Como os exercícios afetam nosso apetite?


O fato de sermos ativos nos deixa famintos e propensos a comer mais do que deveríamos? Ou diminui nosso apetite?

Por Gretchen Reynolds

O fato de fazer exercícios físicos nos deixa famintos depois e propensos a comer mais do que deveríamos? Ou diminui nosso apetite e torna mais fácil pularmos aquela última e tentadora fatia de torta?

Um novo estudo fornece pistas oportunas, ainda que cautelosas. O estudo, que envolveu homens e mulheres sedentários e com sobrepeso e vários tipos de exercícios moderados, descobriu que as pessoas que se exercitaram não comeram demais em um atraente bufê de almoço logo depois. No entanto, elas também não pularam a sobremesa ou economizaram nas porções. As descobertas oferecem um lembrete durante as festas de fim de ano de que, embora os exercícios tenham inúmeros benefícios para a saúde, ajudar-nos a comer menos ou perder peso pode não estar entre eles.

Para a maioria de nós, o exercício afeta nosso peso e fome de maneiras inesperadas e às vezes contraditórias. De acordo com vários estudos científicos, poucas pessoas que começam a se exercitar perdem tantos quilos quanto o número de calorias que queimadasm fariam prever.

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Corrida em São Paulo: oexercício pode afetar nosso peso e fome de maneiras contraditórias Foto: Felipe Rau/Estadão

Algumas pesquisas recentes sugerem que isso ocorre porque nossos corpos tentam obstinadamente se agarrar aos nossos estoques de gordura, uma adaptação evolutiva que nos protege contra (improváveis) fomes futuras. Portanto, se queimarmos calorias durante os exercícios, nosso corpo pode nos levar a sentar mais logo depois ou realocar a energia de alguns sistemas corporais para outros, reduzindo nosso gasto energético geral diário. Dessa forma, nosso corpo compensa inconscientemente muitas das calorias que queimamos durante os exercícios, reduzindo nossas chances de perder peso com essa atividade.

Mas essa compensação calórica acontece lentamente, ao longo de semanas ou meses, e envolve gasto de energia. Ficou menos claro se e como os exercícios influenciam nosso consumo de energia - isto é, quantas porções de comida consumimos -, especialmente nas horas imediatamente após um treino.

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Exercício pelo bem da ciência

As provas, até agora, são variadas. Alguns estudos indicam que o exercício, especialmente se for extenuante e prolongado, tende a diminuir o apetite das pessoas, muitas vezes por horas ou até no dia seguinte. Esse fenômeno leva-as a ingerir menos calorias nas refeições subsequentes do que se não tivessem se exercitado. Mas outros estudos sugerem o oposto, descobrindo que algumas pessoas sentem mais fome depois de se exercitarem de qualquer forma e logo substituem as calorias que gastaram - e outras - com uma ou duas porções a mais na refeição seguinte.

Muitos desses estudos, no entanto, basearam-se em homens e mulheres jovens saudáveis, em forma e ativos, uma vez que esses grupos tendem a estar disponíveis entre os alunos dos departamentos de ciências do exercício nas universidades. Poucos experimentos observaram como o exercício pode afetar de imediato o apetite e a alimentação de adultos mais velhos, com sobrepeso e sedentários, e menos ainda estudaram os efeitos do treinamento de resistência e dos exercícios aeróbicos.

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O novo estudo foi publicado em outubro na Medicine & Science in Sports & Exercise. Cientistas da Universidade de Utah em Salt Lake City, do Anschutz Medical Campus da Universidade do Colorado, em Aurora, no Colorado, e de outras instituições anunciaram que queriam voluntários no Colorado dispostos a se exercitar e comer, pelo bem da ciência.

Após centenas de respostas, eles ficaram com 24 homens e mulheres, com idades entre 18 e 55 anos, que estavam com sobrepeso ou obesos e em geral, inativos. Eles convidaram a todos para visitarem o laboratório logo pela manhã, deram-lhes café da manhã e, em dias diferentes, fizeram-nos sentar em silêncio, caminhar rapidamente em uma esteira ou levantar pesos por cerca de 45 minutos.

