Vendedores de armas de Las Vegas temem novas restrições após ataque a tiros


Autor dos disparos, Stephen Paddock tinha 12 fuzis dotados do mecanismo ‘bump stock’, que permite disparar de maneira contínua; a venda desse tipo de arma é permitida nos EUA, mas a de automáticas é proibida desde os anos 1980

Por Redação

LAS VEGAS, EUA - Os vendedores de armas de Las Vegas temem a adoção de novas restrições a seu negócio, depois do ataque a tiros que deixou 58 mortos e mais de 400 feridos no domingo 1.º, o mais letal da história recente dos EUA.

+ Republicanos querem restringir venda de acessório que melhora armas semiautomáticas

O autor da ação, o aposentado Stephen Paddock, disparou contra a multidão com fuzis de assalto modificados para conseguir disparar dezenas de balas sem precisar acionar constantemente o gatilho com o dedo.

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Na cidade de Las Vegas, em Nevada, um dos Estados mais permissivos em relação à venda de armas, poucos comerciantes do setor aceitaram falar sobre o ataque ou o arsenal de Paddock Foto: AP Photo/Alan Diaz

Paddock contava com 12 fuzis dotados de um mecanismo chamado "bump stock", que permite disparar de maneira contínua até esvaziar o carregador. Basta agregar à arma uma culatra destacável especial, que permite não largar o gatilho ao atirar.

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A venda de armas desse tipo é permitida. Já a de armas automáticas é proibida nos EUA desde os anos 1980. Na cidade de Las Vegas, em Nevada, um dos Estados mais permissivos em relação à venda de armas, poucos comerciantes do setor aceitaram falar sobre o ataque ou o arsenal de Paddock.

"Estou horrorizado. Foi um ato típico de um covarde, de um louco", disse Art Netherton, proprietário da loja de armas Briarhawk, um dos poucos profissionais a conversar com a imprensa. Ele se opõe a qualquer eventual reforma das leis sobre a venda de armas. Para ele, seria uma "reação covarde".

As vítimas do ataque a tiros em Las Vegas

1 | 14

As vítimas do ataque a tiros em Las Vegas

Foto: Social media/Handout via REUTERS
2 | 14

Adrian Murfitt, 35 anos

Foto: Courtesy of Avonna Murfit via AP
3 | 14

Sonny Melton, 29 anos

Foto: Facebook via AP
4 | 14

Jessica Klymchuk, 28 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
5 | 14

Rachael Parker, 33 anos

Foto: Manhattan Beach Police Department via AP
6 | 14

Sandy Casey, 35 anos

Foto: Facebook via AP
7 | 14

Quinton Robbins, 20 anos

Foto: Facebook via AP
8 | 14

Angie Gomez, 20 anos

Foto: Facebook via AP
9 | 14

Charleston Hartfield, 34 anos

Foto: Sgt. Walter Lowell/U.S. Army National Guard via AP
10 | 14

Bailey Schweitzer, 20 anos

Foto: Facebook via AP
11 | 14

Jordan McIldoon, 23 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
12 | 14

Melissa Ramirez, 26 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
13 | 14

Jack Beaton, 54 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
14 | 14

Christopher Roybal, 28 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
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"Há centenas de leis nos livros. Se bem me recordo, o assassinato é ilegal, as drogas são ilegais, o homicídio com automóvel é ilegal. Estamos cheios de leis, não precisamos de mais", afirmou.

Ele admitiu, porém, que se poderia rever a "questão da saúde mental" dos compradores. "É evidente que (Paddock) não estava bem", comentou. Segundo Netherton, o "bump fire" "não é muito popular" entre os amantes das armas, ainda que seja permitido.

Seu navegador não suporta esse video.

Uma câmera acoplada ao uniforme de um policial de Las Vegas captou os momentos de tensão e pânico no momento do ataque que matou 59 pessoas e feriu mais de 500. As autoridades seguem investigando o que motivou o aposentado Stephen Paddock a disparar contra a multidão que assistia a um show.

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"É caro e não funciona muito bem. Precisa de muita prática para conseguir disparar, porque é uma questão de ritmo. Não temos na nossa loja, nunca vendemos", frisou.

