Venezuela troca 7 americanos pela libertação de 2 sobrinhos de Maduro presos nos EUA


Fato se equivale a um raro gesto de boa vontade do presidente venezuelano, já que o líder socialista procura reconstruir com Washington depois de derrotar a maioria de seus oponentes domésticos

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - A Venezuela libertou neste sábado, 1º, sete americanos presos no país sul-americano em troca da soltura de dois sobrinhos da mulher do presidente Nicolás Maduro. Os dois venezuelanos estavam presos nos Estados Unidos havia anos por acusações de contrabando de drogas. A informação foi confirmada pelo presidente americano, Joe Biden.

A soltura dos americanos, incluindo cinco executivos do petróleo detidos por quase cinco anos, é a maior troca de cidadãos detidos já realizada pelo governo Biden. “Estamos aliviados e satisfeitos por receber de volta às suas famílias hoje mesmo americanos que foram detidos injustamente por muito tempo na Venezuela”, disse Joshua Geltzer, vice-conselheiro de segurança interna.

O fato se equivale a um raro gesto de boa vontade de Maduro, já que o líder socialista procura reconstruir as relações com os EUA depois de derrotar a maioria de seus oponentes domésticos.

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Efrain Antonio Campo Flores (de cinza) e Franqui Francisco Flores de Freitas (de azul) presos por agentes da DEA em Porto Príncipe, no Haiti, em 2015 Foto: U.S. Attorney's Office Manhattan/Handout via Reuters - 12/11/2015

O acordo se segue a meses de diplomacia em um canal entre o principal negociador de reféns de Washington e outras autoridades dos EUA e conversas secretas com um grande produtor de petróleo que ganharam maior urgência depois que as sanções à Rússia pressionaram os preços globais de energia.

Entre os libertados estão cinco funcionários da Citgo de Houston - Tomeu Vadell, José Luis Zambrano, Alirio Zambrano, Jorge Toledo e José Pereira - que foram atraídos para a Venezuela logo antes do Dia de Ação de Graças em 2017 para participar de uma reunião na sede da controladora da empresa, a gigante estatal do petróleo PDVSA.

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Uma vez lá, eles foram levados por agentes de segurança mascarados que invadiram uma sala de conferências de Caracas.

Também foi libertado Matthew Heath, um ex-cabo da Marinha do Tennessee que foi preso em 2020 na Venezuela pelo que o Departamento de Estado chamou de “acusações fantasiosas” sobre tráfico de armas, e um americano da Flórida, Osman Khan, preso em janeiro.

Os EUA, por sua vez, libertaram Franqui Flores e seu primo Efrain Campo, sobrinhos da “primeira combatente” Cilia Flores, como Maduro chama sua mulher. Os homens foram presos no Haiti em uma operação da DEA (agência americana de combate ao tráfico de drogas) em 2015 e imediatamente levados para Nova York para serem julgados.

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Em imagem de arquivo, os executivos da CITGO, da esquerda para a direita, Gustavo Cardenas (libertado em agosto), Jorge Toledo, Jose Luis Zambrano, Tomeu Vadell e Alirio Jose Zambrano, do lado de fora do Serviço de Inteligência Bolivariano, em Caracas  Foto: Twitter by Jorge Arreaza/Venezuela's Foreign Ministry via AP - 18/06/2020

Eles foram condenados no ano seguinte em um caso que lançou um olhar severo sobre as acusações dos EUA de tráfico de drogas nos mais altos níveis do governo Maduro. Ambos os homens receberam clemência do presidente Joe Biden antes da libertação.

O governo Biden está sob pressão para fazer mais para levar para casa os cerca de 60 americanos que, acredita-se, serem reféns no exterior ou detidos injustamente por governos estrangeiros hostis.

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Embora grande parte do foco esteja na Rússia, onde os EUA até agora tentaram sem sucesso garantir a libertação da estrela do basquete Brittney Griner e de outro americano, Paul Whelan, a Venezuela mantém o maior contingente de americanos suspeitos de serem usados como fichas de negociação.

Pelo menos outros quatro americanos permanecem detidos na Venezuela, incluindo dois ex-Boinas Verdes envolvidos em uma tentativa de golpe contra Maduro em 2019, e dois outros homens que, como Khan, foram detidos por supostamente entrar no país ilegalmente pela vizinha Colômbia.

Alex Saab

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O governo Biden não libertou outro prisioneiro há muito pedido por Maduro: Alex Saab, um empresário que a Venezuela considera um diplomata e, os promotores dos EUA, um facilitador do regime corrupto. Saab lutou contra sua extradição de Cabo Verde, onde foi preso no ano passado durante uma escala a caminho do Irã, e agora aguarda julgamento no tribunal federal de Miami sob a acusação de desviar milhões em contratos estatais.

Os executivos do petróleo foram condenados por peculato no ano passado em um julgamento marcado por atrasos e irregularidades. Eles foram condenados a entre 8 e 13 anos de prisão por uma proposta nunca executada de refinanciar bilhões em títulos da petroleira.

