Vladimir Putin e Olaf Scholz discutem por telefone perspectivas para o fim da guerra na Ucrânia


Essa é a primeira ligação entre Putin e um líder em exercício de um grande país ocidental desde o fim de 2022; Putin sugeriu que a Rússia não pretende entregar o território ucraniano

Por Redação

BERLIM - O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente russo, Vladimir Putin, conversaram por telefone por uma hora nesta sexta-feira, 15, em uma discussão que, segundo autoridades alemãs, centrou-se nas perspectivas de pôr fim à guerra na Ucrânia. Foi a primeira ligação entre Putin e um líder em exercício de um grande país ocidental desde o fim de 2022 que se tem notícia. O Kremlin confirmou a conversa e disse que Scholz iniciou a ligação.

O chanceler disse a Putin que acredita que o envio de tropas norte-coreanas para ajudar a Rússia em sua guerra com a Ucrânia equivale a uma séria escalada do conflito, de acordo com o resumo da ligação feito pelo governo alemão. Scholz apelou a Putin para acabar com a guerra, alegando que a Rússia não havia alcançado nenhuma de suas metas mais de 1.000 dias após sua invasão. O alemão condenou os ataques russos à infraestrutura civil e garantiu a Putin que a Alemanha continuaria a ajudar a Ucrânia a longo prazo.

Na foto, o chanceler alemão Olaf Scholz. Ele e Vladimir Putin conversaram por telefone sobre guerra na Ucrânia. Foto: Michael Kappeler/dpa via AP
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Apesar das críticas aparentes à guerra da Rússia, a ligação sugere que o contato entre o Kremlin e as potências ocidentais pode aumentar, após a nova eleição de Donald Trump como presidente dos EUA. Trump expressou ceticismo sobre a ajuda contínua dos EUA à Ucrânia e prometeu pressionar por negociações de paz imediatas, injetando nova incerteza no comprometimento do Ocidente em apoiar o esforço de guerra da Ucrânia.

De acordo com a mídia estatal russa, Putin disse ao seu homólogo alemão que qualquer acordo de paz na Ucrânia deve ser baseado em “novas realidades territoriais e, mais importante, abordar as causas profundas do conflito”. Putin usou repetidamente esses eufemismos para sinalizar que a Rússia não entregará o território ucraniano que capturou e exigirá garantias de neutralidade ucraniana em quaisquer negociações de paz – por exemplo, um acordo de que a Ucrânia não se juntaria à Otan.

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O chanceler alemão falou com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, antes da ligação com Putin e planejou ligar novamente para atualizá-lo da conversa.

Scholz disse em outubro que estava aberto a retomar a comunicação direta com Putin, mas Dmitri Peskov, o porta-voz do Kremlin, afastou a ideia, dizendo que não havia motivo para uma ligação, de acordo com a mídia russa.

Desde então, Scholz viu sua coalizão de governo se fragmentar. Ele demitiu seu ministro das finanças este mês, efetivamente expulsando um de seus parceiros de coalizão, uma ação que preparou o cenário para eleições antecipadas em fevereiro. O partido de Scholz está atrás de seu maior rival, os democratas-cristãos, nas pesquisas. Mas esses dois partidos concordaram amplamente com o apoio contínuo à Ucrânia, mesmo com as legendas populistas emergentes na extrema esquerda e na extrema direita pedindo que a Alemanha encerrasse seu apoio a Kiev.

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O Kremlin disse à mídia estatal russa que Putin e Scholz tiveram “uma troca de opiniões detalhada e honesta sobre a situação na Ucrânia”. Durante a ligação, a mídia estatal relatou que Putin culpou Scholz por “uma degradação sem precedentes das relações entre a Rússia e a Alemanha”. Eles se comprometeram a manter contato, de acordo com o porta-voz do chanceler./NYT

BERLIM - O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente russo, Vladimir Putin, conversaram por telefone por uma hora nesta sexta-feira, 15, em uma discussão que, segundo autoridades alemãs, centrou-se nas perspectivas de pôr fim à guerra na Ucrânia. Foi a primeira ligação entre Putin e um líder em exercício de um grande país ocidental desde o fim de 2022 que se tem notícia. O Kremlin confirmou a conversa e disse que Scholz iniciou a ligação.

O chanceler disse a Putin que acredita que o envio de tropas norte-coreanas para ajudar a Rússia em sua guerra com a Ucrânia equivale a uma séria escalada do conflito, de acordo com o resumo da ligação feito pelo governo alemão. Scholz apelou a Putin para acabar com a guerra, alegando que a Rússia não havia alcançado nenhuma de suas metas mais de 1.000 dias após sua invasão. O alemão condenou os ataques russos à infraestrutura civil e garantiu a Putin que a Alemanha continuaria a ajudar a Ucrânia a longo prazo.

Na foto, o chanceler alemão Olaf Scholz. Ele e Vladimir Putin conversaram por telefone sobre guerra na Ucrânia. Foto: Michael Kappeler/dpa via AP

Apesar das críticas aparentes à guerra da Rússia, a ligação sugere que o contato entre o Kremlin e as potências ocidentais pode aumentar, após a nova eleição de Donald Trump como presidente dos EUA. Trump expressou ceticismo sobre a ajuda contínua dos EUA à Ucrânia e prometeu pressionar por negociações de paz imediatas, injetando nova incerteza no comprometimento do Ocidente em apoiar o esforço de guerra da Ucrânia.

