O golfe noturno está conquistando a Coreia do Sul


O golfe da 'noite branca' é um fenômeno esportivo noturno que reflete o aumento da popularidade desta modalidade, e também até onde é possível chegar para jogá-lo

Por Andrew Keh e Chang W. Lee

As luzes da cidade cintilam ao longe.

As sombras se espalham em todas as direções ao redor do gramado verde brilhante do campo.

Na Coreia do Sul, a prática de golfe à noite tem se tornado popular entre os amantes do esporte. Foto: Chang W. Lee/The New York Times
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É perto da meia-noite, a lua paira no céu escuro da noite, e os sul-coreanos ainda estão lá fora, jogando golfe.

Este é o golfe da “noite branca”, um fenômeno esportivo noturno na Coreia do Sul que reflete a popularidade em ascensão do esporte no país, as persistentes dificuldades que muitos encontram para conseguir praticá-lo nas superpovoadas cidades do país, e até onde alguns podem chegar para o prazer de praticar o esporte.

A Coreia do Sul é o terceiro maior mercado de golfe do mundo, superado apenas pelos Estados Unidos e pelo Japão.

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Para os fãs do golfe do mundo todo, a paixão que o jogo inspira pode ser mais observada no enorme número de jogadores profissionais de elite, particularmente na sua versão feminina. Até medos de agosto, 32 das 100 principais golfistas no rankings mundiais femininos, incluindo quatro entre as 10 maiores, eram da Coreia do Sul.

Mas no campo, o golfe é um passatempo de que todos participam, mesmo que a sua popularidade e a carência de campos nas áreas metropolitanas tornem as oportunidades de jogar escassas e muito caras. Seul, cidade de quase 10 milhões de habitantes, tem apenas um campo, que está aberto exclusivamente para o pessoal militar.

Alguns se contentam com o golfe digital, uma simulação virtual jogada no ambientes fechados que se tornou um passatempo em grande expansão na Coreia do Sul, onde algumas instalações oferecem um serviço 24 horas por dia.

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Mas evidentemente os golfistas desejam o esporte real. Então, o que você faz quando a demanda é dez vezes maior do que a luz do sol em um dia qualquer?

Segundo Seo Chun-beom, presidente do Korea Leisure Industry Institute, a Coreia do Sul conta atualmente com nada menos que 117 campos de golfe de 18 buracos ou mais (83 em campos públicos e 34 em clubes privados) que oferecem a prática do esporte aos interessados, com jogos começando às 8 horas da noite. Segundo Seo, há inúmeros outros campos de 9 buracos que tambémestão usando refletores e não fechamaté a meia-noite ou mesmo mais tarde.

Muitos amantes do esporte de Seul, por exemplo, vão até o Sky 72 Golf & Resort em Incheon, próximo do principal aeroporto internacional da área, onde foram instalados 2.700 holofotes para iluminar 36 dos 72 buracos do local.

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Uma cena semelhante pode ser vista à noite no TGV Country Club, localizado a 90 minutos de Seul, que oferece a possibilidade de jogar depois do anoitecer para os seus 36 buracos - a maioria dos quais têm o gramado duplo lado a lado para evitar o desgaste do uso frequente.

No país, 117 campos de golfe de 18 buracos ou mais oferecem horários noturnos para a prática do esporte. Foto: Chang W. Lee/The New York Times

Evidentemente, o conceito do jogo do golfe com luz artificial existe fora da Coreia do Sul.

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No ano passado, um escritor contribuinte do site GolfPass contou 65 campos nos Estados Unidos que oferecem pelo menos alguma iluminação à noite - embora todos com a exceção de um, fossem campos pequenos. E nos EUA os que oferecem horários mais tarde ainda fecham muito mais cedo do que os da Coreia do Sul, que frequentemente ficam abertos até 1 da madrugada.

O golfe ao luar pode ter outras finalidades práticas. No Emirates Golf Club de Dubai, por exemplo, os horários noturnos proporcionam aos golfistas um descanso do terrível sol do verão naquela parte do mundo.

Mas nenhum outro país adotou esta prática esportiva com o mesmo prazer do que a Coreia do Sul, onde jogar à noite tem suas peculiaridades e charmes.

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As noites quentes fazem com que o spray contra insetos noturnos seja realmente crucial.

Os holofotes conferem a cada jogo uma atmosfera cinematográfica.

Mesmo que o sol tenha se posto há muito, as viseiras continuam na cabeça de muitos esportistas. (Um estudo recente constatou que os sul-coreanos gastam mais per capita em equipamento e trajes de golfe do que os habitantes de qualquer outro país.)

