Cinco conflitos que movem a crise de refugiados


A fome e a guerra, principalmente na África e no Oriente Médio, levam milhões de pessoas a migrar para países vizinhos

Por Megan Specia
Atualização:

Sudão do Sul. Síria. Afeganistão. Myanmar. Somália. Esses países evocam imagens de conflitos violentos - e de seres humanos em fuga.

Muitos no Ocidente temem um mundo imaginário no qual os refugiados desses países estão entrando na Europa e nos Estados Unidos como nunca antes. Esses temores levaram governos a fechar as fronteiras e cortar as ofertas de reassentamento de refugiados.

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Na realidade, porém, a grande maioria dos refugiados do mundo vive principalmente nos países vizinhos, fato reafirmado num relatório anual da agência das Nações Unidas para refugiados. O relatório mais recente disse que 68,5 milhões de pessoas em todo o mundo foram classificadas em 2017 como forçadas a abandonar seus lares por causa de conflitos e perseguições, o número mais alto desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Entre eles estão 25,4 milhões de refugiados - aqueles que fugiram para outro país para escapar da guerra ou da perseguição e que recebem proteções especiais de acordo com o direito internacional.

As raízes da guerra civil síria começaram em 2011 com um levante pacífico - inspirado na Primavera Árabe - com grandes manifestações de rua contra o governo do presidente Bashar al-Assad. A situação degringolou em guerra civil depois que o governo começou uma campanha de repressão.

Em questão de poucos anos, outras facções foram envolvidas. Os Estados Unidos apoiaram alguns dos rebeldes. Irã e Rússia defenderam forças leais a Assad. Em 2015, uma coalizão liderada pelos americanos começou a realizar ataques aéreos contra o Estado Islâmico - que havia tomado partes do norte e leste da Síria. Forças curdas ao norte combateram contra o governo de Assad, a Turquia e outros grupos rebeldes.

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A complexidade do conflito e a determinação de Assad em manter-se no poder perpetuaram a guerra, tornando a Síria a principal origem de refugiados em 2017. Pelo menos 5,6 milhões de pessoas fugiram da Síria desde 2011, e a maioria chegou a Turquia, Jordânia e Líbano. Outros 6,3 milhões de pessoas permanecem como desabrigadas no país.

A prolongada guerra do Afeganistão contra a insurgência do Taleban fez do país a segunda maior origem de refugiados no mundo. As raízes remontam a 1978, quando a União Soviética invadiu o país. Mas o principal fator da atual crise de refugiados é a guerra travada desde 2001 entre o governo afegão (com o apoio das forças americanas) e o Taleban. É difícil manter a segurança no país.

A situação piorou em 2017 com o retorno do Taleban e outros grupos. Incontáveis ataques contra civis levaram muitos a deixar o país. De acordo com o relatório da ONU, a população de refugiados do Afeganistão aumentou 5%, chegando a 2,6 milhões de pessoas até o final de 2017.

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O Sudão do Sul tinha apenas dois anos de existência quando teve início uma guerra civil, em 2013. O conflito teve início como uma disputa entre forças leais ao presidente Salva Kiir e outras leais ao então vice-presidente Riek Machar e mergulhou o país na violência étnica e numa crise humanitária. Dezenas de milhares morreram.

Mais de um milhão de Rohingya fugiramde Myanmar em 2017, frequentemente migrando para campos superlotados em Bangladesh Foto: Tomas Munita para The New York Times

Todos os dias, centenas de refugiados sul-sudaneses cruzam a fronteira com Uganda - um dos países que tem o maior número de refugiados do mundo, com 1,4 milhão de pessoas de países vizinhos pedindo asilo.

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Este ano, o Sudão do Sul está enfrentando uma crise de fome, com milhões de pessoas expostas à desnutrição extrema, o número de refugiados deve aumentar.

Um imenso fluxo de pessoas da etnia Rohingya, de Myanmar, cruzou a fronteira com Bangladesh no final de 2017, fugindo da perseguição do exército e das forças de segurança do país.

Mas os Rohingya, uma minoria muçulmana, enfrentam a violência e a discriminação em Myanmar (país de maioria budista) há décadas. São considerados forasteiros pelo governo, apesar de suas origens no estado de Rakhine.

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Uma repressão brutal contra civis em agosto do ano passado, após um ataque de um grupo insurgente Rohingya, levou rapidamente a uma situação de expulsão em massa. Zeid Ra’ad al-Hussein, o Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, descreveu a campanha de Myanmar contra os Rohingya “um exemplo clássico de limpeza étnica”.