De acordo com a mídia estatal russa, Putin disse ao seu homólogo alemão que qualquer acordo de paz na Ucrânia deve ser baseado em “novas realidades territoriais e, mais importante, abordar as causas profundas do conflito”. Putin usou repetidamente esses eufemismos para sinalizar que a Rússia não entregará o território ucraniano que capturou e exigirá garantias de neutralidade ucraniana em quaisquer negociações de paz – por exemplo, um acordo de que a Ucrânia não se juntaria à Otan.

O chanceler alemão falou com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, antes da ligação com Putin e planejou ligar novamente para atualizá-lo da conversa.

Scholz disse em outubro que estava aberto a retomar a comunicação direta com Putin, mas Dmitri Peskov, o porta-voz do Kremlin, afastou a ideia, dizendo que não havia motivo para uma ligação, de acordo com a mídia russa.

Desde então, Scholz viu sua coalizão de governo se fragmentar. Ele demitiu seu ministro das finanças este mês, efetivamente expulsando um de seus parceiros de coalizão, uma ação que preparou o cenário para eleições antecipadas em fevereiro. O partido de Scholz está atrás de seu maior rival, os democratas-cristãos, nas pesquisas. Mas esses dois partidos concordaram amplamente com o apoio contínuo à Ucrânia, mesmo com as legendas populistas emergentes na extrema esquerda e na extrema direita pedindo que a Alemanha encerrasse seu apoio a Kiev.

O Kremlin disse à mídia estatal russa que Putin e Scholz tiveram “uma troca de opiniões detalhada e honesta sobre a situação na Ucrânia”. Durante a ligação, a mídia estatal relatou que Putin culpou Scholz por “uma degradação sem precedentes das relações entre a Rússia e a Alemanha”. Eles se comprometeram a manter contato, de acordo com o porta-voz do chanceler./NYT

BERLIM - O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente russo, Vladimir Putin, conversaram por telefone por uma hora nesta sexta-feira, 15, em uma discussão que, segundo autoridades alemãs, centrou-se nas perspectivas de pôr fim à guerra na Ucrânia. Foi a primeira ligação entre Putin e um líder em exercício de um grande país ocidental desde o fim de 2022 que se tem notícia. O Kremlin confirmou a conversa e disse que Scholz iniciou a ligação.

O chanceler disse a Putin que acredita que o envio de tropas norte-coreanas para ajudar a Rússia em sua guerra com a Ucrânia equivale a uma séria escalada do conflito, de acordo com o resumo da ligação feito pelo governo alemão. Scholz apelou a Putin para acabar com a guerra, alegando que a Rússia não havia alcançado nenhuma de suas metas mais de 1.000 dias após sua invasão. O alemão condenou os ataques russos à infraestrutura civil e garantiu a Putin que a Alemanha continuaria a ajudar a Ucrânia a longo prazo.

Na foto, o chanceler alemão Olaf Scholz. Ele e Vladimir Putin conversaram por telefone sobre guerra na Ucrânia. Foto: Michael Kappeler/dpa via AP

Apesar das críticas aparentes à guerra da Rússia, a ligação sugere que o contato entre o Kremlin e as potências ocidentais pode aumentar, após a nova eleição de Donald Trump como presidente dos EUA. Trump expressou ceticismo sobre a ajuda contínua dos EUA à Ucrânia e prometeu pressionar por negociações de paz imediatas, injetando nova incerteza no comprometimento do Ocidente em apoiar o esforço de guerra da Ucrânia.

De acordo com a mídia estatal russa, Putin disse ao seu homólogo alemão que qualquer acordo de paz na Ucrânia deve ser baseado em “novas realidades territoriais e, mais importante, abordar as causas profundas do conflito”. Putin usou repetidamente esses eufemismos para sinalizar que a Rússia não entregará o território ucraniano que capturou e exigirá garantias de neutralidade ucraniana em quaisquer negociações de paz – por exemplo, um acordo de que a Ucrânia não se juntaria à Otan.

O chanceler alemão falou com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, antes da ligação com Putin e planejou ligar novamente para atualizá-lo da conversa.

Scholz disse em outubro que estava aberto a retomar a comunicação direta com Putin, mas Dmitri Peskov, o porta-voz do Kremlin, afastou a ideia, dizendo que não havia motivo para uma ligação, de acordo com a mídia russa.

Desde então, Scholz viu sua coalizão de governo se fragmentar. Ele demitiu seu ministro das finanças este mês, efetivamente expulsando um de seus parceiros de coalizão, uma ação que preparou o cenário para eleições antecipadas em fevereiro. O partido de Scholz está atrás de seu maior rival, os democratas-cristãos, nas pesquisas. Mas esses dois partidos concordaram amplamente com o apoio contínuo à Ucrânia, mesmo com as legendas populistas emergentes na extrema esquerda e na extrema direita pedindo que a Alemanha encerrasse seu apoio a Kiev.

O Kremlin disse à mídia estatal russa que Putin e Scholz tiveram “uma troca de opiniões detalhada e honesta sobre a situação na Ucrânia”. Durante a ligação, a mídia estatal relatou que Putin culpou Scholz por “uma degradação sem precedentes das relações entre a Rússia e a Alemanha”. Eles se comprometeram a manter contato, de acordo com o porta-voz do chanceler./NYT

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