Paddock tinha mais de 40 armas e milhares de munições. Em novembro e dezembro de 2016, comprou dois fuzis e um revólver na Discount Firearms and Ammo de Las Vegas. "Não houve nada de particular nessa operação", disse um dos donos do estabelecimento, Dennis Keck, em uma nota, acrescentando que o atirador nunca mais voltou. / AFP

LAS VEGAS, EUA - Os vendedores de armas de Las Vegas temem a adoção de novas restrições a seu negócio, depois do ataque a tiros que deixou 58 mortos e mais de 400 feridos no domingo 1.º, o mais letal da história recente dos EUA.

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O autor da ação, o aposentado Stephen Paddock, disparou contra a multidão com fuzis de assalto modificados para conseguir disparar dezenas de balas sem precisar acionar constantemente o gatilho com o dedo.

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Na cidade de Las Vegas, em Nevada, um dos Estados mais permissivos em relação à venda de armas, poucos comerciantes do setor aceitaram falar sobre o ataque ou o arsenal de Paddock Foto: AP Photo/Alan Diaz

Paddock contava com 12 fuzis dotados de um mecanismo chamado "bump stock", que permite disparar de maneira contínua até esvaziar o carregador. Basta agregar à arma uma culatra destacável especial, que permite não largar o gatilho ao atirar.

A venda de armas desse tipo é permitida. Já a de armas automáticas é proibida nos EUA desde os anos 1980. Na cidade de Las Vegas, em Nevada, um dos Estados mais permissivos em relação à venda de armas, poucos comerciantes do setor aceitaram falar sobre o ataque ou o arsenal de Paddock.

"Estou horrorizado. Foi um ato típico de um covarde, de um louco", disse Art Netherton, proprietário da loja de armas Briarhawk, um dos poucos profissionais a conversar com a imprensa. Ele se opõe a qualquer eventual reforma das leis sobre a venda de armas. Para ele, seria uma "reação covarde".

As vítimas do ataque a tiros em Las Vegas

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As vítimas do ataque a tiros em Las Vegas

Foto: Social media/Handout via REUTERS
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Adrian Murfitt, 35 anos

Foto: Courtesy of Avonna Murfit via AP
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Sonny Melton, 29 anos

Foto: Facebook via AP
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Jessica Klymchuk, 28 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
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Rachael Parker, 33 anos

Foto: Manhattan Beach Police Department via AP
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Sandy Casey, 35 anos

Foto: Facebook via AP
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Quinton Robbins, 20 anos

Foto: Facebook via AP
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Angie Gomez, 20 anos

Foto: Facebook via AP
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Charleston Hartfield, 34 anos

Foto: Sgt. Walter Lowell/U.S. Army National Guard via AP
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Bailey Schweitzer, 20 anos

Foto: Facebook via AP
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Jordan McIldoon, 23 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
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Melissa Ramirez, 26 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
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Jack Beaton, 54 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
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Christopher Roybal, 28 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS

"Há centenas de leis nos livros. Se bem me recordo, o assassinato é ilegal, as drogas são ilegais, o homicídio com automóvel é ilegal. Estamos cheios de leis, não precisamos de mais", afirmou.

Ele admitiu, porém, que se poderia rever a "questão da saúde mental" dos compradores. "É evidente que (Paddock) não estava bem", comentou. Segundo Netherton, o "bump fire" "não é muito popular" entre os amantes das armas, ainda que seja permitido.

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Uma câmera acoplada ao uniforme de um policial de Las Vegas captou os momentos de tensão e pânico no momento do ataque que matou 59 pessoas e feriu mais de 500. As autoridades seguem investigando o que motivou o aposentado Stephen Paddock a disparar contra a multidão que assistia a um show.

"É caro e não funciona muito bem. Precisa de muita prática para conseguir disparar, porque é uma questão de ritmo. Não temos na nossa loja, nunca vendemos", frisou.

