Carros elétricos podem dispensar carregamento por fios em breve


As montadoras estão avançando com sistemas destinados a simplificar o processo de energização de veículos elétricos ou híbridos

Por Stephen Williams

Em seu lançamento, no verão passado em Barcelona, Espanha, o Audi A8 2019 quattro destacou-se por sua alta tecnologia automotiva: matriz com luzes de LEDs inteligentes, que se acendem com um movimento da mão,sistemas avançados de condução autônoma e suspensão eletromecânica ativa. E no assoalho embaixo de um dos modelos, uma espécie de painel metálico.

O público observava enquanto o painel subia ligeiramente, quase tocando uma bobina sob o eixo dianteiro. Esqueçam os cabos, fora os fios: É assim que o protótipo do A8 L híbrido e-tron enviará energia ao seu bloco de 104 células de bateria.

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Professor Shanhui Fan em seu escritório na Universidade de Stanford, Califórnia. Foto: Aaron Wojack para The New York Times

Agradeçamos a Tesla – não a montadora Tesla, mas o inventor Nikola Tesla – que, há mais de um século, usava energia eletromagnética para transferir força por meio de um intervalo entre duas bobinas. A recarga sem fios, ou indutiva, é a próxima fronteira para os veículos híbridos e elétricos que um dia serão carregados de maneira muito parecida à dos celulares. Há também a possibilidade de os carros em movimentos serem carregados “dinamicamente”, na rua, pela própria rua.

Mas a carga por indução está a pelo menos três anos de distância de sua aplicação no mercado de massa, segundo Jesse Schneider, que dirige uma força tarefa para a Sociedade de Engenheiros Automotivos.

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Em um setor em que a concorrência e a tecnologia exclusiva dos fabricantes são a norma, montar um sistema que sirva para todos é uma proposta complicada. Entretanto, para Brian McKay, executivo da Continental, empresa fornecedora de componentes automotivos, a recarga sem fio poderá ajudar a derrubar as barreiras para os veículos eletrônicos, tornando-a algo tão simples quanto entrar na sua vaga de estacionamento e ir embora a pé. “Atualmente estamos nos dedicando a uma grande iniciativa visando o lançamento de uma metodologia de padrão único”, ele disse.

Os sistemas limitados do mundo real, que empregam recargas sem fios, exigem precisamente um veículo equipado com um receptor estacionado sobre uma plataforma de recarga. A Audi afirma que tem uma eficiência de carga de mais de 90%, o que significa que menos de 10% da força enviada para o carregador se perde ao tirar a tampa da bateria. Até o ano que vem, um carro totalmente carregado poderá viajar cerca de 50 quilômetros somente movido a eletricidade, disse a Audi.

A Porsche também planeja oferecer a recarga sem fio aos seus sedãs Mission E e crossover totalmente elétricos. A BMW anunciou uma opção de recarga sem fio para o seu híbrido 530e. Opções semelhantes são esperadas para o Nissan Leaf elétrico e o híbrido Prius da Toyota.

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Schneider e outros pesquisadores acreditam que os consumidores acabarão adotando a transferência de energia sem fios. Eles preveem que os custos cairão e destacam normas oficiais como o programa Zero Emission Vehicle da Califórnia.

“Não é o preço da gasolina que impulsiona o mercado de VE”, disse Schneider. “Agora são as regulamentações oficiais e o meio ambiente”.

McKay considera que a tecnologia da recarga sem fio está se tornando mais econômica e necessária para atender às exigências em matéria de emissões no mundo todo.

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“Precisamos buscar uma estratégia mais sustentável, que é o aumento da eletrificação no futuro”, ele disse.

Um teste realizado pela Toshiba mostrou que a substituição de um ônibus a diesel por um ônibus elétrico recarregado sem a necessidade de fios - que se beneficia da geração centralizada e de fontes de energia renováveis - poderá reduzir as emissões de dióxido de carbono em cerca de 60%.

