Zelenski pede na ONU que Rússia seja punida: ‘Eles devem pagar o preço por esta guerra’


Em discurso pré-gravado, presidente ucraniano pediu que Moscou perca direito ao voto e ao veto e seja indiciado em um tribunal especial

Por Redação
Atualização:

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, pediu na Assembleia-Geral das Nações Unidas que a Rússia perca o direito ao voto e o direito ao veto na instituição e no Conselho de Segurança e seja indiciado em um tribunal especial por crimes de guerra, como punição pela guerra na Ucrânia. Em um discurso pré-gravado, anterior às ameaças de Putin de guerra nuclear, Zelenski diz que a Rússia “deve pagar o preço por esta guerra” e que as forças ucranianas “podem devolver a bandeira da Ucrânia a todo território”.

Para Zelenski, um tribunal especial serviria de mensagem a outros países para que preservem a paz. Durante sua fala, o presidente reiterou o desejo e necessidade de que haja punição à Rússia pelos crimes cometidos durante o conflito, como violação à integridade do território e soberania ucraniana, exemplificou. “Nós queremos paz, a Europa quer paz, o mundo quer paz”, declarou.

“Enquanto o agressor for parte da tomada de decisões nas organizações internacionais, ele deve ser isolado delas”, acrescentou.

continua após a publicidade
Representantes das Nações Unidas assistem discurso pré-gravado do presidente ucraniano Volodmir Zelenski durante a Assembleia-Geral da ONU, nesta quarta-feira, 21 Foto: Anna Moneymaker / AFP

O presidente ucraniano ainda pediu um fundo de compensação para que a Rússia possa “pagar o preço” pelos danos causados na Ucrânia. Ele avalia que essa seria uma das principais punições, uma vez que as autoridades russas “valorizam dinheiro acima de tudo”. “Petróleo e gás são as armas energéticas da Rússia”, afirmou Zelenski.

No discurso, Zelenski não faz referências às últimas declarações de Vladimir Putin, que convocou reservistas russos para lutar no conflito e ameaçou o Ocidente com uma guerra nuclear. Entretanto, em uma entrevista à emissora alemã Bild concedida na manhã desta quarta, o presidente ucraniano disse que não acha que as armas nucleares serão utilizadas. “Não acho que o mundo deixará isso acontecer”, declarou.

continua após a publicidade

Zelenski também externou o temor que a Rússia prepare novas ofensivas ou reforce suas posições durante o inverno do Hemisfério Norte, no fim deste ano. Por isso, pediu mais apoio militar aos aliados e descartou o fim das hostilidades em um futuro próximo. “Não podemos aceitar adiar a guerra”, disse.

Guerra protagoniza encontro da ONU

continua após a publicidade

A guerra na Ucrânia dominou o encontro da ONU esta semana, quase sete meses depois que a Rússia invadiu o país e transformou o conflito no maior confronto militar na Europa desde a 2ª Guerra. Líderes ocidentais como os presidente dos EUA, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, colocaram o assunto em primeiro lugar em seus discursos.

Desde que o conflito teve início, os países-membros da ONU o repudiam nas reuniões, mas não conseguem interrompê-lo. Um dia depois do início da guerra, em 24 de fevereiro, a Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança, vetou uma resolução que demandava o fim dos ataques e a retirada de todas as suas tropas do território ucraniano. No mês seguinte, em março, a ONU condenou a invasão na Assembleia Geral por 141 votos e pediu um cessar-fogo imediato do conflito.

Imagem mostra transmissão do discurso gravado do presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, na Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira, 21 Foto: Angela Weiss/AFP
continua após a publicidade

Nesta quarta-feira, Joe Biden repudiou a guerra e disse que ela tem o objetivo de “extinguir o direito da Ucrânia de existir como um Estado. As declarações de Putin foram chamadas pelo presidente americano de “ameaças nucleares irresponsáveis”. “Uma guerra nuclear nunca pode ser vencida e nunca pode ser travada”, declarou.

Ao acusar Putin de violar a carta base de formação da ONU, Biden convocou todas as nações, sejam democráticas ou autocracias, a se manifestarem contra a “guerra brutal e desnecessária” da Rússia e a reforçar o esforço da Ucrânia para se defender.

