Qual nome dar a um monte de buracos negros?


O coletivo de baleias é baleal e o de gansos é gansaral. Agora os astrônomos estão se perguntando qual termo seria mais adequado para a entidade mais enigmática do cosmos

Por Dennis Overbye

Como se chama o coletivo de buracos negros? A questão ganhou urgência entre os astrônomos, motivados pelas notícias recentes de dezenas de buracos negros se movimentando em torno do centro de um aglomerado de estrelas próximo.

Nos últimos anos, instrumentos como os detectores de ondas gravitacionais LIGO e Virgo têm registrado vibrações espaço-temporais das colisões de buracos negros, deixando claro, sem sombra de dúvida, que essas concentrações monstruosas de nada não apenas existem, mas são onipresentes. Os astrônomos preveem avistar um grande número dessas criaturas einsteinianas quando a próxima geração de antenas de ondas gravitacionais for implantada. E como eles vão chamá-las?

Concepção artística de um buraco negro supermassivo. Foto: REUTERS/NASA/JPL-Caltech/Handout
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Há gansaral de gansos, baleal de baleias e bando de corvos. Qual termo faria justiça à natureza especial dos buracos negros? Uma massa? Uma peneira? Um grito?

Jocelyn Kelly Holley-Bockelmann, astrofísica da Universidade Vanderbilt, e colegas estão desenvolvendo um projeto internacional chamado Laser Interferometer Space Antenna (Antena espacial de interferômetro a laser), ou LISA, que será capaz de detectar colisões entre buracos negros de todos os tamanhos no universo. Ela estava em uma reunião por Zoom com o grupo recentemente "quando um dos participantes disse que sua filha estava querendo saber o que era isso que eles chamavam de coletivo de buracos negros - e então a parte séria da reunião acabou ali, com cada um querendo sugerir uma definição melhor que o outro", disse ela por e-mail. “Cada vez que eu ouvia uma sugestão, tinha que parar e rir loucamente, e isso nos encorajava ainda mais.”

A questão foi levada recentemente ao Twitter para ser respondida em conjunto como parte do que a NASA começou a chamar de Black Hole Week (Semana do buraco negro), de 12 a 16 de abril. Entre os muitos candidatos até agora estão: esmagamento, silêncio, mancha, colmeia e enigma. Ou uma das minhas favoritas por causa de sua conexão com a minha juventude: um Albert Hall de buracos negros.

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O número de buracos negros conhecidos só aumentará. O LISA será capaz de detectar os chamados buracos negros primordiais, se houver algum, remanescentes dos primeiros momentos do Big Bang, assim como os mais recentes, apresentando aos pesquisadores "basicamente uma miscelânea de buracos negros", Jocelyn disse. A antena não voará até 2034, informou, "então há tempo para descobrir o termo se e quando precisarmos!" A União Astronômica Internacional, que regulamenta a nomenclatura cósmica, não tem nenhuma regra para a denominação do coletivo para buracos negros, acrescentou, então cabe às pessoas decidir.

Jocelyn disse que entre as suas opções preferidas estava “um ‘vazio’ de buracos negros”. A minha candidata é um “desastre” de buracos negros, já que a palavra desastre tem suas raízes no latim “astro” - estrela - e, mais tarde, no termo italiano para “infeliz”.

A Black Hole Week anterior foi em 2019, quando a NASA exibiu algumas das novidades cósmicas de som mais assustadoras, incluindo buracos negros explodindo, comendo estrelas ou se preparando para devorar seus arredores. Agora, tendo como pano de fundo uma pandemia, os buracos negros oferecem um respiro e um lembrete de como nossos próprios problemas são pequenos e fugazes a longo prazo. Os buracos negros se tornaram os vídeos de gato da astronomia.

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Então, no mês passado, a NASA soltou outra miscelânea de novidades em relação a buracos negros e anúncios de serviço público, incluindo um vídeo animado do Goddard Space Flight Center (Centro de Voo Espacial Goddard) da NASA.

