Zelenski chama forças russas de ‘carniceiras’ e pede sanções por crimes de guerra


Saída de tropas russas em determinadas áreas da Ucrânia revelam cenas de horror até então desconhecidas; países querem investigação por crimes de guerra

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON POST - A retirada de tropas russas em determinadas áreas da Ucrânia revelou uma realidade até então desconhecida da devastação das cidades e da atrocidade da guerra. Imagens da cidade de Bucha, próximo a Kiev, mostram supostas valas comuns e civis mortos na rua após a saída dos russos. O horror levou o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, a chamar as forças russas de “carniceiras, estupradoras e saqueadoras” e pedir mais sanções contra a Rússia. A Ucrânia também pediu que o Tribunal Penal Internacional (TPI) investigue a Rússia por crimes de guerra.

Vídeos verificados pelo jornal The Washington Post mostram corpos de civis espalhados nas ruas de Bucha e carros abandonados e destruídos. E uma imagem de satélite, registrada pela empresa Maxar Technologies, mostra o que parece ser uma vala comum na cidade. Bucha sofreu com bombardeios a partir do dia 27 de fevereiro, no 3º dia de invasão russa na Ucrânia, e moradores ficaram sem eletricidade e gás, segundo o Humans Right Watch.

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“Isso é genocídio”, afirmou Zelenski em entrevista ao programa “Face the Nation”, da CBS News, dos Estados Unidos, sobre os civis mortos. “Nós somos os cidadãos da Ucrânia; temos mais de 100 nacionalidades. Trata-se da destruição e extermínio de todas essas nacionalidades”, acrescentou.

Imagem de satélite mostra área próxima a igreja em Bucha, na Ucrânia, que se assemelha a valas comuns. Registro é do dia 31 de março Foto: Maxar Technologies / via REUTERS

As imagens provocaram pedidos de investigações de crimes de guerra, à medida que mais relatórios chegam sobre os danos causados nas regiões de Chernihiv e Sumy, também abandonadas pela Rússia. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, condenou “as atrocidades aparentes das forças do Kremlin” e prometeu usar “todas as ferramentas possíveis” para encontrar e punir os responsáveis.

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O primeiro-ministro britânico Boris Johnson prometeu fazer “tudo ao meu alcance para esvaziar a máquina de guerra de Putin”, a medida em que o chefe de inteligência do país chamou os relatos de “assassinatos em estilo de execução de civis emergindo das áreas libertadas” de “horríveis e arrepiantes”. Na região de Kiev, mais de 400 civis foram encontrados mortos, disse o procurador-geral da Ucrânia.

Os líderes europeus apoiaram o pedido de uma investigação independente de crimes de guerra e prometeram responsabilizar a Rússia pelo que o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, descreveu como “brutalidade contra civis que não vemos na Europa há décadas”. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse estar “chocada com relatos de horrores indescritíveis em áreas das quais a Rússia está se retirando”.

O Ministério da Defesa da Rússia, no entanto, questionou a autenticidade de algumas das fotos de Bucha que mostram civis mortos.

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Os pedidos de investigação contra a Rússia surgem no momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, parece concentrar sua força militar no sul e no leste da Ucrânia. Explosões abalaram Odessa, no Sul, no início deste domingo, 3, nos primeiros grandes ataques à cidade portuária estratégica do Mar Negro, e ataques com mísseis também foram relatados na cidade portuária de Mikolaiv, na mesma região.

Presidente da Ucrânia Volodmir Zelenski, no centro, visitou cidade de Bucha, no subúrbio de Kiev, nesta segunda-feira, 4. Destruição da cidade levou presidente a chamar russos de "carniceiros" Foto: Ronaldo Schemidt / AFP

Novas sanções em retaliação à Rússia

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O escopo das possíveis medidas de retaliação dos EUA não está claro, mas, segundo o relato de altos funcionários de Biden ao Washington Post, foi discutido anteriormente “sanções secundárias” que teriam como alvo países que continuam a negociar com a Rússia. O governo Biden também pode impor sanções a setores da economia russa que não atingiu até agora, como a mineração, transporte e áreas adicionais do setor financeiro russo.

