Zelenski luta contra fadiga de aliados na guerra em visita a Congresso dos EUA


Presidente ucraniano pressiona por mais ajuda na guerra em momento que políticos e aliados questionam contraofensiva e ações ucranianas

Por Redação

Em visita aos Estados Unidos com o objetivo de conseguir mais suporte à Ucrânia na guerra contra a Rússia, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski enfrenta uma fadiga entre aliados e políticos relacionado ao apoio na guerra. O líder se reuniu nesta quinta-feira, 21, com senadores e deputados no Capitólio em meio ao crescente questionamento dos americanos sobre a eficácia da contraofensiva ucraniana e viu, durante a viagem, a Polônia anunciar que não iria enviar novos fornecimentos de armas ao país na guerra. A viagem encerrou com um encontro com o presidente Joe Biden, ainda nesta quinta.

Zelenski viu na terça-feira, 19, o presidente da Câmara dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, dizer durante uma entrevista que iria questioná-lo sobre o uso dos recursos destinados pelos americanos à Ucrânia. “Onde está a responsabilidade que já gastamos? Qual é o plano para a vitória? Acho que é isso que os americanos querem saber”, declarou McCarthy em entrevista à emissora ABC News.

Presidente da Ucrânia Volodmir Zelenski com líder da maioria no senado Chuck Schumer (direita) e líder da minoria Mitch McConnell (esquerda), chegam para reunião no Congresso americano, Washington, EUA, 21 de setembro de 2023.  Foto: PEDRO UGARTE / AFP
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Na reunião desta quinta-feira, segundo parlamentares presentes, McCarthy foi mais receptivo com Zelenski, mas questionou-o sobre o plano de vitória na guerra. Zelenski, por sua vez, voltou a falar sobre a necessidade de continuar recebendo armas. “Se não conseguirmos a ajuda, perderemos a guerra”, disse Zelenski durante o encontro com cerca de 50 senadores, segundo o relato do líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, do Partido Democrata.

Apesar da resistência no Congresso, o democrata Joe Biden continua lutando para garantir mais recursos à Ucrânia. Ele apelou ao Congresso nesta quinta-feira a favor da aprovação de um pacote de US$ 24 bilhões (R$ 118 bilhões) e prometeu assegurar apoio à Ucrânia em encontro com Zelenki na Casa Branca.

Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski caminha ao lado do americano Joe Biden na Casa Branca, Washington, EUA, 21 de setembro de 2023.  Foto: EFE/EPA/Evan Vucci / POOL
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O pedido de US$ 24 bilhões adicionais para a guerra é o primeiro feito por Biden desde que os republicanos assumiram a Câmara dos Deputados, em janeiro, com a promessa de não dar um “cheque em branco” para a Ucrânia. Trata-se de um dos maiores testes do apoio bipartidário aos ucranianos na guerra, e Zelenski tenta convencer os políticos a continuarem ajudando-o.

Na opinião de um deputado republicano, Michael McCaul, a aprovação do Congresso é certa, apesar da resistência de alguns membros do partido. No mês passado, um grupo minoritário de 70 republicanos da Câmara votaram pelo corte total da ajuda à Ucrânia.

A despeito disso, o momento é crítico para Zelenski porque a contraofensiva ucraniana contra a Rússia, que se iniciou durante o verão do Hemisfério Norte, teve avanços pequenos perante os gastos cada vez mais altos da guerra. O ucraniano também enfrenta escândalos de corrupção no governo e uma diminuição de apoio da Polônia, um de seus maiores aliados até então, que aplicou sanções aos grãos ucranianos e disse que não vai mais fornecer armas além do prometido.

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O anúncio da Polônia ocorreu depois que Kiev subiu o tom contra Varsóvia em meio às tensões crescentes envolvendo o escoamento de cereais ucranianos sem o acordo de grãos do Mar Negro.

Questionado se daria apoio militar e humanitário a Kiev mesmo com o impasse, o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki respondeu: “não estamos fornecendo nenhum armamento para Ucrânia” e justificou que agora está armando a Polônia com armas mais modernas.

Nos EUA, pesquisas de opinião detectam uma fadiga crescente com relação à guerra. Os americanos estão cada vez mais interessados em resolver os problemas internos e questionam o valor gasto com a Ucrânia. Os líderes aliados da Europa observam a situação com nervosismo. As armas americanas têm sido fundamentais para o sucesso da Ucrânia na resistência às forças russas.

