Drag queens entregam jantar e dão show na rua para contornar a crise nos EUA


Cabaré de São Francisco fechou por causa da pandemia. Agora, suas drag queens estão levando comida e uma apresentação na calçada para as casas dos clientes

Por Concepción de León
Atualização:

Antes do coronavírus, drag queens e kings brilhavam em cima do palco do Oasis, um cabaré de São Francisco, e faziam paródias de séries como Sex and the City e Buffy, a caça-vampiros, para o deleite de uma plateia lotada de turistas e locais. Tudo isso acabou quando a pandemia obrigou o Oasis a fechar as portas, e seu dono, D’Arcy Drollinger, teve de dispensar toda a equipe. Drollinger usou a ajuda do governo federal para trazer de volta alguns funcionários, mas ele sabia que precisava de mais dinheiro para continuar pagando o aluguel e bancá-los.

Então ele teve uma ideia: se as pessoas não podiam vir para ver as drags, por que não levar as drags para ver as pessoas? Em junho, ele pediu para as drags “tirarem a poeira de suas perucas e tamancos” para um serviço, agora disponível duas vezes por semana, em que uma drag queen ou king serve jantar e bebidas e faz uma apresentação na calçada, por cerca de US$ 100.

O cabaré Oasis teve que fechar as portas em merço por causa do coronavírus. Foto: Kelsey McClellan/The New York Times
continua após a publicidade

Ele chamou o serviço de Meals on Heels [Refeição no Salto Alto, em tradução livre]. “É uma coisa incrível para a comunidade”, disse Drollinger, que está trabalhando com uma empresa de buffet de São Francisco, a Martha Avenue. “As pessoas estão tão isoladas, vivendo tanto tempo no Zoom ou nos seus telefones e computadores que ter essa interação e ver alguém atuando pessoalmente tem sido ótimo para o ânimo”.

Foi assim que David Landis, o presidente-executivo de uma empresa de relações públicas, se pegou assistindo ao show de uma atriz chamada Polly Poptart, que dublava Defying Gravity do musical Wicked e falas do filme Meninas Malvadas enquanto servia o jantar em sua casa, em junho.

Ela subiu e desceu a calçada íngreme na frente da sua casa no bairro de Pacific Heights, deslizou pelo corrimão e até deu um back flip – de salto alto, é claro – lembrou Landis. A apresentação o tirou um pouco do pavor da pandemia, disse ele. “Eu meio que fiquei um pouco deprimido com toda essa coisa da covid”, disse ele, mas o mini-show da drag “iluminou meu espírito”.

continua após a publicidade
David Landis, um dos clientes do serviço, disse que o show ajudou a levantar seu ânimo. Foto: Kelsey McClellan The New York Times

Courtney Merrell, que já estivera no Oasis muitas vezes, disse que ficou impressionada com a maneira como CaseFaace, a drag que entregou o jantar em sua casa em Lower Haight, se adaptou ao ambiente da calçada. Era um dia de ventos fortes em junho, mas a queen “descobriu de onde o vento estava vindo e virou para o lado certo, transformando o vento no seu ventilador particular”, disse Merrell.

Fazer shows nas ruas impôs um novo desafio para as drag queens, que costumam usar saltos-agulha, looks pomposos e perucas imensas e coloridas. “É definitivamente difícil fazer show na calçada aqui em São Francisco, porque temos muitas ladeiras”, disse Amoura Teese, uma drag que se chama Ryan Maldonado. “Eu cheguei a me apresentar em calçadas que estavam num ângulo de 45 graus”.

continua após a publicidade

O cenário pouco ortodoxo trouxe “um elemento divertido” para as apresentações, acrescentaram elas. No começo, algumas performers desconfiaram um pouco. “A maioria está acostumada a subir no palco e ter iluminação e todo o som e essas coisas, então a ideia de ficar literalmente na rua, correndo de salto, especialmente nas ladeiras de São Francisco, era um pouco assustadora”, disse Blake Mitchell, que se apresenta como Mary Lou Pearl.

