Novas medidas de proteção às girafas preocupam especialistas


Países concordaram que girafas devem ser acrescentadas à lista de animais protegidos pela Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres

Por Rachel Nuwer
Atualização:

As girafas são uma espécie ameaçada; muitas das suas populações correm perigo e estão em declínio. Ocorre que, até agora, não existiam regulamentações internacionais para o seu comércio. Recentemente, em uma conferência em Genebra, alguns países concordaram que as girafas deveriam ser acrescentadas à lista de animais protegidos pela Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres, CITES na sigla em inglês.

Embora o comércio destes animais seja permitido, os países serão obrigados a adotar medidas para garantir que as populações da espécie não sejam afetadas. O Senegal, assim como a República Centro-Africana, Chade, Quênia, Mali e Níger, indicaram a inclusão das girafas na convenção.

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Alguns especialistas indagam se a regulamentação do comércio fará alguma diferença. Não se sabe ao certo quantas girafas vivas ou partes de girafas são comercializadas internacionalmente a cada ano, porque, até o momento, os países não eram obrigados a monitorar os dados.

“Para muitas pessoas, esta é uma ótima decisão política influenciada em grande parte pela emoção, mas aparentemente não se baseia em sólidas razões científicas como deveria ser”, afirmou Julian Fennessy, funcionário da União Internacional para a Preservação da Natureza, e um dos fundadores da ONG Giraffe Conservation Foundation. “Precisaremos nos preocupar mais com as vantagens e com os recursos de cada país, principalmente na África Oriental e Central, se quisermos deter o declínio da espécie”.

As maiores ameaças às girafas são a perda do habitat e a caça ilegal que predomina na África Central e Oriental. Foto: Goran Tomasevic/Reuters
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Desde 1985, as populações de girafas diminuíram 40% em toda a África, e hoje restam aproximadamente 100 mil animais. No Senegal, como em muitos países da África Ocidental, já não existem mais girafas. Divididas em nove subespécies, as girafas são fundamentalmente ameaçadas pela perda do habitat. Na África Central e Oriental, ela são também vulneráveis à caça ilegal para consumo doméstico.

Mas nem todos os animais desta espécie na África têm uma vida atribulada. As populações da África do Sul dobraram desde 1985 e permanecem estáveis. Grande parte deste sucesso é atribuído à caça aos troféus e aos incentivos financeiros que ela oferece para a preservação de partes do território e das proteções, disse François Deacon, ecologista da University of the Free State, na África do Sul. Cerca da metade das 30 mil girafas da África do Sul, por exemplo, vivem em reservas de caça particulares.

É possível que a nova lista elaborada pela CITES, acrescentou Deacon, assuste os clientes em busca de safaris e a interpretem como um alerta de que todas as girafas estão em perigo. Na conferência da CITES, representantes dos países sul-africanos se manifestaram contra a proposta, afirmando que suas populações de girafas não estão ameaçadas e são geridas de maneira sustentável.

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“Eles provavelmente acharam que estavam sendo acusados por terem populações ameaçadas, mas ninguém disse isto”, afirmou Sue Lieberman, vice-presidente de política internacional na Wild Life Conservation Society em Nova York. “Precisamos olhar a espécie como um todo”.

No entanto, será preciso muito mais para deter o declínio das girafas, afirmou Lieberman. “O fato de acrescentar as girafas à CITES não ‘salvará’ a espécie, porque ela sofre inúmeras ameaças, como a perda do habitat”, afirmou. “Pelo menos, ajudará a tratar a questão do comércio e chamará a atenção para o declínio efetivo das girafas em grandes partes da África”. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

As girafas são uma espécie ameaçada; muitas das suas populações correm perigo e estão em declínio. Ocorre que, até agora, não existiam regulamentações internacionais para o seu comércio. Recentemente, em uma conferência em Genebra, alguns países concordaram que as girafas deveriam ser acrescentadas à lista de animais protegidos pela Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres, CITES na sigla em inglês.

Embora o comércio destes animais seja permitido, os países serão obrigados a adotar medidas para garantir que as populações da espécie não sejam afetadas. O Senegal, assim como a República Centro-Africana, Chade, Quênia, Mali e Níger, indicaram a inclusão das girafas na convenção.

Alguns especialistas indagam se a regulamentação do comércio fará alguma diferença. Não se sabe ao certo quantas girafas vivas ou partes de girafas são comercializadas internacionalmente a cada ano, porque, até o momento, os países não eram obrigados a monitorar os dados.

“Para muitas pessoas, esta é uma ótima decisão política influenciada em grande parte pela emoção, mas aparentemente não se baseia em sólidas razões científicas como deveria ser”, afirmou Julian Fennessy, funcionário da União Internacional para a Preservação da Natureza, e um dos fundadores da ONG Giraffe Conservation Foundation. “Precisaremos nos preocupar mais com as vantagens e com os recursos de cada país, principalmente na África Oriental e Central, se quisermos deter o declínio da espécie”.

As maiores ameaças às girafas são a perda do habitat e a caça ilegal que predomina na África Central e Oriental. Foto: Goran Tomasevic/Reuters

Desde 1985, as populações de girafas diminuíram 40% em toda a África, e hoje restam aproximadamente 100 mil animais. No Senegal, como em muitos países da África Ocidental, já não existem mais girafas. Divididas em nove subespécies, as girafas são fundamentalmente ameaçadas pela perda do habitat. Na África Central e Oriental, ela são também vulneráveis à caça ilegal para consumo doméstico.

