Violência das gangues no Haiti agrava desnutrição infantil


Em um ano, as atividades das organizações armadas causaram um aumento de 30% na desnutrição aguda grave entre crianças

Por Richard Pierrin e Charlotte Causit

AFP - É início de agosto e as crianças desnutridas não param de chegar ao Hospital Fontaine em Cité Soleil, a maior periferia de Porto Príncipe, capital do Haiti - controlada por organizações criminosas.

Instalado há mais de 30 anos neste bairro de extrema pobreza na capital haitiana, com 80% do território dominado por gangues armadas, este centro de saúde oferece um raro respiro aos moradores desta “área sem lei”, nas palavras do fundador José Ulysse.

A equipe médica cuida de bebês e crianças levadas por suas mães, encaminhadas por associações ou mesmo por padres, explicou o diretor à AFP.

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Uma mãe cuida de seu filho desnutrido no Fontaine Hospital Center, na favela Cite Soleil, em Porto Príncipe: violência de gangues aumentou a desnutrição infantil no país em crise  Foto: Richard Pierrin/AFP

“Todos os dias recebemos aproximadamente entre 120 e 160 crianças para vacinação e fazemos exames, especialmente de desnutrição”, destacou.

Ele lembra que “há quatro ou cinco anos, neste local, havia dez crianças que precisavam de ajuda nutricional por dia. Hoje (a quantidade) é entre 40 e 50″.

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Os casos menos graves voltam para casa, após as famílias receberem suporte nutricional e as crianças realizarem alguns exames. Aqueles que estão em estado crítico são hospitalizados.

“Alguns são totalmente esqueléticos e têm dificuldade para respirar”, diz o diretor. Rostos magros, costelas protuberantes, abdômen inchado, raquitismo: as crianças, todas menores de dois anos, sofrem frequentemente de complicações médicas.

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Uma criança que sofre de desnutrição é tratada no Fontaine Hospital Center, em Porto Príncipe: a clínica comunitária há mais de 30 anos oferece ajuda aos haitianos  Foto: Richard Pierrin/AFP

“Antes tínhamos uma capacidade de 20 a 25 leitos, mas este ano, com o pico (dos casos de nutrição severa), aumentamos para cerca de 60″, diz Ulysse.

A maior parte das crianças permanece no hospital por semanas, junto com suas mães, até que o peso se estabilize. Geralmente, as mulheres também apresentam quadro de desnutrição.

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Profissionais de saúde medem um bebê no Fontaine Hospital Center, na favela de Cite Soleil, que viu um fluxo sombrio de crianças desnutridas nos últimos meses  Foto: Richard Pierrin/AFP

Violência das gangues

Em um ano, as atividades das organizações armadas causaram um aumento de 30% na desnutrição aguda grave entre crianças, segundo dados publicados em maio pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

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A desnutrição crônica atinge, atualmente, quase uma a cada quatro crianças. A previsão é que 115.600 sofram da forma mais letal de desnutrição neste ano, segundo esta agência da ONU.

Bebês e crianças que sofrem de desnutrição grave são tratados no Fontaine Hospital Center, em Porto Príncipe, capital do Haiti: epidemia de desnutrição é piorada por conflito entre gangues no país  Foto: Richard Pierrin/AFP

A intensificação da crise política e de segurança, que afeta o pequeno país caribenho, é acompanhada de um preocupante ressurgimento de casos de cólera.

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“Cada vez mais mães e pais carecem de meios para fornecer cuidados e alimentação adequada para seus filhos”, disse em maio o responsável do Unicef no país, Bruno Maes.

Moradores de Porto Príncipe queimam pneus durante um protesto contra a insegurança na cidade em 7 de agosto de 2023; cerca de 300 mulheres e menores foram sequestrados no Haiti por gangues criminosas no primeiro semestre deste ano Foto: Richard Pierrin/AFP

“A violência tem consequências ao longo da vida da população haitiana: na saúde, porque as pessoas já não podem mais acessar hospitais e policlínicas; na economia, porque as pessoas não podem ir trabalhar sem correr risco de serem sequestradas e roubadas caminho; no comércio”, entre outros, destacou Ulysse.