Zelenski diz que mundo ‘não pode aceitar’ ameaças de Putin

continua após a publicidade

Apesar do discurso da ONU não citar as declarações de Putin, por ter sido pré-gravado, Zelenski comentou o assunto à Bild TV na manhã desta quarta-feira e disse que o mundo não pode aceitar as ameaças de Putin. “Amanhã Putin poderá dizer: ‘queremos uma parte da Polônia além da Ucrânia, se não, usaremos armas nucleares’”, declarou. “Não podemos aceitar esse tipo de compromisso”.

O ucraniano ainda afirmou que as forças do país vão seguir com a contraofensiva iniciada há algumas semanas no sul e no leste do país. A Rússia corre para realizar referendos nestes territórios, dominados nos primeiros meses de guerra, mas Zelenski está confiante que as tropas irão retomá-los. “Putin quer afogar a Ucrânia em sangue, incluindo o de seus próprios soldados”, declarou o presidente ucraniano.

“Ele precisa de um exército de vários milhões de pessoas contra nós, porque vê que grande parte dos que chegam fogem”, continuou Zelenski, se referindo à convocação dos soldados russos. “Sabemos que eles mobilizaram cadetes, meninos que não sabiam lutar. Não conseguiram nem terminar o treinamento”. /AFP, EFE, AP, NYT

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, pediu na Assembleia-Geral das Nações Unidas que a Rússia perca o direito ao voto e o direito ao veto na instituição e no Conselho de Segurança e seja indiciado em um tribunal especial por crimes de guerra, como punição pela guerra na Ucrânia. Em um discurso pré-gravado, anterior às ameaças de Putin de guerra nuclear, Zelenski diz que a Rússia “deve pagar o preço por esta guerra” e que as forças ucranianas “podem devolver a bandeira da Ucrânia a todo território”.

Para Zelenski, um tribunal especial serviria de mensagem a outros países para que preservem a paz. Durante sua fala, o presidente reiterou o desejo e necessidade de que haja punição à Rússia pelos crimes cometidos durante o conflito, como violação à integridade do território e soberania ucraniana, exemplificou. “Nós queremos paz, a Europa quer paz, o mundo quer paz”, declarou.

“Enquanto o agressor for parte da tomada de decisões nas organizações internacionais, ele deve ser isolado delas”, acrescentou.

Representantes das Nações Unidas assistem discurso pré-gravado do presidente ucraniano Volodmir Zelenski durante a Assembleia-Geral da ONU, nesta quarta-feira, 21 Foto: Anna Moneymaker / AFP

O presidente ucraniano ainda pediu um fundo de compensação para que a Rússia possa “pagar o preço” pelos danos causados na Ucrânia. Ele avalia que essa seria uma das principais punições, uma vez que as autoridades russas “valorizam dinheiro acima de tudo”. “Petróleo e gás são as armas energéticas da Rússia”, afirmou Zelenski.

No discurso, Zelenski não faz referências às últimas declarações de Vladimir Putin, que convocou reservistas russos para lutar no conflito e ameaçou o Ocidente com uma guerra nuclear. Entretanto, em uma entrevista à emissora alemã Bild concedida na manhã desta quarta, o presidente ucraniano disse que não acha que as armas nucleares serão utilizadas. “Não acho que o mundo deixará isso acontecer”, declarou.

Zelenski também externou o temor que a Rússia prepare novas ofensivas ou reforce suas posições durante o inverno do Hemisfério Norte, no fim deste ano. Por isso, pediu mais apoio militar aos aliados e descartou o fim das hostilidades em um futuro próximo. “Não podemos aceitar adiar a guerra”, disse.

Guerra protagoniza encontro da ONU

A guerra na Ucrânia dominou o encontro da ONU esta semana, quase sete meses depois que a Rússia invadiu o país e transformou o conflito no maior confronto militar na Europa desde a 2ª Guerra. Líderes ocidentais como os presidente dos EUA, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, colocaram o assunto em primeiro lugar em seus discursos.

Desde que o conflito teve início, os países-membros da ONU o repudiam nas reuniões, mas não conseguem interrompê-lo. Um dia depois do início da guerra, em 24 de fevereiro, a Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança, vetou uma resolução que demandava o fim dos ataques e a retirada de todas as suas tropas do território ucraniano. No mês seguinte, em março, a ONU condenou a invasão na Assembleia Geral por 141 votos e pediu um cessar-fogo imediato do conflito.

