Maduro oferece US$ 100 mil por captura de González; opositor viaja para a Argentina


González estava na Espanha, onde recebeu asilo político, mas deve se encontrar com o presidente Javier Milei em Buenos Aires

Por Redação
Atualização:

MADRI - O líder da oposição venezuelana, Edmundo González, que reivindica a vitória sobre o ditador Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho, deixou a cidade de Madri, na Espanha, e está a caminho da Argentina, às vésperas da cerimônia de posse do terceiro mandato do líder chavista, marcada para 10 de janeiro. Autoridades venezuelanas oferecem uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem à sua captura.

González, que se exilou na Espanha em setembro e prometeu retornar ao seu país para “tomar posse” em 10 de janeiro no lugar de Maduro, chegará nas próximas horas a Buenos Aires. As eleições de julho foram marcadas por diversas denúncias de fraude. A oposição diz ter indícios de atas de cerca de 80% das urnas que comprovam uma fraude em favor de Maduro. A votação não foi reconhecida pela maioria dos países da região, inclusive o Brasil, Europa e Estados Unidos

Maduro oferece US$ 100 mil por informações que ajudem a capturar González. 
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González recebeu asilo político da Espanha

Em 20 de dezembro, a Espanha concedeu asilo político a González, que é acusado sem provas pela promotoria venezuelana de crimes como “conspiração” e “associação para cometer um crime”.

As autoridades eleitorais proclamaram Maduro reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), sem publicar detalhes da contagem de votos, enquanto a oposição denuncia fraude e reivindica a vitória de González.

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A imprensa argentina local relata que o diplomata, de 75 anos, deve se reunir com o presidente Javier Milei. A Argentina não aprova a reeleição de Maduro, assim como os Estados Unidos, a União Europeia e outros países latino-americanos.

Protestos depois da eleição deixaram 28 mortos

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A autodeclaração de vitória de Maduro provocou protestos que deixaram 28 mortos e cerca de 200 feridos, além de 2,4 mil presos. Três dos detidos morreram na prisão e cerca de 1,4 mil conquistaram liberdade condicional.

Maduro - para quem as alegações de fraude da oposição fazem parte de um plano de “golpe de Estado” - está se preparando para tomar posse para um novo mandato com o apoio das forças armadas, cujo alto comando declarou “lealdade absoluta” a ele.

“No dia 10 de janeiro de 2025, sairemos às ruas aos milhões para empossar a Venezuela”, disse o presidente em um vídeo publicado no Instagram nesta quinta-feira, 02, com imagens de um discurso que fez em dezembro nos portões do palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.

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“A casa do povo nunca cairá nas mãos de um fantoche”, diz a legenda da publicação, em referência a González.

Já a líder da oposição, María Corina Machado, divulgou um vídeo, com Edmundo González, na última terça-feira, 31, para convocar protestos antes da posse.

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“O momento está muito próximo de nos ver novamente nas ruas da Venezuela para reivindicar a vitória”, disse Machado, que está escondida devido as ameaças de prisão, sem dar mais detalhes.

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Argentina denuncia Venezuela ao TPI por detenção de militar

Ainda nesta quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina anunciou que denunciou a Venezuela para o Tribunal Penal Internacional (TPI) por “detenção arbitrária e desaparecimento forçado” de Nahuel Gallo, um militar argentino detido em 8 de dezembro de 2024 e acusado de “terrorismo” pela promotoria venezuelana.

Em um comunicado, a Argentina acusou “o procurador-geral Tarek William Saab” e afirmou que a prisão do militar constitui “uma grave e flagrante violação dos direitos humanos”.

A relação diplomática entre o presidente argentino Javier Milei e seu colega venezuelano Nicolás Maduro já era tensa, mas terminou quando o líder ultraliberal rejeitou a reeleição de Maduro.

Após o rompimento das relações, a embaixada argentina em Caracas é protegida pelo Brasil, onde seis dos colaboradores de Machado, acusados de “terrorismo”, se refugiaram em março.