Você não pode passear por um buraco negro, é claro, mas há dois anos os astrônomos ofereceram a segunda melhor coisa: a primeira imagem de um. O buraco negro supermassivo - 6,5 bilhões de sóis de massa desaparecida - fica no centro da galáxia Messier 87(M87).

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A imagem foi obtida por uma rede mundial de radiotelescópios conhecida como Event Horizon Telescope em abril de 2017. Em março, a equipe do Event Horizon aprimorou essa imagem para mostrar o vórtice de campos magnéticos que envia gás e energia pelo espaço quase à velocidade da luz.

E não é só isso. Enquanto a primeira imagem de 2017 estava sendo tirada, 19 outros observatórios no espaço e em terra estudavam coletivamente este jato de energia do M87. Seus dados foram publicados junto com um vídeo do jato visto em diferentes tipos de luz e em diferentes escalas, desde as dimensões mais próximas do buraco negro até o espaço intergaláctico.

Os resultados, segundo os astrônomos, ajudariam a esclarecer como os buracos negros operam sua magia violenta, testariam ainda mais as previsões da teoria da relatividade geral de Einstein e talvez lançariam luz sobre a origem dos raios cósmicos.

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A equipe do Event Horizon acaba de concluir uma nova série de observações dos buracos negros - em M87, no centro de nossa própria galáxia e em outros lugares - disse Shep Doeleman, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e diretor fundador do coletivo de telescópios.

“Todos os dias nos reunimos às 14h para analisar o tempo e a prontidão dos locais e, em seguida, fazer a reunião”, disse Doeleman por e-mail. “Às vezes é moleza: bom tempo, todos estão prontos. Ou, do mesmo jeito, o clima em locais importantes está péssimo ou há um grande problema técnico a ser resolvido. Algumas vezes é pura agonia." / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

Como se chama o coletivo de buracos negros? A questão ganhou urgência entre os astrônomos, motivados pelas notícias recentes de dezenas de buracos negros se movimentando em torno do centro de um aglomerado de estrelas próximo.

Nos últimos anos, instrumentos como os detectores de ondas gravitacionais LIGO e Virgo têm registrado vibrações espaço-temporais das colisões de buracos negros, deixando claro, sem sombra de dúvida, que essas concentrações monstruosas de nada não apenas existem, mas são onipresentes. Os astrônomos preveem avistar um grande número dessas criaturas einsteinianas quando a próxima geração de antenas de ondas gravitacionais for implantada. E como eles vão chamá-las?

Concepção artística de um buraco negro supermassivo. Foto: REUTERS/NASA/JPL-Caltech/Handout

Há gansaral de gansos, baleal de baleias e bando de corvos. Qual termo faria justiça à natureza especial dos buracos negros? Uma massa? Uma peneira? Um grito?

Jocelyn Kelly Holley-Bockelmann, astrofísica da Universidade Vanderbilt, e colegas estão desenvolvendo um projeto internacional chamado Laser Interferometer Space Antenna (Antena espacial de interferômetro a laser), ou LISA, que será capaz de detectar colisões entre buracos negros de todos os tamanhos no universo. Ela estava em uma reunião por Zoom com o grupo recentemente "quando um dos participantes disse que sua filha estava querendo saber o que era isso que eles chamavam de coletivo de buracos negros - e então a parte séria da reunião acabou ali, com cada um querendo sugerir uma definição melhor que o outro", disse ela por e-mail. “Cada vez que eu ouvia uma sugestão, tinha que parar e rir loucamente, e isso nos encorajava ainda mais.”

A questão foi levada recentemente ao Twitter para ser respondida em conjunto como parte do que a NASA começou a chamar de Black Hole Week (Semana do buraco negro), de 12 a 16 de abril. Entre os muitos candidatos até agora estão: esmagamento, silêncio, mancha, colmeia e enigma. Ou uma das minhas favoritas por causa de sua conexão com a minha juventude: um Albert Hall de buracos negros.