Antes, durante e três horas depois, os pesquisadores coletaram sangue para verificar as mudanças nos hormônios relacionados ao apetite e perguntaram às pessoas se sentiam fome. Eles também deixaram que elas se servissem em um bufê de lasanha, salada, pãezinhos, refrigerante e bolo de morango, enquanto monitoraram discretamente a quantidade de comida que as pessoas consumiam.

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Então, os pesquisadores compararam hormônios, fome e alimentação real e encontraram desconexões estranhas. Em geral, os hormônios das pessoas mudaram após cada sessão de exercícios de uma forma que poderia reduzir seu apetite. Mas os participantes do estudo não relataram sentir menos fome - nem relataram sentir mais fome - depois de seus treinos em comparação com quando estavam sentados. E no almoço, eles comeram quase a mesma quantidade, cerca de 950 calorias de lasanha e outros alimentos do bufê, independentemente de terem feito exercício ou não.

O fator 'aroma de lasanha'

A conclusão desses resultados sugere que, pelo menos, uma caminhada rápida ou um levantamento de peso leve pode não afetar nossa alimentação subsequente tanto quanto "outros fatores", como o aroma e os sabores deliciosos de uma lasanha (pãezinhos ou torta), disse Tanya Halliday, professora assistente de saúde e cinesiologia da Universidade de Utah, que conduziu o novo estudo. Os hormônios do apetite das pessoas podem ter caído um pouco após os treinos, mas essa queda não teve muito efeito sobre o quanto elas comeram depois.

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Mesmo assim, os exercícios queimam algumas calorias, ela disse - cerca de 300 a cada sessão. Isso foi menos do que as quase 1.000 calorias que os voluntários consumiram em média no almoço, mas centenas a mais do que quando estavam sentados. Com o tempo, essa diferença pode ajudar no controle de peso, ela disse.

É claro que o estudo tem limitações óbvias. Ele analisou uma única sessão de exercícios moderados e breves com algumas dezenas de participantes fora de forma. Pessoas que se exercitam regularmente ou que praticam exercícios mais extenuantes podem reagir de forma diferente. Os pesquisadores precisarão realizar mais estudos, incluindo com grupos mais diversos e que ocorrem em um período maior de tempo.

Mas, mesmo agora, as descobertas têm o encanto suave de uma torta de maçã. Elas sugerem que "as pessoas não devem ter medo de comerem mais se fizerem exercícios", disse Halliday. E, ela disse, uma indulgência de feriado não afetará seu peso a longo prazo. Então, coma o que quiser no seu banquete e aproveite. Halliday também recomendou uma caminhada ou alguma outra atividade física com sua família e amigos antes, se você puder - não para diminuir seu apetite, mas para reforçar seus laços sociais e agradecer por seguirmos em frente juntos.

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TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

O fato de fazer exercícios físicos nos deixa famintos depois e propensos a comer mais do que deveríamos? Ou diminui nosso apetite e torna mais fácil pularmos aquela última e tentadora fatia de torta?

Um novo estudo fornece pistas oportunas, ainda que cautelosas. O estudo, que envolveu homens e mulheres sedentários e com sobrepeso e vários tipos de exercícios moderados, descobriu que as pessoas que se exercitaram não comeram demais em um atraente bufê de almoço logo depois. No entanto, elas também não pularam a sobremesa ou economizaram nas porções. As descobertas oferecem um lembrete durante as festas de fim de ano de que, embora os exercícios tenham inúmeros benefícios para a saúde, ajudar-nos a comer menos ou perder peso pode não estar entre eles.

Para a maioria de nós, o exercício afeta nosso peso e fome de maneiras inesperadas e às vezes contraditórias. De acordo com vários estudos científicos, poucas pessoas que começam a se exercitar perdem tantos quilos quanto o número de calorias que queimadasm fariam prever.

