É difícil conversar com seu parceiro sobre sexo? Veja como começar


Primeiro, simplesmente reconheça a existência do sexo, diz a terapeuta sexual Vanessa Marin; em seguida, passe para alguns elogios

Por Catherine Pearson

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Vanessa Marin dedicou sua carreira a discutir os detalhes mais íntimos da vida sexual de outras pessoas. Mas, por muito tempo, ela achou difícil falar sobre os seus.

Em um novo livro, Sex Talks: The Five Conversations That Will Transform Your Love Life (Conversas sobre sexo: as cinco conversas que transformarão sua vida amorosa), a terapeuta sexual, 38, admite que fingiu orgasmos por 10 anos porque não conseguia dizer aos parceiros o que gostava. As coisas melhoraram quando ela conheceu o marido, Xander Marin, agora com 37 anos, mas depois que a empolgação inicial passou, o casal se viu diante de um caro terapeuta de casais, tendo dificuldades para articular por que sua vida sexual às vezes parecia decepcionante.

Hoje, os Marins transformaram sua honestidade radical e seu relacionamento em um negócio centrado na educação sexual, com um podcast popular, um conjunto de cursos online e mais de 300.000 seguidores no Instagram. Marin se descreve como alguém que muitas vezes se sentiu estranha e insegura no quarto, apesar de suas credenciais profissionais. Marin, que não é terapeuta, diz que oferece uma perspectiva não especializada sobre o que é preciso para se sentir mais à vontade para falar sobre sexo.

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“Muitos de nós nos sentimos sozinhos quando temos dificuldade com sexo”, explicou Marin. “Tipo, eu devo ter algo errado; devo ser a única pessoa passando por isso; todo mundo tem uma ótima vida sexual. Portanto, acho importante liderar com vulnerabilidade.”

O livro, que os Marins coescreveram, é baseado em um conceito simples - e, eles reconhecem, bem comum: muitos problemas sexuais decorrem da má comunicação. No entanto, as pessoas raramente recebem conselhos específicos e estruturados sobre como ter essas conversas, os Marins acreditam. As cinco conversas sobre sexo do livro são centradas em reconhecimento (“sexo é uma coisa, e nós o temos”), conexão, desejo, prazer e exploração.

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“Nunca tive um relacionamento em que falasse sobre sexo de forma tão aberta, honesta ou frequente como faço agora com Xander. Também nunca tive um relacionamento em que o sexo fosse tão profundamente íntimo e extremamente satisfatório como agora”, escreve Marin. “Não acho que essas duas coisas sejam coincidências.”

Aqui está o que Marin tem a dizer sobre por que pode ser tão assustador falar sobre sexo com nossos parceiros e sobre como começar.

As perguntas e respostas foram editadas e condensadas para maior clareza.

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Marin oferece uma perspectiva não especializada sobre o que é preciso para se sentir mais à vontade para falar sobre sexo. Foto: Nathalie Lees/The New York Times

Você escreve que a maioria de nós não fala sobre sexo com frequência, se é que fala, com a pessoa que regularmente nos vê nus. Como você sugere que as pessoas comecem essas conversas?

Um grande erro que as pessoas cometem é que ou nunca falam sobre sexo, ou a única vez que falam é quando há um problema, então você se senta para ter uma daquelas conversas do tipo “precisamos conversar”. O que dizemos às pessoas é que incorporem conversas sobre sexo em suas vidas com mais regularidade. Recomendamos que você comece fazendo elogios.

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Tente elogiar a atratividade física de seu parceiro ou a atração que você sente por ele ao longo do dia. Pode ser algo realmente suave como: “Você está bonito hoje” ou “Seus olhos são realmente lindos”. Você também pode fazer algum tipo de elogio sobre a conexão que sente. Se você está dando um abraço de olá ou adeus, você diz: “É tão bom estar em seus braços”.

Os elogios são uma maneira fácil de começar a falar sobre sexo mais abertamente. Não há objetivos para essas conversas. Você não está tentando realizar nada. Você não está fazendo nenhum pedido ou reclamação. Há um pouco de flerte nisso.

Você escreve muito sobre a importância de flertar e tentar criar uma sensação de expectativa em torno do sexo. Por que isso é tão importante, e se esse tipo de flerte não fizer mais parte do relacionamento de um casal?