O número de refugiados vindos de Myanmar aumentou mais de 100%, de menos de meio milhão no começo de 2017 para 1,2 milhão até o final do ano. A maioria vive em Bangladesh em campos superlotados.

Uma guerra civil na Somália que envolveu a queda do governo militar do presidente Siad Barre em 1991 destruiu o estado, afetou a produção de alimentos e deixou o país no caos. O passar dos anos fez da Somália um dos países mais desesperados.

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Dezenas de milhares de somalianos passaram décadas vivendo em campos de refugiados nos países vizinhos. Quando um governo que tinha apoio internacional foi instalado em 2012, o país parecia finalmente estar rumando para a estabilidade. Mas o grupo extremista Shabab começou a realizar numerosos ataques.

Embora a Somália tenha sido a quinta principal origem de refugiados em 2017 - com 986.400 pessoas recebendo esse status - o número de refugiados somalianos chegou a diminuir 3% em relação ao ano anterior. A maioria vive no Quênia, Iêmen e Etiópia.

Sudão do Sul. Síria. Afeganistão. Myanmar. Somália. Esses países evocam imagens de conflitos violentos - e de seres humanos em fuga.

Muitos no Ocidente temem um mundo imaginário no qual os refugiados desses países estão entrando na Europa e nos Estados Unidos como nunca antes. Esses temores levaram governos a fechar as fronteiras e cortar as ofertas de reassentamento de refugiados.

Na realidade, porém, a grande maioria dos refugiados do mundo vive principalmente nos países vizinhos, fato reafirmado num relatório anual da agência das Nações Unidas para refugiados. O relatório mais recente disse que 68,5 milhões de pessoas em todo o mundo foram classificadas em 2017 como forçadas a abandonar seus lares por causa de conflitos e perseguições, o número mais alto desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Entre eles estão 25,4 milhões de refugiados - aqueles que fugiram para outro país para escapar da guerra ou da perseguição e que recebem proteções especiais de acordo com o direito internacional.

As raízes da guerra civil síria começaram em 2011 com um levante pacífico - inspirado na Primavera Árabe - com grandes manifestações de rua contra o governo do presidente Bashar al-Assad. A situação degringolou em guerra civil depois que o governo começou uma campanha de repressão.

Em questão de poucos anos, outras facções foram envolvidas. Os Estados Unidos apoiaram alguns dos rebeldes. Irã e Rússia defenderam forças leais a Assad. Em 2015, uma coalizão liderada pelos americanos começou a realizar ataques aéreos contra o Estado Islâmico - que havia tomado partes do norte e leste da Síria. Forças curdas ao norte combateram contra o governo de Assad, a Turquia e outros grupos rebeldes.

A complexidade do conflito e a determinação de Assad em manter-se no poder perpetuaram a guerra, tornando a Síria a principal origem de refugiados em 2017. Pelo menos 5,6 milhões de pessoas fugiram da Síria desde 2011, e a maioria chegou a Turquia, Jordânia e Líbano. Outros 6,3 milhões de pessoas permanecem como desabrigadas no país.

A prolongada guerra do Afeganistão contra a insurgência do Taleban fez do país a segunda maior origem de refugiados no mundo. As raízes remontam a 1978, quando a União Soviética invadiu o país. Mas o principal fator da atual crise de refugiados é a guerra travada desde 2001 entre o governo afegão (com o apoio das forças americanas) e o Taleban. É difícil manter a segurança no país.

A situação piorou em 2017 com o retorno do Taleban e outros grupos. Incontáveis ataques contra civis levaram muitos a deixar o país. De acordo com o relatório da ONU, a população de refugiados do Afeganistão aumentou 5%, chegando a 2,6 milhões de pessoas até o final de 2017.

O Sudão do Sul tinha apenas dois anos de existência quando teve início uma guerra civil, em 2013. O conflito teve início como uma disputa entre forças leais ao presidente Salva Kiir e outras leais ao então vice-presidente Riek Machar e mergulhou o país na violência étnica e numa crise humanitária. Dezenas de milhares morreram.

Mais de um milhão de Rohingya fugiramde Myanmar em 2017, frequentemente migrando para campos superlotados em Bangladesh Foto: Tomas Munita para The New York Times

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Este ano, o Sudão do Sul está enfrentando uma crise de fome, com milhões de pessoas expostas à desnutrição extrema, o número de refugiados deve aumentar.

