LUXEMBURGO - A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, está entre as 11 autoridades venezuelanas às quais a União Europeia (UE) impôs nesta segunda-feira, 25, as novas sanções estabelecidas após a recente eleição presidencial no país.
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A lista inclui ainda a vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Sandra Oblitas, e seu secretário-geral, Xavier Antonio Moreno Reyes, os quais acusa de menosprezar "a democracia na Venezuela", conforme decisão publicada no Diário Oficial da UE.
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A decisão, adotada por chanceleres europeus, eleva para 18 o número de pessoas sancionadas pela UE por minar, na sua visão, a democracia, o Estado de Direito e os direitos humanos no país que sofre uma intensa grave política e econômica.
Os europeus atribuem a Delcy, que ocupa o cargo de vice-presidente de Nicolás Maduro desde o dia 14, a “usurpação das competências” do Parlamento venezuelano e “sua utilização para atacar a oposição”.
O atual ministro de Educação, Elías José Jaua Milano, também está sancionado por suas ações quando era presidente da Comissão Presidencial da Assembleia Constituinte, a qual a UE não reconhece, por “minar a democracia e o Estado de Direito”.
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um ajuste de 103% no salário mínimo. Agora o valor equivale a 65 dólares segundo a cotação oficial e apenas 1,7 no mercado paralelo.
Os europeus impõem medidas a três responsáveis pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) por “facilitarem a instituição da Assembleia Constituinte ilegítima e manipularem o processo eleitoral” na Venezuela. Os sancionados estão proibidos de viajar e contam com seus ativos no bloco congelados.
Fredy Alirio Bernal Rosales é acusado de “manipulação, com fins eleitorais, da distribuição de alimentos” a frente do centro nacional de abastecimento Clap, e de “violações dos direitos humanos” quando era comissário-geral do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin). A UE também sancionou o ministro da Indústria e Produção Nacional, Tareck El Aissami, por suas ações quando era supervisor da direção da Sebin.
Pelo “excessivo uso da força, detenções arbitrárias e abusos contra membros da sociedade civil e da oposição”, os 28 países do bloco ainda sancionaram o ex-comandante-geral da Guarda Nacional Bolivariana, Sergio José Rivero Marcano, inspetor atual da Força Armada Nacional bolivariana. / AFP
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A Assembleia da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou uma resolução que abre caminho para uma eventual suspensão da Venezuela do organismo. A medida foi motivada pela reeleição do presidente Nicolás Maduro.