Um deles renunciou ao asilo em 20 de dezembro e deixou a embaixada para ser entregue às autoridades. Os cinco restantes estão aguardando salvo-conduto para deixar a Venezuela./Com AFP

MADRI - O líder da oposição venezuelana, Edmundo González, que reivindica a vitória sobre o ditador Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho, deixou a cidade de Madri, na Espanha, e está a caminho da Argentina, às vésperas da cerimônia de posse do terceiro mandato do líder chavista, marcada para 10 de janeiro. Autoridades venezuelanas oferecem uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem à sua captura.

González, que se exilou na Espanha em setembro e prometeu retornar ao seu país para “tomar posse” em 10 de janeiro no lugar de Maduro, chegará nas próximas horas a Buenos Aires. As eleições de julho foram marcadas por diversas denúncias de fraude. A oposição diz ter indícios de atas de cerca de 80% das urnas que comprovam uma fraude em favor de Maduro. A votação não foi reconhecida pela maioria dos países da região, inclusive o Brasil, Europa e Estados Unidos

Maduro oferece US$ 100 mil por informações que ajudem a capturar González. 

González recebeu asilo político da Espanha

Em 20 de dezembro, a Espanha concedeu asilo político a González, que é acusado sem provas pela promotoria venezuelana de crimes como “conspiração” e “associação para cometer um crime”.

As autoridades eleitorais proclamaram Maduro reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), sem publicar detalhes da contagem de votos, enquanto a oposição denuncia fraude e reivindica a vitória de González.

A imprensa argentina local relata que o diplomata, de 75 anos, deve se reunir com o presidente Javier Milei. A Argentina não aprova a reeleição de Maduro, assim como os Estados Unidos, a União Europeia e outros países latino-americanos.

Protestos depois da eleição deixaram 28 mortos

A autodeclaração de vitória de Maduro provocou protestos que deixaram 28 mortos e cerca de 200 feridos, além de 2,4 mil presos. Três dos detidos morreram na prisão e cerca de 1,4 mil conquistaram liberdade condicional.

Maduro - para quem as alegações de fraude da oposição fazem parte de um plano de “golpe de Estado” - está se preparando para tomar posse para um novo mandato com o apoio das forças armadas, cujo alto comando declarou “lealdade absoluta” a ele.

“No dia 10 de janeiro de 2025, sairemos às ruas aos milhões para empossar a Venezuela”, disse o presidente em um vídeo publicado no Instagram nesta quinta-feira, 02, com imagens de um discurso que fez em dezembro nos portões do palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.

“A casa do povo nunca cairá nas mãos de um fantoche”, diz a legenda da publicação, em referência a González.

Já a líder da oposição, María Corina Machado, divulgou um vídeo, com Edmundo González, na última terça-feira, 31, para convocar protestos antes da posse.

“O momento está muito próximo de nos ver novamente nas ruas da Venezuela para reivindicar a vitória”, disse Machado, que está escondida devido as ameaças de prisão, sem dar mais detalhes.

Argentina denuncia Venezuela ao TPI por detenção de militar

Ainda nesta quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina anunciou que denunciou a Venezuela para o Tribunal Penal Internacional (TPI) por “detenção arbitrária e desaparecimento forçado” de Nahuel Gallo, um militar argentino detido em 8 de dezembro de 2024 e acusado de “terrorismo” pela promotoria venezuelana.

Em um comunicado, a Argentina acusou “o procurador-geral Tarek William Saab” e afirmou que a prisão do militar constitui “uma grave e flagrante violação dos direitos humanos”.

A relação diplomática entre o presidente argentino Javier Milei e seu colega venezuelano Nicolás Maduro já era tensa, mas terminou quando o líder ultraliberal rejeitou a reeleição de Maduro.

Após o rompimento das relações, a embaixada argentina em Caracas é protegida pelo Brasil, onde seis dos colaboradores de Machado, acusados de “terrorismo”, se refugiaram em março.

