Visita de Ministro da Defesa de Israel à França inclui spyware Pegasus na agenda


Número de telefone do presidente francês Emmanuel Macron estava na lista de possíveis alvos do Grupo NSO

Por Rick Noack e Shira Rubin
Atualização:

PARIS - O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, se reuniu com sua homóloga francesa nesta quarta-feira, 28, em meio a revelações de que o presidente da França, Emmanuel Macron, pode ter sido alvo do spyware de uma empresa israelense envolvida em um escândalo de espionagem.

O The Washington Post e outras organizações de mídia revelaram na semana passada que números de telefone de Macron e outros líderes mundiais, bem como de ativistas e jornalistas, foram encontrados em uma lista que incluía pessoas visadas por clientes do Grupo NSO, gigante de vigilância israelense, e de sua ferramenta de spyware Pegasus. Os números de vários ministros franceses também estavam na lista.

O consórcio de jornalismo não conseguiu realizar exames forenses nos celulares dos líderes mundiais, mas testes feitos em outros telefones da lista revelaram evidências de tentativas frustradas e invasões bem-sucedidas.

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O Grupo NSO afirmou que a inclusão de números na lista não prova que os telefones foram selecionados para vigilância. Mas na França e em outros países, as revelações geraram perguntas desconfortáveis ​​para a empresa, seus supostos clientes e diplomatas israelenses.

Antes da reunião franco-israelense, o porta-voz do governo francês Gabriel Attal que a ministra da Defesa, Florence Parly, usaria as conversas para "questionar sua contraparte sobre o conhecimento que o governo israelense tinha das atividades dos clientes do NSO".

Benny Gantz se encontrou com ministra da Defesa da França nesta quarta-feira, 28 Foto: Maya Alleruzzo/Pool via REUTERS
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Attal disse que a ministro francesa também indagaria sobre quais medidas foram implementadas, ou serão implementadas no futuro, “para evitar o uso indevido dessas ferramentas que são altamente intrusivas”.

O palácio presidencial do Eliseu enfatizou que são necessárias mais investigações sobre o caso. Mas em um sinal de que as autoridades francesas estão levando os relatórios a sério, Macron convocou uma reunião de segurança cibernética de emergência, e o governo ordenou várias investigações.

Attal advertiu que essas investigações ainda estão em andamento, mas sugeriu nesta quarta-feira que o governo pode tomar medidas adicionais se as acusações forem confirmadas.

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Em um comunicado emitido na terça-feira, o Ministério da Defesa de Israel disse que Gantz iria “atualizar [Parly] sobre o tema da NSO” durante sua visita. O ministério acrescentou que também discutiria “a crise no Líbano e o acordo em desenvolvimento com o Irã”. O comunicado israelense disse que "a viagem foi planejada há cerca de um mês, independentemente da questão do NSO."

As recentes revelações aumentaram significativamente as apostas diplomáticas da visita, em meio a um maior escrutínio público do papel de Israel no caso. “As vítimas do spyware Pegasus não devem apenas apontar o dedo aos países que as visam”, escreveu o jornal francês Le Monde em um editorial na terça-feira. “Suas reclamações também devem ser dirigidas às autoridades israelenses, que validaram os contratos celebrados pelo Grupo NSO.”

Israel montou uma força-tarefa de altos funcionários para examinar as alegações de spyware, informou a agência Reuters na semana passada, citando duas fontes israelenses.

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Na quarta-feira, “representantes de vários órgãos visitaram o escritório do NSO a fim de avaliar as alegações levantadas em relação à empresa”, disse o Ministério da Defesa israelense em um comunicado.

Gantz disse na semana passada que Israel autoriza a "exportação de produtos cibernéticos exclusivamente para governos, apenas para uso legal e exclusivamente para fins de prevenção e investigação de crimes e terrorismo". Ele acrescentou que os países que adquirem os sistemas “devem cumprir seus compromissos” com esses requisitos.

As recentes revelações também geraram mal-estar entre jornalistas e ativistas franceses. O Repórteres Sem Fronteiras disse em um comunicado na semana passada que o grupo, junto com dois jornalistas de nacionalidade francesa e marroquina, entraram com uma queixa junto a promotores franceses alegando invasão de privacidade e outros crimes.

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A análise forense também mostrou que telefones pertencentes a funcionários do site investigativo de notícias francês Mediapart foram infectados com o software Pegasus. O Mediapart queixou-se ao Ministério Público de Paris, acusando Marrocos de estar por trás da vigilância.