Um imenso fluxo de pessoas da etnia Rohingya, de Myanmar, cruzou a fronteira com Bangladesh no final de 2017, fugindo da perseguição do exército e das forças de segurança do país.

Mas os Rohingya, uma minoria muçulmana, enfrentam a violência e a discriminação em Myanmar (país de maioria budista) há décadas. São considerados forasteiros pelo governo, apesar de suas origens no estado de Rakhine.

Uma repressão brutal contra civis em agosto do ano passado, após um ataque de um grupo insurgente Rohingya, levou rapidamente a uma situação de expulsão em massa. Zeid Ra’ad al-Hussein, o Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, descreveu a campanha de Myanmar contra os Rohingya “um exemplo clássico de limpeza étnica”.

O número de refugiados vindos de Myanmar aumentou mais de 100%, de menos de meio milhão no começo de 2017 para 1,2 milhão até o final do ano. A maioria vive em Bangladesh em campos superlotados.

Uma guerra civil na Somália que envolveu a queda do governo militar do presidente Siad Barre em 1991 destruiu o estado, afetou a produção de alimentos e deixou o país no caos. O passar dos anos fez da Somália um dos países mais desesperados.

Dezenas de milhares de somalianos passaram décadas vivendo em campos de refugiados nos países vizinhos. Quando um governo que tinha apoio internacional foi instalado em 2012, o país parecia finalmente estar rumando para a estabilidade. Mas o grupo extremista Shabab começou a realizar numerosos ataques.

Embora a Somália tenha sido a quinta principal origem de refugiados em 2017 - com 986.400 pessoas recebendo esse status - o número de refugiados somalianos chegou a diminuir 3% em relação ao ano anterior. A maioria vive no Quênia, Iêmen e Etiópia.

Sudão do Sul. Síria. Afeganistão. Myanmar. Somália. Esses países evocam imagens de conflitos violentos - e de seres humanos em fuga.

Muitos no Ocidente temem um mundo imaginário no qual os refugiados desses países estão entrando na Europa e nos Estados Unidos como nunca antes. Esses temores levaram governos a fechar as fronteiras e cortar as ofertas de reassentamento de refugiados.

Na realidade, porém, a grande maioria dos refugiados do mundo vive principalmente nos países vizinhos, fato reafirmado num relatório anual da agência das Nações Unidas para refugiados. O relatório mais recente disse que 68,5 milhões de pessoas em todo o mundo foram classificadas em 2017 como forçadas a abandonar seus lares por causa de conflitos e perseguições, o número mais alto desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Entre eles estão 25,4 milhões de refugiados - aqueles que fugiram para outro país para escapar da guerra ou da perseguição e que recebem proteções especiais de acordo com o direito internacional.

As raízes da guerra civil síria começaram em 2011 com um levante pacífico - inspirado na Primavera Árabe - com grandes manifestações de rua contra o governo do presidente Bashar al-Assad. A situação degringolou em guerra civil depois que o governo começou uma campanha de repressão.

Em questão de poucos anos, outras facções foram envolvidas. Os Estados Unidos apoiaram alguns dos rebeldes. Irã e Rússia defenderam forças leais a Assad. Em 2015, uma coalizão liderada pelos americanos começou a realizar ataques aéreos contra o Estado Islâmico - que havia tomado partes do norte e leste da Síria. Forças curdas ao norte combateram contra o governo de Assad, a Turquia e outros grupos rebeldes.

A complexidade do conflito e a determinação de Assad em manter-se no poder perpetuaram a guerra, tornando a Síria a principal origem de refugiados em 2017. Pelo menos 5,6 milhões de pessoas fugiram da Síria desde 2011, e a maioria chegou a Turquia, Jordânia e Líbano. Outros 6,3 milhões de pessoas permanecem como desabrigadas no país.

A prolongada guerra do Afeganistão contra a insurgência do Taleban fez do país a segunda maior origem de refugiados no mundo. As raízes remontam a 1978, quando a União Soviética invadiu o país. Mas o principal fator da atual crise de refugiados é a guerra travada desde 2001 entre o governo afegão (com o apoio das forças americanas) e o Taleban. É difícil manter a segurança no país.

A situação piorou em 2017 com o retorno do Taleban e outros grupos. Incontáveis ataques contra civis levaram muitos a deixar o país. De acordo com o relatório da ONU, a população de refugiados do Afeganistão aumentou 5%, chegando a 2,6 milhões de pessoas até o final de 2017.

