Exercitar o corpo pode ajudar a curar a mente?


Em seu novo livro, Jennifer Heisz mistura experiência pessoal e a ciência mais recente sobre como os exercícios podem melhorar seu bem-estar mental

Por Gretchen Reynolds

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Quando Jennifer Heisz estava na pós-graduação, ela pegou emprestada a bicicleta velha e enferrujada de uma amiga - e acabou redirecionando sua carreira. Na época, ela estudava neurociência cognitiva, mas, insatisfeita com a direção de seu trabalho e sua vida pessoal, começou a experimentar o que ela agora reconhece como “ansiedade muito grave”, ela me disse recentemente. Sua amiga sugeriu andar de bicicleta como alívio. Sem ser muito atlética antes, ela começou a pedalar com entusiasmo, achando que isso “acalmou minha mente”, ela disse.

Essa descoberta a convenceu a mudar o foco de sua pesquisa. Agora diretora do NeuroFit Lab da McMaster University em Hamilton, Ontário, ela estuda a interação entre a saúde física e emocional e como o exercício ajuda a evitar ou tratar a depressão, ansiedade, estresse e outras condições de saúde mental.

“Os efeitos do movimento na mente são tão profundos e fascinantes”, disse Heisz.

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Essa ideia anima seu novo livro, Move the Body, Heal the Mind (Mexa o Corpo, Cure a Mente, em tradução livre), que detalha a ciência mais recente sobre exercícios e saúde mental, bem como sua própria jornada da inatividade e colapsos emocionais em série até o treinamento de triatlo e aumento da serenidade.

Praticar atividades físicas ajudam a aliviar sintomas de ansiedade e depressão Foto: Pixabay

Recentemente, falei com Heisz sobre seu livro e o que ele pode nos dizer sobre saúde mental, os benefícios do exercício leve, as tensões dos anos de pandemia e como escolher o treino certo, agora, para elevar seu ânimo. Segue nossa conversa editada.

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Podemos falar sobre exercícios e ansiedade, que muitos de nós estão sentindo hoje em dia?

Fazer exercício é extremamente benéfico para reduzir a ansiedade. Na verdade, no final de cada treino, você normalmente obtém um breve alívio da ansiedade, devido ao neuropeptídeo Y, que aumenta com o exercício. É um fator de resiliência. Ajuda a acalmar a amígdala ansiosa, que é a parte do cérebro que reconhece o perigo e nos coloca em alerta máximo. Nos últimos anos, com a pandemia, nossa amígdala esteve em hiperalerta, desencadeando uma resposta quase constante ao estresse. Essa cronicidade do estresse começa a deixar nossas mentes realmente com medo e você fica com uma ansiedade constante. O exercício, ao regular o neuropeptídeo Y, ajuda a acalmar a amígdala ansiosa, diminuir o medo, a hipervigilância e nos manter mais calmos.

Algum tipo específico de exercício?

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O legal é que exercícios leves a moderados, como caminhar, são suficientes. Pesquisas do meu laboratório mostram que esse tipo de exercício reduz a ansiedade imediatamente após o treino e, com o tempo, se você continuar se exercitando, reduz a ansiedade ainda mais e por mais tempo. Parece que cerca de 30 minutos desse tipo de exercício três vezes por semana é bom. Caminhar, andar de bicicleta, nadar, dançar - uma grande variedade de atividades funcionam.

E quanto a treinos mais intensos?

Você precisa ter cuidado com exercícios muito intensos e ansiedade. Se você está ansioso, você já está sob estresse. O exercício de alta intensidade também é um tipo de estresse. Mas nossos corpos só têm, em geral, uma resposta ao estresse. Então, durante exercícios intensos, você adiciona um estresse físico extremo ao estresse que seu corpo já está sentindo e tudo pode se tornar demais. Logo antes da pandemia, eu treinava para um triatlo e fazia muitos treinos de alta intensidade. Mas quando a pandemia começou, eu estava sentindo tanto estresse emocional que não conseguia terminar esses treinos. Então, eu recuei. O que eu diria às pessoas é que, quando você já está se sentindo estressado, o exercício prolongado e intenso pode não ser a opção certa.

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O que você recomendaria que as pessoas fizessem?

Procure fazer exercícios que pareçam confortavelmente desafiadores, para que sua frequência cardíaca seja elevada, mas não acelerada. Para muitas pessoas, isso significaria dar um passeio rápido pelo parque ou pelo quarteirão.

O exercício ajuda da mesma forma contra a depressão?