Autoridades marroquinas negaram as acusações. Em nota, o governo marroquino também expressou “grande espanto” com a publicação de “alegações errôneas...de que Marrocos se infiltrou nos telefones de várias figuras públicas nacionais e estrangeiras e funcionários de organizações internacionais. ”

PARIS - O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, se reuniu com sua homóloga francesa nesta quarta-feira, 28, em meio a revelações de que o presidente da França, Emmanuel Macron, pode ter sido alvo do spyware de uma empresa israelense envolvida em um escândalo de espionagem.

O The Washington Post e outras organizações de mídia revelaram na semana passada que números de telefone de Macron e outros líderes mundiais, bem como de ativistas e jornalistas, foram encontrados em uma lista que incluía pessoas visadas por clientes do Grupo NSO, gigante de vigilância israelense, e de sua ferramenta de spyware Pegasus. Os números de vários ministros franceses também estavam na lista.

O consórcio de jornalismo não conseguiu realizar exames forenses nos celulares dos líderes mundiais, mas testes feitos em outros telefones da lista revelaram evidências de tentativas frustradas e invasões bem-sucedidas.

O Grupo NSO afirmou que a inclusão de números na lista não prova que os telefones foram selecionados para vigilância. Mas na França e em outros países, as revelações geraram perguntas desconfortáveis ​​para a empresa, seus supostos clientes e diplomatas israelenses.

Antes da reunião franco-israelense, o porta-voz do governo francês Gabriel Attal que a ministra da Defesa, Florence Parly, usaria as conversas para "questionar sua contraparte sobre o conhecimento que o governo israelense tinha das atividades dos clientes do NSO".

Benny Gantz se encontrou com ministra da Defesa da França nesta quarta-feira, 28 Foto: Maya Alleruzzo/Pool via REUTERS

Attal disse que a ministro francesa também indagaria sobre quais medidas foram implementadas, ou serão implementadas no futuro, “para evitar o uso indevido dessas ferramentas que são altamente intrusivas”.

O palácio presidencial do Eliseu enfatizou que são necessárias mais investigações sobre o caso. Mas em um sinal de que as autoridades francesas estão levando os relatórios a sério, Macron convocou uma reunião de segurança cibernética de emergência, e o governo ordenou várias investigações.

Attal advertiu que essas investigações ainda estão em andamento, mas sugeriu nesta quarta-feira que o governo pode tomar medidas adicionais se as acusações forem confirmadas.

Em um comunicado emitido na terça-feira, o Ministério da Defesa de Israel disse que Gantz iria “atualizar [Parly] sobre o tema da NSO” durante sua visita. O ministério acrescentou que também discutiria “a crise no Líbano e o acordo em desenvolvimento com o Irã”. O comunicado israelense disse que "a viagem foi planejada há cerca de um mês, independentemente da questão do NSO."

As recentes revelações aumentaram significativamente as apostas diplomáticas da visita, em meio a um maior escrutínio público do papel de Israel no caso. “As vítimas do spyware Pegasus não devem apenas apontar o dedo aos países que as visam”, escreveu o jornal francês Le Monde em um editorial na terça-feira. “Suas reclamações também devem ser dirigidas às autoridades israelenses, que validaram os contratos celebrados pelo Grupo NSO.”

Israel montou uma força-tarefa de altos funcionários para examinar as alegações de spyware, informou a agência Reuters na semana passada, citando duas fontes israelenses.

Na quarta-feira, “representantes de vários órgãos visitaram o escritório do NSO a fim de avaliar as alegações levantadas em relação à empresa”, disse o Ministério da Defesa israelense em um comunicado.

Gantz disse na semana passada que Israel autoriza a "exportação de produtos cibernéticos exclusivamente para governos, apenas para uso legal e exclusivamente para fins de prevenção e investigação de crimes e terrorismo". Ele acrescentou que os países que adquirem os sistemas “devem cumprir seus compromissos” com esses requisitos.

As recentes revelações também geraram mal-estar entre jornalistas e ativistas franceses. O Repórteres Sem Fronteiras disse em um comunicado na semana passada que o grupo, junto com dois jornalistas de nacionalidade francesa e marroquina, entraram com uma queixa junto a promotores franceses alegando invasão de privacidade e outros crimes.

A análise forense também mostrou que telefones pertencentes a funcionários do site investigativo de notícias francês Mediapart foram infectados com o software Pegasus. O Mediapart queixou-se ao Ministério Público de Paris, acusando Marrocos de estar por trás da vigilância.