Estudantes de engenharia elétrica da Universidade Stanford, na Califórnia, adotaram um enfoque mais futurista.

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Orientados pelo professor Shanhui Fan, eles imaginam a recarga dinâmica de um veículo - o envio de energia a um carro em movimento usando dispositivos de transmissão ao longo da rodovia ou embutidos nela. Até o momento, eles puderam enviar energia contínua a uma lâmpada elétrica em movimento.

Quanto à data para a introdução da recarga dinâmica no mundo real, o professor Fan disse: “Talvez possamos chegar a um protótipo dentro de alguns anos”.

A sua equipe não é a única que tenta solucionar o problema da recarga em movimento. A Qualcomm, fabricante de chips, tem um projeto de DEVC Halo (sigla em inglês de recarga dinâmica de veículo elétrico), em um trecho de teste de 100 metros em Versalhes, perto de Paris. Os carregadores de indução embutidos na rodovia permitem que um veículo se carregue ao passar por cima deles. O custo do trecho foi subsidiado pela Comissão Europeia.

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Schneider disse que está cético quanto a uma mudança rápida. Uma prova do conceito é uma coisa, mas a padronização necessária é outra muito diferente.

“E por que precisamos disso?” perguntou. “Porque é preciso rasgar as rodovias? Só porque parece uma coisa legal?” E acrescentou: “Antes de pularmos para a ficção científica, muitas coisas poderão acontecer”.

Para ele, uma questão mais importante não está relacionada à direção de um veículo.

“Um carro funciona por 90 a 95% de sua vida útil”, disse Schneider. “Se for possível aproveitar o tempo durante o qual ele não se movimenta com um espaço de estacionamento equipado sem fios em casa, onde o cliente não precisa conectar-se, mas somente estacionar, então muda toda a dinâmica do veículo elétrico”.

Em seu lançamento, no verão passado em Barcelona, Espanha, o Audi A8 2019 quattro destacou-se por sua alta tecnologia automotiva: matriz com luzes de LEDs inteligentes, que se acendem com um movimento da mão,sistemas avançados de condução autônoma e suspensão eletromecânica ativa. E no assoalho embaixo de um dos modelos, uma espécie de painel metálico.

O público observava enquanto o painel subia ligeiramente, quase tocando uma bobina sob o eixo dianteiro. Esqueçam os cabos, fora os fios: É assim que o protótipo do A8 L híbrido e-tron enviará energia ao seu bloco de 104 células de bateria.

Professor Shanhui Fan em seu escritório na Universidade de Stanford, Califórnia. Foto: Aaron Wojack para The New York Times

Agradeçamos a Tesla – não a montadora Tesla, mas o inventor Nikola Tesla – que, há mais de um século, usava energia eletromagnética para transferir força por meio de um intervalo entre duas bobinas. A recarga sem fios, ou indutiva, é a próxima fronteira para os veículos híbridos e elétricos que um dia serão carregados de maneira muito parecida à dos celulares. Há também a possibilidade de os carros em movimentos serem carregados “dinamicamente”, na rua, pela própria rua.

Mas a carga por indução está a pelo menos três anos de distância de sua aplicação no mercado de massa, segundo Jesse Schneider, que dirige uma força tarefa para a Sociedade de Engenheiros Automotivos.

Em um setor em que a concorrência e a tecnologia exclusiva dos fabricantes são a norma, montar um sistema que sirva para todos é uma proposta complicada. Entretanto, para Brian McKay, executivo da Continental, empresa fornecedora de componentes automotivos, a recarga sem fio poderá ajudar a derrubar as barreiras para os veículos eletrônicos, tornando-a algo tão simples quanto entrar na sua vaga de estacionamento e ir embora a pé. “Atualmente estamos nos dedicando a uma grande iniciativa visando o lançamento de uma metodologia de padrão único”, ele disse.