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Muitos de nós temos essa expectativa de que devemos sentir desejo espontaneamente do nada, exatamente no mesmo momento em que nosso parceiro sente. Mas não é assim que funciona na vida real. Escrevemos sobre uma ideia chamada “fervura do desejo sexual”, que consiste em encontrar maneiras de manter um pouco da sensação de tensão e expectativa que você pode ter tido no início de seu relacionamento ao longo do dia.

Uma coisa que um casal pode fazer é trocar mensagens de texto sedutoras, e isso não significa ficar trocando mensagens toda hora. Pode ser algo simples como: “Quero muito vê-lo mais tarde”. Outra coisa que adoramos sugerir aos casais é criar uma playlist de músicas que os deixem no clima. Apenas deixar isso tocando no fundo também pode ser uma ótima maneira de manter viva a tensão.

Parte do livro se concentra na construção de uma base de autoconsciência sexual, para que as pessoas saibam do que gostam e possam, eventualmente, compartilhar isso com um parceiro. O que seria um bom primeiro passo?

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Acho que qualquer um pode pensar na pergunta: o que significa sexo bom para mim? Tente ser o mais detalhado possível e apresentar o máximo de respostas possíveis.

Você pode traçar o arco de uma experiência sexual assim: O que você gosta de sentir antes do sexo? (Tipo, eu gosto quando já passamos algum tempo de qualidade juntos naquele dia.) Você pode pensar em como gosta que o sexo seja iniciado. Pode pensar em que tipo de ambiente gosta que o sexo aconteça e que energia você gosta de sentir durante o sexo. Passional? Íntima? Segura? Boba? O que você gosta depois?

É muito fácil para nós nos concentrarmos nos problemas com nossa vida sexual e em nossas frustrações com ela e não virar o jogo para perguntar: Bem, o que eu realmente quero?

Você escreve muito sobre constrangimento. Por exemplo, você diz às pessoas que se preocupam se será constrangedor começar a fazer sexo novamente depois de um período de seca que provavelmente será. E você escreve que o constrangimento é o preço do ingresso para um bom sexo. Por quê?

Quando você vê o sexo retratado na TV ou no cinema, tudo flui, tudo parece lindo e perfeito. Mas sexo é uma coisa muito constrangedora. Talvez você tente uma nova posição e não se sinta muito bem, ou não consiga descobrir. Nós realmente amamos pensar que não se trata de algo para ter medo ou vergonha, é algo para abraçar. Se você antecipar o constrangimento, isso reduz a pressão.

Não há como crescer sem um pouco de vergonha sexual. Todos nós temos vergonhas que surgem em torno do sexo. Temos áreas de nossa vida sexual sobre as quais não queremos falar. Estamos todos juntos no mesmo barco nesse sentido. Mas pode fazer uma grande diferença em sua vida individualmente e em seu relacionamento, se você puder enfrentar isso. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Vanessa Marin dedicou sua carreira a discutir os detalhes mais íntimos da vida sexual de outras pessoas. Mas, por muito tempo, ela achou difícil falar sobre os seus.

Em um novo livro, Sex Talks: The Five Conversations That Will Transform Your Love Life (Conversas sobre sexo: as cinco conversas que transformarão sua vida amorosa), a terapeuta sexual, 38, admite que fingiu orgasmos por 10 anos porque não conseguia dizer aos parceiros o que gostava. As coisas melhoraram quando ela conheceu o marido, Xander Marin, agora com 37 anos, mas depois que a empolgação inicial passou, o casal se viu diante de um caro terapeuta de casais, tendo dificuldades para articular por que sua vida sexual às vezes parecia decepcionante.

Hoje, os Marins transformaram sua honestidade radical e seu relacionamento em um negócio centrado na educação sexual, com um podcast popular, um conjunto de cursos online e mais de 300.000 seguidores no Instagram. Marin se descreve como alguém que muitas vezes se sentiu estranha e insegura no quarto, apesar de suas credenciais profissionais. Marin, que não é terapeuta, diz que oferece uma perspectiva não especializada sobre o que é preciso para se sentir mais à vontade para falar sobre sexo.

