Lançado no País em 2004, o utilitário-esportivo japonês X-Trail nunca conseguiu fazer sucesso no mercado nacional. Nas contas da Nissan, foram pouco mais de 600 unidades vendidas desde então. A nova geração, que chega em 5 de setembro a partir de R$ 94.990 (R$ 5 mil a menos), tem a missão de somar cerca de 100 unidades por mês, segundo estimativas da fabricante. Foto: Divulgação A Nissan aposta em preço e garantia de três anos para melhorar o currículo do jipe. A opção de entrada, SE, traz itens como ar-condicionado, freios ABS, air bags e computador de bordo. A LE, topo de linha, parte de R$ 102.590. Inclui um enorme teto solar elétrico e revestimento de couro, entre outros equipamentos. O visual é semelhante ao do anterior, mas o novo difere na estrutura. A exemplo do Honda CR-V, que deriva do Civic, o Nissan é feito sobre a plataforma do Sentra. Do sedã mexicano, herdou o motor 2.0 a gasolina de 138 cv (142 cv no Sentra) e o câmbio CVT, de relações infinitamente variáveis. O X-Trail ficou 17,5 centímetros mais comprido, 2 cm mais largo e 9,5 cm mais alto. Graças aos 2,63 metros de entreeixos, acomoda bem os passageiros de trás. O porta-malas com piso plano leva 603 litros e inclui uma gaveta para pequenos objetos. Com os bancos traseiros rebatidos a capacidade passa a 1.773 litros (até o teto). A posição de dirigir é boa, mas não há ajuste de distância para o volante. Na versão completa os bancos dianteiros têm regulagem elétrica. Faz falta o travamento automático das portas. Em movimento o X-Trail tem comportamento semelhante ao do CR-V, com destaque para o silêncio a bordo. A direção elétrica é precisa e tem carga ideal em qualquer situação. Mas agilidade não é o forte desse Nissan. Com 1.513 kg, a relação peso-potência, de 10,96 kg/cv, é razoável. Para deixar o jipe mais "esperto" é possível escolher a posição Sport da caixa CVT. A tração é dianteira, mas há botão de acionamento do eixo traseiro. A posição Lock, que pode ser utilizada a velocidade de até 50 km/h, trava a divisão de força em 50/50%. As suspensões independentes nas quatro rodas (McPherson na dianteira e multibraço na traseira) são eficientes em asfalto irregular e filtram bem as irregularidades do piso. Mas sobre chão de terra com pedras, por exemplo, elas tornam-se barulhentas. Viagem feita a convite da Nissan