Apesarde todos os pequenos inconvenientes, há uma vantagem considerável em ser um notívago: as marcas produzidas pelo bronzeado, pelo menos, estão fora de questão. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

As luzes da cidade cintilam ao longe.

As sombras se espalham em todas as direções ao redor do gramado verde brilhante do campo.

Na Coreia do Sul, a prática de golfe à noite tem se tornado popular entre os amantes do esporte. Foto: Chang W. Lee/The New York Times

É perto da meia-noite, a lua paira no céu escuro da noite, e os sul-coreanos ainda estão lá fora, jogando golfe.

Este é o golfe da “noite branca”, um fenômeno esportivo noturno na Coreia do Sul que reflete a popularidade em ascensão do esporte no país, as persistentes dificuldades que muitos encontram para conseguir praticá-lo nas superpovoadas cidades do país, e até onde alguns podem chegar para o prazer de praticar o esporte.

A Coreia do Sul é o terceiro maior mercado de golfe do mundo, superado apenas pelos Estados Unidos e pelo Japão.

Para os fãs do golfe do mundo todo, a paixão que o jogo inspira pode ser mais observada no enorme número de jogadores profissionais de elite, particularmente na sua versão feminina. Até medos de agosto, 32 das 100 principais golfistas no rankings mundiais femininos, incluindo quatro entre as 10 maiores, eram da Coreia do Sul.

Mas no campo, o golfe é um passatempo de que todos participam, mesmo que a sua popularidade e a carência de campos nas áreas metropolitanas tornem as oportunidades de jogar escassas e muito caras. Seul, cidade de quase 10 milhões de habitantes, tem apenas um campo, que está aberto exclusivamente para o pessoal militar.

Alguns se contentam com o golfe digital, uma simulação virtual jogada no ambientes fechados que se tornou um passatempo em grande expansão na Coreia do Sul, onde algumas instalações oferecem um serviço 24 horas por dia.

Mas evidentemente os golfistas desejam o esporte real. Então, o que você faz quando a demanda é dez vezes maior do que a luz do sol em um dia qualquer?

Segundo Seo Chun-beom, presidente do Korea Leisure Industry Institute, a Coreia do Sul conta atualmente com nada menos que 117 campos de golfe de 18 buracos ou mais (83 em campos públicos e 34 em clubes privados) que oferecem a prática do esporte aos interessados, com jogos começando às 8 horas da noite. Segundo Seo, há inúmeros outros campos de 9 buracos que tambémestão usando refletores e não fechamaté a meia-noite ou mesmo mais tarde.

Muitos amantes do esporte de Seul, por exemplo, vão até o Sky 72 Golf & Resort em Incheon, próximo do principal aeroporto internacional da área, onde foram instalados 2.700 holofotes para iluminar 36 dos 72 buracos do local.

Uma cena semelhante pode ser vista à noite no TGV Country Club, localizado a 90 minutos de Seul, que oferece a possibilidade de jogar depois do anoitecer para os seus 36 buracos - a maioria dos quais têm o gramado duplo lado a lado para evitar o desgaste do uso frequente.

No país, 117 campos de golfe de 18 buracos ou mais oferecem horários noturnos para a prática do esporte. Foto: Chang W. Lee/The New York Times

Evidentemente, o conceito do jogo do golfe com luz artificial existe fora da Coreia do Sul.

No ano passado, um escritor contribuinte do site GolfPass contou 65 campos nos Estados Unidos que oferecem pelo menos alguma iluminação à noite - embora todos com a exceção de um, fossem campos pequenos. E nos EUA os que oferecem horários mais tarde ainda fecham muito mais cedo do que os da Coreia do Sul, que frequentemente ficam abertos até 1 da madrugada.

O golfe ao luar pode ter outras finalidades práticas. No Emirates Golf Club de Dubai, por exemplo, os horários noturnos proporcionam aos golfistas um descanso do terrível sol do verão naquela parte do mundo.

Mas nenhum outro país adotou esta prática esportiva com o mesmo prazer do que a Coreia do Sul, onde jogar à noite tem suas peculiaridades e charmes.

As noites quentes fazem com que o spray contra insetos noturnos seja realmente crucial.

Os holofotes conferem a cada jogo uma atmosfera cinematográfica.

Mesmo que o sol tenha se posto há muito, as viseiras continuam na cabeça de muitos esportistas. (Um estudo recente constatou que os sul-coreanos gastam mais per capita em equipamento e trajes de golfe do que os habitantes de qualquer outro país.)