Paddock tinha mais de 40 armas e milhares de munições. Em novembro e dezembro de 2016, comprou dois fuzis e um revólver na Discount Firearms and Ammo de Las Vegas. "Não houve nada de particular nessa operação", disse um dos donos do estabelecimento, Dennis Keck, em uma nota, acrescentando que o atirador nunca mais voltou. / AFP

LAS VEGAS, EUA - Os vendedores de armas de Las Vegas temem a adoção de novas restrições a seu negócio, depois do ataque a tiros que deixou 58 mortos e mais de 400 feridos no domingo 1.º, o mais letal da história recente dos EUA.

+ Republicanos querem restringir venda de acessório que melhora armas semiautomáticas

O autor da ação, o aposentado Stephen Paddock, disparou contra a multidão com fuzis de assalto modificados para conseguir disparar dezenas de balas sem precisar acionar constantemente o gatilho com o dedo.

+ Atirador de Las Vegas reservou hotel em Chicago durante o Lollapalooza, diz site

Na cidade de Las Vegas, em Nevada, um dos Estados mais permissivos em relação à venda de armas, poucos comerciantes do setor aceitaram falar sobre o ataque ou o arsenal de Paddock Foto: AP Photo/Alan Diaz

Paddock contava com 12 fuzis dotados de um mecanismo chamado "bump stock", que permite disparar de maneira contínua até esvaziar o carregador. Basta agregar à arma uma culatra destacável especial, que permite não largar o gatilho ao atirar.

A venda de armas desse tipo é permitida. Já a de armas automáticas é proibida nos EUA desde os anos 1980. Na cidade de Las Vegas, em Nevada, um dos Estados mais permissivos em relação à venda de armas, poucos comerciantes do setor aceitaram falar sobre o ataque ou o arsenal de Paddock.

"Estou horrorizado. Foi um ato típico de um covarde, de um louco", disse Art Netherton, proprietário da loja de armas Briarhawk, um dos poucos profissionais a conversar com a imprensa. Ele se opõe a qualquer eventual reforma das leis sobre a venda de armas. Para ele, seria uma "reação covarde".

As vítimas do ataque a tiros em Las Vegas

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As vítimas do ataque a tiros em Las Vegas

Foto: Social media/Handout via REUTERS
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Adrian Murfitt, 35 anos

Foto: Courtesy of Avonna Murfit via AP
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Sonny Melton, 29 anos

Foto: Facebook via AP
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Jessica Klymchuk, 28 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
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Rachael Parker, 33 anos

Foto: Manhattan Beach Police Department via AP
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Sandy Casey, 35 anos

Foto: Facebook via AP
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Quinton Robbins, 20 anos

Foto: Facebook via AP
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Angie Gomez, 20 anos

Foto: Facebook via AP
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Charleston Hartfield, 34 anos

Foto: Sgt. Walter Lowell/U.S. Army National Guard via AP
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Bailey Schweitzer, 20 anos

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Jordan McIldoon, 23 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
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Melissa Ramirez, 26 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
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Jack Beaton, 54 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS
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Christopher Roybal, 28 anos

Foto: Social media/Handout via REUTERS

"Há centenas de leis nos livros. Se bem me recordo, o assassinato é ilegal, as drogas são ilegais, o homicídio com automóvel é ilegal. Estamos cheios de leis, não precisamos de mais", afirmou.

Ele admitiu, porém, que se poderia rever a "questão da saúde mental" dos compradores. "É evidente que (Paddock) não estava bem", comentou. Segundo Netherton, o "bump fire" "não é muito popular" entre os amantes das armas, ainda que seja permitido.

Seu navegador não suporta esse video.

Uma câmera acoplada ao uniforme de um policial de Las Vegas captou os momentos de tensão e pânico no momento do ataque que matou 59 pessoas e feriu mais de 500. As autoridades seguem investigando o que motivou o aposentado Stephen Paddock a disparar contra a multidão que assistia a um show.

"É caro e não funciona muito bem. Precisa de muita prática para conseguir disparar, porque é uma questão de ritmo. Não temos na nossa loja, nunca vendemos", frisou.

Paddock tinha mais de 40 armas e milhares de munições. Em novembro e dezembro de 2016, comprou dois fuzis e um revólver na Discount Firearms and Ammo de Las Vegas. "Não houve nada de particular nessa operação", disse um dos donos do estabelecimento, Dennis Keck, em uma nota, acrescentando que o atirador nunca mais voltou. / AFP

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