Além disso, os Estados Unidos afirma que as cenas em Bucha necessitam ser investigados como crimes de guerra. “É preciso haver responsabilidade por isso”, disse Anthony Blinken.

Outros países do Ocidente também se mobilizam para aumentar as sanções contra a Rússia após os vídeos de Bucha. Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e da França já prometeram pressionar por sanções mais fortes, segundo o Financial Times.

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O governo ucraniano pede há semanas à Casa Branca que expanda sanções para isolar ainda mais a Rússia da economia global. O país já pressionou o governo norte-americano a restringir o acesso de navios russos às vias navegáveis internacionais, para sufocar suas exportações de energia, e a sancionar mais funcionários do governo e aliados do presidente russo Vladimir Putin.

Entre os fatores que dificultam novas sanções, está a dependência energética da Europa com a Rússia. O corte do abastecimento pode representar uma tragédia às economias europeias.

WASHINGTON POST - A retirada de tropas russas em determinadas áreas da Ucrânia revelou uma realidade até então desconhecida da devastação das cidades e da atrocidade da guerra. Imagens da cidade de Bucha, próximo a Kiev, mostram supostas valas comuns e civis mortos na rua após a saída dos russos. O horror levou o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, a chamar as forças russas de “carniceiras, estupradoras e saqueadoras” e pedir mais sanções contra a Rússia. A Ucrânia também pediu que o Tribunal Penal Internacional (TPI) investigue a Rússia por crimes de guerra.

Vídeos verificados pelo jornal The Washington Post mostram corpos de civis espalhados nas ruas de Bucha e carros abandonados e destruídos. E uma imagem de satélite, registrada pela empresa Maxar Technologies, mostra o que parece ser uma vala comum na cidade. Bucha sofreu com bombardeios a partir do dia 27 de fevereiro, no 3º dia de invasão russa na Ucrânia, e moradores ficaram sem eletricidade e gás, segundo o Humans Right Watch.

“Isso é genocídio”, afirmou Zelenski em entrevista ao programa “Face the Nation”, da CBS News, dos Estados Unidos, sobre os civis mortos. “Nós somos os cidadãos da Ucrânia; temos mais de 100 nacionalidades. Trata-se da destruição e extermínio de todas essas nacionalidades”, acrescentou.

Imagem de satélite mostra área próxima a igreja em Bucha, na Ucrânia, que se assemelha a valas comuns. Registro é do dia 31 de março Foto: Maxar Technologies / via REUTERS

As imagens provocaram pedidos de investigações de crimes de guerra, à medida que mais relatórios chegam sobre os danos causados nas regiões de Chernihiv e Sumy, também abandonadas pela Rússia. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, condenou “as atrocidades aparentes das forças do Kremlin” e prometeu usar “todas as ferramentas possíveis” para encontrar e punir os responsáveis.

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson prometeu fazer “tudo ao meu alcance para esvaziar a máquina de guerra de Putin”, a medida em que o chefe de inteligência do país chamou os relatos de “assassinatos em estilo de execução de civis emergindo das áreas libertadas” de “horríveis e arrepiantes”. Na região de Kiev, mais de 400 civis foram encontrados mortos, disse o procurador-geral da Ucrânia.

Os líderes europeus apoiaram o pedido de uma investigação independente de crimes de guerra e prometeram responsabilizar a Rússia pelo que o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, descreveu como “brutalidade contra civis que não vemos na Europa há décadas”. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse estar “chocada com relatos de horrores indescritíveis em áreas das quais a Rússia está se retirando”.

O Ministério da Defesa da Rússia, no entanto, questionou a autenticidade de algumas das fotos de Bucha que mostram civis mortos.

Os pedidos de investigação contra a Rússia surgem no momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, parece concentrar sua força militar no sul e no leste da Ucrânia. Explosões abalaram Odessa, no Sul, no início deste domingo, 3, nos primeiros grandes ataques à cidade portuária estratégica do Mar Negro, e ataques com mísseis também foram relatados na cidade portuária de Mikolaiv, na mesma região.