Maduro, na época, os acusou de “traição”, e a Suprema Corte da Venezuela manteve suas longas sentenças no início deste ano. Todos os homens se declararam inocentes e o Departamento de Estado os considerou - assim como os outros dois americanos libertados neste sábado - como detidos injustamente./AP

WASHINGTON - A Venezuela libertou neste sábado, 1º, sete americanos presos no país sul-americano em troca da soltura de dois sobrinhos da mulher do presidente Nicolás Maduro. Os dois venezuelanos estavam presos nos Estados Unidos havia anos por acusações de contrabando de drogas. A informação foi confirmada pelo presidente americano, Joe Biden.

A soltura dos americanos, incluindo cinco executivos do petróleo detidos por quase cinco anos, é a maior troca de cidadãos detidos já realizada pelo governo Biden. “Estamos aliviados e satisfeitos por receber de volta às suas famílias hoje mesmo americanos que foram detidos injustamente por muito tempo na Venezuela”, disse Joshua Geltzer, vice-conselheiro de segurança interna.

O fato se equivale a um raro gesto de boa vontade de Maduro, já que o líder socialista procura reconstruir as relações com os EUA depois de derrotar a maioria de seus oponentes domésticos.

Efrain Antonio Campo Flores (de cinza) e Franqui Francisco Flores de Freitas (de azul) presos por agentes da DEA em Porto Príncipe, no Haiti, em 2015 Foto: U.S. Attorney's Office Manhattan/Handout via Reuters - 12/11/2015

O acordo se segue a meses de diplomacia em um canal entre o principal negociador de reféns de Washington e outras autoridades dos EUA e conversas secretas com um grande produtor de petróleo que ganharam maior urgência depois que as sanções à Rússia pressionaram os preços globais de energia.

Entre os libertados estão cinco funcionários da Citgo de Houston - Tomeu Vadell, José Luis Zambrano, Alirio Zambrano, Jorge Toledo e José Pereira - que foram atraídos para a Venezuela logo antes do Dia de Ação de Graças em 2017 para participar de uma reunião na sede da controladora da empresa, a gigante estatal do petróleo PDVSA.

Uma vez lá, eles foram levados por agentes de segurança mascarados que invadiram uma sala de conferências de Caracas.

Também foi libertado Matthew Heath, um ex-cabo da Marinha do Tennessee que foi preso em 2020 na Venezuela pelo que o Departamento de Estado chamou de “acusações fantasiosas” sobre tráfico de armas, e um americano da Flórida, Osman Khan, preso em janeiro.

Os EUA, por sua vez, libertaram Franqui Flores e seu primo Efrain Campo, sobrinhos da “primeira combatente” Cilia Flores, como Maduro chama sua mulher. Os homens foram presos no Haiti em uma operação da DEA (agência americana de combate ao tráfico de drogas) em 2015 e imediatamente levados para Nova York para serem julgados.

Em imagem de arquivo, os executivos da CITGO, da esquerda para a direita, Gustavo Cardenas (libertado em agosto), Jorge Toledo, Jose Luis Zambrano, Tomeu Vadell e Alirio Jose Zambrano, do lado de fora do Serviço de Inteligência Bolivariano, em Caracas  Foto: Twitter by Jorge Arreaza/Venezuela's Foreign Ministry via AP - 18/06/2020

Eles foram condenados no ano seguinte em um caso que lançou um olhar severo sobre as acusações dos EUA de tráfico de drogas nos mais altos níveis do governo Maduro. Ambos os homens receberam clemência do presidente Joe Biden antes da libertação.

O governo Biden está sob pressão para fazer mais para levar para casa os cerca de 60 americanos que, acredita-se, serem reféns no exterior ou detidos injustamente por governos estrangeiros hostis.

Embora grande parte do foco esteja na Rússia, onde os EUA até agora tentaram sem sucesso garantir a libertação da estrela do basquete Brittney Griner e de outro americano, Paul Whelan, a Venezuela mantém o maior contingente de americanos suspeitos de serem usados como fichas de negociação.

Pelo menos outros quatro americanos permanecem detidos na Venezuela, incluindo dois ex-Boinas Verdes envolvidos em uma tentativa de golpe contra Maduro em 2019, e dois outros homens que, como Khan, foram detidos por supostamente entrar no país ilegalmente pela vizinha Colômbia.

Alex Saab

O governo Biden não libertou outro prisioneiro há muito pedido por Maduro: Alex Saab, um empresário que a Venezuela considera um diplomata e, os promotores dos EUA, um facilitador do regime corrupto. Saab lutou contra sua extradição de Cabo Verde, onde foi preso no ano passado durante uma escala a caminho do Irã, e agora aguarda julgamento no tribunal federal de Miami sob a acusação de desviar milhões em contratos estatais.

Os executivos do petróleo foram condenados por peculato no ano passado em um julgamento marcado por atrasos e irregularidades. Eles foram condenados a entre 8 e 13 anos de prisão por uma proposta nunca executada de refinanciar bilhões em títulos da petroleira.