Os sistemas limitados do mundo real, que empregam recargas sem fios, exigem precisamente um veículo equipado com um receptor estacionado sobre uma plataforma de recarga. A Audi afirma que tem uma eficiência de carga de mais de 90%, o que significa que menos de 10% da força enviada para o carregador se perde ao tirar a tampa da bateria. Até o ano que vem, um carro totalmente carregado poderá viajar cerca de 50 quilômetros somente movido a eletricidade, disse a Audi.

A Porsche também planeja oferecer a recarga sem fio aos seus sedãs Mission E e crossover totalmente elétricos. A BMW anunciou uma opção de recarga sem fio para o seu híbrido 530e. Opções semelhantes são esperadas para o Nissan Leaf elétrico e o híbrido Prius da Toyota.

Schneider e outros pesquisadores acreditam que os consumidores acabarão adotando a transferência de energia sem fios. Eles preveem que os custos cairão e destacam normas oficiais como o programa Zero Emission Vehicle da Califórnia.

“Não é o preço da gasolina que impulsiona o mercado de VE”, disse Schneider. “Agora são as regulamentações oficiais e o meio ambiente”.

McKay considera que a tecnologia da recarga sem fio está se tornando mais econômica e necessária para atender às exigências em matéria de emissões no mundo todo.

“Precisamos buscar uma estratégia mais sustentável, que é o aumento da eletrificação no futuro”, ele disse.

Um teste realizado pela Toshiba mostrou que a substituição de um ônibus a diesel por um ônibus elétrico recarregado sem a necessidade de fios - que se beneficia da geração centralizada e de fontes de energia renováveis - poderá reduzir as emissões de dióxido de carbono em cerca de 60%.

Estudantes de engenharia elétrica da Universidade Stanford, na Califórnia, adotaram um enfoque mais futurista.

Orientados pelo professor Shanhui Fan, eles imaginam a recarga dinâmica de um veículo - o envio de energia a um carro em movimento usando dispositivos de transmissão ao longo da rodovia ou embutidos nela. Até o momento, eles puderam enviar energia contínua a uma lâmpada elétrica em movimento.

Quanto à data para a introdução da recarga dinâmica no mundo real, o professor Fan disse: “Talvez possamos chegar a um protótipo dentro de alguns anos”.

A sua equipe não é a única que tenta solucionar o problema da recarga em movimento. A Qualcomm, fabricante de chips, tem um projeto de DEVC Halo (sigla em inglês de recarga dinâmica de veículo elétrico), em um trecho de teste de 100 metros em Versalhes, perto de Paris. Os carregadores de indução embutidos na rodovia permitem que um veículo se carregue ao passar por cima deles. O custo do trecho foi subsidiado pela Comissão Europeia.

Schneider disse que está cético quanto a uma mudança rápida. Uma prova do conceito é uma coisa, mas a padronização necessária é outra muito diferente.

“E por que precisamos disso?” perguntou. “Porque é preciso rasgar as rodovias? Só porque parece uma coisa legal?” E acrescentou: “Antes de pularmos para a ficção científica, muitas coisas poderão acontecer”.

Para ele, uma questão mais importante não está relacionada à direção de um veículo.

“Um carro funciona por 90 a 95% de sua vida útil”, disse Schneider. “Se for possível aproveitar o tempo durante o qual ele não se movimenta com um espaço de estacionamento equipado sem fios em casa, onde o cliente não precisa conectar-se, mas somente estacionar, então muda toda a dinâmica do veículo elétrico”.

Em seu lançamento, no verão passado em Barcelona, Espanha, o Audi A8 2019 quattro destacou-se por sua alta tecnologia automotiva: matriz com luzes de LEDs inteligentes, que se acendem com um movimento da mão,sistemas avançados de condução autônoma e suspensão eletromecânica ativa. E no assoalho embaixo de um dos modelos, uma espécie de painel metálico.

O público observava enquanto o painel subia ligeiramente, quase tocando uma bobina sob o eixo dianteiro. Esqueçam os cabos, fora os fios: É assim que o protótipo do A8 L híbrido e-tron enviará energia ao seu bloco de 104 células de bateria.