O número de buracos negros conhecidos só aumentará. O LISA será capaz de detectar os chamados buracos negros primordiais, se houver algum, remanescentes dos primeiros momentos do Big Bang, assim como os mais recentes, apresentando aos pesquisadores "basicamente uma miscelânea de buracos negros", Jocelyn disse. A antena não voará até 2034, informou, "então há tempo para descobrir o termo se e quando precisarmos!" A União Astronômica Internacional, que regulamenta a nomenclatura cósmica, não tem nenhuma regra para a denominação do coletivo para buracos negros, acrescentou, então cabe às pessoas decidir.

Jocelyn disse que entre as suas opções preferidas estava “um ‘vazio’ de buracos negros”. A minha candidata é um “desastre” de buracos negros, já que a palavra desastre tem suas raízes no latim “astro” - estrela - e, mais tarde, no termo italiano para “infeliz”.

A Black Hole Week anterior foi em 2019, quando a NASA exibiu algumas das novidades cósmicas de som mais assustadoras, incluindo buracos negros explodindo, comendo estrelas ou se preparando para devorar seus arredores. Agora, tendo como pano de fundo uma pandemia, os buracos negros oferecem um respiro e um lembrete de como nossos próprios problemas são pequenos e fugazes a longo prazo. Os buracos negros se tornaram os vídeos de gato da astronomia.

Então, no mês passado, a NASA soltou outra miscelânea de novidades em relação a buracos negros e anúncios de serviço público, incluindo um vídeo animado do Goddard Space Flight Center (Centro de Voo Espacial Goddard) da NASA.

Você não pode passear por um buraco negro, é claro, mas há dois anos os astrônomos ofereceram a segunda melhor coisa: a primeira imagem de um. O buraco negro supermassivo - 6,5 bilhões de sóis de massa desaparecida - fica no centro da galáxia Messier 87(M87).

A imagem foi obtida por uma rede mundial de radiotelescópios conhecida como Event Horizon Telescope em abril de 2017. Em março, a equipe do Event Horizon aprimorou essa imagem para mostrar o vórtice de campos magnéticos que envia gás e energia pelo espaço quase à velocidade da luz.

E não é só isso. Enquanto a primeira imagem de 2017 estava sendo tirada, 19 outros observatórios no espaço e em terra estudavam coletivamente este jato de energia do M87. Seus dados foram publicados junto com um vídeo do jato visto em diferentes tipos de luz e em diferentes escalas, desde as dimensões mais próximas do buraco negro até o espaço intergaláctico.

Os resultados, segundo os astrônomos, ajudariam a esclarecer como os buracos negros operam sua magia violenta, testariam ainda mais as previsões da teoria da relatividade geral de Einstein e talvez lançariam luz sobre a origem dos raios cósmicos.

A equipe do Event Horizon acaba de concluir uma nova série de observações dos buracos negros - em M87, no centro de nossa própria galáxia e em outros lugares - disse Shep Doeleman, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e diretor fundador do coletivo de telescópios.

“Todos os dias nos reunimos às 14h para analisar o tempo e a prontidão dos locais e, em seguida, fazer a reunião”, disse Doeleman por e-mail. “Às vezes é moleza: bom tempo, todos estão prontos. Ou, do mesmo jeito, o clima em locais importantes está péssimo ou há um grande problema técnico a ser resolvido. Algumas vezes é pura agonia." / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

Como se chama o coletivo de buracos negros? A questão ganhou urgência entre os astrônomos, motivados pelas notícias recentes de dezenas de buracos negros se movimentando em torno do centro de um aglomerado de estrelas próximo.

Nos últimos anos, instrumentos como os detectores de ondas gravitacionais LIGO e Virgo têm registrado vibrações espaço-temporais das colisões de buracos negros, deixando claro, sem sombra de dúvida, que essas concentrações monstruosas de nada não apenas existem, mas são onipresentes. Os astrônomos preveem avistar um grande número dessas criaturas einsteinianas quando a próxima geração de antenas de ondas gravitacionais for implantada. E como eles vão chamá-las?