O Sudão do Sul tinha apenas dois anos de existência quando teve início uma guerra civil, em 2013. O conflito teve início como uma disputa entre forças leais ao presidente Salva Kiir e outras leais ao então vice-presidente Riek Machar e mergulhou o país na violência étnica e numa crise humanitária. Dezenas de milhares morreram.

Mais de um milhão de Rohingya fugiramde Myanmar em 2017, frequentemente migrando para campos superlotados em Bangladesh Foto: Tomas Munita para The New York Times

Todos os dias, centenas de refugiados sul-sudaneses cruzam a fronteira com Uganda - um dos países que tem o maior número de refugiados do mundo, com 1,4 milhão de pessoas de países vizinhos pedindo asilo.

Este ano, o Sudão do Sul está enfrentando uma crise de fome, com milhões de pessoas expostas à desnutrição extrema, o número de refugiados deve aumentar.

Um imenso fluxo de pessoas da etnia Rohingya, de Myanmar, cruzou a fronteira com Bangladesh no final de 2017, fugindo da perseguição do exército e das forças de segurança do país.

Mas os Rohingya, uma minoria muçulmana, enfrentam a violência e a discriminação em Myanmar (país de maioria budista) há décadas. São considerados forasteiros pelo governo, apesar de suas origens no estado de Rakhine.

Uma repressão brutal contra civis em agosto do ano passado, após um ataque de um grupo insurgente Rohingya, levou rapidamente a uma situação de expulsão em massa. Zeid Ra’ad al-Hussein, o Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, descreveu a campanha de Myanmar contra os Rohingya “um exemplo clássico de limpeza étnica”.

O número de refugiados vindos de Myanmar aumentou mais de 100%, de menos de meio milhão no começo de 2017 para 1,2 milhão até o final do ano. A maioria vive em Bangladesh em campos superlotados.

Uma guerra civil na Somália que envolveu a queda do governo militar do presidente Siad Barre em 1991 destruiu o estado, afetou a produção de alimentos e deixou o país no caos. O passar dos anos fez da Somália um dos países mais desesperados.

Dezenas de milhares de somalianos passaram décadas vivendo em campos de refugiados nos países vizinhos. Quando um governo que tinha apoio internacional foi instalado em 2012, o país parecia finalmente estar rumando para a estabilidade. Mas o grupo extremista Shabab começou a realizar numerosos ataques.

Embora a Somália tenha sido a quinta principal origem de refugiados em 2017 - com 986.400 pessoas recebendo esse status - o número de refugiados somalianos chegou a diminuir 3% em relação ao ano anterior. A maioria vive no Quênia, Iêmen e Etiópia.

Sudão do Sul. Síria. Afeganistão. Myanmar. Somália. Esses países evocam imagens de conflitos violentos - e de seres humanos em fuga.

Muitos no Ocidente temem um mundo imaginário no qual os refugiados desses países estão entrando na Europa e nos Estados Unidos como nunca antes. Esses temores levaram governos a fechar as fronteiras e cortar as ofertas de reassentamento de refugiados.

Na realidade, porém, a grande maioria dos refugiados do mundo vive principalmente nos países vizinhos, fato reafirmado num relatório anual da agência das Nações Unidas para refugiados. O relatório mais recente disse que 68,5 milhões de pessoas em todo o mundo foram classificadas em 2017 como forçadas a abandonar seus lares por causa de conflitos e perseguições, o número mais alto desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Entre eles estão 25,4 milhões de refugiados - aqueles que fugiram para outro país para escapar da guerra ou da perseguição e que recebem proteções especiais de acordo com o direito internacional.

As raízes da guerra civil síria começaram em 2011 com um levante pacífico - inspirado na Primavera Árabe - com grandes manifestações de rua contra o governo do presidente Bashar al-Assad. A situação degringolou em guerra civil depois que o governo começou uma campanha de repressão.

Em questão de poucos anos, outras facções foram envolvidas. Os Estados Unidos apoiaram alguns dos rebeldes. Irã e Rússia defenderam forças leais a Assad. Em 2015, uma coalizão liderada pelos americanos começou a realizar ataques aéreos contra o Estado Islâmico - que havia tomado partes do norte e leste da Síria. Forças curdas ao norte combateram contra o governo de Assad, a Turquia e outros grupos rebeldes.