Presidente da Ucrânia Volodmir Zelenski, no centro, visitou cidade de Bucha, no subúrbio de Kiev, nesta segunda-feira, 4. Destruição da cidade levou presidente a chamar russos de "carniceiros" Foto: Ronaldo Schemidt / AFP

Novas sanções em retaliação à Rússia

O escopo das possíveis medidas de retaliação dos EUA não está claro, mas, segundo o relato de altos funcionários de Biden ao Washington Post, foi discutido anteriormente “sanções secundárias” que teriam como alvo países que continuam a negociar com a Rússia. O governo Biden também pode impor sanções a setores da economia russa que não atingiu até agora, como a mineração, transporte e áreas adicionais do setor financeiro russo.

Além disso, os Estados Unidos afirma que as cenas em Bucha necessitam ser investigados como crimes de guerra. “É preciso haver responsabilidade por isso”, disse Anthony Blinken.

Outros países do Ocidente também se mobilizam para aumentar as sanções contra a Rússia após os vídeos de Bucha. Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e da França já prometeram pressionar por sanções mais fortes, segundo o Financial Times.

O governo ucraniano pede há semanas à Casa Branca que expanda sanções para isolar ainda mais a Rússia da economia global. O país já pressionou o governo norte-americano a restringir o acesso de navios russos às vias navegáveis internacionais, para sufocar suas exportações de energia, e a sancionar mais funcionários do governo e aliados do presidente russo Vladimir Putin.

Entre os fatores que dificultam novas sanções, está a dependência energética da Europa com a Rússia. O corte do abastecimento pode representar uma tragédia às economias europeias.

WASHINGTON POST - A retirada de tropas russas em determinadas áreas da Ucrânia revelou uma realidade até então desconhecida da devastação das cidades e da atrocidade da guerra. Imagens da cidade de Bucha, próximo a Kiev, mostram supostas valas comuns e civis mortos na rua após a saída dos russos. O horror levou o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, a chamar as forças russas de “carniceiras, estupradoras e saqueadoras” e pedir mais sanções contra a Rússia. A Ucrânia também pediu que o Tribunal Penal Internacional (TPI) investigue a Rússia por crimes de guerra.

Vídeos verificados pelo jornal The Washington Post mostram corpos de civis espalhados nas ruas de Bucha e carros abandonados e destruídos. E uma imagem de satélite, registrada pela empresa Maxar Technologies, mostra o que parece ser uma vala comum na cidade. Bucha sofreu com bombardeios a partir do dia 27 de fevereiro, no 3º dia de invasão russa na Ucrânia, e moradores ficaram sem eletricidade e gás, segundo o Humans Right Watch.

“Isso é genocídio”, afirmou Zelenski em entrevista ao programa “Face the Nation”, da CBS News, dos Estados Unidos, sobre os civis mortos. “Nós somos os cidadãos da Ucrânia; temos mais de 100 nacionalidades. Trata-se da destruição e extermínio de todas essas nacionalidades”, acrescentou.

Imagem de satélite mostra área próxima a igreja em Bucha, na Ucrânia, que se assemelha a valas comuns. Registro é do dia 31 de março Foto: Maxar Technologies / via REUTERS

As imagens provocaram pedidos de investigações de crimes de guerra, à medida que mais relatórios chegam sobre os danos causados nas regiões de Chernihiv e Sumy, também abandonadas pela Rússia. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, condenou “as atrocidades aparentes das forças do Kremlin” e prometeu usar “todas as ferramentas possíveis” para encontrar e punir os responsáveis.

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson prometeu fazer “tudo ao meu alcance para esvaziar a máquina de guerra de Putin”, a medida em que o chefe de inteligência do país chamou os relatos de “assassinatos em estilo de execução de civis emergindo das áreas libertadas” de “horríveis e arrepiantes”. Na região de Kiev, mais de 400 civis foram encontrados mortos, disse o procurador-geral da Ucrânia.