Concepção artística de um buraco negro supermassivo. Foto: REUTERS/NASA/JPL-Caltech/Handout

Há gansaral de gansos, baleal de baleias e bando de corvos. Qual termo faria justiça à natureza especial dos buracos negros? Uma massa? Uma peneira? Um grito?

Jocelyn Kelly Holley-Bockelmann, astrofísica da Universidade Vanderbilt, e colegas estão desenvolvendo um projeto internacional chamado Laser Interferometer Space Antenna (Antena espacial de interferômetro a laser), ou LISA, que será capaz de detectar colisões entre buracos negros de todos os tamanhos no universo. Ela estava em uma reunião por Zoom com o grupo recentemente "quando um dos participantes disse que sua filha estava querendo saber o que era isso que eles chamavam de coletivo de buracos negros - e então a parte séria da reunião acabou ali, com cada um querendo sugerir uma definição melhor que o outro", disse ela por e-mail. “Cada vez que eu ouvia uma sugestão, tinha que parar e rir loucamente, e isso nos encorajava ainda mais.”

A questão foi levada recentemente ao Twitter para ser respondida em conjunto como parte do que a NASA começou a chamar de Black Hole Week (Semana do buraco negro), de 12 a 16 de abril. Entre os muitos candidatos até agora estão: esmagamento, silêncio, mancha, colmeia e enigma. Ou uma das minhas favoritas por causa de sua conexão com a minha juventude: um Albert Hall de buracos negros.

O número de buracos negros conhecidos só aumentará. O LISA será capaz de detectar os chamados buracos negros primordiais, se houver algum, remanescentes dos primeiros momentos do Big Bang, assim como os mais recentes, apresentando aos pesquisadores "basicamente uma miscelânea de buracos negros", Jocelyn disse. A antena não voará até 2034, informou, "então há tempo para descobrir o termo se e quando precisarmos!" A União Astronômica Internacional, que regulamenta a nomenclatura cósmica, não tem nenhuma regra para a denominação do coletivo para buracos negros, acrescentou, então cabe às pessoas decidir.

Jocelyn disse que entre as suas opções preferidas estava “um ‘vazio’ de buracos negros”. A minha candidata é um “desastre” de buracos negros, já que a palavra desastre tem suas raízes no latim “astro” - estrela - e, mais tarde, no termo italiano para “infeliz”.

A Black Hole Week anterior foi em 2019, quando a NASA exibiu algumas das novidades cósmicas de som mais assustadoras, incluindo buracos negros explodindo, comendo estrelas ou se preparando para devorar seus arredores. Agora, tendo como pano de fundo uma pandemia, os buracos negros oferecem um respiro e um lembrete de como nossos próprios problemas são pequenos e fugazes a longo prazo. Os buracos negros se tornaram os vídeos de gato da astronomia.

Então, no mês passado, a NASA soltou outra miscelânea de novidades em relação a buracos negros e anúncios de serviço público, incluindo um vídeo animado do Goddard Space Flight Center (Centro de Voo Espacial Goddard) da NASA.

Você não pode passear por um buraco negro, é claro, mas há dois anos os astrônomos ofereceram a segunda melhor coisa: a primeira imagem de um. O buraco negro supermassivo - 6,5 bilhões de sóis de massa desaparecida - fica no centro da galáxia Messier 87(M87).

A imagem foi obtida por uma rede mundial de radiotelescópios conhecida como Event Horizon Telescope em abril de 2017. Em março, a equipe do Event Horizon aprimorou essa imagem para mostrar o vórtice de campos magnéticos que envia gás e energia pelo espaço quase à velocidade da luz.

E não é só isso. Enquanto a primeira imagem de 2017 estava sendo tirada, 19 outros observatórios no espaço e em terra estudavam coletivamente este jato de energia do M87. Seus dados foram publicados junto com um vídeo do jato visto em diferentes tipos de luz e em diferentes escalas, desde as dimensões mais próximas do buraco negro até o espaço intergaláctico.