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Classicamente, a depressão tem sido atribuída à falta de serotonina no cérebro, que os antidepressivos tratam. Mas, para algumas pessoas com depressão, as drogas não funcionam bem, provavelmente porque a serotonina não é o problema delas. Muitos de nós que estudam a depressão agora pensam que o problema pode envolver inflamação, que está ligada ao estresse. A inflamação começa a danificar as células do corpo, induzindo uma resposta imune e aumentando a inflamação, que pode então entrar no cérebro, afetando o humor. Para essas pessoas, o exercício pode ser o remédio de que precisam, pois ajuda a combater a inflamação. Em estudos, quando os indivíduos que não responderam aos antidepressivos começam a se exercitar, geralmente observam reduções significativas em seus sintomas.

De quanto exercício estamos falando?

Um estudo que analisou a frequência, ou quanto exercício você precisa para combater a depressão, comparou 150 minutos de exercícios moderados a vigorosos por semana, que é a recomendação padrão de exercícios para a saúde física, com um quarto disso. E ambos os grupos se beneficiaram da mesma forma. Então, parece que a prescrição de exercícios para a saúde mental é menor do que para a saúde física, o que é muito legal.

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Você fala francamente em seu livro sobre suas próprias crises de ansiedade, estresse e transtorno obsessivo-compulsivo, inclusive após o nascimento de sua filha e, mais tarde, seu divórcio. O exercício ajudou você a lidar com isso?

Ele é a chave. A doença mental pode acontecer a qualquer pessoa, mesmo a pessoas que parecem estar lidando bem com as coisas. Para mim e muitas outras pessoas, as transições de vida, como divórcio e nascimento dos filhos, podem ser especialmente desafiadoras. Depois do meu divórcio, eu realmente precisava de algo para redirecionar minha vida. E eu sabia o quão potente o exercício, como estímulo, altera o cérebro. Alguém mencionou triatlos. Eu ainda estava andando de bicicleta na época. Então, adicionei a corrida e a natação. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Quando Jennifer Heisz estava na pós-graduação, ela pegou emprestada a bicicleta velha e enferrujada de uma amiga - e acabou redirecionando sua carreira. Na época, ela estudava neurociência cognitiva, mas, insatisfeita com a direção de seu trabalho e sua vida pessoal, começou a experimentar o que ela agora reconhece como “ansiedade muito grave”, ela me disse recentemente. Sua amiga sugeriu andar de bicicleta como alívio. Sem ser muito atlética antes, ela começou a pedalar com entusiasmo, achando que isso “acalmou minha mente”, ela disse.

Essa descoberta a convenceu a mudar o foco de sua pesquisa. Agora diretora do NeuroFit Lab da McMaster University em Hamilton, Ontário, ela estuda a interação entre a saúde física e emocional e como o exercício ajuda a evitar ou tratar a depressão, ansiedade, estresse e outras condições de saúde mental.

“Os efeitos do movimento na mente são tão profundos e fascinantes”, disse Heisz.

Essa ideia anima seu novo livro, Move the Body, Heal the Mind (Mexa o Corpo, Cure a Mente, em tradução livre), que detalha a ciência mais recente sobre exercícios e saúde mental, bem como sua própria jornada da inatividade e colapsos emocionais em série até o treinamento de triatlo e aumento da serenidade.

Praticar atividades físicas ajudam a aliviar sintomas de ansiedade e depressão Foto: Pixabay

Recentemente, falei com Heisz sobre seu livro e o que ele pode nos dizer sobre saúde mental, os benefícios do exercício leve, as tensões dos anos de pandemia e como escolher o treino certo, agora, para elevar seu ânimo. Segue nossa conversa editada.

Podemos falar sobre exercícios e ansiedade, que muitos de nós estão sentindo hoje em dia?

Fazer exercício é extremamente benéfico para reduzir a ansiedade. Na verdade, no final de cada treino, você normalmente obtém um breve alívio da ansiedade, devido ao neuropeptídeo Y, que aumenta com o exercício. É um fator de resiliência. Ajuda a acalmar a amígdala ansiosa, que é a parte do cérebro que reconhece o perigo e nos coloca em alerta máximo. Nos últimos anos, com a pandemia, nossa amígdala esteve em hiperalerta, desencadeando uma resposta quase constante ao estresse. Essa cronicidade do estresse começa a deixar nossas mentes realmente com medo e você fica com uma ansiedade constante. O exercício, ao regular o neuropeptídeo Y, ajuda a acalmar a amígdala ansiosa, diminuir o medo, a hipervigilância e nos manter mais calmos.

Algum tipo específico de exercício?

O legal é que exercícios leves a moderados, como caminhar, são suficientes. Pesquisas do meu laboratório mostram que esse tipo de exercício reduz a ansiedade imediatamente após o treino e, com o tempo, se você continuar se exercitando, reduz a ansiedade ainda mais e por mais tempo. Parece que cerca de 30 minutos desse tipo de exercício três vezes por semana é bom. Caminhar, andar de bicicleta, nadar, dançar - uma grande variedade de atividades funcionam.