A complexidade do conflito e a determinação de Assad em manter-se no poder perpetuaram a guerra, tornando a Síria a principal origem de refugiados em 2017. Pelo menos 5,6 milhões de pessoas fugiram da Síria desde 2011, e a maioria chegou a Turquia, Jordânia e Líbano. Outros 6,3 milhões de pessoas permanecem como desabrigadas no país.

A prolongada guerra do Afeganistão contra a insurgência do Taleban fez do país a segunda maior origem de refugiados no mundo. As raízes remontam a 1978, quando a União Soviética invadiu o país. Mas o principal fator da atual crise de refugiados é a guerra travada desde 2001 entre o governo afegão (com o apoio das forças americanas) e o Taleban. É difícil manter a segurança no país.

A situação piorou em 2017 com o retorno do Taleban e outros grupos. Incontáveis ataques contra civis levaram muitos a deixar o país. De acordo com o relatório da ONU, a população de refugiados do Afeganistão aumentou 5%, chegando a 2,6 milhões de pessoas até o final de 2017.

O Sudão do Sul tinha apenas dois anos de existência quando teve início uma guerra civil, em 2013. O conflito teve início como uma disputa entre forças leais ao presidente Salva Kiir e outras leais ao então vice-presidente Riek Machar e mergulhou o país na violência étnica e numa crise humanitária. Dezenas de milhares morreram.

Mais de um milhão de Rohingya fugiramde Myanmar em 2017, frequentemente migrando para campos superlotados em Bangladesh Foto: Tomas Munita para The New York Times

Todos os dias, centenas de refugiados sul-sudaneses cruzam a fronteira com Uganda - um dos países que tem o maior número de refugiados do mundo, com 1,4 milhão de pessoas de países vizinhos pedindo asilo.

Este ano, o Sudão do Sul está enfrentando uma crise de fome, com milhões de pessoas expostas à desnutrição extrema, o número de refugiados deve aumentar.

Um imenso fluxo de pessoas da etnia Rohingya, de Myanmar, cruzou a fronteira com Bangladesh no final de 2017, fugindo da perseguição do exército e das forças de segurança do país.

Mas os Rohingya, uma minoria muçulmana, enfrentam a violência e a discriminação em Myanmar (país de maioria budista) há décadas. São considerados forasteiros pelo governo, apesar de suas origens no estado de Rakhine.

Uma repressão brutal contra civis em agosto do ano passado, após um ataque de um grupo insurgente Rohingya, levou rapidamente a uma situação de expulsão em massa. Zeid Ra’ad al-Hussein, o Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, descreveu a campanha de Myanmar contra os Rohingya “um exemplo clássico de limpeza étnica”.

O número de refugiados vindos de Myanmar aumentou mais de 100%, de menos de meio milhão no começo de 2017 para 1,2 milhão até o final do ano. A maioria vive em Bangladesh em campos superlotados.

Uma guerra civil na Somália que envolveu a queda do governo militar do presidente Siad Barre em 1991 destruiu o estado, afetou a produção de alimentos e deixou o país no caos. O passar dos anos fez da Somália um dos países mais desesperados.

Dezenas de milhares de somalianos passaram décadas vivendo em campos de refugiados nos países vizinhos. Quando um governo que tinha apoio internacional foi instalado em 2012, o país parecia finalmente estar rumando para a estabilidade. Mas o grupo extremista Shabab começou a realizar numerosos ataques.

Embora a Somália tenha sido a quinta principal origem de refugiados em 2017 - com 986.400 pessoas recebendo esse status - o número de refugiados somalianos chegou a diminuir 3% em relação ao ano anterior. A maioria vive no Quênia, Iêmen e Etiópia.

Sudão do Sul. Síria. Afeganistão. Myanmar. Somália. Esses países evocam imagens de conflitos violentos - e de seres humanos em fuga.

Muitos no Ocidente temem um mundo imaginário no qual os refugiados desses países estão entrando na Europa e nos Estados Unidos como nunca antes. Esses temores levaram governos a fechar as fronteiras e cortar as ofertas de reassentamento de refugiados.

Na realidade, porém, a grande maioria dos refugiados do mundo vive principalmente nos países vizinhos, fato reafirmado num relatório anual da agência das Nações Unidas para refugiados. O relatório mais recente disse que 68,5 milhões de pessoas em todo o mundo foram classificadas em 2017 como forçadas a abandonar seus lares por causa de conflitos e perseguições, o número mais alto desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Entre eles estão 25,4 milhões de refugiados - aqueles que fugiram para outro país para escapar da guerra ou da perseguição e que recebem proteções especiais de acordo com o direito internacional.

