Conheça Billie Eilish, a nova estrela do pop sem um grande hit


Em vez de um megassucesso, ela tem oito canções com mais de 140 milhões de ouvintes no Spotify

Por Joe Coscarelli
Atualização:

LOS ANGELES - Antes mesmo de completar 17 anos em dezembro do ano passado, a cantora Billie Eilish tinha alcançado quase todos os pré-requisitos modernos de uma estrela do pop. Suas canções caseiras, compostas em parceria com o irmão mais velho, foram tocadas mais de um bilhão de vezes nas plataformas digitais; ela fazia apresentações esgotadas para fãs cada vez mais numerosos e dedicados (com os pais na plateia, acompanhando pacientemente); e chegou à marca de 15 milhões de seguidores no Instagram.

Muitos dos fãs dela já começaram a adotar o chamativo visual da cantora: olhar de quem vai morrer de tédio, cabelo pintado de azul e roxo, roupas largas que escondem a silhueta. A mera presença dela faz algumas adolescentes perderem o fôlego - e gastarem centenas de dólares em produtos licenciados e criados por Billie. O que a cantora não teve nesse período foi um grande sucesso ou lampejo momentâneo de hiperexposição - coisa que, para seu crédito, ela nem precisou.

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Billie Eilish, que já superou a marca de um bilhão de ouvintes, lançou seu álbum de estreia. Foto: Magdalena Wosinska para The New York Times

Somente agora, três anos depois de a indústria ter descoberto o som dela, a cantora se dedicou ao lançamento do álbum de estreia. When We All Fall Asleep, Where Do We Go?, lançado em 29 de março, deve consolidar a reputação dela enquanto estrela da indústria musical do século 21 que encarna todo o potencial criativo e comercial da cultura jovem online. Pode também fazer dela uma artista conhecida por todos.

Dave Grohl, cujas filhas são obcecadas por Billie, só conseguiu compará-la à sua antiga banda: “O que está acontecendo com ela é como o que ocorreu com o Nirvana em 1991", disse ele recentemente a uma conferência da indústria musical, citando o som de Billie, difícil de categorizar, como prova de que “o rock ’n’ roll está longe de morrer". O produtor Timbaland, conhecido pelo trabalho no hip-hop, declarou que o ano atual e o seguinte podem ser dela.

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Billie está construindo seu próprio universo para os fãs por meio de uma enxurrada de canções, vídeos, publicações nas redes sociais e eventos. Ela mistura a maioria das ideias do século que fizeram sucesso primeiro na internet - batidas de música eletrônica, confissões íntimas de garota deprimida, versos casuais de um rap para a plataforma SoundCloud - em uma fusão empolgante que desafia os limites de gênero e logo conquista lugar nas playlists, um som que lembra o pop e o hip-hop. Em vez de um grande sucesso, ela tem oito canções com mais de 140 milhões de ouvintes no Spotify.

As canções são compostas e produzidas por Billie e seu irmão Finneas, 21 anos. Eles gravam quase exclusivamente em seus quartos, perto dos pais, os atores Maggie Baird e Patrick O’Connell. Depois que Finneas recrutou Billie aos 13 anos para cantar “Ocean Eyes", canção que ele tinha composto, os irmãos divulgaram a música no SoundCloud para que a professora de dança de Billie criasse uma coreografia, mas o som decolou, impulsionado por remixes extraoficiais e a magia dos algoritmos.

Ainda que o timbre de sua voz soe puro, os temas das letras são deprimentes e sombrios - assassinos em série, pessoas dominadoras, monstros sob a cama. Nos vídeos, ela já apareceu com líquido preto escorrendo dos olhos, com uma tarântula no rosto, e sendo atacada com agulhas por mãos avulsas, lembrando artistas chocantes como Nine Inch Nails e Marilyn Manson em vez de cantoras pop como Taylor Swift ou Katy Perry.

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Ainda assim, a maior parte do público dela ainda é formada por meninas. “Xanny", do álbum de estreia, que fala da droga preferida da geração SoundCloud - benzodiazepina e opioides (no caso, xanax) - com desdém e preocupação: “Não preciso de um xanny para me sentir melhor", canta ela. “Não me dê xannys, nem hoje nem nunca.”