Os resultados, segundo os astrônomos, ajudariam a esclarecer como os buracos negros operam sua magia violenta, testariam ainda mais as previsões da teoria da relatividade geral de Einstein e talvez lançariam luz sobre a origem dos raios cósmicos.

A equipe do Event Horizon acaba de concluir uma nova série de observações dos buracos negros - em M87, no centro de nossa própria galáxia e em outros lugares - disse Shep Doeleman, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e diretor fundador do coletivo de telescópios.

“Todos os dias nos reunimos às 14h para analisar o tempo e a prontidão dos locais e, em seguida, fazer a reunião”, disse Doeleman por e-mail. “Às vezes é moleza: bom tempo, todos estão prontos. Ou, do mesmo jeito, o clima em locais importantes está péssimo ou há um grande problema técnico a ser resolvido. Algumas vezes é pura agonia." / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

Como se chama o coletivo de buracos negros? A questão ganhou urgência entre os astrônomos, motivados pelas notícias recentes de dezenas de buracos negros se movimentando em torno do centro de um aglomerado de estrelas próximo.

Nos últimos anos, instrumentos como os detectores de ondas gravitacionais LIGO e Virgo têm registrado vibrações espaço-temporais das colisões de buracos negros, deixando claro, sem sombra de dúvida, que essas concentrações monstruosas de nada não apenas existem, mas são onipresentes. Os astrônomos preveem avistar um grande número dessas criaturas einsteinianas quando a próxima geração de antenas de ondas gravitacionais for implantada. E como eles vão chamá-las?

Concepção artística de um buraco negro supermassivo. Foto: REUTERS/NASA/JPL-Caltech/Handout

Há gansaral de gansos, baleal de baleias e bando de corvos. Qual termo faria justiça à natureza especial dos buracos negros? Uma massa? Uma peneira? Um grito?

Jocelyn Kelly Holley-Bockelmann, astrofísica da Universidade Vanderbilt, e colegas estão desenvolvendo um projeto internacional chamado Laser Interferometer Space Antenna (Antena espacial de interferômetro a laser), ou LISA, que será capaz de detectar colisões entre buracos negros de todos os tamanhos no universo. Ela estava em uma reunião por Zoom com o grupo recentemente "quando um dos participantes disse que sua filha estava querendo saber o que era isso que eles chamavam de coletivo de buracos negros - e então a parte séria da reunião acabou ali, com cada um querendo sugerir uma definição melhor que o outro", disse ela por e-mail. “Cada vez que eu ouvia uma sugestão, tinha que parar e rir loucamente, e isso nos encorajava ainda mais.”

A questão foi levada recentemente ao Twitter para ser respondida em conjunto como parte do que a NASA começou a chamar de Black Hole Week (Semana do buraco negro), de 12 a 16 de abril. Entre os muitos candidatos até agora estão: esmagamento, silêncio, mancha, colmeia e enigma. Ou uma das minhas favoritas por causa de sua conexão com a minha juventude: um Albert Hall de buracos negros.

O número de buracos negros conhecidos só aumentará. O LISA será capaz de detectar os chamados buracos negros primordiais, se houver algum, remanescentes dos primeiros momentos do Big Bang, assim como os mais recentes, apresentando aos pesquisadores "basicamente uma miscelânea de buracos negros", Jocelyn disse. A antena não voará até 2034, informou, "então há tempo para descobrir o termo se e quando precisarmos!" A União Astronômica Internacional, que regulamenta a nomenclatura cósmica, não tem nenhuma regra para a denominação do coletivo para buracos negros, acrescentou, então cabe às pessoas decidir.

Jocelyn disse que entre as suas opções preferidas estava “um ‘vazio’ de buracos negros”. A minha candidata é um “desastre” de buracos negros, já que a palavra desastre tem suas raízes no latim “astro” - estrela - e, mais tarde, no termo italiano para “infeliz”.