Corrida em São Paulo: oexercício pode afetar nosso peso e fome de maneiras contraditórias Foto: Felipe Rau/Estadão

Algumas pesquisas recentes sugerem que isso ocorre porque nossos corpos tentam obstinadamente se agarrar aos nossos estoques de gordura, uma adaptação evolutiva que nos protege contra (improváveis) fomes futuras. Portanto, se queimarmos calorias durante os exercícios, nosso corpo pode nos levar a sentar mais logo depois ou realocar a energia de alguns sistemas corporais para outros, reduzindo nosso gasto energético geral diário. Dessa forma, nosso corpo compensa inconscientemente muitas das calorias que queimamos durante os exercícios, reduzindo nossas chances de perder peso com essa atividade.

Mas essa compensação calórica acontece lentamente, ao longo de semanas ou meses, e envolve gasto de energia. Ficou menos claro se e como os exercícios influenciam nosso consumo de energia - isto é, quantas porções de comida consumimos -, especialmente nas horas imediatamente após um treino.

Exercício pelo bem da ciência

As provas, até agora, são variadas. Alguns estudos indicam que o exercício, especialmente se for extenuante e prolongado, tende a diminuir o apetite das pessoas, muitas vezes por horas ou até no dia seguinte. Esse fenômeno leva-as a ingerir menos calorias nas refeições subsequentes do que se não tivessem se exercitado. Mas outros estudos sugerem o oposto, descobrindo que algumas pessoas sentem mais fome depois de se exercitarem de qualquer forma e logo substituem as calorias que gastaram - e outras - com uma ou duas porções a mais na refeição seguinte.

Muitos desses estudos, no entanto, basearam-se em homens e mulheres jovens saudáveis, em forma e ativos, uma vez que esses grupos tendem a estar disponíveis entre os alunos dos departamentos de ciências do exercício nas universidades. Poucos experimentos observaram como o exercício pode afetar de imediato o apetite e a alimentação de adultos mais velhos, com sobrepeso e sedentários, e menos ainda estudaram os efeitos do treinamento de resistência e dos exercícios aeróbicos.

O novo estudo foi publicado em outubro na Medicine & Science in Sports & Exercise. Cientistas da Universidade de Utah em Salt Lake City, do Anschutz Medical Campus da Universidade do Colorado, em Aurora, no Colorado, e de outras instituições anunciaram que queriam voluntários no Colorado dispostos a se exercitar e comer, pelo bem da ciência.

Após centenas de respostas, eles ficaram com 24 homens e mulheres, com idades entre 18 e 55 anos, que estavam com sobrepeso ou obesos e em geral, inativos. Eles convidaram a todos para visitarem o laboratório logo pela manhã, deram-lhes café da manhã e, em dias diferentes, fizeram-nos sentar em silêncio, caminhar rapidamente em uma esteira ou levantar pesos por cerca de 45 minutos.

Antes, durante e três horas depois, os pesquisadores coletaram sangue para verificar as mudanças nos hormônios relacionados ao apetite e perguntaram às pessoas se sentiam fome. Eles também deixaram que elas se servissem em um bufê de lasanha, salada, pãezinhos, refrigerante e bolo de morango, enquanto monitoraram discretamente a quantidade de comida que as pessoas consumiam.

Então, os pesquisadores compararam hormônios, fome e alimentação real e encontraram desconexões estranhas. Em geral, os hormônios das pessoas mudaram após cada sessão de exercícios de uma forma que poderia reduzir seu apetite. Mas os participantes do estudo não relataram sentir menos fome - nem relataram sentir mais fome - depois de seus treinos em comparação com quando estavam sentados. E no almoço, eles comeram quase a mesma quantidade, cerca de 950 calorias de lasanha e outros alimentos do bufê, independentemente de terem feito exercício ou não.

O fator 'aroma de lasanha'

A conclusão desses resultados sugere que, pelo menos, uma caminhada rápida ou um levantamento de peso leve pode não afetar nossa alimentação subsequente tanto quanto "outros fatores", como o aroma e os sabores deliciosos de uma lasanha (pãezinhos ou torta), disse Tanya Halliday, professora assistente de saúde e cinesiologia da Universidade de Utah, que conduziu o novo estudo. Os hormônios do apetite das pessoas podem ter caído um pouco após os treinos, mas essa queda não teve muito efeito sobre o quanto elas comeram depois.