Mas, com a crescente fama vem uma atenção mais minuciosa, como ela descobriu ao lançar “Wish You Were Gay" (letra: “Quando for explicar sua falta de interesse/não diga que não faço seu tipo/diga que não é hétero”). “Pensei que ninguém interpretaria isso como algum tipo de insulto", disse ela. “Mas entendo que o verso pode ofender os mais sensíveis.” Billie disse estar se esforçando para viver o presente e manter a perspectiva para o futuro. “Estou percebendo que o momento atual é o meu momento de brilhar. Esses são os velhos tempos dos quais terei saudade.” / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

LOS ANGELES - Antes mesmo de completar 17 anos em dezembro do ano passado, a cantora Billie Eilish tinha alcançado quase todos os pré-requisitos modernos de uma estrela do pop. Suas canções caseiras, compostas em parceria com o irmão mais velho, foram tocadas mais de um bilhão de vezes nas plataformas digitais; ela fazia apresentações esgotadas para fãs cada vez mais numerosos e dedicados (com os pais na plateia, acompanhando pacientemente); e chegou à marca de 15 milhões de seguidores no Instagram.

Muitos dos fãs dela já começaram a adotar o chamativo visual da cantora: olhar de quem vai morrer de tédio, cabelo pintado de azul e roxo, roupas largas que escondem a silhueta. A mera presença dela faz algumas adolescentes perderem o fôlego - e gastarem centenas de dólares em produtos licenciados e criados por Billie. O que a cantora não teve nesse período foi um grande sucesso ou lampejo momentâneo de hiperexposição - coisa que, para seu crédito, ela nem precisou.

Billie Eilish, que já superou a marca de um bilhão de ouvintes, lançou seu álbum de estreia. Foto: Magdalena Wosinska para The New York Times

Somente agora, três anos depois de a indústria ter descoberto o som dela, a cantora se dedicou ao lançamento do álbum de estreia. When We All Fall Asleep, Where Do We Go?, lançado em 29 de março, deve consolidar a reputação dela enquanto estrela da indústria musical do século 21 que encarna todo o potencial criativo e comercial da cultura jovem online. Pode também fazer dela uma artista conhecida por todos.

Dave Grohl, cujas filhas são obcecadas por Billie, só conseguiu compará-la à sua antiga banda: “O que está acontecendo com ela é como o que ocorreu com o Nirvana em 1991", disse ele recentemente a uma conferência da indústria musical, citando o som de Billie, difícil de categorizar, como prova de que “o rock ’n’ roll está longe de morrer". O produtor Timbaland, conhecido pelo trabalho no hip-hop, declarou que o ano atual e o seguinte podem ser dela.

Billie está construindo seu próprio universo para os fãs por meio de uma enxurrada de canções, vídeos, publicações nas redes sociais e eventos. Ela mistura a maioria das ideias do século que fizeram sucesso primeiro na internet - batidas de música eletrônica, confissões íntimas de garota deprimida, versos casuais de um rap para a plataforma SoundCloud - em uma fusão empolgante que desafia os limites de gênero e logo conquista lugar nas playlists, um som que lembra o pop e o hip-hop. Em vez de um grande sucesso, ela tem oito canções com mais de 140 milhões de ouvintes no Spotify.

As canções são compostas e produzidas por Billie e seu irmão Finneas, 21 anos. Eles gravam quase exclusivamente em seus quartos, perto dos pais, os atores Maggie Baird e Patrick O’Connell. Depois que Finneas recrutou Billie aos 13 anos para cantar “Ocean Eyes", canção que ele tinha composto, os irmãos divulgaram a música no SoundCloud para que a professora de dança de Billie criasse uma coreografia, mas o som decolou, impulsionado por remixes extraoficiais e a magia dos algoritmos.

Ainda que o timbre de sua voz soe puro, os temas das letras são deprimentes e sombrios - assassinos em série, pessoas dominadoras, monstros sob a cama. Nos vídeos, ela já apareceu com líquido preto escorrendo dos olhos, com uma tarântula no rosto, e sendo atacada com agulhas por mãos avulsas, lembrando artistas chocantes como Nine Inch Nails e Marilyn Manson em vez de cantoras pop como Taylor Swift ou Katy Perry.

Ainda assim, a maior parte do público dela ainda é formada por meninas. “Xanny", do álbum de estreia, que fala da droga preferida da geração SoundCloud - benzodiazepina e opioides (no caso, xanax) - com desdém e preocupação: “Não preciso de um xanny para me sentir melhor", canta ela. “Não me dê xannys, nem hoje nem nunca.”