Ele denuncia que “a violência está por todas as partes”.

AFP - É início de agosto e as crianças desnutridas não param de chegar ao Hospital Fontaine em Cité Soleil, a maior periferia de Porto Príncipe, capital do Haiti - controlada por organizações criminosas.

Instalado há mais de 30 anos neste bairro de extrema pobreza na capital haitiana, com 80% do território dominado por gangues armadas, este centro de saúde oferece um raro respiro aos moradores desta “área sem lei”, nas palavras do fundador José Ulysse.

A equipe médica cuida de bebês e crianças levadas por suas mães, encaminhadas por associações ou mesmo por padres, explicou o diretor à AFP.

Uma mãe cuida de seu filho desnutrido no Fontaine Hospital Center, na favela Cite Soleil, em Porto Príncipe: violência de gangues aumentou a desnutrição infantil no país em crise  Foto: Richard Pierrin/AFP

“Todos os dias recebemos aproximadamente entre 120 e 160 crianças para vacinação e fazemos exames, especialmente de desnutrição”, destacou.

Ele lembra que “há quatro ou cinco anos, neste local, havia dez crianças que precisavam de ajuda nutricional por dia. Hoje (a quantidade) é entre 40 e 50″.

Os casos menos graves voltam para casa, após as famílias receberem suporte nutricional e as crianças realizarem alguns exames. Aqueles que estão em estado crítico são hospitalizados.

“Alguns são totalmente esqueléticos e têm dificuldade para respirar”, diz o diretor. Rostos magros, costelas protuberantes, abdômen inchado, raquitismo: as crianças, todas menores de dois anos, sofrem frequentemente de complicações médicas.

Uma criança que sofre de desnutrição é tratada no Fontaine Hospital Center, em Porto Príncipe: a clínica comunitária há mais de 30 anos oferece ajuda aos haitianos  Foto: Richard Pierrin/AFP

“Antes tínhamos uma capacidade de 20 a 25 leitos, mas este ano, com o pico (dos casos de nutrição severa), aumentamos para cerca de 60″, diz Ulysse.

A maior parte das crianças permanece no hospital por semanas, junto com suas mães, até que o peso se estabilize. Geralmente, as mulheres também apresentam quadro de desnutrição.

Profissionais de saúde medem um bebê no Fontaine Hospital Center, na favela de Cite Soleil, que viu um fluxo sombrio de crianças desnutridas nos últimos meses  Foto: Richard Pierrin/AFP

Violência das gangues

Em um ano, as atividades das organizações armadas causaram um aumento de 30% na desnutrição aguda grave entre crianças, segundo dados publicados em maio pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A desnutrição crônica atinge, atualmente, quase uma a cada quatro crianças. A previsão é que 115.600 sofram da forma mais letal de desnutrição neste ano, segundo esta agência da ONU.

Bebês e crianças que sofrem de desnutrição grave são tratados no Fontaine Hospital Center, em Porto Príncipe, capital do Haiti: epidemia de desnutrição é piorada por conflito entre gangues no país  Foto: Richard Pierrin/AFP

A intensificação da crise política e de segurança, que afeta o pequeno país caribenho, é acompanhada de um preocupante ressurgimento de casos de cólera.

“Cada vez mais mães e pais carecem de meios para fornecer cuidados e alimentação adequada para seus filhos”, disse em maio o responsável do Unicef no país, Bruno Maes.

Moradores de Porto Príncipe queimam pneus durante um protesto contra a insegurança na cidade em 7 de agosto de 2023; cerca de 300 mulheres e menores foram sequestrados no Haiti por gangues criminosas no primeiro semestre deste ano Foto: Richard Pierrin/AFP

“A violência tem consequências ao longo da vida da população haitiana: na saúde, porque as pessoas já não podem mais acessar hospitais e policlínicas; na economia, porque as pessoas não podem ir trabalhar sem correr risco de serem sequestradas e roubadas caminho; no comércio”, entre outros, destacou Ulysse.