Maduro, na época, os acusou de “traição”, e a Suprema Corte da Venezuela manteve suas longas sentenças no início deste ano. Todos os homens se declararam inocentes e o Departamento de Estado os considerou - assim como os outros dois americanos libertados neste sábado - como detidos injustamente./AP

WASHINGTON - A Venezuela libertou neste sábado, 1º, sete americanos presos no país sul-americano em troca da soltura de dois sobrinhos da mulher do presidente Nicolás Maduro. Os dois venezuelanos estavam presos nos Estados Unidos havia anos por acusações de contrabando de drogas. A informação foi confirmada pelo presidente americano, Joe Biden.

A soltura dos americanos, incluindo cinco executivos do petróleo detidos por quase cinco anos, é a maior troca de cidadãos detidos já realizada pelo governo Biden. “Estamos aliviados e satisfeitos por receber de volta às suas famílias hoje mesmo americanos que foram detidos injustamente por muito tempo na Venezuela”, disse Joshua Geltzer, vice-conselheiro de segurança interna.

O fato se equivale a um raro gesto de boa vontade de Maduro, já que o líder socialista procura reconstruir as relações com os EUA depois de derrotar a maioria de seus oponentes domésticos.

Efrain Antonio Campo Flores (de cinza) e Franqui Francisco Flores de Freitas (de azul) presos por agentes da DEA em Porto Príncipe, no Haiti, em 2015 Foto: U.S. Attorney's Office Manhattan/Handout via Reuters - 12/11/2015

O acordo se segue a meses de diplomacia em um canal entre o principal negociador de reféns de Washington e outras autoridades dos EUA e conversas secretas com um grande produtor de petróleo que ganharam maior urgência depois que as sanções à Rússia pressionaram os preços globais de energia.

Entre os libertados estão cinco funcionários da Citgo de Houston - Tomeu Vadell, José Luis Zambrano, Alirio Zambrano, Jorge Toledo e José Pereira - que foram atraídos para a Venezuela logo antes do Dia de Ação de Graças em 2017 para participar de uma reunião na sede da controladora da empresa, a gigante estatal do petróleo PDVSA.

Uma vez lá, eles foram levados por agentes de segurança mascarados que invadiram uma sala de conferências de Caracas.

Também foi libertado Matthew Heath, um ex-cabo da Marinha do Tennessee que foi preso em 2020 na Venezuela pelo que o Departamento de Estado chamou de “acusações fantasiosas” sobre tráfico de armas, e um americano da Flórida, Osman Khan, preso em janeiro.

Os EUA, por sua vez, libertaram Franqui Flores e seu primo Efrain Campo, sobrinhos da “primeira combatente” Cilia Flores, como Maduro chama sua mulher. Os homens foram presos no Haiti em uma operação da DEA (agência americana de combate ao tráfico de drogas) em 2015 e imediatamente levados para Nova York para serem julgados.

Em imagem de arquivo, os executivos da CITGO, da esquerda para a direita, Gustavo Cardenas (libertado em agosto), Jorge Toledo, Jose Luis Zambrano, Tomeu Vadell e Alirio Jose Zambrano, do lado de fora do Serviço de Inteligência Bolivariano, em Caracas  Foto: Twitter by Jorge Arreaza/Venezuela's Foreign Ministry via AP - 18/06/2020

Eles foram condenados no ano seguinte em um caso que lançou um olhar severo sobre as acusações dos EUA de tráfico de drogas nos mais altos níveis do governo Maduro. Ambos os homens receberam clemência do presidente Joe Biden antes da libertação.

O governo Biden está sob pressão para fazer mais para levar para casa os cerca de 60 americanos que, acredita-se, serem reféns no exterior ou detidos injustamente por governos estrangeiros hostis.

Embora grande parte do foco esteja na Rússia, onde os EUA até agora tentaram sem sucesso garantir a libertação da estrela do basquete Brittney Griner e de outro americano, Paul Whelan, a Venezuela mantém o maior contingente de americanos suspeitos de serem usados como fichas de negociação.

Pelo menos outros quatro americanos permanecem detidos na Venezuela, incluindo dois ex-Boinas Verdes envolvidos em uma tentativa de golpe contra Maduro em 2019, e dois outros homens que, como Khan, foram detidos por supostamente entrar no país ilegalmente pela vizinha Colômbia.

Alex Saab

O governo Biden não libertou outro prisioneiro há muito pedido por Maduro: Alex Saab, um empresário que a Venezuela considera um diplomata e, os promotores dos EUA, um facilitador do regime corrupto. Saab lutou contra sua extradição de Cabo Verde, onde foi preso no ano passado durante uma escala a caminho do Irã, e agora aguarda julgamento no tribunal federal de Miami sob a acusação de desviar milhões em contratos estatais.

Os executivos do petróleo foram condenados por peculato no ano passado em um julgamento marcado por atrasos e irregularidades. Eles foram condenados a entre 8 e 13 anos de prisão por uma proposta nunca executada de refinanciar bilhões em títulos da petroleira.

Maduro, na época, os acusou de “traição”, e a Suprema Corte da Venezuela manteve suas longas sentenças no início deste ano. Todos os homens se declararam inocentes e o Departamento de Estado os considerou - assim como os outros dois americanos libertados neste sábado - como detidos injustamente./AP

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