Exclusividade sem limites


Empresas de customização prometem transformar sonhos em veículos

Para atender públicos variados, as montadoras oferecem um grande leque de veículos, em diversos segmentos, e investem cada vez mais nos chamados acessórios originais. Mas fazer um carro sob medida para um determinado cliente é inviável para as grandes fabricantes. É aí que entram as empresas de personalização. Os profissionais do setor dizem que podem transformar qualquer sonho em realidade. Mas isso tem preço. O investimento pode facilmente ultrapassar os R$ 100 mil. Antes de começar afazer modificações como preparar o motor, instalar para-choques grandes ou rebaixar a suspensão, por exemplo, é preciso consultar os órgãos de trânsito. Se a alteração for legal, o próprio dono do carro pode ir ao Detran requisitar a autorização ou procurar por despachantes, que cobram entre R$ 500 e R$ 1.500 pelo serviço. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia autorização do órgão de trânsito, fazer ou ordenar que sejam feitas modificações nas características do veículo. Conforme o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), com a aprovação e após feitas as modificações, o veículo deve ser avaliado por um órgão de inspeção, que vai verificar suas condições de segurança. Depois de aprovado nessa fase será emitido um documento que permite sua circulação em vias públicas. Batistinha e sua série Landau "Em geral, o cliente já chega com um projeto pronto. Converso bastante para entender o que ele quer. A intenção é fazer algo que tenha a cara do dono. Cabe a nós compreender a ideia’", diz Fernando Batista, da Batistinha Garage (3392-2233), na Barra Funda, zona oeste. Para Batistinha, como ele é conhecido, não existem limites para a personalização. "Se o cliente quiser, instalo um aparelho de som de R$ 200 ou um projeto completo de R$ 40 mil." Ele diz que a série de cinco Landau feitos para a Coca-Cola foi a que mais deu trabalho. "Pediram que os carros fossem restaurados antes de personalizá-los. Todos são vermelhos, mas cada um deles tem detalhes exclusivos." Carros de exposição podem sair bem caro Na Mooca, zona leste, Marcelo Cocuroci mantém a oficina de personalização que leva seu sobrenome (2606-7000). Lá, ele recebe pedidos de diversos estilos. "Há até alguns de gosto bem duvidoso", conta o preparador. "Fazemos desde instalações de acessórios simples até mudanças radicais. Com base na minha experiência, dou dicas e palpito, mas faço o que o cliente quer." Ele diz que qualquer tipo de proposta vale. Tudo depende de como o veículo será utilizado. "O projeto que mais gostei de fazer foi o de um Chevrolet Calibra (acima). Ele ficou com linhas arrojadas, bem futurista. Instalei equipamento de som Conception e pintei a carroceria de branco com pigmentos exclusivos." Segundo Cocuroci, fazer um carro para participar de exposições pode sair caro. "Um projeto assim custa mais de R$ 100 mil. Há muitos acessórios importados." De latas velhas a aplicação de diamantes Os irmãos Juliano e Daniel Barbosa, da Dimension Xtreme Customs (3637-3622), na Saúde, zona sul, são os responsáveis por transformar as latas velhas dos telespectadores do programa Caldeirão do Huck, da TV Globo. Além dos projetos para a televisão, eles só aceitam encomendas de gente famosa, empresas e, eventualmente, amigos. "Somos nós que fazemos tudo. Da criação do tom da pintura até a recuperação da parte mecânica", diz Juliano. Ele afirma que os preços podem partir de R$ 500 (aplicação de adesivos), e passar de R$ 2 milhões, caso o cliente queira colocar diamantes no carro. Em 2006, ele ganhou o prêmio de melhor personalizador da América Latina com o Corsa abaixo. Oficina se especializa em deixar carrões ainda mais exclusivos Audi, BMW, Corvette, Ferrari, Lamborghini e Porsche são sinônimos de carros diferenciados pelo luxo, desempenho e exclusividade. Mas até mesmo o dono de um desses supermodelos pode deixá-lo ainda mais especial. A Leandrini, que tem unidades nos Jardins (3081-5560) e em São Caetano do Sul (4238-4379), é especializada na personalização desse tipo de veículo. Na contramão de outras oficinas, a filosofia da empresa é ter cautela na hora de instalar acessórios. "Gosto é gosto. É muito difícil que um mesmo projeto agrade a todos", afirma o proprietário