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Desde o início da guerra, o Congresso dos EUA aprovou US$ 113 bilhões em ajuda militar, econômica e humanitária para a Ucrânia, incluindo cerca de US$ 70 bilhões de dólares para segurança, inteligência e outros custos de combate. Cerca de 90% foi gasto ou está designado para ser gasto.

Alguns críticos conservadores da ajuda à Ucrânia prometeram pressionar os republicanos a estabelecerem um limite. A Heritage Foundation, que tem sido uma voz de destaque na direita americana nas críticas sobre a guerra, emitiu um comunicado no início de agosto defendendo que mais dinheiro não seja gasto a menos que o governo Biden faça mais para prestar contas do que foi gasto e articule “um plano com objetivo final.”

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No campo de batalha, a Ucrânia sofreu mais uma ofensiva de ataques aéreos russos nesta quinta-feira, que atingiu pelo menos cinco cidades, feriu dezenas de pessoas e danificou a infraestrutura energética do país. Os mísseis foram lançados horas depois de Zelenski discursar na reunião do Conselho de Segurança da ONU e repetir que a guerra é uma agressão da Rússia. /THE NEW YORK TIMES

Em visita aos Estados Unidos com o objetivo de conseguir mais suporte à Ucrânia na guerra contra a Rússia, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski enfrenta uma fadiga entre aliados e políticos relacionado ao apoio na guerra. O líder se reuniu nesta quinta-feira, 21, com senadores e deputados no Capitólio em meio ao crescente questionamento dos americanos sobre a eficácia da contraofensiva ucraniana e viu, durante a viagem, a Polônia anunciar que não iria enviar novos fornecimentos de armas ao país na guerra. A viagem encerrou com um encontro com o presidente Joe Biden, ainda nesta quinta.

Zelenski viu na terça-feira, 19, o presidente da Câmara dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, dizer durante uma entrevista que iria questioná-lo sobre o uso dos recursos destinados pelos americanos à Ucrânia. “Onde está a responsabilidade que já gastamos? Qual é o plano para a vitória? Acho que é isso que os americanos querem saber”, declarou McCarthy em entrevista à emissora ABC News.

Presidente da Ucrânia Volodmir Zelenski com líder da maioria no senado Chuck Schumer (direita) e líder da minoria Mitch McConnell (esquerda), chegam para reunião no Congresso americano, Washington, EUA, 21 de setembro de 2023.  Foto: PEDRO UGARTE / AFP

Na reunião desta quinta-feira, segundo parlamentares presentes, McCarthy foi mais receptivo com Zelenski, mas questionou-o sobre o plano de vitória na guerra. Zelenski, por sua vez, voltou a falar sobre a necessidade de continuar recebendo armas. “Se não conseguirmos a ajuda, perderemos a guerra”, disse Zelenski durante o encontro com cerca de 50 senadores, segundo o relato do líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, do Partido Democrata.

Apesar da resistência no Congresso, o democrata Joe Biden continua lutando para garantir mais recursos à Ucrânia. Ele apelou ao Congresso nesta quinta-feira a favor da aprovação de um pacote de US$ 24 bilhões (R$ 118 bilhões) e prometeu assegurar apoio à Ucrânia em encontro com Zelenki na Casa Branca.

Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski caminha ao lado do americano Joe Biden na Casa Branca, Washington, EUA, 21 de setembro de 2023.  Foto: EFE/EPA/Evan Vucci / POOL

O pedido de US$ 24 bilhões adicionais para a guerra é o primeiro feito por Biden desde que os republicanos assumiram a Câmara dos Deputados, em janeiro, com a promessa de não dar um “cheque em branco” para a Ucrânia. Trata-se de um dos maiores testes do apoio bipartidário aos ucranianos na guerra, e Zelenski tenta convencer os políticos a continuarem ajudando-o.

Na opinião de um deputado republicano, Michael McCaul, a aprovação do Congresso é certa, apesar da resistência de alguns membros do partido. No mês passado, um grupo minoritário de 70 republicanos da Câmara votaram pelo corte total da ajuda à Ucrânia.