“Muitos de nós nos sentimos sozinhos quando temos dificuldade com sexo”, explicou Marin. “Tipo, eu devo ter algo errado; devo ser a única pessoa passando por isso; todo mundo tem uma ótima vida sexual. Portanto, acho importante liderar com vulnerabilidade.”

O livro, que os Marins coescreveram, é baseado em um conceito simples - e, eles reconhecem, bem comum: muitos problemas sexuais decorrem da má comunicação. No entanto, as pessoas raramente recebem conselhos específicos e estruturados sobre como ter essas conversas, os Marins acreditam. As cinco conversas sobre sexo do livro são centradas em reconhecimento (“sexo é uma coisa, e nós o temos”), conexão, desejo, prazer e exploração.

“Nunca tive um relacionamento em que falasse sobre sexo de forma tão aberta, honesta ou frequente como faço agora com Xander. Também nunca tive um relacionamento em que o sexo fosse tão profundamente íntimo e extremamente satisfatório como agora”, escreve Marin. “Não acho que essas duas coisas sejam coincidências.”

Aqui está o que Marin tem a dizer sobre por que pode ser tão assustador falar sobre sexo com nossos parceiros e sobre como começar.

As perguntas e respostas foram editadas e condensadas para maior clareza.

Marin oferece uma perspectiva não especializada sobre o que é preciso para se sentir mais à vontade para falar sobre sexo. Foto: Nathalie Lees/The New York Times

Você escreve que a maioria de nós não fala sobre sexo com frequência, se é que fala, com a pessoa que regularmente nos vê nus. Como você sugere que as pessoas comecem essas conversas?

Um grande erro que as pessoas cometem é que ou nunca falam sobre sexo, ou a única vez que falam é quando há um problema, então você se senta para ter uma daquelas conversas do tipo “precisamos conversar”. O que dizemos às pessoas é que incorporem conversas sobre sexo em suas vidas com mais regularidade. Recomendamos que você comece fazendo elogios.

Tente elogiar a atratividade física de seu parceiro ou a atração que você sente por ele ao longo do dia. Pode ser algo realmente suave como: “Você está bonito hoje” ou “Seus olhos são realmente lindos”. Você também pode fazer algum tipo de elogio sobre a conexão que sente. Se você está dando um abraço de olá ou adeus, você diz: “É tão bom estar em seus braços”.

Os elogios são uma maneira fácil de começar a falar sobre sexo mais abertamente. Não há objetivos para essas conversas. Você não está tentando realizar nada. Você não está fazendo nenhum pedido ou reclamação. Há um pouco de flerte nisso.

Você escreve muito sobre a importância de flertar e tentar criar uma sensação de expectativa em torno do sexo. Por que isso é tão importante, e se esse tipo de flerte não fizer mais parte do relacionamento de um casal?

Muitos de nós temos essa expectativa de que devemos sentir desejo espontaneamente do nada, exatamente no mesmo momento em que nosso parceiro sente. Mas não é assim que funciona na vida real. Escrevemos sobre uma ideia chamada “fervura do desejo sexual”, que consiste em encontrar maneiras de manter um pouco da sensação de tensão e expectativa que você pode ter tido no início de seu relacionamento ao longo do dia.

Uma coisa que um casal pode fazer é trocar mensagens de texto sedutoras, e isso não significa ficar trocando mensagens toda hora. Pode ser algo simples como: “Quero muito vê-lo mais tarde”. Outra coisa que adoramos sugerir aos casais é criar uma playlist de músicas que os deixem no clima. Apenas deixar isso tocando no fundo também pode ser uma ótima maneira de manter viva a tensão.

Parte do livro se concentra na construção de uma base de autoconsciência sexual, para que as pessoas saibam do que gostam e possam, eventualmente, compartilhar isso com um parceiro. O que seria um bom primeiro passo?

Acho que qualquer um pode pensar na pergunta: o que significa sexo bom para mim? Tente ser o mais detalhado possível e apresentar o máximo de respostas possíveis.