Imagem mostra transmissão do discurso gravado do presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, na Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira, 21 Foto: Angela Weiss/AFP

Nesta quarta-feira, Joe Biden repudiou a guerra e disse que ela tem o objetivo de “extinguir o direito da Ucrânia de existir como um Estado. As declarações de Putin foram chamadas pelo presidente americano de “ameaças nucleares irresponsáveis”. “Uma guerra nuclear nunca pode ser vencida e nunca pode ser travada”, declarou.

Ao acusar Putin de violar a carta base de formação da ONU, Biden convocou todas as nações, sejam democráticas ou autocracias, a se manifestarem contra a “guerra brutal e desnecessária” da Rússia e a reforçar o esforço da Ucrânia para se defender.

Zelenski diz que mundo ‘não pode aceitar’ ameaças de Putin

Apesar do discurso da ONU não citar as declarações de Putin, por ter sido pré-gravado, Zelenski comentou o assunto à Bild TV na manhã desta quarta-feira e disse que o mundo não pode aceitar as ameaças de Putin. “Amanhã Putin poderá dizer: ‘queremos uma parte da Polônia além da Ucrânia, se não, usaremos armas nucleares’”, declarou. “Não podemos aceitar esse tipo de compromisso”.

O ucraniano ainda afirmou que as forças do país vão seguir com a contraofensiva iniciada há algumas semanas no sul e no leste do país. A Rússia corre para realizar referendos nestes territórios, dominados nos primeiros meses de guerra, mas Zelenski está confiante que as tropas irão retomá-los. “Putin quer afogar a Ucrânia em sangue, incluindo o de seus próprios soldados”, declarou o presidente ucraniano.

“Ele precisa de um exército de vários milhões de pessoas contra nós, porque vê que grande parte dos que chegam fogem”, continuou Zelenski, se referindo à convocação dos soldados russos. “Sabemos que eles mobilizaram cadetes, meninos que não sabiam lutar. Não conseguiram nem terminar o treinamento”. /AFP, EFE, AP, NYT

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, pediu na Assembleia-Geral das Nações Unidas que a Rússia perca o direito ao voto e o direito ao veto na instituição e no Conselho de Segurança e seja indiciado em um tribunal especial por crimes de guerra, como punição pela guerra na Ucrânia. Em um discurso pré-gravado, anterior às ameaças de Putin de guerra nuclear, Zelenski diz que a Rússia “deve pagar o preço por esta guerra” e que as forças ucranianas “podem devolver a bandeira da Ucrânia a todo território”.

Para Zelenski, um tribunal especial serviria de mensagem a outros países para que preservem a paz. Durante sua fala, o presidente reiterou o desejo e necessidade de que haja punição à Rússia pelos crimes cometidos durante o conflito, como violação à integridade do território e soberania ucraniana, exemplificou. “Nós queremos paz, a Europa quer paz, o mundo quer paz”, declarou.

“Enquanto o agressor for parte da tomada de decisões nas organizações internacionais, ele deve ser isolado delas”, acrescentou.

Representantes das Nações Unidas assistem discurso pré-gravado do presidente ucraniano Volodmir Zelenski durante a Assembleia-Geral da ONU, nesta quarta-feira, 21 Foto: Anna Moneymaker / AFP

O presidente ucraniano ainda pediu um fundo de compensação para que a Rússia possa “pagar o preço” pelos danos causados na Ucrânia. Ele avalia que essa seria uma das principais punições, uma vez que as autoridades russas “valorizam dinheiro acima de tudo”. “Petróleo e gás são as armas energéticas da Rússia”, afirmou Zelenski.

No discurso, Zelenski não faz referências às últimas declarações de Vladimir Putin, que convocou reservistas russos para lutar no conflito e ameaçou o Ocidente com uma guerra nuclear. Entretanto, em uma entrevista à emissora alemã Bild concedida na manhã desta quarta, o presidente ucraniano disse que não acha que as armas nucleares serão utilizadas. “Não acho que o mundo deixará isso acontecer”, declarou.

Zelenski também externou o temor que a Rússia prepare novas ofensivas ou reforce suas posições durante o inverno do Hemisfério Norte, no fim deste ano. Por isso, pediu mais apoio militar aos aliados e descartou o fim das hostilidades em um futuro próximo. “Não podemos aceitar adiar a guerra”, disse.

