Essequibo: Venezuela oferece identidade a moradores de território na Guiana que Maduro quer anexar


Escritório foi aberto na cidade venezuelana de Tumeremo, decretada por Nicolás Maduro, como área político-administrativa ‘provisória’ para tratar de temas sobre o território

Por Redação

A Venezuela abriu um escritório do serviço de identificação e migração (Saime) perto de Essequibo, território em disputa com a vizinha Guiana, com a intenção de oferecer documentos de identidade aos moradores desta região, informaram as autoridades locais no domingo, 10.

O escritório abriu no sábado, 9, na cidade de Tumeremo, no Estado de Bolívar, na fronteira com Essequibo. A cidade foi decretada pelo ditador venezuelano, Nicolás Maduro, como área político-administrativa “provisória” para tratar de temas relacionados com o território que reivindica.

Depois da realização do controverso plebiscito na Venezuela, no dia 3 de dezembro, quando 95% dos eleitores que votaram apoiaram a inclusão de Essequibo como parte do território venezuelano, Maduro anunciou a criação de uma autoridade única para a Guiana Essequiba, como nomeou este território administrado pela Guiana. Trata-se de um passo anterior à criação de um eventual Estado, cuja capital provisória é Tumeremo.

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O general Alexis Rodríguez Cabello, autoridade designada para Essequibo, acompanhou a abertura do escritório do Saime, que “beneficiará a população de Tumeremo e do Essequibo”, segundo um comunicado divulgado neste domingo.

Não está claro como será o trâmite para que qualquer um dos 125 mil habitantes do Essequibo, que têm documentos guianenses, peçam a nacionalidade venezuelana, sobretudo porque Tumeremo fica a pelo menos 100 km de San Martín de Turumbán, cidade venezuelana mais próxima fronteiriça com o território disputado.

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Em Tumeremo também vai funcionar uma “zona de defesa integral”, uma divisão militar territorial, sobre a qual não foram divulgados detalhes.

Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodriguez, à esquerda, e o presidente da Comissão Especial para a Defesa da Guiana Essequibo, Hermann Escarra, apertam as mãos após revelar o novo mapa da Venezuela que inclui o território de Essequibo. Foto: AP Photo/Matias Delacroix

“Melhorias para o povo”

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A região disputada tem 160 quilômetros quadrados de extensão, é rica em petróleo e minerais e é reivindicada pela Venezuela há mais de um século.

Caracas alega que o território lhe pertence, como em 1777, quando era colônia espanhola, e apela ao acordo de Genebra, assinado em 1966, antes da independência guianense do Reino Unido, que estabelecia as bases para uma solução negociada e anulava um laudo de 1899. Já a Guiana defende este laudo, que estabelece seus limites atuais e pede que a Corte Internacional de Justiça (CIJ), cuja jurisdição Caracas não reconhece, o ratifique.

A disputa se intensificou após as descobertas de grandes reservas de petróleo pela gigante de energia americana ExxonMobil, das quais a Guiana dispôs. E desde então, o tom escalou para um nível que a comunidade internacional pediu a distensão e que se evite um conflito armado.

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Maduro e Irfaan Ali, presidente da Guiana, têm uma reunião prevista em São Vicente e Granadinas na próxima semana para discutir o tema.

Para além da disputa territorial, moradores de Tumeremo acreditam que a autoridade única trará melhorias para a população que, assim como muitos na Venezuela, enfrenta grandes carências econômicas e serviços públicos precários.

“Benefícios (...) para o povo”, afirmou o comerciante Robert Reyes, de 32 anos. “Que acabe a questão (dos cortes) de luz, de água, das ruas, que estão mais deterioradas. Que comecem a pôr a mão na massa”.

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O comerciante Luis Romero, de 62 anos, por sua vez, espera que tudo resulte em “gerar emprego para as pessoas, em produzir moradias”./AFP.

A Venezuela abriu um escritório do serviço de identificação e migração (Saime) perto de Essequibo, território em disputa com a vizinha Guiana, com a intenção de oferecer documentos de identidade aos moradores desta região, informaram as autoridades locais no domingo, 10.

O escritório abriu no sábado, 9, na cidade de Tumeremo, no Estado de Bolívar, na fronteira com Essequibo. A cidade foi decretada pelo ditador venezuelano, Nicolás Maduro, como área político-administrativa “provisória” para tratar de temas relacionados com o território que reivindica.

Depois da realização do controverso plebiscito na Venezuela, no dia 3 de dezembro, quando 95% dos eleitores que votaram apoiaram a inclusão de Essequibo como parte do território venezuelano, Maduro anunciou a criação de uma autoridade única para a Guiana Essequiba, como nomeou este território administrado pela Guiana. Trata-se de um passo anterior à criação de um eventual Estado, cuja capital provisória é Tumeremo.