As raízes da guerra civil síria começaram em 2011 com um levante pacífico - inspirado na Primavera Árabe - com grandes manifestações de rua contra o governo do presidente Bashar al-Assad. A situação degringolou em guerra civil depois que o governo começou uma campanha de repressão.

Em questão de poucos anos, outras facções foram envolvidas. Os Estados Unidos apoiaram alguns dos rebeldes. Irã e Rússia defenderam forças leais a Assad. Em 2015, uma coalizão liderada pelos americanos começou a realizar ataques aéreos contra o Estado Islâmico - que havia tomado partes do norte e leste da Síria. Forças curdas ao norte combateram contra o governo de Assad, a Turquia e outros grupos rebeldes.

A complexidade do conflito e a determinação de Assad em manter-se no poder perpetuaram a guerra, tornando a Síria a principal origem de refugiados em 2017. Pelo menos 5,6 milhões de pessoas fugiram da Síria desde 2011, e a maioria chegou a Turquia, Jordânia e Líbano. Outros 6,3 milhões de pessoas permanecem como desabrigadas no país.

A prolongada guerra do Afeganistão contra a insurgência do Taleban fez do país a segunda maior origem de refugiados no mundo. As raízes remontam a 1978, quando a União Soviética invadiu o país. Mas o principal fator da atual crise de refugiados é a guerra travada desde 2001 entre o governo afegão (com o apoio das forças americanas) e o Taleban. É difícil manter a segurança no país.

A situação piorou em 2017 com o retorno do Taleban e outros grupos. Incontáveis ataques contra civis levaram muitos a deixar o país. De acordo com o relatório da ONU, a população de refugiados do Afeganistão aumentou 5%, chegando a 2,6 milhões de pessoas até o final de 2017.

O Sudão do Sul tinha apenas dois anos de existência quando teve início uma guerra civil, em 2013. O conflito teve início como uma disputa entre forças leais ao presidente Salva Kiir e outras leais ao então vice-presidente Riek Machar e mergulhou o país na violência étnica e numa crise humanitária. Dezenas de milhares morreram.

Mais de um milhão de Rohingya fugiramde Myanmar em 2017, frequentemente migrando para campos superlotados em Bangladesh Foto: Tomas Munita para The New York Times

Todos os dias, centenas de refugiados sul-sudaneses cruzam a fronteira com Uganda - um dos países que tem o maior número de refugiados do mundo, com 1,4 milhão de pessoas de países vizinhos pedindo asilo.

Este ano, o Sudão do Sul está enfrentando uma crise de fome, com milhões de pessoas expostas à desnutrição extrema, o número de refugiados deve aumentar.

Um imenso fluxo de pessoas da etnia Rohingya, de Myanmar, cruzou a fronteira com Bangladesh no final de 2017, fugindo da perseguição do exército e das forças de segurança do país.

Mas os Rohingya, uma minoria muçulmana, enfrentam a violência e a discriminação em Myanmar (país de maioria budista) há décadas. São considerados forasteiros pelo governo, apesar de suas origens no estado de Rakhine.

Uma repressão brutal contra civis em agosto do ano passado, após um ataque de um grupo insurgente Rohingya, levou rapidamente a uma situação de expulsão em massa. Zeid Ra’ad al-Hussein, o Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, descreveu a campanha de Myanmar contra os Rohingya “um exemplo clássico de limpeza étnica”.

O número de refugiados vindos de Myanmar aumentou mais de 100%, de menos de meio milhão no começo de 2017 para 1,2 milhão até o final do ano. A maioria vive em Bangladesh em campos superlotados.

Uma guerra civil na Somália que envolveu a queda do governo militar do presidente Siad Barre em 1991 destruiu o estado, afetou a produção de alimentos e deixou o país no caos. O passar dos anos fez da Somália um dos países mais desesperados.

Dezenas de milhares de somalianos passaram décadas vivendo em campos de refugiados nos países vizinhos. Quando um governo que tinha apoio internacional foi instalado em 2012, o país parecia finalmente estar rumando para a estabilidade. Mas o grupo extremista Shabab começou a realizar numerosos ataques.

Embora a Somália tenha sido a quinta principal origem de refugiados em 2017 - com 986.400 pessoas recebendo esse status - o número de refugiados somalianos chegou a diminuir 3% em relação ao ano anterior. A maioria vive no Quênia, Iêmen e Etiópia.

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