Guerra protagoniza encontro da ONU

A guerra na Ucrânia dominou o encontro da ONU esta semana, quase sete meses depois que a Rússia invadiu o país e transformou o conflito no maior confronto militar na Europa desde a 2ª Guerra. Líderes ocidentais como os presidente dos EUA, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, colocaram o assunto em primeiro lugar em seus discursos.

Desde que o conflito teve início, os países-membros da ONU o repudiam nas reuniões, mas não conseguem interrompê-lo. Um dia depois do início da guerra, em 24 de fevereiro, a Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança, vetou uma resolução que demandava o fim dos ataques e a retirada de todas as suas tropas do território ucraniano. No mês seguinte, em março, a ONU condenou a invasão na Assembleia Geral por 141 votos e pediu um cessar-fogo imediato do conflito.

Imagem mostra transmissão do discurso gravado do presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, na Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira, 21 Foto: Angela Weiss/AFP

Nesta quarta-feira, Joe Biden repudiou a guerra e disse que ela tem o objetivo de “extinguir o direito da Ucrânia de existir como um Estado. As declarações de Putin foram chamadas pelo presidente americano de “ameaças nucleares irresponsáveis”. “Uma guerra nuclear nunca pode ser vencida e nunca pode ser travada”, declarou.

Ao acusar Putin de violar a carta base de formação da ONU, Biden convocou todas as nações, sejam democráticas ou autocracias, a se manifestarem contra a “guerra brutal e desnecessária” da Rússia e a reforçar o esforço da Ucrânia para se defender.

Zelenski diz que mundo ‘não pode aceitar’ ameaças de Putin

Apesar do discurso da ONU não citar as declarações de Putin, por ter sido pré-gravado, Zelenski comentou o assunto à Bild TV na manhã desta quarta-feira e disse que o mundo não pode aceitar as ameaças de Putin. “Amanhã Putin poderá dizer: ‘queremos uma parte da Polônia além da Ucrânia, se não, usaremos armas nucleares’”, declarou. “Não podemos aceitar esse tipo de compromisso”.

O ucraniano ainda afirmou que as forças do país vão seguir com a contraofensiva iniciada há algumas semanas no sul e no leste do país. A Rússia corre para realizar referendos nestes territórios, dominados nos primeiros meses de guerra, mas Zelenski está confiante que as tropas irão retomá-los. “Putin quer afogar a Ucrânia em sangue, incluindo o de seus próprios soldados”, declarou o presidente ucraniano.

“Ele precisa de um exército de vários milhões de pessoas contra nós, porque vê que grande parte dos que chegam fogem”, continuou Zelenski, se referindo à convocação dos soldados russos. “Sabemos que eles mobilizaram cadetes, meninos que não sabiam lutar. Não conseguiram nem terminar o treinamento”. /AFP, EFE, AP, NYT

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, pediu na Assembleia-Geral das Nações Unidas que a Rússia perca o direito ao voto e o direito ao veto na instituição e no Conselho de Segurança e seja indiciado em um tribunal especial por crimes de guerra, como punição pela guerra na Ucrânia. Em um discurso pré-gravado, anterior às ameaças de Putin de guerra nuclear, Zelenski diz que a Rússia “deve pagar o preço por esta guerra” e que as forças ucranianas “podem devolver a bandeira da Ucrânia a todo território”.

Para Zelenski, um tribunal especial serviria de mensagem a outros países para que preservem a paz. Durante sua fala, o presidente reiterou o desejo e necessidade de que haja punição à Rússia pelos crimes cometidos durante o conflito, como violação à integridade do território e soberania ucraniana, exemplificou. “Nós queremos paz, a Europa quer paz, o mundo quer paz”, declarou.

“Enquanto o agressor for parte da tomada de decisões nas organizações internacionais, ele deve ser isolado delas”, acrescentou.

Representantes das Nações Unidas assistem discurso pré-gravado do presidente ucraniano Volodmir Zelenski durante a Assembleia-Geral da ONU, nesta quarta-feira, 21 Foto: Anna Moneymaker / AFP

O presidente ucraniano ainda pediu um fundo de compensação para que a Rússia possa “pagar o preço” pelos danos causados na Ucrânia. Ele avalia que essa seria uma das principais punições, uma vez que as autoridades russas “valorizam dinheiro acima de tudo”. “Petróleo e gás são as armas energéticas da Rússia”, afirmou Zelenski.