O general Alexis Rodríguez Cabello, autoridade designada para Essequibo, acompanhou a abertura do escritório do Saime, que “beneficiará a população de Tumeremo e do Essequibo”, segundo um comunicado divulgado neste domingo.

Não está claro como será o trâmite para que qualquer um dos 125 mil habitantes do Essequibo, que têm documentos guianenses, peçam a nacionalidade venezuelana, sobretudo porque Tumeremo fica a pelo menos 100 km de San Martín de Turumbán, cidade venezuelana mais próxima fronteiriça com o território disputado.

Em Tumeremo também vai funcionar uma “zona de defesa integral”, uma divisão militar territorial, sobre a qual não foram divulgados detalhes.

Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodriguez, à esquerda, e o presidente da Comissão Especial para a Defesa da Guiana Essequibo, Hermann Escarra, apertam as mãos após revelar o novo mapa da Venezuela que inclui o território de Essequibo. Foto: AP Photo/Matias Delacroix

“Melhorias para o povo”

A região disputada tem 160 quilômetros quadrados de extensão, é rica em petróleo e minerais e é reivindicada pela Venezuela há mais de um século.

Caracas alega que o território lhe pertence, como em 1777, quando era colônia espanhola, e apela ao acordo de Genebra, assinado em 1966, antes da independência guianense do Reino Unido, que estabelecia as bases para uma solução negociada e anulava um laudo de 1899. Já a Guiana defende este laudo, que estabelece seus limites atuais e pede que a Corte Internacional de Justiça (CIJ), cuja jurisdição Caracas não reconhece, o ratifique.

A disputa se intensificou após as descobertas de grandes reservas de petróleo pela gigante de energia americana ExxonMobil, das quais a Guiana dispôs. E desde então, o tom escalou para um nível que a comunidade internacional pediu a distensão e que se evite um conflito armado.

Maduro e Irfaan Ali, presidente da Guiana, têm uma reunião prevista em São Vicente e Granadinas na próxima semana para discutir o tema.

Para além da disputa territorial, moradores de Tumeremo acreditam que a autoridade única trará melhorias para a população que, assim como muitos na Venezuela, enfrenta grandes carências econômicas e serviços públicos precários.

“Benefícios (...) para o povo”, afirmou o comerciante Robert Reyes, de 32 anos. “Que acabe a questão (dos cortes) de luz, de água, das ruas, que estão mais deterioradas. Que comecem a pôr a mão na massa”.

O comerciante Luis Romero, de 62 anos, por sua vez, espera que tudo resulte em “gerar emprego para as pessoas, em produzir moradias”./AFP.

A Venezuela abriu um escritório do serviço de identificação e migração (Saime) perto de Essequibo, território em disputa com a vizinha Guiana, com a intenção de oferecer documentos de identidade aos moradores desta região, informaram as autoridades locais no domingo, 10.

O escritório abriu no sábado, 9, na cidade de Tumeremo, no Estado de Bolívar, na fronteira com Essequibo. A cidade foi decretada pelo ditador venezuelano, Nicolás Maduro, como área político-administrativa “provisória” para tratar de temas relacionados com o território que reivindica.

Depois da realização do controverso plebiscito na Venezuela, no dia 3 de dezembro, quando 95% dos eleitores que votaram apoiaram a inclusão de Essequibo como parte do território venezuelano, Maduro anunciou a criação de uma autoridade única para a Guiana Essequiba, como nomeou este território administrado pela Guiana. Trata-se de um passo anterior à criação de um eventual Estado, cuja capital provisória é Tumeremo.

O general Alexis Rodríguez Cabello, autoridade designada para Essequibo, acompanhou a abertura do escritório do Saime, que “beneficiará a população de Tumeremo e do Essequibo”, segundo um comunicado divulgado neste domingo.

Não está claro como será o trâmite para que qualquer um dos 125 mil habitantes do Essequibo, que têm documentos guianenses, peçam a nacionalidade venezuelana, sobretudo porque Tumeremo fica a pelo menos 100 km de San Martín de Turumbán, cidade venezuelana mais próxima fronteiriça com o território disputado.

Em Tumeremo também vai funcionar uma “zona de defesa integral”, uma divisão militar territorial, sobre a qual não foram divulgados detalhes.

Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodriguez, à esquerda, e o presidente da Comissão Especial para a Defesa da Guiana Essequibo, Hermann Escarra, apertam as mãos após revelar o novo mapa da Venezuela que inclui o território de Essequibo. Foto: AP Photo/Matias Delacroix

“Melhorias para o povo”

A região disputada tem 160 quilômetros quadrados de extensão, é rica em petróleo e minerais e é reivindicada pela Venezuela há mais de um século.