A Black Hole Week anterior foi em 2019, quando a NASA exibiu algumas das novidades cósmicas de som mais assustadoras, incluindo buracos negros explodindo, comendo estrelas ou se preparando para devorar seus arredores. Agora, tendo como pano de fundo uma pandemia, os buracos negros oferecem um respiro e um lembrete de como nossos próprios problemas são pequenos e fugazes a longo prazo. Os buracos negros se tornaram os vídeos de gato da astronomia.

Então, no mês passado, a NASA soltou outra miscelânea de novidades em relação a buracos negros e anúncios de serviço público, incluindo um vídeo animado do Goddard Space Flight Center (Centro de Voo Espacial Goddard) da NASA.

Você não pode passear por um buraco negro, é claro, mas há dois anos os astrônomos ofereceram a segunda melhor coisa: a primeira imagem de um. O buraco negro supermassivo - 6,5 bilhões de sóis de massa desaparecida - fica no centro da galáxia Messier 87(M87).

A imagem foi obtida por uma rede mundial de radiotelescópios conhecida como Event Horizon Telescope em abril de 2017. Em março, a equipe do Event Horizon aprimorou essa imagem para mostrar o vórtice de campos magnéticos que envia gás e energia pelo espaço quase à velocidade da luz.

E não é só isso. Enquanto a primeira imagem de 2017 estava sendo tirada, 19 outros observatórios no espaço e em terra estudavam coletivamente este jato de energia do M87. Seus dados foram publicados junto com um vídeo do jato visto em diferentes tipos de luz e em diferentes escalas, desde as dimensões mais próximas do buraco negro até o espaço intergaláctico.

Os resultados, segundo os astrônomos, ajudariam a esclarecer como os buracos negros operam sua magia violenta, testariam ainda mais as previsões da teoria da relatividade geral de Einstein e talvez lançariam luz sobre a origem dos raios cósmicos.

A equipe do Event Horizon acaba de concluir uma nova série de observações dos buracos negros - em M87, no centro de nossa própria galáxia e em outros lugares - disse Shep Doeleman, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e diretor fundador do coletivo de telescópios.

“Todos os dias nos reunimos às 14h para analisar o tempo e a prontidão dos locais e, em seguida, fazer a reunião”, disse Doeleman por e-mail. “Às vezes é moleza: bom tempo, todos estão prontos. Ou, do mesmo jeito, o clima em locais importantes está péssimo ou há um grande problema técnico a ser resolvido. Algumas vezes é pura agonia." / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

Como se chama o coletivo de buracos negros? A questão ganhou urgência entre os astrônomos, motivados pelas notícias recentes de dezenas de buracos negros se movimentando em torno do centro de um aglomerado de estrelas próximo.

Nos últimos anos, instrumentos como os detectores de ondas gravitacionais LIGO e Virgo têm registrado vibrações espaço-temporais das colisões de buracos negros, deixando claro, sem sombra de dúvida, que essas concentrações monstruosas de nada não apenas existem, mas são onipresentes. Os astrônomos preveem avistar um grande número dessas criaturas einsteinianas quando a próxima geração de antenas de ondas gravitacionais for implantada. E como eles vão chamá-las?

Concepção artística de um buraco negro supermassivo. Foto: REUTERS/NASA/JPL-Caltech/Handout

Há gansaral de gansos, baleal de baleias e bando de corvos. Qual termo faria justiça à natureza especial dos buracos negros? Uma massa? Uma peneira? Um grito?

Jocelyn Kelly Holley-Bockelmann, astrofísica da Universidade Vanderbilt, e colegas estão desenvolvendo um projeto internacional chamado Laser Interferometer Space Antenna (Antena espacial de interferômetro a laser), ou LISA, que será capaz de detectar colisões entre buracos negros de todos os tamanhos no universo. Ela estava em uma reunião por Zoom com o grupo recentemente "quando um dos participantes disse que sua filha estava querendo saber o que era isso que eles chamavam de coletivo de buracos negros - e então a parte séria da reunião acabou ali, com cada um querendo sugerir uma definição melhor que o outro", disse ela por e-mail. “Cada vez que eu ouvia uma sugestão, tinha que parar e rir loucamente, e isso nos encorajava ainda mais.”