Ele denuncia que “a violência está por todas as partes”.

AFP - É início de agosto e as crianças desnutridas não param de chegar ao Hospital Fontaine em Cité Soleil, a maior periferia de Porto Príncipe, capital do Haiti - controlada por organizações criminosas.

Instalado há mais de 30 anos neste bairro de extrema pobreza na capital haitiana, com 80% do território dominado por gangues armadas, este centro de saúde oferece um raro respiro aos moradores desta “área sem lei”, nas palavras do fundador José Ulysse.

A equipe médica cuida de bebês e crianças levadas por suas mães, encaminhadas por associações ou mesmo por padres, explicou o diretor à AFP.

Uma mãe cuida de seu filho desnutrido no Fontaine Hospital Center, na favela Cite Soleil, em Porto Príncipe: violência de gangues aumentou a desnutrição infantil no país em crise  Foto: Richard Pierrin/AFP

“Todos os dias recebemos aproximadamente entre 120 e 160 crianças para vacinação e fazemos exames, especialmente de desnutrição”, destacou.

Ele lembra que “há quatro ou cinco anos, neste local, havia dez crianças que precisavam de ajuda nutricional por dia. Hoje (a quantidade) é entre 40 e 50″.

Os casos menos graves voltam para casa, após as famílias receberem suporte nutricional e as crianças realizarem alguns exames. Aqueles que estão em estado crítico são hospitalizados.

“Alguns são totalmente esqueléticos e têm dificuldade para respirar”, diz o diretor. Rostos magros, costelas protuberantes, abdômen inchado, raquitismo: as crianças, todas menores de dois anos, sofrem frequentemente de complicações médicas.

Uma criança que sofre de desnutrição é tratada no Fontaine Hospital Center, em Porto Príncipe: a clínica comunitária há mais de 30 anos oferece ajuda aos haitianos  Foto: Richard Pierrin/AFP

“Antes tínhamos uma capacidade de 20 a 25 leitos, mas este ano, com o pico (dos casos de nutrição severa), aumentamos para cerca de 60″, diz Ulysse.

A maior parte das crianças permanece no hospital por semanas, junto com suas mães, até que o peso se estabilize. Geralmente, as mulheres também apresentam quadro de desnutrição.

Profissionais de saúde medem um bebê no Fontaine Hospital Center, na favela de Cite Soleil, que viu um fluxo sombrio de crianças desnutridas nos últimos meses  Foto: Richard Pierrin/AFP

Violência das gangues

Em um ano, as atividades das organizações armadas causaram um aumento de 30% na desnutrição aguda grave entre crianças, segundo dados publicados em maio pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A desnutrição crônica atinge, atualmente, quase uma a cada quatro crianças. A previsão é que 115.600 sofram da forma mais letal de desnutrição neste ano, segundo esta agência da ONU.

Bebês e crianças que sofrem de desnutrição grave são tratados no Fontaine Hospital Center, em Porto Príncipe, capital do Haiti: epidemia de desnutrição é piorada por conflito entre gangues no país  Foto: Richard Pierrin/AFP

A intensificação da crise política e de segurança, que afeta o pequeno país caribenho, é acompanhada de um preocupante ressurgimento de casos de cólera.

“Cada vez mais mães e pais carecem de meios para fornecer cuidados e alimentação adequada para seus filhos”, disse em maio o responsável do Unicef no país, Bruno Maes.

Moradores de Porto Príncipe queimam pneus durante um protesto contra a insegurança na cidade em 7 de agosto de 2023; cerca de 300 mulheres e menores foram sequestrados no Haiti por gangues criminosas no primeiro semestre deste ano Foto: Richard Pierrin/AFP

“A violência tem consequências ao longo da vida da população haitiana: na saúde, porque as pessoas já não podem mais acessar hospitais e policlínicas; na economia, porque as pessoas não podem ir trabalhar sem correr risco de serem sequestradas e roubadas caminho; no comércio”, entre outros, destacou Ulysse.