Os líderes europeus apoiaram o pedido de uma investigação independente de crimes de guerra e prometeram responsabilizar a Rússia pelo que o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, descreveu como “brutalidade contra civis que não vemos na Europa há décadas”. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse estar “chocada com relatos de horrores indescritíveis em áreas das quais a Rússia está se retirando”.

O Ministério da Defesa da Rússia, no entanto, questionou a autenticidade de algumas das fotos de Bucha que mostram civis mortos.

Os pedidos de investigação contra a Rússia surgem no momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, parece concentrar sua força militar no sul e no leste da Ucrânia. Explosões abalaram Odessa, no Sul, no início deste domingo, 3, nos primeiros grandes ataques à cidade portuária estratégica do Mar Negro, e ataques com mísseis também foram relatados na cidade portuária de Mikolaiv, na mesma região.

Presidente da Ucrânia Volodmir Zelenski, no centro, visitou cidade de Bucha, no subúrbio de Kiev, nesta segunda-feira, 4. Destruição da cidade levou presidente a chamar russos de "carniceiros" Foto: Ronaldo Schemidt / AFP

Novas sanções em retaliação à Rússia

O escopo das possíveis medidas de retaliação dos EUA não está claro, mas, segundo o relato de altos funcionários de Biden ao Washington Post, foi discutido anteriormente “sanções secundárias” que teriam como alvo países que continuam a negociar com a Rússia. O governo Biden também pode impor sanções a setores da economia russa que não atingiu até agora, como a mineração, transporte e áreas adicionais do setor financeiro russo.

Além disso, os Estados Unidos afirma que as cenas em Bucha necessitam ser investigados como crimes de guerra. “É preciso haver responsabilidade por isso”, disse Anthony Blinken.

Outros países do Ocidente também se mobilizam para aumentar as sanções contra a Rússia após os vídeos de Bucha. Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e da França já prometeram pressionar por sanções mais fortes, segundo o Financial Times.

O governo ucraniano pede há semanas à Casa Branca que expanda sanções para isolar ainda mais a Rússia da economia global. O país já pressionou o governo norte-americano a restringir o acesso de navios russos às vias navegáveis internacionais, para sufocar suas exportações de energia, e a sancionar mais funcionários do governo e aliados do presidente russo Vladimir Putin.

Entre os fatores que dificultam novas sanções, está a dependência energética da Europa com a Rússia. O corte do abastecimento pode representar uma tragédia às economias europeias.

WASHINGTON POST - A retirada de tropas russas em determinadas áreas da Ucrânia revelou uma realidade até então desconhecida da devastação das cidades e da atrocidade da guerra. Imagens da cidade de Bucha, próximo a Kiev, mostram supostas valas comuns e civis mortos na rua após a saída dos russos. O horror levou o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, a chamar as forças russas de “carniceiras, estupradoras e saqueadoras” e pedir mais sanções contra a Rússia. A Ucrânia também pediu que o Tribunal Penal Internacional (TPI) investigue a Rússia por crimes de guerra.

Vídeos verificados pelo jornal The Washington Post mostram corpos de civis espalhados nas ruas de Bucha e carros abandonados e destruídos. E uma imagem de satélite, registrada pela empresa Maxar Technologies, mostra o que parece ser uma vala comum na cidade. Bucha sofreu com bombardeios a partir do dia 27 de fevereiro, no 3º dia de invasão russa na Ucrânia, e moradores ficaram sem eletricidade e gás, segundo o Humans Right Watch.

“Isso é genocídio”, afirmou Zelenski em entrevista ao programa “Face the Nation”, da CBS News, dos Estados Unidos, sobre os civis mortos. “Nós somos os cidadãos da Ucrânia; temos mais de 100 nacionalidades. Trata-se da destruição e extermínio de todas essas nacionalidades”, acrescentou.

