Venezuela fecha fronteiras e bloqueia avião com ex-presidentes que observariam eleições


Governo do Panamá denunciou que o avião foi impedido de decolar até que os líderes regionais saíssem e convocou representação diplomática venezuelana para dar explicações

Por Redação
Atualização:

CARACAS - As autoridades da Venezuela fecharam as fronteiras, impediram que um grupo de ex-presidentes latino-americanos, críticos do ditador Nicolás Maduro, viajasse para observar as eleições, e proibiram a entrada da delegação com dez deputados e senadores espanhóis em Caracas.

O fechamento das fronteiras foi confirmado pelo general Domingo Hernández Lárez, comandante da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e vale até a segunda-feira, 29, dia seguinte às eleições.

O bloqueio do voo, por sua vez, foi denunciado pelo governo do Panamá. O avião com quatro ex-presidentes a bordo não pode decolar do aeroporto de Tocumen em razão do bloqueio do espaço aéreo venezuelano, disse o presidente, José Raúl Mulino no X.

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O grupo é formado por Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica), Jorge Quiroga (Bolívia), Vicente Fox (México) e Mireya Moscoso (Panamá), todos membros da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Grupo IDEA), um fórum de direita que afirma defender a democracia na região.

O voo pôde partir quando os ex-presidentes, que inicialmente resistiram a sair do avião, decidiram descer e se dirigir ao palácio presidencial no Panamá para uma coletiva de imprensa.

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“Estávamos prontos para pegar o avião para a Venezuela. Iríamos apoiar Edmundo González e María Corina Machado. O avião estava cheio de venezuelanos que iriam votar”, disse Mireya Moscoso na entrevista. “As pessoas chorando nos pediram para não sair, mas precisamos sair ou o avião não iria, estava detido até que descêssemos. Sentimos muito porque gostaríamos de estar no domingo com os venezuelanos que tem ido às ruas todos os dias apoiar Edmundo e essa heroína que deu esperança aos venezuelanos.”

Nicolás Maduro em comício em Caracas.  Foto: Yuri Cortez/AFP

Na quarta-feira, Diosdado Cabello, vice-presidente do Partido Socialista da Venezuela (PSUV) e aliado de Nicolás Maduro advertiu que o grupo de ex-presidentes seria expulso se fosse para Venezuela. “Eles não foram convidados, são exibicionistas”, disse chamando-os de fascistas e inimigos do país. “Eles não virão aqui para brincar”, garantiu ele na televisão.

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Os ex-presidentes latino-americanos estavam reunidos no Panamá para viajar juntos à Venezuela. A ex-vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, também fazia parte da delegação.

De acordo com as autoridades panamenhas, a situação causou atrasos em outros voos de e para a Venezuela.

Ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martinez-Acha, denuncia bloquei de voo em entrevista coletiva. Foto: Arnulfo Franco/AFP
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Na coletiva de imprensa, junto com os ex-presidentes, o ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martínez-Acha, repudiou o bloqueio do voo e disse ter convocado o representante da missão diplomática da Venezuela no Panamá para pedir explicações.

Mais tarde, o líder do Partido Popular (PP), da Espanha, denunciou que dez deputados, senadores e eurodeputados da legenda ficou retida no aeroporto de Caracas e exigiu a liberação imediata.

“Estou em contato com María Corina Machado. Os democratas venezuelanos reconhecem que estamos ao seu lado, apesar das ameaças, para expor a tirania de Maduro ao mundo. É o regime que tem medo: sabe que o espírito democrático do povo venezuelano é imparável”, disse em publicação no X.

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Na quarta, o ex-presidente da Argentina, o peronista Alberto Fernández denunciou que foi desconvidado a observar as eleições. Como justificativa, disse ele, a Venezuela citou a coincidência com falas do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que tem pressionado Nicolás Maduro a aceitar o resultado das eleições.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviaria observadores, mas desistiu da missão após Nicolás Maduro afirmar, sem provas que as urnas brasileiras não são auditadas. Anteriormente, a Venezuela já havia desconvidado observadores da União Europeia em resposta às sanções contra funcionários do regime.