E quanto a treinos mais intensos?

Você precisa ter cuidado com exercícios muito intensos e ansiedade. Se você está ansioso, você já está sob estresse. O exercício de alta intensidade também é um tipo de estresse. Mas nossos corpos só têm, em geral, uma resposta ao estresse. Então, durante exercícios intensos, você adiciona um estresse físico extremo ao estresse que seu corpo já está sentindo e tudo pode se tornar demais. Logo antes da pandemia, eu treinava para um triatlo e fazia muitos treinos de alta intensidade. Mas quando a pandemia começou, eu estava sentindo tanto estresse emocional que não conseguia terminar esses treinos. Então, eu recuei. O que eu diria às pessoas é que, quando você já está se sentindo estressado, o exercício prolongado e intenso pode não ser a opção certa.

O que você recomendaria que as pessoas fizessem?

Procure fazer exercícios que pareçam confortavelmente desafiadores, para que sua frequência cardíaca seja elevada, mas não acelerada. Para muitas pessoas, isso significaria dar um passeio rápido pelo parque ou pelo quarteirão.

O exercício ajuda da mesma forma contra a depressão?

Classicamente, a depressão tem sido atribuída à falta de serotonina no cérebro, que os antidepressivos tratam. Mas, para algumas pessoas com depressão, as drogas não funcionam bem, provavelmente porque a serotonina não é o problema delas. Muitos de nós que estudam a depressão agora pensam que o problema pode envolver inflamação, que está ligada ao estresse. A inflamação começa a danificar as células do corpo, induzindo uma resposta imune e aumentando a inflamação, que pode então entrar no cérebro, afetando o humor. Para essas pessoas, o exercício pode ser o remédio de que precisam, pois ajuda a combater a inflamação. Em estudos, quando os indivíduos que não responderam aos antidepressivos começam a se exercitar, geralmente observam reduções significativas em seus sintomas.

De quanto exercício estamos falando?

Um estudo que analisou a frequência, ou quanto exercício você precisa para combater a depressão, comparou 150 minutos de exercícios moderados a vigorosos por semana, que é a recomendação padrão de exercícios para a saúde física, com um quarto disso. E ambos os grupos se beneficiaram da mesma forma. Então, parece que a prescrição de exercícios para a saúde mental é menor do que para a saúde física, o que é muito legal.

Você fala francamente em seu livro sobre suas próprias crises de ansiedade, estresse e transtorno obsessivo-compulsivo, inclusive após o nascimento de sua filha e, mais tarde, seu divórcio. O exercício ajudou você a lidar com isso?

Ele é a chave. A doença mental pode acontecer a qualquer pessoa, mesmo a pessoas que parecem estar lidando bem com as coisas. Para mim e muitas outras pessoas, as transições de vida, como divórcio e nascimento dos filhos, podem ser especialmente desafiadoras. Depois do meu divórcio, eu realmente precisava de algo para redirecionar minha vida. E eu sabia o quão potente o exercício, como estímulo, altera o cérebro. Alguém mencionou triatlos. Eu ainda estava andando de bicicleta na época. Então, adicionei a corrida e a natação. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Quando Jennifer Heisz estava na pós-graduação, ela pegou emprestada a bicicleta velha e enferrujada de uma amiga - e acabou redirecionando sua carreira. Na época, ela estudava neurociência cognitiva, mas, insatisfeita com a direção de seu trabalho e sua vida pessoal, começou a experimentar o que ela agora reconhece como “ansiedade muito grave”, ela me disse recentemente. Sua amiga sugeriu andar de bicicleta como alívio. Sem ser muito atlética antes, ela começou a pedalar com entusiasmo, achando que isso “acalmou minha mente”, ela disse.

Essa descoberta a convenceu a mudar o foco de sua pesquisa. Agora diretora do NeuroFit Lab da McMaster University em Hamilton, Ontário, ela estuda a interação entre a saúde física e emocional e como o exercício ajuda a evitar ou tratar a depressão, ansiedade, estresse e outras condições de saúde mental.

“Os efeitos do movimento na mente são tão profundos e fascinantes”, disse Heisz.

Essa ideia anima seu novo livro, Move the Body, Heal the Mind (Mexa o Corpo, Cure a Mente, em tradução livre), que detalha a ciência mais recente sobre exercícios e saúde mental, bem como sua própria jornada da inatividade e colapsos emocionais em série até o treinamento de triatlo e aumento da serenidade.