Apesarde todos os pequenos inconvenientes, há uma vantagem considerável em ser um notívago: as marcas produzidas pelo bronzeado, pelo menos, estão fora de questão. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

As luzes da cidade cintilam ao longe.

As sombras se espalham em todas as direções ao redor do gramado verde brilhante do campo.

Na Coreia do Sul, a prática de golfe à noite tem se tornado popular entre os amantes do esporte. Foto: Chang W. Lee/The New York Times

É perto da meia-noite, a lua paira no céu escuro da noite, e os sul-coreanos ainda estão lá fora, jogando golfe.

Este é o golfe da “noite branca”, um fenômeno esportivo noturno na Coreia do Sul que reflete a popularidade em ascensão do esporte no país, as persistentes dificuldades que muitos encontram para conseguir praticá-lo nas superpovoadas cidades do país, e até onde alguns podem chegar para o prazer de praticar o esporte.

A Coreia do Sul é o terceiro maior mercado de golfe do mundo, superado apenas pelos Estados Unidos e pelo Japão.

Para os fãs do golfe do mundo todo, a paixão que o jogo inspira pode ser mais observada no enorme número de jogadores profissionais de elite, particularmente na sua versão feminina. Até medos de agosto, 32 das 100 principais golfistas no rankings mundiais femininos, incluindo quatro entre as 10 maiores, eram da Coreia do Sul.

Mas no campo, o golfe é um passatempo de que todos participam, mesmo que a sua popularidade e a carência de campos nas áreas metropolitanas tornem as oportunidades de jogar escassas e muito caras. Seul, cidade de quase 10 milhões de habitantes, tem apenas um campo, que está aberto exclusivamente para o pessoal militar.

Alguns se contentam com o golfe digital, uma simulação virtual jogada no ambientes fechados que se tornou um passatempo em grande expansão na Coreia do Sul, onde algumas instalações oferecem um serviço 24 horas por dia.

Mas evidentemente os golfistas desejam o esporte real. Então, o que você faz quando a demanda é dez vezes maior do que a luz do sol em um dia qualquer?

Segundo Seo Chun-beom, presidente do Korea Leisure Industry Institute, a Coreia do Sul conta atualmente com nada menos que 117 campos de golfe de 18 buracos ou mais (83 em campos públicos e 34 em clubes privados) que oferecem a prática do esporte aos interessados, com jogos começando às 8 horas da noite. Segundo Seo, há inúmeros outros campos de 9 buracos que tambémestão usando refletores e não fechamaté a meia-noite ou mesmo mais tarde.

Muitos amantes do esporte de Seul, por exemplo, vão até o Sky 72 Golf & Resort em Incheon, próximo do principal aeroporto internacional da área, onde foram instalados 2.700 holofotes para iluminar 36 dos 72 buracos do local.

Uma cena semelhante pode ser vista à noite no TGV Country Club, localizado a 90 minutos de Seul, que oferece a possibilidade de jogar depois do anoitecer para os seus 36 buracos - a maioria dos quais têm o gramado duplo lado a lado para evitar o desgaste do uso frequente.

No país, 117 campos de golfe de 18 buracos ou mais oferecem horários noturnos para a prática do esporte. Foto: Chang W. Lee/The New York Times

Evidentemente, o conceito do jogo do golfe com luz artificial existe fora da Coreia do Sul.

No ano passado, um escritor contribuinte do site GolfPass contou 65 campos nos Estados Unidos que oferecem pelo menos alguma iluminação à noite - embora todos com a exceção de um, fossem campos pequenos. E nos EUA os que oferecem horários mais tarde ainda fecham muito mais cedo do que os da Coreia do Sul, que frequentemente ficam abertos até 1 da madrugada.

O golfe ao luar pode ter outras finalidades práticas. No Emirates Golf Club de Dubai, por exemplo, os horários noturnos proporcionam aos golfistas um descanso do terrível sol do verão naquela parte do mundo.

Mas nenhum outro país adotou esta prática esportiva com o mesmo prazer do que a Coreia do Sul, onde jogar à noite tem suas peculiaridades e charmes.

As noites quentes fazem com que o spray contra insetos noturnos seja realmente crucial.

Os holofotes conferem a cada jogo uma atmosfera cinematográfica.

Mesmo que o sol tenha se posto há muito, as viseiras continuam na cabeça de muitos esportistas. (Um estudo recente constatou que os sul-coreanos gastam mais per capita em equipamento e trajes de golfe do que os habitantes de qualquer outro país.)