Mesmo assim, os exercícios queimam algumas calorias, ela disse - cerca de 300 a cada sessão. Isso foi menos do que as quase 1.000 calorias que os voluntários consumiram em média no almoço, mas centenas a mais do que quando estavam sentados. Com o tempo, essa diferença pode ajudar no controle de peso, ela disse.

É claro que o estudo tem limitações óbvias. Ele analisou uma única sessão de exercícios moderados e breves com algumas dezenas de participantes fora de forma. Pessoas que se exercitam regularmente ou que praticam exercícios mais extenuantes podem reagir de forma diferente. Os pesquisadores precisarão realizar mais estudos, incluindo com grupos mais diversos e que ocorrem em um período maior de tempo.

Mas, mesmo agora, as descobertas têm o encanto suave de uma torta de maçã. Elas sugerem que "as pessoas não devem ter medo de comerem mais se fizerem exercícios", disse Halliday. E, ela disse, uma indulgência de feriado não afetará seu peso a longo prazo. Então, coma o que quiser no seu banquete e aproveite. Halliday também recomendou uma caminhada ou alguma outra atividade física com sua família e amigos antes, se você puder - não para diminuir seu apetite, mas para reforçar seus laços sociais e agradecer por seguirmos em frente juntos.

TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

O fato de fazer exercícios físicos nos deixa famintos depois e propensos a comer mais do que deveríamos? Ou diminui nosso apetite e torna mais fácil pularmos aquela última e tentadora fatia de torta?

Um novo estudo fornece pistas oportunas, ainda que cautelosas. O estudo, que envolveu homens e mulheres sedentários e com sobrepeso e vários tipos de exercícios moderados, descobriu que as pessoas que se exercitaram não comeram demais em um atraente bufê de almoço logo depois. No entanto, elas também não pularam a sobremesa ou economizaram nas porções. As descobertas oferecem um lembrete durante as festas de fim de ano de que, embora os exercícios tenham inúmeros benefícios para a saúde, ajudar-nos a comer menos ou perder peso pode não estar entre eles.

Para a maioria de nós, o exercício afeta nosso peso e fome de maneiras inesperadas e às vezes contraditórias. De acordo com vários estudos científicos, poucas pessoas que começam a se exercitar perdem tantos quilos quanto o número de calorias que queimadasm fariam prever.

Corrida em São Paulo: oexercício pode afetar nosso peso e fome de maneiras contraditórias Foto: Felipe Rau/Estadão

Algumas pesquisas recentes sugerem que isso ocorre porque nossos corpos tentam obstinadamente se agarrar aos nossos estoques de gordura, uma adaptação evolutiva que nos protege contra (improváveis) fomes futuras. Portanto, se queimarmos calorias durante os exercícios, nosso corpo pode nos levar a sentar mais logo depois ou realocar a energia de alguns sistemas corporais para outros, reduzindo nosso gasto energético geral diário. Dessa forma, nosso corpo compensa inconscientemente muitas das calorias que queimamos durante os exercícios, reduzindo nossas chances de perder peso com essa atividade.

Mas essa compensação calórica acontece lentamente, ao longo de semanas ou meses, e envolve gasto de energia. Ficou menos claro se e como os exercícios influenciam nosso consumo de energia - isto é, quantas porções de comida consumimos -, especialmente nas horas imediatamente após um treino.

Exercício pelo bem da ciência

As provas, até agora, são variadas. Alguns estudos indicam que o exercício, especialmente se for extenuante e prolongado, tende a diminuir o apetite das pessoas, muitas vezes por horas ou até no dia seguinte. Esse fenômeno leva-as a ingerir menos calorias nas refeições subsequentes do que se não tivessem se exercitado. Mas outros estudos sugerem o oposto, descobrindo que algumas pessoas sentem mais fome depois de se exercitarem de qualquer forma e logo substituem as calorias que gastaram - e outras - com uma ou duas porções a mais na refeição seguinte.