No discurso, Zelenski não faz referências às últimas declarações de Vladimir Putin, que convocou reservistas russos para lutar no conflito e ameaçou o Ocidente com uma guerra nuclear. Entretanto, em uma entrevista à emissora alemã Bild concedida na manhã desta quarta, o presidente ucraniano disse que não acha que as armas nucleares serão utilizadas. “Não acho que o mundo deixará isso acontecer”, declarou.

Zelenski também externou o temor que a Rússia prepare novas ofensivas ou reforce suas posições durante o inverno do Hemisfério Norte, no fim deste ano. Por isso, pediu mais apoio militar aos aliados e descartou o fim das hostilidades em um futuro próximo. “Não podemos aceitar adiar a guerra”, disse.

Guerra protagoniza encontro da ONU

A guerra na Ucrânia dominou o encontro da ONU esta semana, quase sete meses depois que a Rússia invadiu o país e transformou o conflito no maior confronto militar na Europa desde a 2ª Guerra. Líderes ocidentais como os presidente dos EUA, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, colocaram o assunto em primeiro lugar em seus discursos.

Desde que o conflito teve início, os países-membros da ONU o repudiam nas reuniões, mas não conseguem interrompê-lo. Um dia depois do início da guerra, em 24 de fevereiro, a Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança, vetou uma resolução que demandava o fim dos ataques e a retirada de todas as suas tropas do território ucraniano. No mês seguinte, em março, a ONU condenou a invasão na Assembleia Geral por 141 votos e pediu um cessar-fogo imediato do conflito.

Imagem mostra transmissão do discurso gravado do presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, na Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira, 21 Foto: Angela Weiss/AFP

Nesta quarta-feira, Joe Biden repudiou a guerra e disse que ela tem o objetivo de “extinguir o direito da Ucrânia de existir como um Estado. As declarações de Putin foram chamadas pelo presidente americano de “ameaças nucleares irresponsáveis”. “Uma guerra nuclear nunca pode ser vencida e nunca pode ser travada”, declarou.

Ao acusar Putin de violar a carta base de formação da ONU, Biden convocou todas as nações, sejam democráticas ou autocracias, a se manifestarem contra a “guerra brutal e desnecessária” da Rússia e a reforçar o esforço da Ucrânia para se defender.

Zelenski diz que mundo ‘não pode aceitar’ ameaças de Putin

Apesar do discurso da ONU não citar as declarações de Putin, por ter sido pré-gravado, Zelenski comentou o assunto à Bild TV na manhã desta quarta-feira e disse que o mundo não pode aceitar as ameaças de Putin. “Amanhã Putin poderá dizer: ‘queremos uma parte da Polônia além da Ucrânia, se não, usaremos armas nucleares’”, declarou. “Não podemos aceitar esse tipo de compromisso”.

O ucraniano ainda afirmou que as forças do país vão seguir com a contraofensiva iniciada há algumas semanas no sul e no leste do país. A Rússia corre para realizar referendos nestes territórios, dominados nos primeiros meses de guerra, mas Zelenski está confiante que as tropas irão retomá-los. “Putin quer afogar a Ucrânia em sangue, incluindo o de seus próprios soldados”, declarou o presidente ucraniano.

“Ele precisa de um exército de vários milhões de pessoas contra nós, porque vê que grande parte dos que chegam fogem”, continuou Zelenski, se referindo à convocação dos soldados russos. “Sabemos que eles mobilizaram cadetes, meninos que não sabiam lutar. Não conseguiram nem terminar o treinamento”. /AFP, EFE, AP, NYT

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, pediu na Assembleia-Geral das Nações Unidas que a Rússia perca o direito ao voto e o direito ao veto na instituição e no Conselho de Segurança e seja indiciado em um tribunal especial por crimes de guerra, como punição pela guerra na Ucrânia. Em um discurso pré-gravado, anterior às ameaças de Putin de guerra nuclear, Zelenski diz que a Rússia “deve pagar o preço por esta guerra” e que as forças ucranianas “podem devolver a bandeira da Ucrânia a todo território”.

Para Zelenski, um tribunal especial serviria de mensagem a outros países para que preservem a paz. Durante sua fala, o presidente reiterou o desejo e necessidade de que haja punição à Rússia pelos crimes cometidos durante o conflito, como violação à integridade do território e soberania ucraniana, exemplificou. “Nós queremos paz, a Europa quer paz, o mundo quer paz”, declarou.