Apesarde todos os pequenos inconvenientes, há uma vantagem considerável em ser um notívago: as marcas produzidas pelo bronzeado, pelo menos, estão fora de questão. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

As luzes da cidade cintilam ao longe.

As sombras se espalham em todas as direções ao redor do gramado verde brilhante do campo.

Na Coreia do Sul, a prática de golfe à noite tem se tornado popular entre os amantes do esporte. Foto: Chang W. Lee/The New York Times

É perto da meia-noite, a lua paira no céu escuro da noite, e os sul-coreanos ainda estão lá fora, jogando golfe.

Este é o golfe da “noite branca”, um fenômeno esportivo noturno na Coreia do Sul que reflete a popularidade em ascensão do esporte no país, as persistentes dificuldades que muitos encontram para conseguir praticá-lo nas superpovoadas cidades do país, e até onde alguns podem chegar para o prazer de praticar o esporte.

A Coreia do Sul é o terceiro maior mercado de golfe do mundo, superado apenas pelos Estados Unidos e pelo Japão.

Para os fãs do golfe do mundo todo, a paixão que o jogo inspira pode ser mais observada no enorme número de jogadores profissionais de elite, particularmente na sua versão feminina. Até medos de agosto, 32 das 100 principais golfistas no rankings mundiais femininos, incluindo quatro entre as 10 maiores, eram da Coreia do Sul.

Mas no campo, o golfe é um passatempo de que todos participam, mesmo que a sua popularidade e a carência de campos nas áreas metropolitanas tornem as oportunidades de jogar escassas e muito caras. Seul, cidade de quase 10 milhões de habitantes, tem apenas um campo, que está aberto exclusivamente para o pessoal militar.

Alguns se contentam com o golfe digital, uma simulação virtual jogada no ambientes fechados que se tornou um passatempo em grande expansão na Coreia do Sul, onde algumas instalações oferecem um serviço 24 horas por dia.

Mas evidentemente os golfistas desejam o esporte real. Então, o que você faz quando a demanda é dez vezes maior do que a luz do sol em um dia qualquer?

Segundo Seo Chun-beom, presidente do Korea Leisure Industry Institute, a Coreia do Sul conta atualmente com nada menos que 117 campos de golfe de 18 buracos ou mais (83 em campos públicos e 34 em clubes privados) que oferecem a prática do esporte aos interessados, com jogos começando às 8 horas da noite. Segundo Seo, há inúmeros outros campos de 9 buracos que tambémestão usando refletores e não fechamaté a meia-noite ou mesmo mais tarde.

Muitos amantes do esporte de Seul, por exemplo, vão até o Sky 72 Golf & Resort em Incheon, próximo do principal aeroporto internacional da área, onde foram instalados 2.700 holofotes para iluminar 36 dos 72 buracos do local.

Uma cena semelhante pode ser vista à noite no TGV Country Club, localizado a 90 minutos de Seul, que oferece a possibilidade de jogar depois do anoitecer para os seus 36 buracos - a maioria dos quais têm o gramado duplo lado a lado para evitar o desgaste do uso frequente.

No país, 117 campos de golfe de 18 buracos ou mais oferecem horários noturnos para a prática do esporte. Foto: Chang W. Lee/The New York Times

Evidentemente, o conceito do jogo do golfe com luz artificial existe fora da Coreia do Sul.

No ano passado, um escritor contribuinte do site GolfPass contou 65 campos nos Estados Unidos que oferecem pelo menos alguma iluminação à noite - embora todos com a exceção de um, fossem campos pequenos. E nos EUA os que oferecem horários mais tarde ainda fecham muito mais cedo do que os da Coreia do Sul, que frequentemente ficam abertos até 1 da madrugada.

O golfe ao luar pode ter outras finalidades práticas. No Emirates Golf Club de Dubai, por exemplo, os horários noturnos proporcionam aos golfistas um descanso do terrível sol do verão naquela parte do mundo.

Mas nenhum outro país adotou esta prática esportiva com o mesmo prazer do que a Coreia do Sul, onde jogar à noite tem suas peculiaridades e charmes.

As noites quentes fazem com que o spray contra insetos noturnos seja realmente crucial.

Os holofotes conferem a cada jogo uma atmosfera cinematográfica.

Mesmo que o sol tenha se posto há muito, as viseiras continuam na cabeça de muitos esportistas. (Um estudo recente constatou que os sul-coreanos gastam mais per capita em equipamento e trajes de golfe do que os habitantes de qualquer outro país.)

Apesarde todos os pequenos inconvenientes, há uma vantagem considerável em ser um notívago: as marcas produzidas pelo bronzeado, pelo menos, estão fora de questão. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

As luzes da cidade cintilam ao longe.