Ele denuncia que “a violência está por todas as partes”.

AFP - É início de agosto e as crianças desnutridas não param de chegar ao Hospital Fontaine em Cité Soleil, a maior periferia de Porto Príncipe, capital do Haiti - controlada por organizações criminosas.

Instalado há mais de 30 anos neste bairro de extrema pobreza na capital haitiana, com 80% do território dominado por gangues armadas, este centro de saúde oferece um raro respiro aos moradores desta “área sem lei”, nas palavras do fundador José Ulysse.

A equipe médica cuida de bebês e crianças levadas por suas mães, encaminhadas por associações ou mesmo por padres, explicou o diretor à AFP.

Uma mãe cuida de seu filho desnutrido no Fontaine Hospital Center, na favela Cite Soleil, em Porto Príncipe: violência de gangues aumentou a desnutrição infantil no país em crise  Foto: Richard Pierrin/AFP

“Todos os dias recebemos aproximadamente entre 120 e 160 crianças para vacinação e fazemos exames, especialmente de desnutrição”, destacou.

Ele lembra que “há quatro ou cinco anos, neste local, havia dez crianças que precisavam de ajuda nutricional por dia. Hoje (a quantidade) é entre 40 e 50″.

Os casos menos graves voltam para casa, após as famílias receberem suporte nutricional e as crianças realizarem alguns exames. Aqueles que estão em estado crítico são hospitalizados.

“Alguns são totalmente esqueléticos e têm dificuldade para respirar”, diz o diretor. Rostos magros, costelas protuberantes, abdômen inchado, raquitismo: as crianças, todas menores de dois anos, sofrem frequentemente de complicações médicas.

Uma criança que sofre de desnutrição é tratada no Fontaine Hospital Center, em Porto Príncipe: a clínica comunitária há mais de 30 anos oferece ajuda aos haitianos  Foto: Richard Pierrin/AFP

“Antes tínhamos uma capacidade de 20 a 25 leitos, mas este ano, com o pico (dos casos de nutrição severa), aumentamos para cerca de 60″, diz Ulysse.

A maior parte das crianças permanece no hospital por semanas, junto com suas mães, até que o peso se estabilize. Geralmente, as mulheres também apresentam quadro de desnutrição.

Profissionais de saúde medem um bebê no Fontaine Hospital Center, na favela de Cite Soleil, que viu um fluxo sombrio de crianças desnutridas nos últimos meses  Foto: Richard Pierrin/AFP

Violência das gangues

Em um ano, as atividades das organizações armadas causaram um aumento de 30% na desnutrição aguda grave entre crianças, segundo dados publicados em maio pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A desnutrição crônica atinge, atualmente, quase uma a cada quatro crianças. A previsão é que 115.600 sofram da forma mais letal de desnutrição neste ano, segundo esta agência da ONU.

Bebês e crianças que sofrem de desnutrição grave são tratados no Fontaine Hospital Center, em Porto Príncipe, capital do Haiti: epidemia de desnutrição é piorada por conflito entre gangues no país  Foto: Richard Pierrin/AFP

A intensificação da crise política e de segurança, que afeta o pequeno país caribenho, é acompanhada de um preocupante ressurgimento de casos de cólera.

“Cada vez mais mães e pais carecem de meios para fornecer cuidados e alimentação adequada para seus filhos”, disse em maio o responsável do Unicef no país, Bruno Maes.

Moradores de Porto Príncipe queimam pneus durante um protesto contra a insegurança na cidade em 7 de agosto de 2023; cerca de 300 mulheres e menores foram sequestrados no Haiti por gangues criminosas no primeiro semestre deste ano Foto: Richard Pierrin/AFP

“A violência tem consequências ao longo da vida da população haitiana: na saúde, porque as pessoas já não podem mais acessar hospitais e policlínicas; na economia, porque as pessoas não podem ir trabalhar sem correr risco de serem sequestradas e roubadas caminho; no comércio”, entre outros, destacou Ulysse.