Mas, com a crescente fama vem uma atenção mais minuciosa, como ela descobriu ao lançar “Wish You Were Gay" (letra: “Quando for explicar sua falta de interesse/não diga que não faço seu tipo/diga que não é hétero”). “Pensei que ninguém interpretaria isso como algum tipo de insulto", disse ela. “Mas entendo que o verso pode ofender os mais sensíveis.” Billie disse estar se esforçando para viver o presente e manter a perspectiva para o futuro. “Estou percebendo que o momento atual é o meu momento de brilhar. Esses são os velhos tempos dos quais terei saudade.” / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

LOS ANGELES - Antes mesmo de completar 17 anos em dezembro do ano passado, a cantora Billie Eilish tinha alcançado quase todos os pré-requisitos modernos de uma estrela do pop. Suas canções caseiras, compostas em parceria com o irmão mais velho, foram tocadas mais de um bilhão de vezes nas plataformas digitais; ela fazia apresentações esgotadas para fãs cada vez mais numerosos e dedicados (com os pais na plateia, acompanhando pacientemente); e chegou à marca de 15 milhões de seguidores no Instagram.

Muitos dos fãs dela já começaram a adotar o chamativo visual da cantora: olhar de quem vai morrer de tédio, cabelo pintado de azul e roxo, roupas largas que escondem a silhueta. A mera presença dela faz algumas adolescentes perderem o fôlego - e gastarem centenas de dólares em produtos licenciados e criados por Billie. O que a cantora não teve nesse período foi um grande sucesso ou lampejo momentâneo de hiperexposição - coisa que, para seu crédito, ela nem precisou.

Billie Eilish, que já superou a marca de um bilhão de ouvintes, lançou seu álbum de estreia. Foto: Magdalena Wosinska para The New York Times

Somente agora, três anos depois de a indústria ter descoberto o som dela, a cantora se dedicou ao lançamento do álbum de estreia. When We All Fall Asleep, Where Do We Go?, lançado em 29 de março, deve consolidar a reputação dela enquanto estrela da indústria musical do século 21 que encarna todo o potencial criativo e comercial da cultura jovem online. Pode também fazer dela uma artista conhecida por todos.

Dave Grohl, cujas filhas são obcecadas por Billie, só conseguiu compará-la à sua antiga banda: “O que está acontecendo com ela é como o que ocorreu com o Nirvana em 1991", disse ele recentemente a uma conferência da indústria musical, citando o som de Billie, difícil de categorizar, como prova de que “o rock ’n’ roll está longe de morrer". O produtor Timbaland, conhecido pelo trabalho no hip-hop, declarou que o ano atual e o seguinte podem ser dela.

Billie está construindo seu próprio universo para os fãs por meio de uma enxurrada de canções, vídeos, publicações nas redes sociais e eventos. Ela mistura a maioria das ideias do século que fizeram sucesso primeiro na internet - batidas de música eletrônica, confissões íntimas de garota deprimida, versos casuais de um rap para a plataforma SoundCloud - em uma fusão empolgante que desafia os limites de gênero e logo conquista lugar nas playlists, um som que lembra o pop e o hip-hop. Em vez de um grande sucesso, ela tem oito canções com mais de 140 milhões de ouvintes no Spotify.

As canções são compostas e produzidas por Billie e seu irmão Finneas, 21 anos. Eles gravam quase exclusivamente em seus quartos, perto dos pais, os atores Maggie Baird e Patrick O’Connell. Depois que Finneas recrutou Billie aos 13 anos para cantar “Ocean Eyes", canção que ele tinha composto, os irmãos divulgaram a música no SoundCloud para que a professora de dança de Billie criasse uma coreografia, mas o som decolou, impulsionado por remixes extraoficiais e a magia dos algoritmos.

Ainda que o timbre de sua voz soe puro, os temas das letras são deprimentes e sombrios - assassinos em série, pessoas dominadoras, monstros sob a cama. Nos vídeos, ela já apareceu com líquido preto escorrendo dos olhos, com uma tarântula no rosto, e sendo atacada com agulhas por mãos avulsas, lembrando artistas chocantes como Nine Inch Nails e Marilyn Manson em vez de cantoras pop como Taylor Swift ou Katy Perry.

Ainda assim, a maior parte do público dela ainda é formada por meninas. “Xanny", do álbum de estreia, que fala da droga preferida da geração SoundCloud - benzodiazepina e opioides (no caso, xanax) - com desdém e preocupação: “Não preciso de um xanny para me sentir melhor", canta ela. “Não me dê xannys, nem hoje nem nunca.”