Professor Shanhui Fan em seu escritório na Universidade de Stanford, Califórnia. Foto: Aaron Wojack para The New York Times

Agradeçamos a Tesla – não a montadora Tesla, mas o inventor Nikola Tesla – que, há mais de um século, usava energia eletromagnética para transferir força por meio de um intervalo entre duas bobinas. A recarga sem fios, ou indutiva, é a próxima fronteira para os veículos híbridos e elétricos que um dia serão carregados de maneira muito parecida à dos celulares. Há também a possibilidade de os carros em movimentos serem carregados “dinamicamente”, na rua, pela própria rua.

Mas a carga por indução está a pelo menos três anos de distância de sua aplicação no mercado de massa, segundo Jesse Schneider, que dirige uma força tarefa para a Sociedade de Engenheiros Automotivos.

Em um setor em que a concorrência e a tecnologia exclusiva dos fabricantes são a norma, montar um sistema que sirva para todos é uma proposta complicada. Entretanto, para Brian McKay, executivo da Continental, empresa fornecedora de componentes automotivos, a recarga sem fio poderá ajudar a derrubar as barreiras para os veículos eletrônicos, tornando-a algo tão simples quanto entrar na sua vaga de estacionamento e ir embora a pé. “Atualmente estamos nos dedicando a uma grande iniciativa visando o lançamento de uma metodologia de padrão único”, ele disse.

Os sistemas limitados do mundo real, que empregam recargas sem fios, exigem precisamente um veículo equipado com um receptor estacionado sobre uma plataforma de recarga. A Audi afirma que tem uma eficiência de carga de mais de 90%, o que significa que menos de 10% da força enviada para o carregador se perde ao tirar a tampa da bateria. Até o ano que vem, um carro totalmente carregado poderá viajar cerca de 50 quilômetros somente movido a eletricidade, disse a Audi.

A Porsche também planeja oferecer a recarga sem fio aos seus sedãs Mission E e crossover totalmente elétricos. A BMW anunciou uma opção de recarga sem fio para o seu híbrido 530e. Opções semelhantes são esperadas para o Nissan Leaf elétrico e o híbrido Prius da Toyota.

Schneider e outros pesquisadores acreditam que os consumidores acabarão adotando a transferência de energia sem fios. Eles preveem que os custos cairão e destacam normas oficiais como o programa Zero Emission Vehicle da Califórnia.

“Não é o preço da gasolina que impulsiona o mercado de VE”, disse Schneider. “Agora são as regulamentações oficiais e o meio ambiente”.

McKay considera que a tecnologia da recarga sem fio está se tornando mais econômica e necessária para atender às exigências em matéria de emissões no mundo todo.

“Precisamos buscar uma estratégia mais sustentável, que é o aumento da eletrificação no futuro”, ele disse.

Um teste realizado pela Toshiba mostrou que a substituição de um ônibus a diesel por um ônibus elétrico recarregado sem a necessidade de fios - que se beneficia da geração centralizada e de fontes de energia renováveis - poderá reduzir as emissões de dióxido de carbono em cerca de 60%.

Estudantes de engenharia elétrica da Universidade Stanford, na Califórnia, adotaram um enfoque mais futurista.

Orientados pelo professor Shanhui Fan, eles imaginam a recarga dinâmica de um veículo - o envio de energia a um carro em movimento usando dispositivos de transmissão ao longo da rodovia ou embutidos nela. Até o momento, eles puderam enviar energia contínua a uma lâmpada elétrica em movimento.

Quanto à data para a introdução da recarga dinâmica no mundo real, o professor Fan disse: “Talvez possamos chegar a um protótipo dentro de alguns anos”.

A sua equipe não é a única que tenta solucionar o problema da recarga em movimento. A Qualcomm, fabricante de chips, tem um projeto de DEVC Halo (sigla em inglês de recarga dinâmica de veículo elétrico), em um trecho de teste de 100 metros em Versalhes, perto de Paris. Os carregadores de indução embutidos na rodovia permitem que um veículo se carregue ao passar por cima deles. O custo do trecho foi subsidiado pela Comissão Europeia.