Ele denuncia que “a violência está por todas as partes”.

AFP - É início de agosto e as crianças desnutridas não param de chegar ao Hospital Fontaine em Cité Soleil, a maior periferia de Porto Príncipe, capital do Haiti - controlada por organizações criminosas.

Instalado há mais de 30 anos neste bairro de extrema pobreza na capital haitiana, com 80% do território dominado por gangues armadas, este centro de saúde oferece um raro respiro aos moradores desta “área sem lei”, nas palavras do fundador José Ulysse.

A equipe médica cuida de bebês e crianças levadas por suas mães, encaminhadas por associações ou mesmo por padres, explicou o diretor à AFP.

Uma mãe cuida de seu filho desnutrido no Fontaine Hospital Center, na favela Cite Soleil, em Porto Príncipe: violência de gangues aumentou a desnutrição infantil no país em crise  Foto: Richard Pierrin/AFP

“Todos os dias recebemos aproximadamente entre 120 e 160 crianças para vacinação e fazemos exames, especialmente de desnutrição”, destacou.

Ele lembra que “há quatro ou cinco anos, neste local, havia dez crianças que precisavam de ajuda nutricional por dia. Hoje (a quantidade) é entre 40 e 50″.

Os casos menos graves voltam para casa, após as famílias receberem suporte nutricional e as crianças realizarem alguns exames. Aqueles que estão em estado crítico são hospitalizados.

“Alguns são totalmente esqueléticos e têm dificuldade para respirar”, diz o diretor. Rostos magros, costelas protuberantes, abdômen inchado, raquitismo: as crianças, todas menores de dois anos, sofrem frequentemente de complicações médicas.

Uma criança que sofre de desnutrição é tratada no Fontaine Hospital Center, em Porto Príncipe: a clínica comunitária há mais de 30 anos oferece ajuda aos haitianos  Foto: Richard Pierrin/AFP

“Antes tínhamos uma capacidade de 20 a 25 leitos, mas este ano, com o pico (dos casos de nutrição severa), aumentamos para cerca de 60″, diz Ulysse.

A maior parte das crianças permanece no hospital por semanas, junto com suas mães, até que o peso se estabilize. Geralmente, as mulheres também apresentam quadro de desnutrição.

Profissionais de saúde medem um bebê no Fontaine Hospital Center, na favela de Cite Soleil, que viu um fluxo sombrio de crianças desnutridas nos últimos meses  Foto: Richard Pierrin/AFP

Violência das gangues

Em um ano, as atividades das organizações armadas causaram um aumento de 30% na desnutrição aguda grave entre crianças, segundo dados publicados em maio pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A desnutrição crônica atinge, atualmente, quase uma a cada quatro crianças. A previsão é que 115.600 sofram da forma mais letal de desnutrição neste ano, segundo esta agência da ONU.

Bebês e crianças que sofrem de desnutrição grave são tratados no Fontaine Hospital Center, em Porto Príncipe, capital do Haiti: epidemia de desnutrição é piorada por conflito entre gangues no país  Foto: Richard Pierrin/AFP

A intensificação da crise política e de segurança, que afeta o pequeno país caribenho, é acompanhada de um preocupante ressurgimento de casos de cólera.

“Cada vez mais mães e pais carecem de meios para fornecer cuidados e alimentação adequada para seus filhos”, disse em maio o responsável do Unicef no país, Bruno Maes.

Moradores de Porto Príncipe queimam pneus durante um protesto contra a insegurança na cidade em 7 de agosto de 2023; cerca de 300 mulheres e menores foram sequestrados no Haiti por gangues criminosas no primeiro semestre deste ano Foto: Richard Pierrin/AFP

“A violência tem consequências ao longo da vida da população haitiana: na saúde, porque as pessoas já não podem mais acessar hospitais e policlínicas; na economia, porque as pessoas não podem ir trabalhar sem correr risco de serem sequestradas e roubadas caminho; no comércio”, entre outros, destacou Ulysse.

Ele denuncia que “a violência está por todas as partes”.

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