Maduro está buscando um terceiro mandato consecutivo neste domingo e enfrenta Edmundo Gonzalez Urrutia, apoiado pela líder opositora María Corina Machado, impedida de recorrer. As pesquisas indicam vitória da chapa opositora, que representa o maior desafio ao chavismo em 25 anos de poder./AFP

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CARACAS - As autoridades da Venezuela fecharam as fronteiras, impediram que um grupo de ex-presidentes latino-americanos, críticos do ditador Nicolás Maduro, viajasse para observar as eleições, e proibiram a entrada da delegação com dez deputados e senadores espanhóis em Caracas.

O fechamento das fronteiras foi confirmado pelo general Domingo Hernández Lárez, comandante da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e vale até a segunda-feira, 29, dia seguinte às eleições.

O bloqueio do voo, por sua vez, foi denunciado pelo governo do Panamá. O avião com quatro ex-presidentes a bordo não pode decolar do aeroporto de Tocumen em razão do bloqueio do espaço aéreo venezuelano, disse o presidente, José Raúl Mulino no X.

O grupo é formado por Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica), Jorge Quiroga (Bolívia), Vicente Fox (México) e Mireya Moscoso (Panamá), todos membros da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Grupo IDEA), um fórum de direita que afirma defender a democracia na região.

O voo pôde partir quando os ex-presidentes, que inicialmente resistiram a sair do avião, decidiram descer e se dirigir ao palácio presidencial no Panamá para uma coletiva de imprensa.

“Estávamos prontos para pegar o avião para a Venezuela. Iríamos apoiar Edmundo González e María Corina Machado. O avião estava cheio de venezuelanos que iriam votar”, disse Mireya Moscoso na entrevista. “As pessoas chorando nos pediram para não sair, mas precisamos sair ou o avião não iria, estava detido até que descêssemos. Sentimos muito porque gostaríamos de estar no domingo com os venezuelanos que tem ido às ruas todos os dias apoiar Edmundo e essa heroína que deu esperança aos venezuelanos.”

Nicolás Maduro em comício em Caracas.  Foto: Yuri Cortez/AFP

Na quarta-feira, Diosdado Cabello, vice-presidente do Partido Socialista da Venezuela (PSUV) e aliado de Nicolás Maduro advertiu que o grupo de ex-presidentes seria expulso se fosse para Venezuela. “Eles não foram convidados, são exibicionistas”, disse chamando-os de fascistas e inimigos do país. “Eles não virão aqui para brincar”, garantiu ele na televisão.

Os ex-presidentes latino-americanos estavam reunidos no Panamá para viajar juntos à Venezuela. A ex-vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, também fazia parte da delegação.

De acordo com as autoridades panamenhas, a situação causou atrasos em outros voos de e para a Venezuela.

Ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martinez-Acha, denuncia bloquei de voo em entrevista coletiva. Foto: Arnulfo Franco/AFP

Na coletiva de imprensa, junto com os ex-presidentes, o ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martínez-Acha, repudiou o bloqueio do voo e disse ter convocado o representante da missão diplomática da Venezuela no Panamá para pedir explicações.

Mais tarde, o líder do Partido Popular (PP), da Espanha, denunciou que dez deputados, senadores e eurodeputados da legenda ficou retida no aeroporto de Caracas e exigiu a liberação imediata.

“Estou em contato com María Corina Machado. Os democratas venezuelanos reconhecem que estamos ao seu lado, apesar das ameaças, para expor a tirania de Maduro ao mundo. É o regime que tem medo: sabe que o espírito democrático do povo venezuelano é imparável”, disse em publicação no X.

Na quarta, o ex-presidente da Argentina, o peronista Alberto Fernández denunciou que foi desconvidado a observar as eleições. Como justificativa, disse ele, a Venezuela citou a coincidência com falas do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que tem pressionado Nicolás Maduro a aceitar o resultado das eleições.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviaria observadores, mas desistiu da missão após Nicolás Maduro afirmar, sem provas que as urnas brasileiras não são auditadas. Anteriormente, a Venezuela já havia desconvidado observadores da União Europeia em resposta às sanções contra funcionários do regime.