O cabaré Oasis começou a fazer delivery de comida para poder se manter enquanto a pandemia mantinha as portas fechadas. Foto: Kelsey McClellan/The New York Times

“Mas fazer isso e me reconectar com as pessoas por meio da drag foi realmente ótimo para mim também. Foi muito bom ver a alegria que isso dava às pessoas”. Ele acrescentou que também era animador ver as crianças pequenas assistindo, já que esse público não frequenta o Oasis.

continua após a publicidade

“Cresci num ambiente bem conservador na Geórgia, no Sul, então pra mim é muito especial ver diferentes modelos de inclusão e pessoas aceitando identidades queer desse jeito”, disse ele. “Acho que o Oasis virou, de muitas maneiras, uma família que fez isso por mim”. É por isso que Mitchell decidiu doar seus ganhos com as entregas para o Oasis.

É uma maneira de ajudar o clube a se manter aberto. Merrell, assistente executiva da Eventbrite, empresa de venda de ingressos on-line, espera que seu apoio tenha o mesmo efeito. “Sinto uma sensação de vitalidade ao redor, não é só uma coisa tipo, ‘Ah, é um negócio leve, doce e divertido’”, disse ela. 

Elsa Touche chega a um local como parte do serviço de entrega de comida 'Meals on Heels',em São Francisco. Foto: Kelsey McClellan/The New York Times
continua após a publicidade

Também sou muito grata por isso de os artistas estarem de volta aos palcos, mesmo que não seja seu palco normal, e eu quero apoiar”. É esse apoio que faz com que Drollinger siga em frente, apesar do desafio de manter seu negócio aberto durante a pandemia. A notícia começou a se espalhar depois que Landis escreveu sobre o Meals on Heels no The San Francisco Bay Times em junho, e depois que a ABC7-TV noticiou o projeto em agosto.

Agora há mais demanda pelo serviço do que o Oasis consegue ofertar. A receita permitiu que Drollinger trouxesse de volta uma lista rotativa de cerca de quarenta artistas, bem como alguns funcionários adicionais. Agora que o rooftop do Oasis está aberto, a casa também faz parcerias com três restaurantes próximos no bairro de SoMa em São Francisco para servir comida lá. Tais arranjos, disse ele, são cruciais para a recuperação econômica da cidade.

“Sinto que, neste momento em que todos nós – as pequenas empresas – estão sofrendo, temos que ajudar uns aos outros, ou ninguém vai sobreviver”, disse ele. Ainda há dias em que ele tem vontade de desistir. Mas continua por causa de pessoas como Mitchell, que apoiam o Meals on Heels ou mandam doações por meio da Venmo. “Agora não estou fazendo isso apenas para mim”, disse ele. “Estou fazendo isso por todas essas outras pessoas que realmente se importam”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

continua após a publicidade

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

Antes do coronavírus, drag queens e kings brilhavam em cima do palco do Oasis, um cabaré de São Francisco, e faziam paródias de séries como Sex and the City e Buffy, a caça-vampiros, para o deleite de uma plateia lotada de turistas e locais. Tudo isso acabou quando a pandemia obrigou o Oasis a fechar as portas, e seu dono, D’Arcy Drollinger, teve de dispensar toda a equipe. Drollinger usou a ajuda do governo federal para trazer de volta alguns funcionários, mas ele sabia que precisava de mais dinheiro para continuar pagando o aluguel e bancá-los.

Então ele teve uma ideia: se as pessoas não podiam vir para ver as drags, por que não levar as drags para ver as pessoas? Em junho, ele pediu para as drags “tirarem a poeira de suas perucas e tamancos” para um serviço, agora disponível duas vezes por semana, em que uma drag queen ou king serve jantar e bebidas e faz uma apresentação na calçada, por cerca de US$ 100.