Você pode traçar o arco de uma experiência sexual assim: O que você gosta de sentir antes do sexo? (Tipo, eu gosto quando já passamos algum tempo de qualidade juntos naquele dia.) Você pode pensar em como gosta que o sexo seja iniciado. Pode pensar em que tipo de ambiente gosta que o sexo aconteça e que energia você gosta de sentir durante o sexo. Passional? Íntima? Segura? Boba? O que você gosta depois?

É muito fácil para nós nos concentrarmos nos problemas com nossa vida sexual e em nossas frustrações com ela e não virar o jogo para perguntar: Bem, o que eu realmente quero?

Você escreve muito sobre constrangimento. Por exemplo, você diz às pessoas que se preocupam se será constrangedor começar a fazer sexo novamente depois de um período de seca que provavelmente será. E você escreve que o constrangimento é o preço do ingresso para um bom sexo. Por quê?

Quando você vê o sexo retratado na TV ou no cinema, tudo flui, tudo parece lindo e perfeito. Mas sexo é uma coisa muito constrangedora. Talvez você tente uma nova posição e não se sinta muito bem, ou não consiga descobrir. Nós realmente amamos pensar que não se trata de algo para ter medo ou vergonha, é algo para abraçar. Se você antecipar o constrangimento, isso reduz a pressão.

Não há como crescer sem um pouco de vergonha sexual. Todos nós temos vergonhas que surgem em torno do sexo. Temos áreas de nossa vida sexual sobre as quais não queremos falar. Estamos todos juntos no mesmo barco nesse sentido. Mas pode fazer uma grande diferença em sua vida individualmente e em seu relacionamento, se você puder enfrentar isso. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Vanessa Marin dedicou sua carreira a discutir os detalhes mais íntimos da vida sexual de outras pessoas. Mas, por muito tempo, ela achou difícil falar sobre os seus.

Em um novo livro, Sex Talks: The Five Conversations That Will Transform Your Love Life (Conversas sobre sexo: as cinco conversas que transformarão sua vida amorosa), a terapeuta sexual, 38, admite que fingiu orgasmos por 10 anos porque não conseguia dizer aos parceiros o que gostava. As coisas melhoraram quando ela conheceu o marido, Xander Marin, agora com 37 anos, mas depois que a empolgação inicial passou, o casal se viu diante de um caro terapeuta de casais, tendo dificuldades para articular por que sua vida sexual às vezes parecia decepcionante.

Hoje, os Marins transformaram sua honestidade radical e seu relacionamento em um negócio centrado na educação sexual, com um podcast popular, um conjunto de cursos online e mais de 300.000 seguidores no Instagram. Marin se descreve como alguém que muitas vezes se sentiu estranha e insegura no quarto, apesar de suas credenciais profissionais. Marin, que não é terapeuta, diz que oferece uma perspectiva não especializada sobre o que é preciso para se sentir mais à vontade para falar sobre sexo.

“Muitos de nós nos sentimos sozinhos quando temos dificuldade com sexo”, explicou Marin. “Tipo, eu devo ter algo errado; devo ser a única pessoa passando por isso; todo mundo tem uma ótima vida sexual. Portanto, acho importante liderar com vulnerabilidade.”

O livro, que os Marins coescreveram, é baseado em um conceito simples - e, eles reconhecem, bem comum: muitos problemas sexuais decorrem da má comunicação. No entanto, as pessoas raramente recebem conselhos específicos e estruturados sobre como ter essas conversas, os Marins acreditam. As cinco conversas sobre sexo do livro são centradas em reconhecimento (“sexo é uma coisa, e nós o temos”), conexão, desejo, prazer e exploração.

“Nunca tive um relacionamento em que falasse sobre sexo de forma tão aberta, honesta ou frequente como faço agora com Xander. Também nunca tive um relacionamento em que o sexo fosse tão profundamente íntimo e extremamente satisfatório como agora”, escreve Marin. “Não acho que essas duas coisas sejam coincidências.”

Aqui está o que Marin tem a dizer sobre por que pode ser tão assustador falar sobre sexo com nossos parceiros e sobre como começar.

As perguntas e respostas foram editadas e condensadas para maior clareza.

Marin oferece uma perspectiva não especializada sobre o que é preciso para se sentir mais à vontade para falar sobre sexo. Foto: Nathalie Lees/The New York Times

Você escreve que a maioria de nós não fala sobre sexo com frequência, se é que fala, com a pessoa que regularmente nos vê nus. Como você sugere que as pessoas comecem essas conversas?

