WASHINGTON - O governo da Venezuela pode ser despejado de seu consulado em Miami, nos EUA, cuja reabertura foi anunciada na semana passada pelo presidente Nicolás Maduro, por não pagar o aluguel desde setembro.
+ Maduro apoia proposta de diferentes eleições no mesmo dia
+ Aliança opositora venezuelana decide não lançar candidato contra Maduro
O proprietário do imóvel apresentou a solicitação de despejo em um tribunal de Miami no dia 15, uma semana depois de pressionar Caracas a pagar a dívida ou deixar o local, segundo documentos judiciais obtidos na quinta-feira 22 pela imprensa local. A administração de Nicolás Maduro ainda não comentou a solicitação feita em Miami.
+ Chavismo age para antecipar eleição legislativa diante de boicote opositor
A companhia proprietária, TWJ 1101 LLC, reivindica cerca de US$ 142 mil em aluguéis não pagos. Segundo os advogados da empresa, o governo venezuelano “se recusa” a cumprir algumas determinações.
O ex-presidente Hugo Chávez ordenou o fechamento do consulado em Miami em janeiro de 2012, depois que as autoridades americanas expulsaram a cônsul Livia Acosta Noguera.
Seu navegador não suporta esse video.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu nesta quarta-feira que as eleições presidenciais serão no dia 22 de abril, ainda que a oposição não participe, e elevou seu desafio ao pedir o adiantamento das parlamentares para o mesmo dia.
Apesar do fechamento, a Venezuela seguiu pagando o aluguel do imóvel, em um edifício de Brickell, distrito financeiro de Miami. O prédio foi propriedade do governo venezuelano entre 1983 e 2005, quando o vendeu por US$ 70 milhões.
No dia 14, quando já havia vencido o prazo dado pela TWJ para o governo pagar a dívida ou abandonar a propriedade, Maduro anunciou a reabertura do consulado para facilitar a inscrição e o voto nas eleições presidenciais do dia 22 de abril aos moradores da Flórida. / EFE