O cabaré Oasis teve que fechar as portas em merço por causa do coronavírus. Foto: Kelsey McClellan/The New York Times

Ele chamou o serviço de Meals on Heels [Refeição no Salto Alto, em tradução livre]. “É uma coisa incrível para a comunidade”, disse Drollinger, que está trabalhando com uma empresa de buffet de São Francisco, a Martha Avenue. “As pessoas estão tão isoladas, vivendo tanto tempo no Zoom ou nos seus telefones e computadores que ter essa interação e ver alguém atuando pessoalmente tem sido ótimo para o ânimo”.

Foi assim que David Landis, o presidente-executivo de uma empresa de relações públicas, se pegou assistindo ao show de uma atriz chamada Polly Poptart, que dublava Defying Gravity do musical Wicked e falas do filme Meninas Malvadas enquanto servia o jantar em sua casa, em junho.

Ela subiu e desceu a calçada íngreme na frente da sua casa no bairro de Pacific Heights, deslizou pelo corrimão e até deu um back flip – de salto alto, é claro – lembrou Landis. A apresentação o tirou um pouco do pavor da pandemia, disse ele. “Eu meio que fiquei um pouco deprimido com toda essa coisa da covid”, disse ele, mas o mini-show da drag “iluminou meu espírito”.

David Landis, um dos clientes do serviço, disse que o show ajudou a levantar seu ânimo. Foto: Kelsey McClellan The New York Times

Courtney Merrell, que já estivera no Oasis muitas vezes, disse que ficou impressionada com a maneira como CaseFaace, a drag que entregou o jantar em sua casa em Lower Haight, se adaptou ao ambiente da calçada. Era um dia de ventos fortes em junho, mas a queen “descobriu de onde o vento estava vindo e virou para o lado certo, transformando o vento no seu ventilador particular”, disse Merrell.

Fazer shows nas ruas impôs um novo desafio para as drag queens, que costumam usar saltos-agulha, looks pomposos e perucas imensas e coloridas. “É definitivamente difícil fazer show na calçada aqui em São Francisco, porque temos muitas ladeiras”, disse Amoura Teese, uma drag que se chama Ryan Maldonado. “Eu cheguei a me apresentar em calçadas que estavam num ângulo de 45 graus”.

O cenário pouco ortodoxo trouxe “um elemento divertido” para as apresentações, acrescentaram elas. No começo, algumas performers desconfiaram um pouco. “A maioria está acostumada a subir no palco e ter iluminação e todo o som e essas coisas, então a ideia de ficar literalmente na rua, correndo de salto, especialmente nas ladeiras de São Francisco, era um pouco assustadora”, disse Blake Mitchell, que se apresenta como Mary Lou Pearl.

O cabaré Oasis começou a fazer delivery de comida para poder se manter enquanto a pandemia mantinha as portas fechadas. Foto: Kelsey McClellan/The New York Times

“Mas fazer isso e me reconectar com as pessoas por meio da drag foi realmente ótimo para mim também. Foi muito bom ver a alegria que isso dava às pessoas”. Ele acrescentou que também era animador ver as crianças pequenas assistindo, já que esse público não frequenta o Oasis.

“Cresci num ambiente bem conservador na Geórgia, no Sul, então pra mim é muito especial ver diferentes modelos de inclusão e pessoas aceitando identidades queer desse jeito”, disse ele. “Acho que o Oasis virou, de muitas maneiras, uma família que fez isso por mim”. É por isso que Mitchell decidiu doar seus ganhos com as entregas para o Oasis.

É uma maneira de ajudar o clube a se manter aberto. Merrell, assistente executiva da Eventbrite, empresa de venda de ingressos on-line, espera que seu apoio tenha o mesmo efeito. “Sinto uma sensação de vitalidade ao redor, não é só uma coisa tipo, ‘Ah, é um negócio leve, doce e divertido’”, disse ela. 