Autoridades marroquinas negaram as acusações. Em nota, o governo marroquino também expressou “grande espanto” com a publicação de “alegações errôneas...de que Marrocos se infiltrou nos telefones de várias figuras públicas nacionais e estrangeiras e funcionários de organizações internacionais. ”

PARIS - O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, se reuniu com sua homóloga francesa nesta quarta-feira, 28, em meio a revelações de que o presidente da França, Emmanuel Macron, pode ter sido alvo do spyware de uma empresa israelense envolvida em um escândalo de espionagem.

O The Washington Post e outras organizações de mídia revelaram na semana passada que números de telefone de Macron e outros líderes mundiais, bem como de ativistas e jornalistas, foram encontrados em uma lista que incluía pessoas visadas por clientes do Grupo NSO, gigante de vigilância israelense, e de sua ferramenta de spyware Pegasus. Os números de vários ministros franceses também estavam na lista.

O consórcio de jornalismo não conseguiu realizar exames forenses nos celulares dos líderes mundiais, mas testes feitos em outros telefones da lista revelaram evidências de tentativas frustradas e invasões bem-sucedidas.

O Grupo NSO afirmou que a inclusão de números na lista não prova que os telefones foram selecionados para vigilância. Mas na França e em outros países, as revelações geraram perguntas desconfortáveis ​​para a empresa, seus supostos clientes e diplomatas israelenses.

Antes da reunião franco-israelense, o porta-voz do governo francês Gabriel Attal que a ministra da Defesa, Florence Parly, usaria as conversas para "questionar sua contraparte sobre o conhecimento que o governo israelense tinha das atividades dos clientes do NSO".

Benny Gantz se encontrou com ministra da Defesa da França nesta quarta-feira, 28 Foto: Maya Alleruzzo/Pool via REUTERS

Attal disse que a ministro francesa também indagaria sobre quais medidas foram implementadas, ou serão implementadas no futuro, “para evitar o uso indevido dessas ferramentas que são altamente intrusivas”.

O palácio presidencial do Eliseu enfatizou que são necessárias mais investigações sobre o caso. Mas em um sinal de que as autoridades francesas estão levando os relatórios a sério, Macron convocou uma reunião de segurança cibernética de emergência, e o governo ordenou várias investigações.

Attal advertiu que essas investigações ainda estão em andamento, mas sugeriu nesta quarta-feira que o governo pode tomar medidas adicionais se as acusações forem confirmadas.

Em um comunicado emitido na terça-feira, o Ministério da Defesa de Israel disse que Gantz iria “atualizar [Parly] sobre o tema da NSO” durante sua visita. O ministério acrescentou que também discutiria “a crise no Líbano e o acordo em desenvolvimento com o Irã”. O comunicado israelense disse que "a viagem foi planejada há cerca de um mês, independentemente da questão do NSO."

As recentes revelações aumentaram significativamente as apostas diplomáticas da visita, em meio a um maior escrutínio público do papel de Israel no caso. “As vítimas do spyware Pegasus não devem apenas apontar o dedo aos países que as visam”, escreveu o jornal francês Le Monde em um editorial na terça-feira. “Suas reclamações também devem ser dirigidas às autoridades israelenses, que validaram os contratos celebrados pelo Grupo NSO.”

Israel montou uma força-tarefa de altos funcionários para examinar as alegações de spyware, informou a agência Reuters na semana passada, citando duas fontes israelenses.

Na quarta-feira, “representantes de vários órgãos visitaram o escritório do NSO a fim de avaliar as alegações levantadas em relação à empresa”, disse o Ministério da Defesa israelense em um comunicado.

Gantz disse na semana passada que Israel autoriza a "exportação de produtos cibernéticos exclusivamente para governos, apenas para uso legal e exclusivamente para fins de prevenção e investigação de crimes e terrorismo". Ele acrescentou que os países que adquirem os sistemas “devem cumprir seus compromissos” com esses requisitos.

As recentes revelações também geraram mal-estar entre jornalistas e ativistas franceses. O Repórteres Sem Fronteiras disse em um comunicado na semana passada que o grupo, junto com dois jornalistas de nacionalidade francesa e marroquina, entraram com uma queixa junto a promotores franceses alegando invasão de privacidade e outros crimes.

A análise forense também mostrou que telefones pertencentes a funcionários do site investigativo de notícias francês Mediapart foram infectados com o software Pegasus. O Mediapart queixou-se ao Ministério Público de Paris, acusando Marrocos de estar por trás da vigilância.

Autoridades marroquinas negaram as acusações. Em nota, o governo marroquino também expressou “grande espanto” com a publicação de “alegações errôneas...de que Marrocos se infiltrou nos telefones de várias figuras públicas nacionais e estrangeiras e funcionários de organizações internacionais. ”

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