A despeito disso, o momento é crítico para Zelenski porque a contraofensiva ucraniana contra a Rússia, que se iniciou durante o verão do Hemisfério Norte, teve avanços pequenos perante os gastos cada vez mais altos da guerra. O ucraniano também enfrenta escândalos de corrupção no governo e uma diminuição de apoio da Polônia, um de seus maiores aliados até então, que aplicou sanções aos grãos ucranianos e disse que não vai mais fornecer armas além do prometido.

O anúncio da Polônia ocorreu depois que Kiev subiu o tom contra Varsóvia em meio às tensões crescentes envolvendo o escoamento de cereais ucranianos sem o acordo de grãos do Mar Negro.

Questionado se daria apoio militar e humanitário a Kiev mesmo com o impasse, o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki respondeu: “não estamos fornecendo nenhum armamento para Ucrânia” e justificou que agora está armando a Polônia com armas mais modernas.

Nos EUA, pesquisas de opinião detectam uma fadiga crescente com relação à guerra. Os americanos estão cada vez mais interessados em resolver os problemas internos e questionam o valor gasto com a Ucrânia. Os líderes aliados da Europa observam a situação com nervosismo. As armas americanas têm sido fundamentais para o sucesso da Ucrânia na resistência às forças russas.

Desde o início da guerra, o Congresso dos EUA aprovou US$ 113 bilhões em ajuda militar, econômica e humanitária para a Ucrânia, incluindo cerca de US$ 70 bilhões de dólares para segurança, inteligência e outros custos de combate. Cerca de 90% foi gasto ou está designado para ser gasto.

Alguns críticos conservadores da ajuda à Ucrânia prometeram pressionar os republicanos a estabelecerem um limite. A Heritage Foundation, que tem sido uma voz de destaque na direita americana nas críticas sobre a guerra, emitiu um comunicado no início de agosto defendendo que mais dinheiro não seja gasto a menos que o governo Biden faça mais para prestar contas do que foi gasto e articule “um plano com objetivo final.”

No campo de batalha, a Ucrânia sofreu mais uma ofensiva de ataques aéreos russos nesta quinta-feira, que atingiu pelo menos cinco cidades, feriu dezenas de pessoas e danificou a infraestrutura energética do país. Os mísseis foram lançados horas depois de Zelenski discursar na reunião do Conselho de Segurança da ONU e repetir que a guerra é uma agressão da Rússia. /THE NEW YORK TIMES

Em visita aos Estados Unidos com o objetivo de conseguir mais suporte à Ucrânia na guerra contra a Rússia, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski enfrenta uma fadiga entre aliados e políticos relacionado ao apoio na guerra. O líder se reuniu nesta quinta-feira, 21, com senadores e deputados no Capitólio em meio ao crescente questionamento dos americanos sobre a eficácia da contraofensiva ucraniana e viu, durante a viagem, a Polônia anunciar que não iria enviar novos fornecimentos de armas ao país na guerra. A viagem encerrou com um encontro com o presidente Joe Biden, ainda nesta quinta.

Zelenski viu na terça-feira, 19, o presidente da Câmara dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, dizer durante uma entrevista que iria questioná-lo sobre o uso dos recursos destinados pelos americanos à Ucrânia. “Onde está a responsabilidade que já gastamos? Qual é o plano para a vitória? Acho que é isso que os americanos querem saber”, declarou McCarthy em entrevista à emissora ABC News.

Presidente da Ucrânia Volodmir Zelenski com líder da maioria no senado Chuck Schumer (direita) e líder da minoria Mitch McConnell (esquerda), chegam para reunião no Congresso americano, Washington, EUA, 21 de setembro de 2023.  Foto: PEDRO UGARTE / AFP

Na reunião desta quinta-feira, segundo parlamentares presentes, McCarthy foi mais receptivo com Zelenski, mas questionou-o sobre o plano de vitória na guerra. Zelenski, por sua vez, voltou a falar sobre a necessidade de continuar recebendo armas. “Se não conseguirmos a ajuda, perderemos a guerra”, disse Zelenski durante o encontro com cerca de 50 senadores, segundo o relato do líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, do Partido Democrata.

Apesar da resistência no Congresso, o democrata Joe Biden continua lutando para garantir mais recursos à Ucrânia. Ele apelou ao Congresso nesta quinta-feira a favor da aprovação de um pacote de US$ 24 bilhões (R$ 118 bilhões) e prometeu assegurar apoio à Ucrânia em encontro com Zelenki na Casa Branca.

Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski caminha ao lado do americano Joe Biden na Casa Branca, Washington, EUA, 21 de setembro de 2023.  Foto: EFE/EPA/Evan Vucci / POOL

O pedido de US$ 24 bilhões adicionais para a guerra é o primeiro feito por Biden desde que os republicanos assumiram a Câmara dos Deputados, em janeiro, com a promessa de não dar um “cheque em branco” para a Ucrânia. Trata-se de um dos maiores testes do apoio bipartidário aos ucranianos na guerra, e Zelenski tenta convencer os políticos a continuarem ajudando-o.

Na opinião de um deputado republicano, Michael McCaul, a aprovação do Congresso é certa, apesar da resistência de alguns membros do partido. No mês passado, um grupo minoritário de 70 republicanos da Câmara votaram pelo corte total da ajuda à Ucrânia.

A despeito disso, o momento é crítico para Zelenski porque a contraofensiva ucraniana contra a Rússia, que se iniciou durante o verão do Hemisfério Norte, teve avanços pequenos perante os gastos cada vez mais altos da guerra. O ucraniano também enfrenta escândalos de corrupção no governo e uma diminuição de apoio da Polônia, um de seus maiores aliados até então, que aplicou sanções aos grãos ucranianos e disse que não vai mais fornecer armas além do prometido.

O anúncio da Polônia ocorreu depois que Kiev subiu o tom contra Varsóvia em meio às tensões crescentes envolvendo o escoamento de cereais ucranianos sem o acordo de grãos do Mar Negro.

Questionado se daria apoio militar e humanitário a Kiev mesmo com o impasse, o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki respondeu: “não estamos fornecendo nenhum armamento para Ucrânia” e justificou que agora está armando a Polônia com armas mais modernas.

Nos EUA, pesquisas de opinião detectam uma fadiga crescente com relação à guerra. Os americanos estão cada vez mais interessados em resolver os problemas internos e questionam o valor gasto com a Ucrânia. Os líderes aliados da Europa observam a situação com nervosismo. As armas americanas têm sido fundamentais para o sucesso da Ucrânia na resistência às forças russas.

Desde o início da guerra, o Congresso dos EUA aprovou US$ 113 bilhões em ajuda militar, econômica e humanitária para a Ucrânia, incluindo cerca de US$ 70 bilhões de dólares para segurança, inteligência e outros custos de combate. Cerca de 90% foi gasto ou está designado para ser gasto.

Alguns críticos conservadores da ajuda à Ucrânia prometeram pressionar os republicanos a estabelecerem um limite. A Heritage Foundation, que tem sido uma voz de destaque na direita americana nas críticas sobre a guerra, emitiu um comunicado no início de agosto defendendo que mais dinheiro não seja gasto a menos que o governo Biden faça mais para prestar contas do que foi gasto e articule “um plano com objetivo final.”

No campo de batalha, a Ucrânia sofreu mais uma ofensiva de ataques aéreos russos nesta quinta-feira, que atingiu pelo menos cinco cidades, feriu dezenas de pessoas e danificou a infraestrutura energética do país. Os mísseis foram lançados horas depois de Zelenski discursar na reunião do Conselho de Segurança da ONU e repetir que a guerra é uma agressão da Rússia. /THE NEW YORK TIMES

Em visita aos Estados Unidos com o objetivo de conseguir mais suporte à Ucrânia na guerra contra a Rússia, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski enfrenta uma fadiga entre aliados e políticos relacionado ao apoio na guerra. O líder se reuniu nesta quinta-feira, 21, com senadores e deputados no Capitólio em meio ao crescente questionamento dos americanos sobre a eficácia da contraofensiva ucraniana e viu, durante a viagem, a Polônia anunciar que não iria enviar novos fornecimentos de armas ao país na guerra. A viagem encerrou com um encontro com o presidente Joe Biden, ainda nesta quinta.

Zelenski viu na terça-feira, 19, o presidente da Câmara dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, dizer durante uma entrevista que iria questioná-lo sobre o uso dos recursos destinados pelos americanos à Ucrânia. “Onde está a responsabilidade que já gastamos? Qual é o plano para a vitória? Acho que é isso que os americanos querem saber”, declarou McCarthy em entrevista à emissora ABC News.