Imagem de satélite mostra área próxima a igreja em Bucha, na Ucrânia, que se assemelha a valas comuns. Registro é do dia 31 de março Foto: Maxar Technologies / via REUTERS

As imagens provocaram pedidos de investigações de crimes de guerra, à medida que mais relatórios chegam sobre os danos causados nas regiões de Chernihiv e Sumy, também abandonadas pela Rússia. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, condenou “as atrocidades aparentes das forças do Kremlin” e prometeu usar “todas as ferramentas possíveis” para encontrar e punir os responsáveis.

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson prometeu fazer “tudo ao meu alcance para esvaziar a máquina de guerra de Putin”, a medida em que o chefe de inteligência do país chamou os relatos de “assassinatos em estilo de execução de civis emergindo das áreas libertadas” de “horríveis e arrepiantes”. Na região de Kiev, mais de 400 civis foram encontrados mortos, disse o procurador-geral da Ucrânia.

Os líderes europeus apoiaram o pedido de uma investigação independente de crimes de guerra e prometeram responsabilizar a Rússia pelo que o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, descreveu como “brutalidade contra civis que não vemos na Europa há décadas”. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse estar “chocada com relatos de horrores indescritíveis em áreas das quais a Rússia está se retirando”.

O Ministério da Defesa da Rússia, no entanto, questionou a autenticidade de algumas das fotos de Bucha que mostram civis mortos.

Os pedidos de investigação contra a Rússia surgem no momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, parece concentrar sua força militar no sul e no leste da Ucrânia. Explosões abalaram Odessa, no Sul, no início deste domingo, 3, nos primeiros grandes ataques à cidade portuária estratégica do Mar Negro, e ataques com mísseis também foram relatados na cidade portuária de Mikolaiv, na mesma região.

Presidente da Ucrânia Volodmir Zelenski, no centro, visitou cidade de Bucha, no subúrbio de Kiev, nesta segunda-feira, 4. Destruição da cidade levou presidente a chamar russos de "carniceiros" Foto: Ronaldo Schemidt / AFP

Novas sanções em retaliação à Rússia

O escopo das possíveis medidas de retaliação dos EUA não está claro, mas, segundo o relato de altos funcionários de Biden ao Washington Post, foi discutido anteriormente “sanções secundárias” que teriam como alvo países que continuam a negociar com a Rússia. O governo Biden também pode impor sanções a setores da economia russa que não atingiu até agora, como a mineração, transporte e áreas adicionais do setor financeiro russo.

Além disso, os Estados Unidos afirma que as cenas em Bucha necessitam ser investigados como crimes de guerra. “É preciso haver responsabilidade por isso”, disse Anthony Blinken.

Outros países do Ocidente também se mobilizam para aumentar as sanções contra a Rússia após os vídeos de Bucha. Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e da França já prometeram pressionar por sanções mais fortes, segundo o Financial Times.

O governo ucraniano pede há semanas à Casa Branca que expanda sanções para isolar ainda mais a Rússia da economia global. O país já pressionou o governo norte-americano a restringir o acesso de navios russos às vias navegáveis internacionais, para sufocar suas exportações de energia, e a sancionar mais funcionários do governo e aliados do presidente russo Vladimir Putin.

Entre os fatores que dificultam novas sanções, está a dependência energética da Europa com a Rússia. O corte do abastecimento pode representar uma tragédia às economias europeias.

WASHINGTON POST - A retirada de tropas russas em determinadas áreas da Ucrânia revelou uma realidade até então desconhecida da devastação das cidades e da atrocidade da guerra. Imagens da cidade de Bucha, próximo a Kiev, mostram supostas valas comuns e civis mortos na rua após a saída dos russos. O horror levou o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, a chamar as forças russas de “carniceiras, estupradoras e saqueadoras” e pedir mais sanções contra a Rússia. A Ucrânia também pediu que o Tribunal Penal Internacional (TPI) investigue a Rússia por crimes de guerra.

