleições presidenciais venezuelanas./Com AP e AFP

A vitória nas eleições presidenciais da Venezuela, que a autoridade eleitoral concedeu oficialmente ao atual presidente Nicolás Maduro, “não pode ser reconhecida”, disse a União Europeia neste domingo, 4.

“Na ausência de evidências de apoio, os resultados publicados em 2 de agosto pelo Conselho Nacional Eleitoral não podem ser reconhecidos”, disse o Conselho da União Europeia em um comunicado, pedindo uma “verificação independente”.

No sábado, 3, sete países da União Europeia já haviam pedido às autoridades venezuelanas que publicassem “rapidamente todos os registros” da eleição presidencial, para “garantir a total transparência” do processo.

Na declaração, Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal expressaram “forte preocupação” com a situação na Venezuela. “Essa verificação (dos resultados) é essencial para reconhecer a vontade do povo venezuelano”, disseram os países.

Tanto os apoiadores de Maduro quanto a oposição convocaram manifestações em massa em Caracas no sábado, em uma demonstração de força que levou tensão às ruas Foto: Matias Delacroix/AP

A manifestação da UE ocorre em meio à crescente preocupação internacional com o aumento do número de prisões na Venezuela após as eleições. Neste domingo, o Papa Francisco expressou preocupação com a “situação crítica” no país e pediu o fim da violência. Maduro anunciou em um comício na semana passada que o governo havia prendido 2 mil opositores e advertiu que outros seriam presos.

Em seus primeiros comentários sobre a crise pós-eleitoral na Venezuela, o Papa conclamou “todas as partes a buscarem a verdade, a exercerem moderação e a evitarem qualquer tipo de violência”. Em sua oração do Angelus na Praça de São Pedro, Francisco pediu que “os conflitos sejam resolvidos por meio do diálogo”, considerando “o verdadeiro bem das pessoas e não os interesses partidários”.

A Venezuela mergulhou em uma crise pós-eleitoral que tomou as ruas com manifestações maciças, nas quais os partidários do partido governista defendem a reeleição de Maduro para um terceiro mandato. Já a coalizão de oposição e seus eleitores denunciam uma suposta fraude eleitoral contra Edmundo González, que eles consideram o vencedor das eleições.

O vice-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jon Finer, em uma entrevista à rede de televisão CBS, confirmou no domingo a posição do governo americano de que González “obteve o maior número de votos” na eleição. Se o governo venezuelano alega ter vencido a eleição, deve mostrar os dados, “algo que se recusou a fazer”, disse Finer, indicando que o governo deve “embarcar” em uma “transição” democrática.

Finer também admitiu que eles estão trabalhando “em estreita colaboração com os principais países da região que têm influência na Venezuela” para formar uma “coalizão” para esse fim, entre os quais ele mencionou o Brasil. “Estamos preocupados com a perspectiva de instabilidade se essas prisões continuarem”, acrescentou.

O Conselho Nacional Eleitoral proclamou Maduro como presidente eleito nas eleições sem, até o momento, apresentar as atas que comprovem esse fato, gerando sérias dúvidas na comunidade internacional. Em contrapartida, a oposição divulgou cerca de 80% das folhas de contagem das seções eleitorais que, segundo eles, favorecem Gonzalez.

Uma análise feita pela The Associated Press de quase 24 mil imagens de atas de seções eleitorais, representando os resultados de 79% das urnas eletrônicas, constatou que Gonzalez recebeu 6,89 milhões de votos, quase meio milhão a mais do que o órgão eleitoral afirma que Maduro obteve. Os resultados atualizados divulgados na sexta-feira pelo CNE mostram que, com base em uma contagem de 96,87%, Maduro teve 6,4 milhões de votos e Gonzalez, 5,3 milhões.

Diversos países e líderes políticos de diferentes partes do mundo, incluindo alguns considerados próximos a Maduro, como os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros, pediram ao governo que mostrasse a recontagem dos votos. As forças de segurança venezuelanas detiveram centenas de partidários da oposição sob a acusação de promover a violência. O governo chegou a ameaçar prender a líder da oposição Maria Corina Machado e o próprio Gonzalez.

Na declaração, os líderes europeus pediram às autoridades venezuelanas que acabassem com as prisões arbitrárias, a repressão e a retórica violenta contra membros da oposição e da sociedade civil, e que libertassem todos os “prisioneiros políticos”.

Os dois setores convocaram manifestações em massa em Caracas no sábado, em uma demonstração de força que trouxe tensão às ruas. Machado reapareceu para liderar a manifestação da oposição, embora González, um diplomata aposentado de 74 anos, não estivesse presente.

Órgãos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos, pediram paz e coexistência democrática, enquanto a Comissão Interamericana de Direitos Humanos pediu a libertação das pessoas presas “arbitrariamente”. Pelo menos sete países (Estados Unidos, Peru, Equador, Costa Rica, Argentina, Uruguai e Panamá) reconheceram González como o vencedor das eleições presidenciais venezuelanas./Com AP e AFP

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