das oficinas, Willy Leandrini. Ele afirma que deixar um veículo exclusivo ainda mais diferenciado não significa necessariamente mexer em suas características originais. "A personalização pode ser apenas um detalhe, como uma antena ou um sistema de som mais elaborado", argumenta. Leandrini concorda que nesse ramo o que não tem limite são os preços. "Há modificações de R$ 200 e de R$ 200 mil. Me orgulho de todos os carros que fiz. Não existe o que eu mais gosto. Cada um deles tem alguma coisa que me agrada. Mas sempre preferi fazer projetos para os carrões." Pimp my Ride e atrações nos estandes do Salão de São Paulo É num espaço com 600 m², na Chácara Santo Antônio, zona sul, que fica a Full Power (5181-2134), onde são criados os carros que estrelam a versão brasileira do programa Pimp My Ride, da MTV. A oficina fez projetos como os VW Kombi Tecnologia (acima) e Voyage Rapper (equipado com uma suspensão a ar) e o Fiat Punto Hot Wheels. Todos ficaram expostos no Salão do Automóvel, em novembro do ano passado. "Quanto mais complicado o projeto, maiores são as dificuldades técnicas para colocar o carro na rua", diz o dono da empresa, Eduardo Bernasconi. "O Punto foi o mais difícil porque no papel tudo pode ser feito. Fora o valor do carro, o cliente gastaria uns R$ 120 mil para ter um Fiat como este. Já a Kombi foi o modelo mais caro que fizemos: tem uns R$ 200 mil em acessórios. Há até chuveiro", conta Bernasconi. Na Europa, preparação é popular No exterior, a preparação de automóveis faz sucesso há muito tempo. Há empresas especializadas em aprimorar aquilo que já nasceu bem-feito e têm foco em determinadas marcas. Muitas delas são alemãs. A Brabus, por exemplo, refina luxuosos da Mercedes-Benz. O exemplar à direita é um Classe C que, além da pintura especial, recebeu o motor V12 do S 600, com cilindrada aumentada de 5,5 para 6,3 litros. Com a adição de turbo e outros recursos, a potência chegou a 740 cv. O torque é astronômico: 134 mkgf a apenas 2.100 rpm. Isso tudo pode levá-lo a mais de 360 km/h de velocidade máxima. Outra especializada nos carros da Mercedes é a Carlsson. Já a Hamann é generalista: prepara Lamborghini, BMW, Ferrari e Porsche, além dos Mercedes. A Abt trabalha com o grupo Volkswagen. Ela acaba de mostrar o AS5-R, versão do Audi A5 cujo motorzão V8 4.2 ganhou 156 cv e agora entrega 517 cv, entre outras modificações. A clientela é abastada. A suíça Mansory foca em modelos ainda mais exclusivos, como os Rolls-Royce e os Bentley, e os vende nos Emirados Árabes. No Salão de Genebra (Suíça), a partir de quinta-feira, mostrará o Linea Vincerò, um Bugatti Veyron personalizado que será vendido em série limitada em Abu Dabi. O nome faz referência à ária Nessun Dorma, da ópera Turandot, de Puccini. A Mansory fez discretas modificações no visual do carro, com componentes de fibra de carbono. A potência do motor passou dos 1.001 cv originais para 1.109 cv.

Para atender públicos variados, as montadoras oferecem um grande leque de veículos, em diversos segmentos, e investem cada vez mais nos chamados acessórios originais. Mas fazer um carro sob medida para um determinado cliente é inviável para as grandes fabricantes. É aí que entram as empresas de personalização. Os profissionais do setor dizem que podem transformar qualquer sonho em realidade. Mas isso tem preço. O investimento pode facilmente ultrapassar os R$ 100 mil. Antes de começar afazer modificações como preparar o motor, instalar para-choques grandes ou rebaixar a suspensão, por exemplo, é preciso consultar os órgãos de trânsito. Se a alteração for legal, o próprio dono do carro pode ir ao Detran requisitar a autorização ou procurar por despachantes, que cobram entre R$ 500 e R$ 1.500 pelo serviço. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia autorização do órgão de trânsito, fazer ou ordenar que sejam feitas modificações nas características do veículo. Conforme o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), com a aprovação e após feitas as modificações, o veículo deve ser avaliado por um órgão de inspeção, que vai verificar suas condições de segurança. Depois de aprovado nessa fase será emitido um documento que permite sua circulação em vias públicas. Batistinha e sua série Landau "Em geral, o cliente já chega com um projeto pronto. Converso bastante para entender o que ele quer. A intenção é fazer algo que tenha a cara do dono. Cabe a nós compreender a ideia’", diz Fernando Batista, da Batistinha Garage (3392-2233), na Barra Funda, zona oeste. Para Batistinha, como ele é conhecido, não existem limites para a personalização. "Se o cliente quiser, instalo um aparelho de som de R$ 200 ou um projeto completo de R$ 40 mil." Ele diz que a série de cinco Landau feitos para a Coca-Cola foi a que mais deu trabalho. "Pediram que os carros fossem restaurados antes de personalizá-los. Todos são vermelhos, mas cada um deles tem detalhes exclusivos." Carros de exposição podem sair bem caro Na Mooca, zona leste, Marcelo Cocuroci mantém a oficina de personalização que leva seu sobrenome (2606-7000). Lá, ele recebe pedidos de diversos estilos. "Há até alguns de gosto bem duvidoso", conta o preparador. "Fazemos desde instalações de acessórios simples até mudanças radicais. Com base na minha experiência, dou dicas e palpito, mas faço o que o cliente quer." Ele diz que qualquer tipo de proposta vale. Tudo depende de como o veículo será utilizado. "O projeto que mais gostei de fazer foi o de um Chevrolet Calibra (acima). Ele ficou com linhas arrojadas, bem futurista. Instalei equipamento de som Conception e pintei a carroceria de branco com pigmentos exclusivos." Segundo Cocuroci, fazer um carro para participar de exposições pode sair caro. "Um projeto assim custa mais de R$ 100 mil. Há muitos acessórios importados." De latas velhas a aplicação de diamantes Os irmãos Juliano e Daniel Barbosa, da Dimension Xtreme Customs (3637-3622), na Saúde, zona sul, são os responsáveis por transformar as latas velhas dos telespectadores do programa Caldeirão do Huck, da TV Globo. Além dos projetos para a televisão, eles só aceitam encomendas de gente famosa, empresas e, eventualmente, amigos. "Somos nós que fazemos tudo. Da criação do tom da pintura até a recuperação da parte mecânica", diz Juliano. Ele afirma que os preços podem partir de R$ 500 (aplicação de adesivos), e passar de R$ 2 milhões, caso o cliente queira colocar diamantes no carro. Em 2006, ele ganhou o prêmio de melhor personalizador da América Latina com o Corsa abaixo. Oficina se especializa em deixar carrões ainda mais exclusivos Audi, BMW, Corvette, Ferrari, Lamborghini e Porsche são sinônimos de carros diferenciados pelo luxo, desempenho e exclusividade. Mas até mesmo o dono de um desses supermodelos pode deixá-lo ainda mais especial. A Leandrini, que tem unidades nos Jardins (3081-5560) e em São Caetano do Sul (4238-4379), é especializada na personalização desse tipo de veículo. Na contramão de outras oficinas, a filosofia da empresa é ter cautela na hora de instalar acessórios. "Gosto é gosto. É muito difícil que um mesmo projeto agrade a todos", afirma o proprietário das oficinas, Willy Leandrini. Ele afirma que deixar um veículo exclusivo ainda mais diferenciado não significa necessariamente mexer em suas características originais. "A personalização pode ser apenas um detalhe, como uma antena ou um sistema de som mais elaborado", argumenta. Leandrini concorda que nesse ramo o que não tem limite são os preços. "Há modificações de R$ 200 e de R$ 200 mil. Me orgulho de todos os carros que fiz. Não existe o que eu mais gosto. Cada um deles tem alguma coisa que me agrada. Mas sempre preferi fazer projetos para os carrões." Pimp my Ride e atrações nos estandes do Salão de São Paulo É num espaço com 600 m², na Chácara Santo Antônio, zona sul, que fica a Full Power (5181-2134), onde são criados os carros que estrelam a versão brasileira do programa Pimp My Ride, da MTV. A oficina fez projetos como os VW Kombi Tecnologia (acima) e Voyage Rapper (equipado com uma suspensão a ar) e o Fiat Punto Hot Wheels. Todos ficaram expostos no Salão do Automóvel, em novembro do ano passado. "Quanto mais complicado o projeto, maiores são as dificuldades técnicas para colocar o carro na rua", diz o dono da empresa, Eduardo Bernasconi. "O Punto foi o mais difícil porque no papel tudo pode ser feito. Fora o valor do carro, o cliente gastaria uns R$ 120 mil para ter um Fiat como este. Já a Kombi foi o modelo mais caro que fizemos: tem uns R$ 200 mil em acessórios. Há até chuveiro", conta Bernasconi. Na Europa, preparação é popular No exterior, a