Schneider disse que está cético quanto a uma mudança rápida. Uma prova do conceito é uma coisa, mas a padronização necessária é outra muito diferente.

“E por que precisamos disso?” perguntou. “Porque é preciso rasgar as rodovias? Só porque parece uma coisa legal?” E acrescentou: “Antes de pularmos para a ficção científica, muitas coisas poderão acontecer”.

Para ele, uma questão mais importante não está relacionada à direção de um veículo.

“Um carro funciona por 90 a 95% de sua vida útil”, disse Schneider. “Se for possível aproveitar o tempo durante o qual ele não se movimenta com um espaço de estacionamento equipado sem fios em casa, onde o cliente não precisa conectar-se, mas somente estacionar, então muda toda a dinâmica do veículo elétrico”.

Em seu lançamento, no verão passado em Barcelona, Espanha, o Audi A8 2019 quattro destacou-se por sua alta tecnologia automotiva: matriz com luzes de LEDs inteligentes, que se acendem com um movimento da mão,sistemas avançados de condução autônoma e suspensão eletromecânica ativa. E no assoalho embaixo de um dos modelos, uma espécie de painel metálico.

O público observava enquanto o painel subia ligeiramente, quase tocando uma bobina sob o eixo dianteiro. Esqueçam os cabos, fora os fios: É assim que o protótipo do A8 L híbrido e-tron enviará energia ao seu bloco de 104 células de bateria.

Professor Shanhui Fan em seu escritório na Universidade de Stanford, Califórnia. Foto: Aaron Wojack para The New York Times

Agradeçamos a Tesla – não a montadora Tesla, mas o inventor Nikola Tesla – que, há mais de um século, usava energia eletromagnética para transferir força por meio de um intervalo entre duas bobinas. A recarga sem fios, ou indutiva, é a próxima fronteira para os veículos híbridos e elétricos que um dia serão carregados de maneira muito parecida à dos celulares. Há também a possibilidade de os carros em movimentos serem carregados “dinamicamente”, na rua, pela própria rua.

Mas a carga por indução está a pelo menos três anos de distância de sua aplicação no mercado de massa, segundo Jesse Schneider, que dirige uma força tarefa para a Sociedade de Engenheiros Automotivos.

Em um setor em que a concorrência e a tecnologia exclusiva dos fabricantes são a norma, montar um sistema que sirva para todos é uma proposta complicada. Entretanto, para Brian McKay, executivo da Continental, empresa fornecedora de componentes automotivos, a recarga sem fio poderá ajudar a derrubar as barreiras para os veículos eletrônicos, tornando-a algo tão simples quanto entrar na sua vaga de estacionamento e ir embora a pé. “Atualmente estamos nos dedicando a uma grande iniciativa visando o lançamento de uma metodologia de padrão único”, ele disse.

Os sistemas limitados do mundo real, que empregam recargas sem fios, exigem precisamente um veículo equipado com um receptor estacionado sobre uma plataforma de recarga. A Audi afirma que tem uma eficiência de carga de mais de 90%, o que significa que menos de 10% da força enviada para o carregador se perde ao tirar a tampa da bateria. Até o ano que vem, um carro totalmente carregado poderá viajar cerca de 50 quilômetros somente movido a eletricidade, disse a Audi.

A Porsche também planeja oferecer a recarga sem fio aos seus sedãs Mission E e crossover totalmente elétricos. A BMW anunciou uma opção de recarga sem fio para o seu híbrido 530e. Opções semelhantes são esperadas para o Nissan Leaf elétrico e o híbrido Prius da Toyota.

Schneider e outros pesquisadores acreditam que os consumidores acabarão adotando a transferência de energia sem fios. Eles preveem que os custos cairão e destacam normas oficiais como o programa Zero Emission Vehicle da Califórnia.

“Não é o preço da gasolina que impulsiona o mercado de VE”, disse Schneider. “Agora são as regulamentações oficiais e o meio ambiente”.