Mas, com a crescente fama vem uma atenção mais minuciosa, como ela descobriu ao lançar “Wish You Were Gay" (letra: “Quando for explicar sua falta de interesse/não diga que não faço seu tipo/diga que não é hétero”). “Pensei que ninguém interpretaria isso como algum tipo de insulto", disse ela. “Mas entendo que o verso pode ofender os mais sensíveis.” Billie disse estar se esforçando para viver o presente e manter a perspectiva para o futuro. “Estou percebendo que o momento atual é o meu momento de brilhar. Esses são os velhos tempos dos quais terei saudade.” / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

LOS ANGELES - Antes mesmo de completar 17 anos em dezembro do ano passado, a cantora Billie Eilish tinha alcançado quase todos os pré-requisitos modernos de uma estrela do pop. Suas canções caseiras, compostas em parceria com o irmão mais velho, foram tocadas mais de um bilhão de vezes nas plataformas digitais; ela fazia apresentações esgotadas para fãs cada vez mais numerosos e dedicados (com os pais na plateia, acompanhando pacientemente); e chegou à marca de 15 milhões de seguidores no Instagram.

Muitos dos fãs dela já começaram a adotar o chamativo visual da cantora: olhar de quem vai morrer de tédio, cabelo pintado de azul e roxo, roupas largas que escondem a silhueta. A mera presença dela faz algumas adolescentes perderem o fôlego - e gastarem centenas de dólares em produtos licenciados e criados por Billie. O que a cantora não teve nesse período foi um grande sucesso ou lampejo momentâneo de hiperexposição - coisa que, para seu crédito, ela nem precisou.

Billie Eilish, que já superou a marca de um bilhão de ouvintes, lançou seu álbum de estreia. Foto: Magdalena Wosinska para The New York Times

Somente agora, três anos depois de a indústria ter descoberto o som dela, a cantora se dedicou ao lançamento do álbum de estreia. When We All Fall Asleep, Where Do We Go?, lançado em 29 de março, deve consolidar a reputação dela enquanto estrela da indústria musical do século 21 que encarna todo o potencial criativo e comercial da cultura jovem online. Pode também fazer dela uma artista conhecida por todos.

Dave Grohl, cujas filhas são obcecadas por Billie, só conseguiu compará-la à sua antiga banda: “O que está acontecendo com ela é como o que ocorreu com o Nirvana em 1991", disse ele recentemente a uma conferência da indústria musical, citando o som de Billie, difícil de categorizar, como prova de que “o rock ’n’ roll está longe de morrer". O produtor Timbaland, conhecido pelo trabalho no hip-hop, declarou que o ano atual e o seguinte podem ser dela.

Billie está construindo seu próprio universo para os fãs por meio de uma enxurrada de canções, vídeos, publicações nas redes sociais e eventos. Ela mistura a maioria das ideias do século que fizeram sucesso primeiro na internet - batidas de música eletrônica, confissões íntimas de garota deprimida, versos casuais de um rap para a plataforma SoundCloud - em uma fusão empolgante que desafia os limites de gênero e logo conquista lugar nas playlists, um som que lembra o pop e o hip-hop. Em vez de um grande sucesso, ela tem oito canções com mais de 140 milhões de ouvintes no Spotify.

As canções são compostas e produzidas por Billie e seu irmão Finneas, 21 anos. Eles gravam quase exclusivamente em seus quartos, perto dos pais, os atores Maggie Baird e Patrick O’Connell. Depois que Finneas recrutou Billie aos 13 anos para cantar “Ocean Eyes", canção que ele tinha composto, os irmãos divulgaram a música no SoundCloud para que a professora de dança de Billie criasse uma coreografia, mas o som decolou, impulsionado por remixes extraoficiais e a magia dos algoritmos.

Ainda que o timbre de sua voz soe puro, os temas das letras são deprimentes e sombrios - assassinos em série, pessoas dominadoras, monstros sob a cama. Nos vídeos, ela já apareceu com líquido preto escorrendo dos olhos, com uma tarântula no rosto, e sendo atacada com agulhas por mãos avulsas, lembrando artistas chocantes como Nine Inch Nails e Marilyn Manson em vez de cantoras pop como Taylor Swift ou Katy Perry.

Ainda assim, a maior parte do público dela ainda é formada por meninas. “Xanny", do álbum de estreia, que fala da droga preferida da geração SoundCloud - benzodiazepina e opioides (no caso, xanax) - com desdém e preocupação: “Não preciso de um xanny para me sentir melhor", canta ela. “Não me dê xannys, nem hoje nem nunca.”

Mas, com a crescente fama vem uma atenção mais minuciosa, como ela descobriu ao lançar “Wish You Were Gay" (letra: “Quando for explicar sua falta de interesse/não diga que não faço seu tipo/diga que não é hétero”). “Pensei que ninguém interpretaria isso como algum tipo de insulto", disse ela. “Mas entendo que o verso pode ofender os mais sensíveis.” Billie disse estar se esforçando para viver o presente e manter a perspectiva para o futuro. “Estou percebendo que o momento atual é o meu momento de brilhar. Esses são os velhos tempos dos quais terei saudade.” / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

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