Maduro está buscando um terceiro mandato consecutivo neste domingo e enfrenta Edmundo Gonzalez Urrutia, apoiado pela líder opositora María Corina Machado, impedida de recorrer. As pesquisas indicam vitória da chapa opositora, que representa o maior desafio ao chavismo em 25 anos de poder./AFP

CARACAS - As autoridades da Venezuela fecharam as fronteiras, impediram que um grupo de ex-presidentes latino-americanos, críticos do ditador Nicolás Maduro, viajasse para observar as eleições, e proibiram a entrada da delegação com dez deputados e senadores espanhóis em Caracas.

O fechamento das fronteiras foi confirmado pelo general Domingo Hernández Lárez, comandante da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e vale até a segunda-feira, 29, dia seguinte às eleições.

O bloqueio do voo, por sua vez, foi denunciado pelo governo do Panamá. O avião com quatro ex-presidentes a bordo não pode decolar do aeroporto de Tocumen em razão do bloqueio do espaço aéreo venezuelano, disse o presidente, José Raúl Mulino no X.

O grupo é formado por Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica), Jorge Quiroga (Bolívia), Vicente Fox (México) e Mireya Moscoso (Panamá), todos membros da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Grupo IDEA), um fórum de direita que afirma defender a democracia na região.

O voo pôde partir quando os ex-presidentes, que inicialmente resistiram a sair do avião, decidiram descer e se dirigir ao palácio presidencial no Panamá para uma coletiva de imprensa.

“Estávamos prontos para pegar o avião para a Venezuela. Iríamos apoiar Edmundo González e María Corina Machado. O avião estava cheio de venezuelanos que iriam votar”, disse Mireya Moscoso na entrevista. “As pessoas chorando nos pediram para não sair, mas precisamos sair ou o avião não iria, estava detido até que descêssemos. Sentimos muito porque gostaríamos de estar no domingo com os venezuelanos que tem ido às ruas todos os dias apoiar Edmundo e essa heroína que deu esperança aos venezuelanos.”

Nicolás Maduro em comício em Caracas.  Foto: Yuri Cortez/AFP

Na quarta-feira, Diosdado Cabello, vice-presidente do Partido Socialista da Venezuela (PSUV) e aliado de Nicolás Maduro advertiu que o grupo de ex-presidentes seria expulso se fosse para Venezuela. “Eles não foram convidados, são exibicionistas”, disse chamando-os de fascistas e inimigos do país. “Eles não virão aqui para brincar”, garantiu ele na televisão.

Os ex-presidentes latino-americanos estavam reunidos no Panamá para viajar juntos à Venezuela. A ex-vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, também fazia parte da delegação.

De acordo com as autoridades panamenhas, a situação causou atrasos em outros voos de e para a Venezuela.

Ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martinez-Acha, denuncia bloquei de voo em entrevista coletiva. Foto: Arnulfo Franco/AFP

Na coletiva de imprensa, junto com os ex-presidentes, o ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martínez-Acha, repudiou o bloqueio do voo e disse ter convocado o representante da missão diplomática da Venezuela no Panamá para pedir explicações.

Mais tarde, o líder do Partido Popular (PP), da Espanha, denunciou que dez deputados, senadores e eurodeputados da legenda ficou retida no aeroporto de Caracas e exigiu a liberação imediata.

“Estou em contato com María Corina Machado. Os democratas venezuelanos reconhecem que estamos ao seu lado, apesar das ameaças, para expor a tirania de Maduro ao mundo. É o regime que tem medo: sabe que o espírito democrático do povo venezuelano é imparável”, disse em publicação no X.

Na quarta, o ex-presidente da Argentina, o peronista Alberto Fernández denunciou que foi desconvidado a observar as eleições. Como justificativa, disse ele, a Venezuela citou a coincidência com falas do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que tem pressionado Nicolás Maduro a aceitar o resultado das eleições.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviaria observadores, mas desistiu da missão após Nicolás Maduro afirmar, sem provas que as urnas brasileiras não são auditadas. Anteriormente, a Venezuela já havia desconvidado observadores da União Europeia em resposta às sanções contra funcionários do regime.

Maduro está buscando um terceiro mandato consecutivo neste domingo e enfrenta Edmundo Gonzalez Urrutia, apoiado pela líder opositora María Corina Machado, impedida de recorrer. As pesquisas indicam vitória da chapa opositora, que representa o maior desafio ao chavismo em 25 anos de poder./AFP

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