McKay considera que a tecnologia da recarga sem fio está se tornando mais econômica e necessária para atender às exigências em matéria de emissões no mundo todo.

“Precisamos buscar uma estratégia mais sustentável, que é o aumento da eletrificação no futuro”, ele disse.

Um teste realizado pela Toshiba mostrou que a substituição de um ônibus a diesel por um ônibus elétrico recarregado sem a necessidade de fios - que se beneficia da geração centralizada e de fontes de energia renováveis - poderá reduzir as emissões de dióxido de carbono em cerca de 60%.

Estudantes de engenharia elétrica da Universidade Stanford, na Califórnia, adotaram um enfoque mais futurista.

Orientados pelo professor Shanhui Fan, eles imaginam a recarga dinâmica de um veículo - o envio de energia a um carro em movimento usando dispositivos de transmissão ao longo da rodovia ou embutidos nela. Até o momento, eles puderam enviar energia contínua a uma lâmpada elétrica em movimento.

Quanto à data para a introdução da recarga dinâmica no mundo real, o professor Fan disse: “Talvez possamos chegar a um protótipo dentro de alguns anos”.

A sua equipe não é a única que tenta solucionar o problema da recarga em movimento. A Qualcomm, fabricante de chips, tem um projeto de DEVC Halo (sigla em inglês de recarga dinâmica de veículo elétrico), em um trecho de teste de 100 metros em Versalhes, perto de Paris. Os carregadores de indução embutidos na rodovia permitem que um veículo se carregue ao passar por cima deles. O custo do trecho foi subsidiado pela Comissão Europeia.

Schneider disse que está cético quanto a uma mudança rápida. Uma prova do conceito é uma coisa, mas a padronização necessária é outra muito diferente.

“E por que precisamos disso?” perguntou. “Porque é preciso rasgar as rodovias? Só porque parece uma coisa legal?” E acrescentou: “Antes de pularmos para a ficção científica, muitas coisas poderão acontecer”.

Para ele, uma questão mais importante não está relacionada à direção de um veículo.

“Um carro funciona por 90 a 95% de sua vida útil”, disse Schneider. “Se for possível aproveitar o tempo durante o qual ele não se movimenta com um espaço de estacionamento equipado sem fios em casa, onde o cliente não precisa conectar-se, mas somente estacionar, então muda toda a dinâmica do veículo elétrico”.

Em seu lançamento, no verão passado em Barcelona, Espanha, o Audi A8 2019 quattro destacou-se por sua alta tecnologia automotiva: matriz com luzes de LEDs inteligentes, que se acendem com um movimento da mão,sistemas avançados de condução autônoma e suspensão eletromecânica ativa. E no assoalho embaixo de um dos modelos, uma espécie de painel metálico.

O público observava enquanto o painel subia ligeiramente, quase tocando uma bobina sob o eixo dianteiro. Esqueçam os cabos, fora os fios: É assim que o protótipo do A8 L híbrido e-tron enviará energia ao seu bloco de 104 células de bateria.

Professor Shanhui Fan em seu escritório na Universidade de Stanford, Califórnia. Foto: Aaron Wojack para The New York Times

Agradeçamos a Tesla – não a montadora Tesla, mas o inventor Nikola Tesla – que, há mais de um século, usava energia eletromagnética para transferir força por meio de um intervalo entre duas bobinas. A recarga sem fios, ou indutiva, é a próxima fronteira para os veículos híbridos e elétricos que um dia serão carregados de maneira muito parecida à dos celulares. Há também a possibilidade de os carros em movimentos serem carregados “dinamicamente”, na rua, pela própria rua.

Mas a carga por indução está a pelo menos três anos de distância de sua aplicação no mercado de massa, segundo Jesse Schneider, que dirige uma força tarefa para a Sociedade de Engenheiros Automotivos.