Presidente da Ucrânia Volodmir Zelenski com líder da maioria no senado Chuck Schumer (direita) e líder da minoria Mitch McConnell (esquerda), chegam para reunião no Congresso americano, Washington, EUA, 21 de setembro de 2023.  Foto: PEDRO UGARTE / AFP

Na reunião desta quinta-feira, segundo parlamentares presentes, McCarthy foi mais receptivo com Zelenski, mas questionou-o sobre o plano de vitória na guerra. Zelenski, por sua vez, voltou a falar sobre a necessidade de continuar recebendo armas. “Se não conseguirmos a ajuda, perderemos a guerra”, disse Zelenski durante o encontro com cerca de 50 senadores, segundo o relato do líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, do Partido Democrata.

Apesar da resistência no Congresso, o democrata Joe Biden continua lutando para garantir mais recursos à Ucrânia. Ele apelou ao Congresso nesta quinta-feira a favor da aprovação de um pacote de US$ 24 bilhões (R$ 118 bilhões) e prometeu assegurar apoio à Ucrânia em encontro com Zelenki na Casa Branca.

Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski caminha ao lado do americano Joe Biden na Casa Branca, Washington, EUA, 21 de setembro de 2023.  Foto: EFE/EPA/Evan Vucci / POOL

O pedido de US$ 24 bilhões adicionais para a guerra é o primeiro feito por Biden desde que os republicanos assumiram a Câmara dos Deputados, em janeiro, com a promessa de não dar um “cheque em branco” para a Ucrânia. Trata-se de um dos maiores testes do apoio bipartidário aos ucranianos na guerra, e Zelenski tenta convencer os políticos a continuarem ajudando-o.

Na opinião de um deputado republicano, Michael McCaul, a aprovação do Congresso é certa, apesar da resistência de alguns membros do partido. No mês passado, um grupo minoritário de 70 republicanos da Câmara votaram pelo corte total da ajuda à Ucrânia.

A despeito disso, o momento é crítico para Zelenski porque a contraofensiva ucraniana contra a Rússia, que se iniciou durante o verão do Hemisfério Norte, teve avanços pequenos perante os gastos cada vez mais altos da guerra. O ucraniano também enfrenta escândalos de corrupção no governo e uma diminuição de apoio da Polônia, um de seus maiores aliados até então, que aplicou sanções aos grãos ucranianos e disse que não vai mais fornecer armas além do prometido.

O anúncio da Polônia ocorreu depois que Kiev subiu o tom contra Varsóvia em meio às tensões crescentes envolvendo o escoamento de cereais ucranianos sem o acordo de grãos do Mar Negro.

Questionado se daria apoio militar e humanitário a Kiev mesmo com o impasse, o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki respondeu: “não estamos fornecendo nenhum armamento para Ucrânia” e justificou que agora está armando a Polônia com armas mais modernas.

Nos EUA, pesquisas de opinião detectam uma fadiga crescente com relação à guerra. Os americanos estão cada vez mais interessados em resolver os problemas internos e questionam o valor gasto com a Ucrânia. Os líderes aliados da Europa observam a situação com nervosismo. As armas americanas têm sido fundamentais para o sucesso da Ucrânia na resistência às forças russas.

Desde o início da guerra, o Congresso dos EUA aprovou US$ 113 bilhões em ajuda militar, econômica e humanitária para a Ucrânia, incluindo cerca de US$ 70 bilhões de dólares para segurança, inteligência e outros custos de combate. Cerca de 90% foi gasto ou está designado para ser gasto.

Alguns críticos conservadores da ajuda à Ucrânia prometeram pressionar os republicanos a estabelecerem um limite. A Heritage Foundation, que tem sido uma voz de destaque na direita americana nas críticas sobre a guerra, emitiu um comunicado no início de agosto defendendo que mais dinheiro não seja gasto a menos que o governo Biden faça mais para prestar contas do que foi gasto e articule “um plano com objetivo final.”

No campo de batalha, a Ucrânia sofreu mais uma ofensiva de ataques aéreos russos nesta quinta-feira, que atingiu pelo menos cinco cidades, feriu dezenas de pessoas e danificou a infraestrutura energética do país. Os mísseis foram lançados horas depois de Zelenski discursar na reunião do Conselho de Segurança da ONU e repetir que a guerra é uma agressão da Rússia. /THE NEW YORK TIMES

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