“Enquanto o agressor for parte da tomada de decisões nas organizações internacionais, ele deve ser isolado delas”, acrescentou.

Representantes das Nações Unidas assistem discurso pré-gravado do presidente ucraniano Volodmir Zelenski durante a Assembleia-Geral da ONU, nesta quarta-feira, 21 Foto: Anna Moneymaker / AFP

O presidente ucraniano ainda pediu um fundo de compensação para que a Rússia possa “pagar o preço” pelos danos causados na Ucrânia. Ele avalia que essa seria uma das principais punições, uma vez que as autoridades russas “valorizam dinheiro acima de tudo”. “Petróleo e gás são as armas energéticas da Rússia”, afirmou Zelenski.

No discurso, Zelenski não faz referências às últimas declarações de Vladimir Putin, que convocou reservistas russos para lutar no conflito e ameaçou o Ocidente com uma guerra nuclear. Entretanto, em uma entrevista à emissora alemã Bild concedida na manhã desta quarta, o presidente ucraniano disse que não acha que as armas nucleares serão utilizadas. “Não acho que o mundo deixará isso acontecer”, declarou.

Zelenski também externou o temor que a Rússia prepare novas ofensivas ou reforce suas posições durante o inverno do Hemisfério Norte, no fim deste ano. Por isso, pediu mais apoio militar aos aliados e descartou o fim das hostilidades em um futuro próximo. “Não podemos aceitar adiar a guerra”, disse.

Guerra protagoniza encontro da ONU

A guerra na Ucrânia dominou o encontro da ONU esta semana, quase sete meses depois que a Rússia invadiu o país e transformou o conflito no maior confronto militar na Europa desde a 2ª Guerra. Líderes ocidentais como os presidente dos EUA, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, colocaram o assunto em primeiro lugar em seus discursos.

Desde que o conflito teve início, os países-membros da ONU o repudiam nas reuniões, mas não conseguem interrompê-lo. Um dia depois do início da guerra, em 24 de fevereiro, a Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança, vetou uma resolução que demandava o fim dos ataques e a retirada de todas as suas tropas do território ucraniano. No mês seguinte, em março, a ONU condenou a invasão na Assembleia Geral por 141 votos e pediu um cessar-fogo imediato do conflito.

Imagem mostra transmissão do discurso gravado do presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, na Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira, 21 Foto: Angela Weiss/AFP

Nesta quarta-feira, Joe Biden repudiou a guerra e disse que ela tem o objetivo de “extinguir o direito da Ucrânia de existir como um Estado. As declarações de Putin foram chamadas pelo presidente americano de “ameaças nucleares irresponsáveis”. “Uma guerra nuclear nunca pode ser vencida e nunca pode ser travada”, declarou.

Ao acusar Putin de violar a carta base de formação da ONU, Biden convocou todas as nações, sejam democráticas ou autocracias, a se manifestarem contra a “guerra brutal e desnecessária” da Rússia e a reforçar o esforço da Ucrânia para se defender.

Zelenski diz que mundo ‘não pode aceitar’ ameaças de Putin

Apesar do discurso da ONU não citar as declarações de Putin, por ter sido pré-gravado, Zelenski comentou o assunto à Bild TV na manhã desta quarta-feira e disse que o mundo não pode aceitar as ameaças de Putin. “Amanhã Putin poderá dizer: ‘queremos uma parte da Polônia além da Ucrânia, se não, usaremos armas nucleares’”, declarou. “Não podemos aceitar esse tipo de compromisso”.

O ucraniano ainda afirmou que as forças do país vão seguir com a contraofensiva iniciada há algumas semanas no sul e no leste do país. A Rússia corre para realizar referendos nestes territórios, dominados nos primeiros meses de guerra, mas Zelenski está confiante que as tropas irão retomá-los. “Putin quer afogar a Ucrânia em sangue, incluindo o de seus próprios soldados”, declarou o presidente ucraniano.

“Ele precisa de um exército de vários milhões de pessoas contra nós, porque vê que grande parte dos que chegam fogem”, continuou Zelenski, se referindo à convocação dos soldados russos. “Sabemos que eles mobilizaram cadetes, meninos que não sabiam lutar. Não conseguiram nem terminar o treinamento”. /AFP, EFE, AP, NYT

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.