preparação de automóveis faz sucesso há muito tempo. Há empresas especializadas em aprimorar aquilo que já nasceu bem-feito e têm foco em determinadas marcas. Muitas delas são alemãs. A Brabus, por exemplo, refina luxuosos da Mercedes-Benz. O exemplar à direita é um Classe C que, além da pintura especial, recebeu o motor V12 do S 600, com cilindrada aumentada de 5,5 para 6,3 litros. Com a adição de turbo e outros recursos, a potência chegou a 740 cv. O torque é astronômico: 134 mkgf a apenas 2.100 rpm. Isso tudo pode levá-lo a mais de 360 km/h de velocidade máxima. Outra especializada nos carros da Mercedes é a Carlsson. Já a Hamann é generalista: prepara Lamborghini, BMW, Ferrari e Porsche, além dos Mercedes. A Abt trabalha com o grupo Volkswagen. Ela acaba de mostrar o AS5-R, versão do Audi A5 cujo motorzão V8 4.2 ganhou 156 cv e agora entrega 517 cv, entre outras modificações. A clientela é abastada. A suíça Mansory foca em modelos ainda mais exclusivos, como os Rolls-Royce e os Bentley, e os vende nos Emirados Árabes. No Salão de Genebra (Suíça), a partir de quinta-feira, mostrará o Linea Vincerò, um Bugatti Veyron personalizado que será vendido em série limitada em Abu Dabi. O nome faz referência à ária Nessun Dorma, da ópera Turandot, de Puccini. A Mansory fez discretas modificações no visual do carro, com componentes de fibra de carbono. A potência do motor passou dos 1.001 cv originais para 1.109 cv.

Para atender públicos variados, as montadoras oferecem um grande leque de veículos, em diversos segmentos, e investem cada vez mais nos chamados acessórios originais. Mas fazer um carro sob medida para um determinado cliente é inviável para as grandes fabricantes. É aí que entram as empresas de personalização. Os profissionais do setor dizem que podem transformar qualquer sonho em realidade. Mas isso tem preço. O investimento pode facilmente ultrapassar os R$ 100 mil. Antes de começar afazer modificações como preparar o motor, instalar para-choques grandes ou rebaixar a suspensão, por exemplo, é preciso consultar os órgãos de trânsito. Se a alteração for legal, o próprio dono do carro pode ir ao Detran requisitar a autorização ou procurar por despachantes, que cobram entre R$ 500 e R$ 1.500 pelo serviço. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia autorização do órgão de trânsito, fazer ou ordenar que sejam feitas modificações nas características do veículo. Conforme o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), com a aprovação e após feitas as modificações, o veículo deve ser avaliado por um órgão de inspeção, que vai verificar suas condições de segurança. Depois de aprovado nessa fase será emitido um documento que permite sua circulação em vias públicas. Batistinha e sua série Landau "Em geral, o cliente já chega com um projeto pronto. Converso bastante para entender o que ele quer. A intenção é fazer algo que tenha a cara do dono. Cabe a nós compreender a ideia’", diz Fernando Batista, da Batistinha Garage (3392-2233), na Barra Funda, zona oeste. Para Batistinha, como ele é conhecido, não existem limites para a personalização. "Se o cliente quiser, instalo um aparelho de som de R$ 200 ou um projeto completo de R$ 40 mil." Ele diz que a série de cinco Landau feitos para a Coca-Cola foi a que mais deu trabalho. "Pediram que os carros fossem restaurados antes de personalizá-los. Todos são vermelhos, mas cada um deles tem detalhes exclusivos." Carros de exposição podem sair bem caro Na Mooca, zona leste, Marcelo Cocuroci mantém a oficina de personalização que leva seu sobrenome (2606-7000). Lá, ele recebe pedidos de diversos estilos. "Há até alguns de gosto bem duvidoso", conta o preparador. "Fazemos desde instalações de acessórios simples até mudanças radicais. Com base na minha experiência, dou dicas e palpito, mas faço o que o cliente quer." Ele diz que qualquer tipo de proposta vale. Tudo depende de como o veículo será utilizado. "O projeto que mais gostei de fazer foi o de um Chevrolet Calibra (acima). Ele ficou com linhas arrojadas, bem futurista. Instalei equipamento de som Conception e pintei a carroceria de branco com pigmentos exclusivos." Segundo Cocuroci, fazer um carro para participar de exposições pode sair caro. "Um projeto assim custa mais de R$ 100 mil. Há muitos acessórios importados." De