Elsa Touche chega a um local como parte do serviço de entrega de comida 'Meals on Heels',em São Francisco. Foto: Kelsey McClellan/The New York Times

Também sou muito grata por isso de os artistas estarem de volta aos palcos, mesmo que não seja seu palco normal, e eu quero apoiar”. É esse apoio que faz com que Drollinger siga em frente, apesar do desafio de manter seu negócio aberto durante a pandemia. A notícia começou a se espalhar depois que Landis escreveu sobre o Meals on Heels no The San Francisco Bay Times em junho, e depois que a ABC7-TV noticiou o projeto em agosto.

Agora há mais demanda pelo serviço do que o Oasis consegue ofertar. A receita permitiu que Drollinger trouxesse de volta uma lista rotativa de cerca de quarenta artistas, bem como alguns funcionários adicionais. Agora que o rooftop do Oasis está aberto, a casa também faz parcerias com três restaurantes próximos no bairro de SoMa em São Francisco para servir comida lá. Tais arranjos, disse ele, são cruciais para a recuperação econômica da cidade.

“Sinto que, neste momento em que todos nós – as pequenas empresas – estão sofrendo, temos que ajudar uns aos outros, ou ninguém vai sobreviver”, disse ele. Ainda há dias em que ele tem vontade de desistir. Mas continua por causa de pessoas como Mitchell, que apoiam o Meals on Heels ou mandam doações por meio da Venmo. “Agora não estou fazendo isso apenas para mim”, disse ele. “Estou fazendo isso por todas essas outras pessoas que realmente se importam”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

Antes do coronavírus, drag queens e kings brilhavam em cima do palco do Oasis, um cabaré de São Francisco, e faziam paródias de séries como Sex and the City e Buffy, a caça-vampiros, para o deleite de uma plateia lotada de turistas e locais. Tudo isso acabou quando a pandemia obrigou o Oasis a fechar as portas, e seu dono, D’Arcy Drollinger, teve de dispensar toda a equipe. Drollinger usou a ajuda do governo federal para trazer de volta alguns funcionários, mas ele sabia que precisava de mais dinheiro para continuar pagando o aluguel e bancá-los.

Então ele teve uma ideia: se as pessoas não podiam vir para ver as drags, por que não levar as drags para ver as pessoas? Em junho, ele pediu para as drags “tirarem a poeira de suas perucas e tamancos” para um serviço, agora disponível duas vezes por semana, em que uma drag queen ou king serve jantar e bebidas e faz uma apresentação na calçada, por cerca de US$ 100.

O cabaré Oasis teve que fechar as portas em merço por causa do coronavírus. Foto: Kelsey McClellan/The New York Times

Ele chamou o serviço de Meals on Heels [Refeição no Salto Alto, em tradução livre]. “É uma coisa incrível para a comunidade”, disse Drollinger, que está trabalhando com uma empresa de buffet de São Francisco, a Martha Avenue. “As pessoas estão tão isoladas, vivendo tanto tempo no Zoom ou nos seus telefones e computadores que ter essa interação e ver alguém atuando pessoalmente tem sido ótimo para o ânimo”.

Foi assim que David Landis, o presidente-executivo de uma empresa de relações públicas, se pegou assistindo ao show de uma atriz chamada Polly Poptart, que dublava Defying Gravity do musical Wicked e falas do filme Meninas Malvadas enquanto servia o jantar em sua casa, em junho.

Ela subiu e desceu a calçada íngreme na frente da sua casa no bairro de Pacific Heights, deslizou pelo corrimão e até deu um back flip – de salto alto, é claro – lembrou Landis. A apresentação o tirou um pouco do pavor da pandemia, disse ele. “Eu meio que fiquei um pouco deprimido com toda essa coisa da covid”, disse ele, mas o mini-show da drag “iluminou meu espírito”.

