Venezuela pedirá prisão de Milei por avião apreendido na Argentina em 2022


Ordem de prisão também será emitida contra Karina Milei, secretária-geral da presidência argentina, e Patricia Bullrich, ministra da segurança

Por Redação

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou nesta quarta-feira, 18, que solicitará à justiça venezuelana uma ordem de prisão contra o presidente da Argentina, Javier Milei, pelo caso de um avião de carga confiscado em Buenos Aires e também anunciou uma investigação por violações de direitos humanos nesse país.

A declaração ocorre um dia após uma ONG e procuradores federais pedirem à justiça argentina que emitisse uma ordem de prisão contra o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, como parte de um processo por crimes contra a humanidade.

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O Ministério Público da Venezuela “anuncia a designação de dois promotores especializados no assunto que estão conduzindo as diligências pertinentes do caso e tramitando a ordem de prisão contra os seguintes cidadãos: Javier Milei, presidente da Argentina; Karina Milei, secretária-geral da presidência argentina; e Patricia Bullrich, ministra da segurança argentina”, expressou Saab em uma coletiva de imprensa.

Saab afirmou que os crimes imputados serão “roubo agravado, lavagem de dinheiro, privação ilegítima de liberdade, simulação de ato punível, interferência ilícita, inutilização de aeronave e associação criminosa”.

A aeronave — retida em Buenos Aires desde junho de 2022 por ordem judicial durante o governo de Alberto Fernández — foi vendida à Venezuela pela sancionada companhia aérea iraniana Mahan Air.

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O avião foi apreendido pelas autoridades argentinas ao chegar do México com uma carga de peças automotivas. Os tripulantes — 14 venezuelanos e cinco iranianos — foram detidos e posteriormente libertados. Um juiz autorizou a confiscação da aeronave pelos Estados Unidos, o que se concretizou em fevereiro, durante o governo de Milei, em meio a denúncias de “roubo” por parte de Caracas.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, durante entrevista coletiva no Ministério Público em Caracas. O país anunciou que irá emitir um pedido de prisão contra Javier Milei. Foto: Federico PARRA / AFP

Venezuela e Argentina não mantêm relações diplomáticas, e Maduro e Milei se criticam e, por vezes, trocam insultos com frequência.

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Saab anunciou também a abertura de uma investigação por crimes contra a humanidade no controle de protestos contra o governo de direita, que ele qualificou como “genocídio”.

“Decidimos designar um promotor especializado em direitos humanos para que avance com as investigações correspondentes” contra Milei e Bullrich, declarou. “Eles deverão responder perante a justiça”, acrescentou Saab. “Um Estado pode exercer jurisdição universal”.

A Venezuela possui uma investigação aberta no Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade, impulsionada após os excessos nas manifestações opositoras de 2017, que resultaram em mais de uma centena de mortos. O governo de Maduro rejeita esse processo./AFP.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou nesta quarta-feira, 18, que solicitará à justiça venezuelana uma ordem de prisão contra o presidente da Argentina, Javier Milei, pelo caso de um avião de carga confiscado em Buenos Aires e também anunciou uma investigação por violações de direitos humanos nesse país.

A declaração ocorre um dia após uma ONG e procuradores federais pedirem à justiça argentina que emitisse uma ordem de prisão contra o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, como parte de um processo por crimes contra a humanidade.

O Ministério Público da Venezuela “anuncia a designação de dois promotores especializados no assunto que estão conduzindo as diligências pertinentes do caso e tramitando a ordem de prisão contra os seguintes cidadãos: Javier Milei, presidente da Argentina; Karina Milei, secretária-geral da presidência argentina; e Patricia Bullrich, ministra da segurança argentina”, expressou Saab em uma coletiva de imprensa.

Saab afirmou que os crimes imputados serão “roubo agravado, lavagem de dinheiro, privação ilegítima de liberdade, simulação de ato punível, interferência ilícita, inutilização de aeronave e associação criminosa”.

A aeronave — retida em Buenos Aires desde junho de 2022 por ordem judicial durante o governo de Alberto Fernández — foi vendida à Venezuela pela sancionada companhia aérea iraniana Mahan Air.