Praticar atividades físicas ajudam a aliviar sintomas de ansiedade e depressão Foto: Pixabay

Recentemente, falei com Heisz sobre seu livro e o que ele pode nos dizer sobre saúde mental, os benefícios do exercício leve, as tensões dos anos de pandemia e como escolher o treino certo, agora, para elevar seu ânimo. Segue nossa conversa editada.

Podemos falar sobre exercícios e ansiedade, que muitos de nós estão sentindo hoje em dia?

Fazer exercício é extremamente benéfico para reduzir a ansiedade. Na verdade, no final de cada treino, você normalmente obtém um breve alívio da ansiedade, devido ao neuropeptídeo Y, que aumenta com o exercício. É um fator de resiliência. Ajuda a acalmar a amígdala ansiosa, que é a parte do cérebro que reconhece o perigo e nos coloca em alerta máximo. Nos últimos anos, com a pandemia, nossa amígdala esteve em hiperalerta, desencadeando uma resposta quase constante ao estresse. Essa cronicidade do estresse começa a deixar nossas mentes realmente com medo e você fica com uma ansiedade constante. O exercício, ao regular o neuropeptídeo Y, ajuda a acalmar a amígdala ansiosa, diminuir o medo, a hipervigilância e nos manter mais calmos.

Algum tipo específico de exercício?

O legal é que exercícios leves a moderados, como caminhar, são suficientes. Pesquisas do meu laboratório mostram que esse tipo de exercício reduz a ansiedade imediatamente após o treino e, com o tempo, se você continuar se exercitando, reduz a ansiedade ainda mais e por mais tempo. Parece que cerca de 30 minutos desse tipo de exercício três vezes por semana é bom. Caminhar, andar de bicicleta, nadar, dançar - uma grande variedade de atividades funcionam.

E quanto a treinos mais intensos?

Você precisa ter cuidado com exercícios muito intensos e ansiedade. Se você está ansioso, você já está sob estresse. O exercício de alta intensidade também é um tipo de estresse. Mas nossos corpos só têm, em geral, uma resposta ao estresse. Então, durante exercícios intensos, você adiciona um estresse físico extremo ao estresse que seu corpo já está sentindo e tudo pode se tornar demais. Logo antes da pandemia, eu treinava para um triatlo e fazia muitos treinos de alta intensidade. Mas quando a pandemia começou, eu estava sentindo tanto estresse emocional que não conseguia terminar esses treinos. Então, eu recuei. O que eu diria às pessoas é que, quando você já está se sentindo estressado, o exercício prolongado e intenso pode não ser a opção certa.

O que você recomendaria que as pessoas fizessem?

Procure fazer exercícios que pareçam confortavelmente desafiadores, para que sua frequência cardíaca seja elevada, mas não acelerada. Para muitas pessoas, isso significaria dar um passeio rápido pelo parque ou pelo quarteirão.

O exercício ajuda da mesma forma contra a depressão?

Classicamente, a depressão tem sido atribuída à falta de serotonina no cérebro, que os antidepressivos tratam. Mas, para algumas pessoas com depressão, as drogas não funcionam bem, provavelmente porque a serotonina não é o problema delas. Muitos de nós que estudam a depressão agora pensam que o problema pode envolver inflamação, que está ligada ao estresse. A inflamação começa a danificar as células do corpo, induzindo uma resposta imune e aumentando a inflamação, que pode então entrar no cérebro, afetando o humor. Para essas pessoas, o exercício pode ser o remédio de que precisam, pois ajuda a combater a inflamação. Em estudos, quando os indivíduos que não responderam aos antidepressivos começam a se exercitar, geralmente observam reduções significativas em seus sintomas.

De quanto exercício estamos falando?

Um estudo que analisou a frequência, ou quanto exercício você precisa para combater a depressão, comparou 150 minutos de exercícios moderados a vigorosos por semana, que é a recomendação padrão de exercícios para a saúde física, com um quarto disso. E ambos os grupos se beneficiaram da mesma forma. Então, parece que a prescrição de exercícios para a saúde mental é menor do que para a saúde física, o que é muito legal.

Você fala francamente em seu livro sobre suas próprias crises de ansiedade, estresse e transtorno obsessivo-compulsivo, inclusive após o nascimento de sua filha e, mais tarde, seu divórcio. O exercício ajudou você a lidar com isso?

Ele é a chave. A doença mental pode acontecer a qualquer pessoa, mesmo a pessoas que parecem estar lidando bem com as coisas. Para mim e muitas outras pessoas, as transições de vida, como divórcio e nascimento dos filhos, podem ser especialmente desafiadoras. Depois do meu divórcio, eu realmente precisava de algo para redirecionar minha vida. E eu sabia o quão potente o exercício, como estímulo, altera o cérebro. Alguém mencionou triatlos. Eu ainda estava andando de bicicleta na época. Então, adicionei a corrida e a natação. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

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