David Landis, um dos clientes do serviço, disse que o show ajudou a levantar seu ânimo. Foto: Kelsey McClellan The New York Times

Courtney Merrell, que já estivera no Oasis muitas vezes, disse que ficou impressionada com a maneira como CaseFaace, a drag que entregou o jantar em sua casa em Lower Haight, se adaptou ao ambiente da calçada. Era um dia de ventos fortes em junho, mas a queen “descobriu de onde o vento estava vindo e virou para o lado certo, transformando o vento no seu ventilador particular”, disse Merrell.

Fazer shows nas ruas impôs um novo desafio para as drag queens, que costumam usar saltos-agulha, looks pomposos e perucas imensas e coloridas. “É definitivamente difícil fazer show na calçada aqui em São Francisco, porque temos muitas ladeiras”, disse Amoura Teese, uma drag que se chama Ryan Maldonado. “Eu cheguei a me apresentar em calçadas que estavam num ângulo de 45 graus”.

O cenário pouco ortodoxo trouxe “um elemento divertido” para as apresentações, acrescentaram elas. No começo, algumas performers desconfiaram um pouco. “A maioria está acostumada a subir no palco e ter iluminação e todo o som e essas coisas, então a ideia de ficar literalmente na rua, correndo de salto, especialmente nas ladeiras de São Francisco, era um pouco assustadora”, disse Blake Mitchell, que se apresenta como Mary Lou Pearl.

O cabaré Oasis começou a fazer delivery de comida para poder se manter enquanto a pandemia mantinha as portas fechadas. Foto: Kelsey McClellan/The New York Times

“Mas fazer isso e me reconectar com as pessoas por meio da drag foi realmente ótimo para mim também. Foi muito bom ver a alegria que isso dava às pessoas”. Ele acrescentou que também era animador ver as crianças pequenas assistindo, já que esse público não frequenta o Oasis.

“Cresci num ambiente bem conservador na Geórgia, no Sul, então pra mim é muito especial ver diferentes modelos de inclusão e pessoas aceitando identidades queer desse jeito”, disse ele. “Acho que o Oasis virou, de muitas maneiras, uma família que fez isso por mim”. É por isso que Mitchell decidiu doar seus ganhos com as entregas para o Oasis.

É uma maneira de ajudar o clube a se manter aberto. Merrell, assistente executiva da Eventbrite, empresa de venda de ingressos on-line, espera que seu apoio tenha o mesmo efeito. “Sinto uma sensação de vitalidade ao redor, não é só uma coisa tipo, ‘Ah, é um negócio leve, doce e divertido’”, disse ela. 

Elsa Touche chega a um local como parte do serviço de entrega de comida 'Meals on Heels',em São Francisco. Foto: Kelsey McClellan/The New York Times

Também sou muito grata por isso de os artistas estarem de volta aos palcos, mesmo que não seja seu palco normal, e eu quero apoiar”. É esse apoio que faz com que Drollinger siga em frente, apesar do desafio de manter seu negócio aberto durante a pandemia. A notícia começou a se espalhar depois que Landis escreveu sobre o Meals on Heels no The San Francisco Bay Times em junho, e depois que a ABC7-TV noticiou o projeto em agosto.

Agora há mais demanda pelo serviço do que o Oasis consegue ofertar. A receita permitiu que Drollinger trouxesse de volta uma lista rotativa de cerca de quarenta artistas, bem como alguns funcionários adicionais. Agora que o rooftop do Oasis está aberto, a casa também faz parcerias com três restaurantes próximos no bairro de SoMa em São Francisco para servir comida lá. Tais arranjos, disse ele, são cruciais para a recuperação econômica da cidade.

“Sinto que, neste momento em que todos nós – as pequenas empresas – estão sofrendo, temos que ajudar uns aos outros, ou ninguém vai sobreviver”, disse ele. Ainda há dias em que ele tem vontade de desistir. Mas continua por causa de pessoas como Mitchell, que apoiam o Meals on Heels ou mandam doações por meio da Venmo. “Agora não estou fazendo isso apenas para mim”, disse ele. “Estou fazendo isso por todas essas outras pessoas que realmente se importam”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.