Em um setor em que a concorrência e a tecnologia exclusiva dos fabricantes são a norma, montar um sistema que sirva para todos é uma proposta complicada. Entretanto, para Brian McKay, executivo da Continental, empresa fornecedora de componentes automotivos, a recarga sem fio poderá ajudar a derrubar as barreiras para os veículos eletrônicos, tornando-a algo tão simples quanto entrar na sua vaga de estacionamento e ir embora a pé. “Atualmente estamos nos dedicando a uma grande iniciativa visando o lançamento de uma metodologia de padrão único”, ele disse.

Os sistemas limitados do mundo real, que empregam recargas sem fios, exigem precisamente um veículo equipado com um receptor estacionado sobre uma plataforma de recarga. A Audi afirma que tem uma eficiência de carga de mais de 90%, o que significa que menos de 10% da força enviada para o carregador se perde ao tirar a tampa da bateria. Até o ano que vem, um carro totalmente carregado poderá viajar cerca de 50 quilômetros somente movido a eletricidade, disse a Audi.

A Porsche também planeja oferecer a recarga sem fio aos seus sedãs Mission E e crossover totalmente elétricos. A BMW anunciou uma opção de recarga sem fio para o seu híbrido 530e. Opções semelhantes são esperadas para o Nissan Leaf elétrico e o híbrido Prius da Toyota.

Schneider e outros pesquisadores acreditam que os consumidores acabarão adotando a transferência de energia sem fios. Eles preveem que os custos cairão e destacam normas oficiais como o programa Zero Emission Vehicle da Califórnia.

“Não é o preço da gasolina que impulsiona o mercado de VE”, disse Schneider. “Agora são as regulamentações oficiais e o meio ambiente”.

McKay considera que a tecnologia da recarga sem fio está se tornando mais econômica e necessária para atender às exigências em matéria de emissões no mundo todo.

“Precisamos buscar uma estratégia mais sustentável, que é o aumento da eletrificação no futuro”, ele disse.

Um teste realizado pela Toshiba mostrou que a substituição de um ônibus a diesel por um ônibus elétrico recarregado sem a necessidade de fios - que se beneficia da geração centralizada e de fontes de energia renováveis - poderá reduzir as emissões de dióxido de carbono em cerca de 60%.

Estudantes de engenharia elétrica da Universidade Stanford, na Califórnia, adotaram um enfoque mais futurista.

Orientados pelo professor Shanhui Fan, eles imaginam a recarga dinâmica de um veículo - o envio de energia a um carro em movimento usando dispositivos de transmissão ao longo da rodovia ou embutidos nela. Até o momento, eles puderam enviar energia contínua a uma lâmpada elétrica em movimento.

Quanto à data para a introdução da recarga dinâmica no mundo real, o professor Fan disse: “Talvez possamos chegar a um protótipo dentro de alguns anos”.

A sua equipe não é a única que tenta solucionar o problema da recarga em movimento. A Qualcomm, fabricante de chips, tem um projeto de DEVC Halo (sigla em inglês de recarga dinâmica de veículo elétrico), em um trecho de teste de 100 metros em Versalhes, perto de Paris. Os carregadores de indução embutidos na rodovia permitem que um veículo se carregue ao passar por cima deles. O custo do trecho foi subsidiado pela Comissão Europeia.

Schneider disse que está cético quanto a uma mudança rápida. Uma prova do conceito é uma coisa, mas a padronização necessária é outra muito diferente.

“E por que precisamos disso?” perguntou. “Porque é preciso rasgar as rodovias? Só porque parece uma coisa legal?” E acrescentou: “Antes de pularmos para a ficção científica, muitas coisas poderão acontecer”.

Para ele, uma questão mais importante não está relacionada à direção de um veículo.

“Um carro funciona por 90 a 95% de sua vida útil”, disse Schneider. “Se for possível aproveitar o tempo durante o qual ele não se movimenta com um espaço de estacionamento equipado sem fios em casa, onde o cliente não precisa conectar-se, mas somente estacionar, então muda toda a dinâmica do veículo elétrico”.

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