As sombras se espalham em todas as direções ao redor do gramado verde brilhante do campo.

Na Coreia do Sul, a prática de golfe à noite tem se tornado popular entre os amantes do esporte. Foto: Chang W. Lee/The New York Times

É perto da meia-noite, a lua paira no céu escuro da noite, e os sul-coreanos ainda estão lá fora, jogando golfe.

Este é o golfe da “noite branca”, um fenômeno esportivo noturno na Coreia do Sul que reflete a popularidade em ascensão do esporte no país, as persistentes dificuldades que muitos encontram para conseguir praticá-lo nas superpovoadas cidades do país, e até onde alguns podem chegar para o prazer de praticar o esporte.

A Coreia do Sul é o terceiro maior mercado de golfe do mundo, superado apenas pelos Estados Unidos e pelo Japão.

Para os fãs do golfe do mundo todo, a paixão que o jogo inspira pode ser mais observada no enorme número de jogadores profissionais de elite, particularmente na sua versão feminina. Até medos de agosto, 32 das 100 principais golfistas no rankings mundiais femininos, incluindo quatro entre as 10 maiores, eram da Coreia do Sul.

Mas no campo, o golfe é um passatempo de que todos participam, mesmo que a sua popularidade e a carência de campos nas áreas metropolitanas tornem as oportunidades de jogar escassas e muito caras. Seul, cidade de quase 10 milhões de habitantes, tem apenas um campo, que está aberto exclusivamente para o pessoal militar.

Alguns se contentam com o golfe digital, uma simulação virtual jogada no ambientes fechados que se tornou um passatempo em grande expansão na Coreia do Sul, onde algumas instalações oferecem um serviço 24 horas por dia.

Mas evidentemente os golfistas desejam o esporte real. Então, o que você faz quando a demanda é dez vezes maior do que a luz do sol em um dia qualquer?

Segundo Seo Chun-beom, presidente do Korea Leisure Industry Institute, a Coreia do Sul conta atualmente com nada menos que 117 campos de golfe de 18 buracos ou mais (83 em campos públicos e 34 em clubes privados) que oferecem a prática do esporte aos interessados, com jogos começando às 8 horas da noite. Segundo Seo, há inúmeros outros campos de 9 buracos que tambémestão usando refletores e não fechamaté a meia-noite ou mesmo mais tarde.

Muitos amantes do esporte de Seul, por exemplo, vão até o Sky 72 Golf & Resort em Incheon, próximo do principal aeroporto internacional da área, onde foram instalados 2.700 holofotes para iluminar 36 dos 72 buracos do local.

Uma cena semelhante pode ser vista à noite no TGV Country Club, localizado a 90 minutos de Seul, que oferece a possibilidade de jogar depois do anoitecer para os seus 36 buracos - a maioria dos quais têm o gramado duplo lado a lado para evitar o desgaste do uso frequente.

No país, 117 campos de golfe de 18 buracos ou mais oferecem horários noturnos para a prática do esporte. Foto: Chang W. Lee/The New York Times

Evidentemente, o conceito do jogo do golfe com luz artificial existe fora da Coreia do Sul.

No ano passado, um escritor contribuinte do site GolfPass contou 65 campos nos Estados Unidos que oferecem pelo menos alguma iluminação à noite - embora todos com a exceção de um, fossem campos pequenos. E nos EUA os que oferecem horários mais tarde ainda fecham muito mais cedo do que os da Coreia do Sul, que frequentemente ficam abertos até 1 da madrugada.

O golfe ao luar pode ter outras finalidades práticas. No Emirates Golf Club de Dubai, por exemplo, os horários noturnos proporcionam aos golfistas um descanso do terrível sol do verão naquela parte do mundo.

Mas nenhum outro país adotou esta prática esportiva com o mesmo prazer do que a Coreia do Sul, onde jogar à noite tem suas peculiaridades e charmes.

As noites quentes fazem com que o spray contra insetos noturnos seja realmente crucial.

Os holofotes conferem a cada jogo uma atmosfera cinematográfica.

Mesmo que o sol tenha se posto há muito, as viseiras continuam na cabeça de muitos esportistas. (Um estudo recente constatou que os sul-coreanos gastam mais per capita em equipamento e trajes de golfe do que os habitantes de qualquer outro país.)

Apesarde todos os pequenos inconvenientes, há uma vantagem considerável em ser um notívago: as marcas produzidas pelo bronzeado, pelo menos, estão fora de questão. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

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