Um deles renunciou ao asilo em 20 de dezembro e deixou a embaixada para ser entregue às autoridades. Os cinco restantes estão aguardando salvo-conduto para deixar a Venezuela./Com AFP

MADRI - O líder da oposição venezuelana, Edmundo González, que reivindica a vitória sobre o ditador Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho, deixou a cidade de Madri, na Espanha, e está a caminho da Argentina, às vésperas da cerimônia de posse do terceiro mandato do líder chavista, marcada para 10 de janeiro. Autoridades venezuelanas oferecem uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem à sua captura.

González, que se exilou na Espanha em setembro e prometeu retornar ao seu país para “tomar posse” em 10 de janeiro no lugar de Maduro, chegará nas próximas horas a Buenos Aires. As eleições de julho foram marcadas por diversas denúncias de fraude. A oposição diz ter indícios de atas de cerca de 80% das urnas que comprovam uma fraude em favor de Maduro. A votação não foi reconhecida pela maioria dos países da região, inclusive o Brasil, Europa e Estados Unidos

Maduro oferece US$ 100 mil por informações que ajudem a capturar González. 

González recebeu asilo político da Espanha

Em 20 de dezembro, a Espanha concedeu asilo político a González, que é acusado sem provas pela promotoria venezuelana de crimes como “conspiração” e “associação para cometer um crime”.

As autoridades eleitorais proclamaram Maduro reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), sem publicar detalhes da contagem de votos, enquanto a oposição denuncia fraude e reivindica a vitória de González.

A imprensa argentina local relata que o diplomata, de 75 anos, deve se reunir com o presidente Javier Milei. A Argentina não aprova a reeleição de Maduro, assim como os Estados Unidos, a União Europeia e outros países latino-americanos.

Protestos depois da eleição deixaram 28 mortos

A autodeclaração de vitória de Maduro provocou protestos que deixaram 28 mortos e cerca de 200 feridos, além de 2,4 mil presos. Três dos detidos morreram na prisão e cerca de 1,4 mil conquistaram liberdade condicional.

Maduro - para quem as alegações de fraude da oposição fazem parte de um plano de “golpe de Estado” - está se preparando para tomar posse para um novo mandato com o apoio das forças armadas, cujo alto comando declarou “lealdade absoluta” a ele.

“No dia 10 de janeiro de 2025, sairemos às ruas aos milhões para empossar a Venezuela”, disse o presidente em um vídeo publicado no Instagram nesta quinta-feira, 02, com imagens de um discurso que fez em dezembro nos portões do palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.

“A casa do povo nunca cairá nas mãos de um fantoche”, diz a legenda da publicação, em referência a González.

Já a líder da oposição, María Corina Machado, divulgou um vídeo, com Edmundo González, na última terça-feira, 31, para convocar protestos antes da posse.

“O momento está muito próximo de nos ver novamente nas ruas da Venezuela para reivindicar a vitória”, disse Machado, que está escondida devido as ameaças de prisão, sem dar mais detalhes.

Argentina denuncia Venezuela ao TPI por detenção de militar

Ainda nesta quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina anunciou que denunciou a Venezuela para o Tribunal Penal Internacional (TPI) por “detenção arbitrária e desaparecimento forçado” de Nahuel Gallo, um militar argentino detido em 8 de dezembro de 2024 e acusado de “terrorismo” pela promotoria venezuelana.

Em um comunicado, a Argentina acusou “o procurador-geral Tarek William Saab” e afirmou que a prisão do militar constitui “uma grave e flagrante violação dos direitos humanos”.

A relação diplomática entre o presidente argentino Javier Milei e seu colega venezuelano Nicolás Maduro já era tensa, mas terminou quando o líder ultraliberal rejeitou a reeleição de Maduro.

Após o rompimento das relações, a embaixada argentina em Caracas é protegida pelo Brasil, onde seis dos colaboradores de Machado, acusados de “terrorismo”, se refugiaram em março.

Um deles renunciou ao asilo em 20 de dezembro e deixou a embaixada para ser entregue às autoridades. Os cinco restantes estão aguardando salvo-conduto para deixar a Venezuela./Com AFP

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