O avião foi apreendido pelas autoridades argentinas ao chegar do México com uma carga de peças automotivas. Os tripulantes — 14 venezuelanos e cinco iranianos — foram detidos e posteriormente libertados. Um juiz autorizou a confiscação da aeronave pelos Estados Unidos, o que se concretizou em fevereiro, durante o governo de Milei, em meio a denúncias de “roubo” por parte de Caracas.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, durante entrevista coletiva no Ministério Público em Caracas. O país anunciou que irá emitir um pedido de prisão contra Javier Milei. Foto: Federico PARRA / AFP

Venezuela e Argentina não mantêm relações diplomáticas, e Maduro e Milei se criticam e, por vezes, trocam insultos com frequência.

Saab anunciou também a abertura de uma investigação por crimes contra a humanidade no controle de protestos contra o governo de direita, que ele qualificou como “genocídio”.

“Decidimos designar um promotor especializado em direitos humanos para que avance com as investigações correspondentes” contra Milei e Bullrich, declarou. “Eles deverão responder perante a justiça”, acrescentou Saab. “Um Estado pode exercer jurisdição universal”.

A Venezuela possui uma investigação aberta no Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade, impulsionada após os excessos nas manifestações opositoras de 2017, que resultaram em mais de uma centena de mortos. O governo de Maduro rejeita esse processo./AFP.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou nesta quarta-feira, 18, que solicitará à justiça venezuelana uma ordem de prisão contra o presidente da Argentina, Javier Milei, pelo caso de um avião de carga confiscado em Buenos Aires e também anunciou uma investigação por violações de direitos humanos nesse país.

A declaração ocorre um dia após uma ONG e procuradores federais pedirem à justiça argentina que emitisse uma ordem de prisão contra o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, como parte de um processo por crimes contra a humanidade.

O Ministério Público da Venezuela “anuncia a designação de dois promotores especializados no assunto que estão conduzindo as diligências pertinentes do caso e tramitando a ordem de prisão contra os seguintes cidadãos: Javier Milei, presidente da Argentina; Karina Milei, secretária-geral da presidência argentina; e Patricia Bullrich, ministra da segurança argentina”, expressou Saab em uma coletiva de imprensa.

Saab afirmou que os crimes imputados serão “roubo agravado, lavagem de dinheiro, privação ilegítima de liberdade, simulação de ato punível, interferência ilícita, inutilização de aeronave e associação criminosa”.

A aeronave — retida em Buenos Aires desde junho de 2022 por ordem judicial durante o governo de Alberto Fernández — foi vendida à Venezuela pela sancionada companhia aérea iraniana Mahan Air.

O avião foi apreendido pelas autoridades argentinas ao chegar do México com uma carga de peças automotivas. Os tripulantes — 14 venezuelanos e cinco iranianos — foram detidos e posteriormente libertados. Um juiz autorizou a confiscação da aeronave pelos Estados Unidos, o que se concretizou em fevereiro, durante o governo de Milei, em meio a denúncias de “roubo” por parte de Caracas.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, durante entrevista coletiva no Ministério Público em Caracas. O país anunciou que irá emitir um pedido de prisão contra Javier Milei. Foto: Federico PARRA / AFP

Venezuela e Argentina não mantêm relações diplomáticas, e Maduro e Milei se criticam e, por vezes, trocam insultos com frequência.

Saab anunciou também a abertura de uma investigação por crimes contra a humanidade no controle de protestos contra o governo de direita, que ele qualificou como “genocídio”.

“Decidimos designar um promotor especializado em direitos humanos para que avance com as investigações correspondentes” contra Milei e Bullrich, declarou. “Eles deverão responder perante a justiça”, acrescentou Saab. “Um Estado pode exercer jurisdição universal”.

A Venezuela possui uma investigação aberta no Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade, impulsionada após os excessos nas manifestações opositoras de 2017, que resultaram em mais de uma centena de mortos. O governo de Maduro rejeita esse processo./AFP.

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