Uruguai pressiona Mercosul por acordo com a China e expressa preocupação sobre União Europeia


Montevidéu busca acordo com a China, mas esbarra em tarifa comum do bloco sul-americano e pressiona por maior abertura comercial

Por Jéssica Petrovna

ENVIADA ESPECIAL AO RIO DE JANEIRO - O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Omar Paganini, sugeriu que o Mercosul deve avançar no diálogo com a China ou abrir caminho para um acordo bilateral que também poderá “servir” ao conjunto dos sul-americanos. O chanceler aproveita a Cúpula do Rio de Janeiro para reforçar a cobrança por maior abertura que marcou o encontro de Puerto Iguazú, Argentina, no meio do ano, quando Montevidéu ficou fora da declaração final de Puerto Iguazu, na Argentina.

“Como já afirmamos várias vezes, é essencial que o Uruguai aceite o acesso preferencial às economias mais dinâmicas do mundo”, destacou o chanceler ao afirmar que o Mercosul perdeu espaço com o avanço dos acordos bilaterais pelo mundo. “Dissemos, e o nosso presidente (Luis Lacalle Pou) reiterou, que queremos todo o Mercosul com a China, mas se o Uruguai puder avançar primeiro, acreditamos que também serve ao conjunto”, acrescentou.

Para obter esse progresso, o uruguaio sugeriu que o mecanismo de diálogo entre Mercosul e China seja reativado. “Passaram cinco anos desde a última reunião. Cinco anos em que o mundo se tornou mais complexo e mais desafiador. E todos sabem que a China é um ator com protagonismo nesse cenário”, concluiu o Paganini.

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Vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, e chanceler do Uruguai, Omar Paganini, em encontro do Mercosul no Rio.  Foto: MAURO PIMENTEL / AFP

Montevidéu tem buscado negócio com a China, mas esbarra nas regras do Mercosul, que obriga os países-membros (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) a adotar uma Tarifa Externa Comum (TEC) sobre as importações.

O ministro também reafirmou o compromisso do país com o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, mas expressou preocupação. “Vemos com satisfação os avanços do decorrer deste ano, especialmente no segundo semestre”, afirmou Paganini. “Vemos esses desdobramentos com esperança, mas também com certa preocupação pelas dificuldades que apareceram na reta final”, ponderou ao lembrar que a “janela de oportunidade” está se fechando.

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O Brasil esperava anunciar a conclusão do acordo nesta quinta-feira, 7, durante a Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro, e a parte europeia chegou a confirmar que a parte técnica estava praticamente pronta aguardando apenas um “impulso político”. A Argentina, no entanto, pediu mais tempo já que o libertário Javier Milei assume presidência no domingo, apenas três dias depois do encontro.

Milei fez duras críticas ao bloco durante a campanha, mas deu sinais de moderação depois de eleito e sinalizou por meio da futura chanceler Diana Mondino que tem interesse no livre comércio com a União Europeia.

ENVIADA ESPECIAL AO RIO DE JANEIRO - O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Omar Paganini, sugeriu que o Mercosul deve avançar no diálogo com a China ou abrir caminho para um acordo bilateral que também poderá “servir” ao conjunto dos sul-americanos. O chanceler aproveita a Cúpula do Rio de Janeiro para reforçar a cobrança por maior abertura que marcou o encontro de Puerto Iguazú, Argentina, no meio do ano, quando Montevidéu ficou fora da declaração final de Puerto Iguazu, na Argentina.

“Como já afirmamos várias vezes, é essencial que o Uruguai aceite o acesso preferencial às economias mais dinâmicas do mundo”, destacou o chanceler ao afirmar que o Mercosul perdeu espaço com o avanço dos acordos bilaterais pelo mundo. “Dissemos, e o nosso presidente (Luis Lacalle Pou) reiterou, que queremos todo o Mercosul com a China, mas se o Uruguai puder avançar primeiro, acreditamos que também serve ao conjunto”, acrescentou.

Para obter esse progresso, o uruguaio sugeriu que o mecanismo de diálogo entre Mercosul e China seja reativado. “Passaram cinco anos desde a última reunião. Cinco anos em que o mundo se tornou mais complexo e mais desafiador. E todos sabem que a China é um ator com protagonismo nesse cenário”, concluiu o Paganini.

Vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, e chanceler do Uruguai, Omar Paganini, em encontro do Mercosul no Rio.  Foto: MAURO PIMENTEL / AFP

Montevidéu tem buscado negócio com a China, mas esbarra nas regras do Mercosul, que obriga os países-membros (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) a adotar uma Tarifa Externa Comum (TEC) sobre as importações.

O ministro também reafirmou o compromisso do país com o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, mas expressou preocupação. “Vemos com satisfação os avanços do decorrer deste ano, especialmente no segundo semestre”, afirmou Paganini. “Vemos esses desdobramentos com esperança, mas também com certa preocupação pelas dificuldades que apareceram na reta final”, ponderou ao lembrar que a “janela de oportunidade” está se fechando.

O Brasil esperava anunciar a conclusão do acordo nesta quinta-feira, 7, durante a Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro, e a parte europeia chegou a confirmar que a parte técnica estava praticamente pronta aguardando apenas um “impulso político”. A Argentina, no entanto, pediu mais tempo já que o libertário Javier Milei assume presidência no domingo, apenas três dias depois do encontro.

Milei fez duras críticas ao bloco durante a campanha, mas deu sinais de moderação depois de eleito e sinalizou por meio da futura chanceler Diana Mondino que tem interesse no livre comércio com a União Europeia.

ENVIADA ESPECIAL AO RIO DE JANEIRO - O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Omar Paganini, sugeriu que o Mercosul deve avançar no diálogo com a China ou abrir caminho para um acordo bilateral que também poderá “servir” ao conjunto dos sul-americanos. O chanceler aproveita a Cúpula do Rio de Janeiro para reforçar a cobrança por maior abertura que marcou o encontro de Puerto Iguazú, Argentina, no meio do ano, quando Montevidéu ficou fora da declaração final de Puerto Iguazu, na Argentina.

“Como já afirmamos várias vezes, é essencial que o Uruguai aceite o acesso preferencial às economias mais dinâmicas do mundo”, destacou o chanceler ao afirmar que o Mercosul perdeu espaço com o avanço dos acordos bilaterais pelo mundo. “Dissemos, e o nosso presidente (Luis Lacalle Pou) reiterou, que queremos todo o Mercosul com a China, mas se o Uruguai puder avançar primeiro, acreditamos que também serve ao conjunto”, acrescentou.

Para obter esse progresso, o uruguaio sugeriu que o mecanismo de diálogo entre Mercosul e China seja reativado. “Passaram cinco anos desde a última reunião. Cinco anos em que o mundo se tornou mais complexo e mais desafiador. E todos sabem que a China é um ator com protagonismo nesse cenário”, concluiu o Paganini.

Vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, e chanceler do Uruguai, Omar Paganini, em encontro do Mercosul no Rio.  Foto: MAURO PIMENTEL / AFP

Montevidéu tem buscado negócio com a China, mas esbarra nas regras do Mercosul, que obriga os países-membros (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) a adotar uma Tarifa Externa Comum (TEC) sobre as importações.

O ministro também reafirmou o compromisso do país com o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, mas expressou preocupação. “Vemos com satisfação os avanços do decorrer deste ano, especialmente no segundo semestre”, afirmou Paganini. “Vemos esses desdobramentos com esperança, mas também com certa preocupação pelas dificuldades que apareceram na reta final”, ponderou ao lembrar que a “janela de oportunidade” está se fechando.

O Brasil esperava anunciar a conclusão do acordo nesta quinta-feira, 7, durante a Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro, e a parte europeia chegou a confirmar que a parte técnica estava praticamente pronta aguardando apenas um “impulso político”. A Argentina, no entanto, pediu mais tempo já que o libertário Javier Milei assume presidência no domingo, apenas três dias depois do encontro.

Milei fez duras críticas ao bloco durante a campanha, mas deu sinais de moderação depois de eleito e sinalizou por meio da futura chanceler Diana Mondino que tem interesse no livre comércio com a União Europeia.

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