latas velhas a aplicação de diamantes Os irmãos Juliano e Daniel Barbosa, da Dimension Xtreme Customs (3637-3622), na Saúde, zona sul, são os responsáveis por transformar as latas velhas dos telespectadores do programa Caldeirão do Huck, da TV Globo. Além dos projetos para a televisão, eles só aceitam encomendas de gente famosa, empresas e, eventualmente, amigos. "Somos nós que fazemos tudo. Da criação do tom da pintura até a recuperação da parte mecânica", diz Juliano. Ele afirma que os preços podem partir de R$ 500 (aplicação de adesivos), e passar de R$ 2 milhões, caso o cliente queira colocar diamantes no carro. Em 2006, ele ganhou o prêmio de melhor personalizador da América Latina com o Corsa abaixo. Oficina se especializa em deixar carrões ainda mais exclusivos Audi, BMW, Corvette, Ferrari, Lamborghini e Porsche são sinônimos de carros diferenciados pelo luxo, desempenho e exclusividade. Mas até mesmo o dono de um desses supermodelos pode deixá-lo ainda mais especial. A Leandrini, que tem unidades nos Jardins (3081-5560) e em São Caetano do Sul (4238-4379), é especializada na personalização desse tipo de veículo. Na contramão de outras oficinas, a filosofia da empresa é ter cautela na hora de instalar acessórios. "Gosto é gosto. É muito difícil que um mesmo projeto agrade a todos", afirma o proprietário das oficinas, Willy Leandrini. Ele afirma que deixar um veículo exclusivo ainda mais diferenciado não significa necessariamente mexer em suas características originais. "A personalização pode ser apenas um detalhe, como uma antena ou um sistema de som mais elaborado", argumenta. Leandrini concorda que nesse ramo o que não tem limite são os preços. "Há modificações de R$ 200 e de R$ 200 mil. Me orgulho de todos os carros que fiz. Não existe o que eu mais gosto. Cada um deles tem alguma coisa que me agrada. Mas sempre preferi fazer projetos para os carrões." Pimp my Ride e atrações nos estandes do Salão de São Paulo É num espaço com 600 m², na Chácara Santo Antônio, zona sul, que fica a Full Power (5181-2134), onde são criados os carros que estrelam a versão brasileira do programa Pimp My Ride, da MTV. A oficina fez projetos como os VW Kombi Tecnologia (acima) e Voyage Rapper (equipado com uma suspensão a ar) e o Fiat Punto Hot Wheels. Todos ficaram expostos no Salão do Automóvel, em novembro do ano passado. "Quanto mais complicado o projeto, maiores são as dificuldades técnicas para colocar o carro na rua", diz o dono da empresa, Eduardo Bernasconi. "O Punto foi o mais difícil porque no papel tudo pode ser feito. Fora o valor do carro, o cliente gastaria uns R$ 120 mil para ter um Fiat como este. Já a Kombi foi o modelo mais caro que fizemos: tem uns R$ 200 mil em acessórios. Há até chuveiro", conta Bernasconi. Na Europa, preparação é popular No exterior, a preparação de automóveis faz sucesso há muito tempo. Há empresas especializadas em aprimorar aquilo que já nasceu bem-feito e têm foco em determinadas marcas. Muitas delas são alemãs. A Brabus, por exemplo, refina luxuosos da Mercedes-Benz. O exemplar à direita é um Classe C que, além da pintura especial, recebeu o motor V12 do S 600, com cilindrada aumentada de 5,5 para 6,3 litros. Com a adição de turbo e outros recursos, a potência chegou a 740 cv. O torque é astronômico: 134 mkgf a apenas 2.100 rpm. Isso tudo pode levá-lo a mais de 360 km/h de velocidade máxima. Outra especializada nos carros da Mercedes é a Carlsson. Já a Hamann é generalista: prepara Lamborghini, BMW, Ferrari e Porsche, além dos Mercedes. A Abt trabalha com o grupo Volkswagen. Ela acaba de mostrar o AS5-R, versão do Audi A5 cujo motorzão V8 4.2 ganhou 156 cv e agora entrega 517 cv, entre outras modificações. A clientela é abastada. A suíça Mansory foca em modelos ainda mais exclusivos, como os Rolls-Royce e os Bentley, e os vende nos Emirados Árabes. No Salão de Genebra (Suíça), a partir de quinta-feira, mostrará o Linea Vincerò, um Bugatti Veyron personalizado que será vendido em série limitada em Abu Dabi. O nome faz referência à ária Nessun Dorma, da ópera Turandot, de Puccini. A Mansory fez discretas modificações no visual do carro, com componentes de fibra de carbono. A potência do motor passou dos 1.001 cv originais para 1.109 cv.

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