Caracas alega que o território lhe pertence, como em 1777, quando era colônia espanhola, e apela ao acordo de Genebra, assinado em 1966, antes da independência guianense do Reino Unido, que estabelecia as bases para uma solução negociada e anulava um laudo de 1899. Já a Guiana defende este laudo, que estabelece seus limites atuais e pede que a Corte Internacional de Justiça (CIJ), cuja jurisdição Caracas não reconhece, o ratifique.

A disputa se intensificou após as descobertas de grandes reservas de petróleo pela gigante de energia americana ExxonMobil, das quais a Guiana dispôs. E desde então, o tom escalou para um nível que a comunidade internacional pediu a distensão e que se evite um conflito armado.

Maduro e Irfaan Ali, presidente da Guiana, têm uma reunião prevista em São Vicente e Granadinas na próxima semana para discutir o tema.

Para além da disputa territorial, moradores de Tumeremo acreditam que a autoridade única trará melhorias para a população que, assim como muitos na Venezuela, enfrenta grandes carências econômicas e serviços públicos precários.

“Benefícios (...) para o povo”, afirmou o comerciante Robert Reyes, de 32 anos. “Que acabe a questão (dos cortes) de luz, de água, das ruas, que estão mais deterioradas. Que comecem a pôr a mão na massa”.

O comerciante Luis Romero, de 62 anos, por sua vez, espera que tudo resulte em “gerar emprego para as pessoas, em produzir moradias”./AFP.

A Venezuela abriu um escritório do serviço de identificação e migração (Saime) perto de Essequibo, território em disputa com a vizinha Guiana, com a intenção de oferecer documentos de identidade aos moradores desta região, informaram as autoridades locais no domingo, 10.

O escritório abriu no sábado, 9, na cidade de Tumeremo, no Estado de Bolívar, na fronteira com Essequibo. A cidade foi decretada pelo ditador venezuelano, Nicolás Maduro, como área político-administrativa “provisória” para tratar de temas relacionados com o território que reivindica.

Depois da realização do controverso plebiscito na Venezuela, no dia 3 de dezembro, quando 95% dos eleitores que votaram apoiaram a inclusão de Essequibo como parte do território venezuelano, Maduro anunciou a criação de uma autoridade única para a Guiana Essequiba, como nomeou este território administrado pela Guiana. Trata-se de um passo anterior à criação de um eventual Estado, cuja capital provisória é Tumeremo.

O general Alexis Rodríguez Cabello, autoridade designada para Essequibo, acompanhou a abertura do escritório do Saime, que “beneficiará a população de Tumeremo e do Essequibo”, segundo um comunicado divulgado neste domingo.

Não está claro como será o trâmite para que qualquer um dos 125 mil habitantes do Essequibo, que têm documentos guianenses, peçam a nacionalidade venezuelana, sobretudo porque Tumeremo fica a pelo menos 100 km de San Martín de Turumbán, cidade venezuelana mais próxima fronteiriça com o território disputado.

Em Tumeremo também vai funcionar uma “zona de defesa integral”, uma divisão militar territorial, sobre a qual não foram divulgados detalhes.

Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodriguez, à esquerda, e o presidente da Comissão Especial para a Defesa da Guiana Essequibo, Hermann Escarra, apertam as mãos após revelar o novo mapa da Venezuela que inclui o território de Essequibo. Foto: AP Photo/Matias Delacroix

“Melhorias para o povo”

A região disputada tem 160 quilômetros quadrados de extensão, é rica em petróleo e minerais e é reivindicada pela Venezuela há mais de um século.

Caracas alega que o território lhe pertence, como em 1777, quando era colônia espanhola, e apela ao acordo de Genebra, assinado em 1966, antes da independência guianense do Reino Unido, que estabelecia as bases para uma solução negociada e anulava um laudo de 1899. Já a Guiana defende este laudo, que estabelece seus limites atuais e pede que a Corte Internacional de Justiça (CIJ), cuja jurisdição Caracas não reconhece, o ratifique.

A disputa se intensificou após as descobertas de grandes reservas de petróleo pela gigante de energia americana ExxonMobil, das quais a Guiana dispôs. E desde então, o tom escalou para um nível que a comunidade internacional pediu a distensão e que se evite um conflito armado.

Maduro e Irfaan Ali, presidente da Guiana, têm uma reunião prevista em São Vicente e Granadinas na próxima semana para discutir o tema.

Para além da disputa territorial, moradores de Tumeremo acreditam que a autoridade única trará melhorias para a população que, assim como muitos na Venezuela, enfrenta grandes carências econômicas e serviços públicos precários.

“Benefícios (...) para o povo”, afirmou o comerciante Robert Reyes, de 32 anos. “Que acabe a questão (dos cortes) de luz, de água, das ruas, que estão mais deterioradas. Que comecem a pôr a mão na massa”.

O comerciante Luis Romero, de 62 anos, por sua vez, espera que tudo resulte em “gerar emprego para as pessoas, em produzir moradias”./AFP.

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