Um grande erro que as pessoas cometem é que ou nunca falam sobre sexo, ou a única vez que falam é quando há um problema, então você se senta para ter uma daquelas conversas do tipo “precisamos conversar”. O que dizemos às pessoas é que incorporem conversas sobre sexo em suas vidas com mais regularidade. Recomendamos que você comece fazendo elogios.

Tente elogiar a atratividade física de seu parceiro ou a atração que você sente por ele ao longo do dia. Pode ser algo realmente suave como: “Você está bonito hoje” ou “Seus olhos são realmente lindos”. Você também pode fazer algum tipo de elogio sobre a conexão que sente. Se você está dando um abraço de olá ou adeus, você diz: “É tão bom estar em seus braços”.

Os elogios são uma maneira fácil de começar a falar sobre sexo mais abertamente. Não há objetivos para essas conversas. Você não está tentando realizar nada. Você não está fazendo nenhum pedido ou reclamação. Há um pouco de flerte nisso.

Você escreve muito sobre a importância de flertar e tentar criar uma sensação de expectativa em torno do sexo. Por que isso é tão importante, e se esse tipo de flerte não fizer mais parte do relacionamento de um casal?

Muitos de nós temos essa expectativa de que devemos sentir desejo espontaneamente do nada, exatamente no mesmo momento em que nosso parceiro sente. Mas não é assim que funciona na vida real. Escrevemos sobre uma ideia chamada “fervura do desejo sexual”, que consiste em encontrar maneiras de manter um pouco da sensação de tensão e expectativa que você pode ter tido no início de seu relacionamento ao longo do dia.

Uma coisa que um casal pode fazer é trocar mensagens de texto sedutoras, e isso não significa ficar trocando mensagens toda hora. Pode ser algo simples como: “Quero muito vê-lo mais tarde”. Outra coisa que adoramos sugerir aos casais é criar uma playlist de músicas que os deixem no clima. Apenas deixar isso tocando no fundo também pode ser uma ótima maneira de manter viva a tensão.

Parte do livro se concentra na construção de uma base de autoconsciência sexual, para que as pessoas saibam do que gostam e possam, eventualmente, compartilhar isso com um parceiro. O que seria um bom primeiro passo?

Acho que qualquer um pode pensar na pergunta: o que significa sexo bom para mim? Tente ser o mais detalhado possível e apresentar o máximo de respostas possíveis.

Você pode traçar o arco de uma experiência sexual assim: O que você gosta de sentir antes do sexo? (Tipo, eu gosto quando já passamos algum tempo de qualidade juntos naquele dia.) Você pode pensar em como gosta que o sexo seja iniciado. Pode pensar em que tipo de ambiente gosta que o sexo aconteça e que energia você gosta de sentir durante o sexo. Passional? Íntima? Segura? Boba? O que você gosta depois?

É muito fácil para nós nos concentrarmos nos problemas com nossa vida sexual e em nossas frustrações com ela e não virar o jogo para perguntar: Bem, o que eu realmente quero?

Você escreve muito sobre constrangimento. Por exemplo, você diz às pessoas que se preocupam se será constrangedor começar a fazer sexo novamente depois de um período de seca que provavelmente será. E você escreve que o constrangimento é o preço do ingresso para um bom sexo. Por quê?

Quando você vê o sexo retratado na TV ou no cinema, tudo flui, tudo parece lindo e perfeito. Mas sexo é uma coisa muito constrangedora. Talvez você tente uma nova posição e não se sinta muito bem, ou não consiga descobrir. Nós realmente amamos pensar que não se trata de algo para ter medo ou vergonha, é algo para abraçar. Se você antecipar o constrangimento, isso reduz a pressão.

Não há como crescer sem um pouco de vergonha sexual. Todos nós temos vergonhas que surgem em torno do sexo. Temos áreas de nossa vida sexual sobre as quais não queremos falar. Estamos todos juntos no mesmo barco nesse sentido. Mas pode fazer uma grande diferença em sua vida individualmente e em seu relacionamento, se você puder enfrentar isso. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

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