A questão foi levada recentemente ao Twitter para ser respondida em conjunto como parte do que a NASA começou a chamar de Black Hole Week (Semana do buraco negro), de 12 a 16 de abril. Entre os muitos candidatos até agora estão: esmagamento, silêncio, mancha, colmeia e enigma. Ou uma das minhas favoritas por causa de sua conexão com a minha juventude: um Albert Hall de buracos negros.

O número de buracos negros conhecidos só aumentará. O LISA será capaz de detectar os chamados buracos negros primordiais, se houver algum, remanescentes dos primeiros momentos do Big Bang, assim como os mais recentes, apresentando aos pesquisadores "basicamente uma miscelânea de buracos negros", Jocelyn disse. A antena não voará até 2034, informou, "então há tempo para descobrir o termo se e quando precisarmos!" A União Astronômica Internacional, que regulamenta a nomenclatura cósmica, não tem nenhuma regra para a denominação do coletivo para buracos negros, acrescentou, então cabe às pessoas decidir.

Jocelyn disse que entre as suas opções preferidas estava “um ‘vazio’ de buracos negros”. A minha candidata é um “desastre” de buracos negros, já que a palavra desastre tem suas raízes no latim “astro” - estrela - e, mais tarde, no termo italiano para “infeliz”.

A Black Hole Week anterior foi em 2019, quando a NASA exibiu algumas das novidades cósmicas de som mais assustadoras, incluindo buracos negros explodindo, comendo estrelas ou se preparando para devorar seus arredores. Agora, tendo como pano de fundo uma pandemia, os buracos negros oferecem um respiro e um lembrete de como nossos próprios problemas são pequenos e fugazes a longo prazo. Os buracos negros se tornaram os vídeos de gato da astronomia.

Então, no mês passado, a NASA soltou outra miscelânea de novidades em relação a buracos negros e anúncios de serviço público, incluindo um vídeo animado do Goddard Space Flight Center (Centro de Voo Espacial Goddard) da NASA.

Você não pode passear por um buraco negro, é claro, mas há dois anos os astrônomos ofereceram a segunda melhor coisa: a primeira imagem de um. O buraco negro supermassivo - 6,5 bilhões de sóis de massa desaparecida - fica no centro da galáxia Messier 87(M87).

A imagem foi obtida por uma rede mundial de radiotelescópios conhecida como Event Horizon Telescope em abril de 2017. Em março, a equipe do Event Horizon aprimorou essa imagem para mostrar o vórtice de campos magnéticos que envia gás e energia pelo espaço quase à velocidade da luz.

E não é só isso. Enquanto a primeira imagem de 2017 estava sendo tirada, 19 outros observatórios no espaço e em terra estudavam coletivamente este jato de energia do M87. Seus dados foram publicados junto com um vídeo do jato visto em diferentes tipos de luz e em diferentes escalas, desde as dimensões mais próximas do buraco negro até o espaço intergaláctico.

Os resultados, segundo os astrônomos, ajudariam a esclarecer como os buracos negros operam sua magia violenta, testariam ainda mais as previsões da teoria da relatividade geral de Einstein e talvez lançariam luz sobre a origem dos raios cósmicos.

A equipe do Event Horizon acaba de concluir uma nova série de observações dos buracos negros - em M87, no centro de nossa própria galáxia e em outros lugares - disse Shep Doeleman, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e diretor fundador do coletivo de telescópios.

“Todos os dias nos reunimos às 14h para analisar o tempo e a prontidão dos locais e, em seguida, fazer a reunião”, disse Doeleman por e-mail. “Às vezes é moleza: bom tempo, todos estão prontos. Ou, do mesmo jeito, o clima em locais importantes está péssimo ou há um grande problema técnico a ser resolvido. Algumas vezes é pura agonia." / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

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