Vídeos verificados pelo jornal The Washington Post mostram corpos de civis espalhados nas ruas de Bucha e carros abandonados e destruídos. E uma imagem de satélite, registrada pela empresa Maxar Technologies, mostra o que parece ser uma vala comum na cidade. Bucha sofreu com bombardeios a partir do dia 27 de fevereiro, no 3º dia de invasão russa na Ucrânia, e moradores ficaram sem eletricidade e gás, segundo o Humans Right Watch.

“Isso é genocídio”, afirmou Zelenski em entrevista ao programa “Face the Nation”, da CBS News, dos Estados Unidos, sobre os civis mortos. “Nós somos os cidadãos da Ucrânia; temos mais de 100 nacionalidades. Trata-se da destruição e extermínio de todas essas nacionalidades”, acrescentou.

Imagem de satélite mostra área próxima a igreja em Bucha, na Ucrânia, que se assemelha a valas comuns. Registro é do dia 31 de março Foto: Maxar Technologies / via REUTERS

As imagens provocaram pedidos de investigações de crimes de guerra, à medida que mais relatórios chegam sobre os danos causados nas regiões de Chernihiv e Sumy, também abandonadas pela Rússia. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, condenou “as atrocidades aparentes das forças do Kremlin” e prometeu usar “todas as ferramentas possíveis” para encontrar e punir os responsáveis.

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson prometeu fazer “tudo ao meu alcance para esvaziar a máquina de guerra de Putin”, a medida em que o chefe de inteligência do país chamou os relatos de “assassinatos em estilo de execução de civis emergindo das áreas libertadas” de “horríveis e arrepiantes”. Na região de Kiev, mais de 400 civis foram encontrados mortos, disse o procurador-geral da Ucrânia.

Os líderes europeus apoiaram o pedido de uma investigação independente de crimes de guerra e prometeram responsabilizar a Rússia pelo que o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, descreveu como “brutalidade contra civis que não vemos na Europa há décadas”. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse estar “chocada com relatos de horrores indescritíveis em áreas das quais a Rússia está se retirando”.

O Ministério da Defesa da Rússia, no entanto, questionou a autenticidade de algumas das fotos de Bucha que mostram civis mortos.

Os pedidos de investigação contra a Rússia surgem no momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, parece concentrar sua força militar no sul e no leste da Ucrânia. Explosões abalaram Odessa, no Sul, no início deste domingo, 3, nos primeiros grandes ataques à cidade portuária estratégica do Mar Negro, e ataques com mísseis também foram relatados na cidade portuária de Mikolaiv, na mesma região.

Presidente da Ucrânia Volodmir Zelenski, no centro, visitou cidade de Bucha, no subúrbio de Kiev, nesta segunda-feira, 4. Destruição da cidade levou presidente a chamar russos de "carniceiros" Foto: Ronaldo Schemidt / AFP

Novas sanções em retaliação à Rússia

O escopo das possíveis medidas de retaliação dos EUA não está claro, mas, segundo o relato de altos funcionários de Biden ao Washington Post, foi discutido anteriormente “sanções secundárias” que teriam como alvo países que continuam a negociar com a Rússia. O governo Biden também pode impor sanções a setores da economia russa que não atingiu até agora, como a mineração, transporte e áreas adicionais do setor financeiro russo.

Além disso, os Estados Unidos afirma que as cenas em Bucha necessitam ser investigados como crimes de guerra. “É preciso haver responsabilidade por isso”, disse Anthony Blinken.

Outros países do Ocidente também se mobilizam para aumentar as sanções contra a Rússia após os vídeos de Bucha. Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e da França já prometeram pressionar por sanções mais fortes, segundo o Financial Times.

O governo ucraniano pede há semanas à Casa Branca que expanda sanções para isolar ainda mais a Rússia da economia global. O país já pressionou o governo norte-americano a restringir o acesso de navios russos às vias navegáveis internacionais, para sufocar suas exportações de energia, e a sancionar mais funcionários do governo e aliados do presidente russo Vladimir Putin.

Entre os fatores que dificultam novas sanções, está a dependência energética da Europa com a Rússia. O corte do abastecimento pode representar uma tragédia às economias europeias.

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