Muitos desses estudos, no entanto, basearam-se em homens e mulheres jovens saudáveis, em forma e ativos, uma vez que esses grupos tendem a estar disponíveis entre os alunos dos departamentos de ciências do exercício nas universidades. Poucos experimentos observaram como o exercício pode afetar de imediato o apetite e a alimentação de adultos mais velhos, com sobrepeso e sedentários, e menos ainda estudaram os efeitos do treinamento de resistência e dos exercícios aeróbicos.

O novo estudo foi publicado em outubro na Medicine & Science in Sports & Exercise. Cientistas da Universidade de Utah em Salt Lake City, do Anschutz Medical Campus da Universidade do Colorado, em Aurora, no Colorado, e de outras instituições anunciaram que queriam voluntários no Colorado dispostos a se exercitar e comer, pelo bem da ciência.

Após centenas de respostas, eles ficaram com 24 homens e mulheres, com idades entre 18 e 55 anos, que estavam com sobrepeso ou obesos e em geral, inativos. Eles convidaram a todos para visitarem o laboratório logo pela manhã, deram-lhes café da manhã e, em dias diferentes, fizeram-nos sentar em silêncio, caminhar rapidamente em uma esteira ou levantar pesos por cerca de 45 minutos.

Antes, durante e três horas depois, os pesquisadores coletaram sangue para verificar as mudanças nos hormônios relacionados ao apetite e perguntaram às pessoas se sentiam fome. Eles também deixaram que elas se servissem em um bufê de lasanha, salada, pãezinhos, refrigerante e bolo de morango, enquanto monitoraram discretamente a quantidade de comida que as pessoas consumiam.

Então, os pesquisadores compararam hormônios, fome e alimentação real e encontraram desconexões estranhas. Em geral, os hormônios das pessoas mudaram após cada sessão de exercícios de uma forma que poderia reduzir seu apetite. Mas os participantes do estudo não relataram sentir menos fome - nem relataram sentir mais fome - depois de seus treinos em comparação com quando estavam sentados. E no almoço, eles comeram quase a mesma quantidade, cerca de 950 calorias de lasanha e outros alimentos do bufê, independentemente de terem feito exercício ou não.

O fator 'aroma de lasanha'

A conclusão desses resultados sugere que, pelo menos, uma caminhada rápida ou um levantamento de peso leve pode não afetar nossa alimentação subsequente tanto quanto "outros fatores", como o aroma e os sabores deliciosos de uma lasanha (pãezinhos ou torta), disse Tanya Halliday, professora assistente de saúde e cinesiologia da Universidade de Utah, que conduziu o novo estudo. Os hormônios do apetite das pessoas podem ter caído um pouco após os treinos, mas essa queda não teve muito efeito sobre o quanto elas comeram depois.

Mesmo assim, os exercícios queimam algumas calorias, ela disse - cerca de 300 a cada sessão. Isso foi menos do que as quase 1.000 calorias que os voluntários consumiram em média no almoço, mas centenas a mais do que quando estavam sentados. Com o tempo, essa diferença pode ajudar no controle de peso, ela disse.

É claro que o estudo tem limitações óbvias. Ele analisou uma única sessão de exercícios moderados e breves com algumas dezenas de participantes fora de forma. Pessoas que se exercitam regularmente ou que praticam exercícios mais extenuantes podem reagir de forma diferente. Os pesquisadores precisarão realizar mais estudos, incluindo com grupos mais diversos e que ocorrem em um período maior de tempo.

Mas, mesmo agora, as descobertas têm o encanto suave de uma torta de maçã. Elas sugerem que "as pessoas não devem ter medo de comerem mais se fizerem exercícios", disse Halliday. E, ela disse, uma indulgência de feriado não afetará seu peso a longo prazo. Então, coma o que quiser no seu banquete e aproveite. Halliday também recomendou uma caminhada ou alguma outra atividade física com sua família e amigos antes, se você puder - não para diminuir seu apetite, mas para reforçar seus laços sociais e agradecer por seguirmos em frente juntos.

TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

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