Mas nem todos os animais desta espécie na África têm uma vida atribulada. As populações da África do Sul dobraram desde 1985 e permanecem estáveis. Grande parte deste sucesso é atribuído à caça aos troféus e aos incentivos financeiros que ela oferece para a preservação de partes do território e das proteções, disse François Deacon, ecologista da University of the Free State, na África do Sul. Cerca da metade das 30 mil girafas da África do Sul, por exemplo, vivem em reservas de caça particulares.

É possível que a nova lista elaborada pela CITES, acrescentou Deacon, assuste os clientes em busca de safaris e a interpretem como um alerta de que todas as girafas estão em perigo. Na conferência da CITES, representantes dos países sul-africanos se manifestaram contra a proposta, afirmando que suas populações de girafas não estão ameaçadas e são geridas de maneira sustentável.

“Eles provavelmente acharam que estavam sendo acusados por terem populações ameaçadas, mas ninguém disse isto”, afirmou Sue Lieberman, vice-presidente de política internacional na Wild Life Conservation Society em Nova York. “Precisamos olhar a espécie como um todo”.

No entanto, será preciso muito mais para deter o declínio das girafas, afirmou Lieberman. “O fato de acrescentar as girafas à CITES não ‘salvará’ a espécie, porque ela sofre inúmeras ameaças, como a perda do habitat”, afirmou. “Pelo menos, ajudará a tratar a questão do comércio e chamará a atenção para o declínio efetivo das girafas em grandes partes da África”. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

As girafas são uma espécie ameaçada; muitas das suas populações correm perigo e estão em declínio. Ocorre que, até agora, não existiam regulamentações internacionais para o seu comércio. Recentemente, em uma conferência em Genebra, alguns países concordaram que as girafas deveriam ser acrescentadas à lista de animais protegidos pela Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres, CITES na sigla em inglês.

Embora o comércio destes animais seja permitido, os países serão obrigados a adotar medidas para garantir que as populações da espécie não sejam afetadas. O Senegal, assim como a República Centro-Africana, Chade, Quênia, Mali e Níger, indicaram a inclusão das girafas na convenção.

Alguns especialistas indagam se a regulamentação do comércio fará alguma diferença. Não se sabe ao certo quantas girafas vivas ou partes de girafas são comercializadas internacionalmente a cada ano, porque, até o momento, os países não eram obrigados a monitorar os dados.

“Para muitas pessoas, esta é uma ótima decisão política influenciada em grande parte pela emoção, mas aparentemente não se baseia em sólidas razões científicas como deveria ser”, afirmou Julian Fennessy, funcionário da União Internacional para a Preservação da Natureza, e um dos fundadores da ONG Giraffe Conservation Foundation. “Precisaremos nos preocupar mais com as vantagens e com os recursos de cada país, principalmente na África Oriental e Central, se quisermos deter o declínio da espécie”.

As maiores ameaças às girafas são a perda do habitat e a caça ilegal que predomina na África Central e Oriental. Foto: Goran Tomasevic/Reuters

Desde 1985, as populações de girafas diminuíram 40% em toda a África, e hoje restam aproximadamente 100 mil animais. No Senegal, como em muitos países da África Ocidental, já não existem mais girafas. Divididas em nove subespécies, as girafas são fundamentalmente ameaçadas pela perda do habitat. Na África Central e Oriental, ela são também vulneráveis à caça ilegal para consumo doméstico.

Mas nem todos os animais desta espécie na África têm uma vida atribulada. As populações da África do Sul dobraram desde 1985 e permanecem estáveis. Grande parte deste sucesso é atribuído à caça aos troféus e aos incentivos financeiros que ela oferece para a preservação de partes do território e das proteções, disse François Deacon, ecologista da University of the Free State, na África do Sul. Cerca da metade das 30 mil girafas da África do Sul, por exemplo, vivem em reservas de caça particulares.

É possível que a nova lista elaborada pela CITES, acrescentou Deacon, assuste os clientes em busca de safaris e a interpretem como um alerta de que todas as girafas estão em perigo. Na conferência da CITES, representantes dos países sul-africanos se manifestaram contra a proposta, afirmando que suas populações de girafas não estão ameaçadas e são geridas de maneira sustentável.

“Eles provavelmente acharam que estavam sendo acusados por terem populações ameaçadas, mas ninguém disse isto”, afirmou Sue Lieberman, vice-presidente de política internacional na Wild Life Conservation Society em Nova York. “Precisamos olhar a espécie como um todo”.

No entanto, será preciso muito mais para deter o declínio das girafas, afirmou Lieberman. “O fato de acrescentar as girafas à CITES não ‘salvará’ a espécie, porque ela sofre inúmeras ameaças, como a perda do habitat”, afirmou. “Pelo menos, ajudará a tratar a questão do comércio e chamará a atenção para o declínio efetivo das girafas em grandes partes da África”. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

As girafas são uma espécie ameaçada; muitas das suas populações correm perigo e estão em declínio. Ocorre que, até agora, não existiam regulamentações internacionais para o seu comércio. Recentemente, em uma conferência em Genebra, alguns países concordaram que as girafas deveriam ser acrescentadas à lista de animais protegidos pela Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres, CITES na sigla em inglês.

Embora o comércio destes animais seja permitido, os países serão obrigados a adotar medidas para garantir que as populações da espécie não sejam afetadas. O Senegal, assim como a República Centro-Africana, Chade, Quênia, Mali e Níger, indicaram a inclusão das girafas na convenção.

Alguns especialistas indagam se a regulamentação do comércio fará alguma diferença. Não se sabe ao certo quantas girafas vivas ou partes de girafas são comercializadas internacionalmente a cada ano, porque, até o momento, os países não eram obrigados a monitorar os dados.

“Para muitas pessoas, esta é uma ótima decisão política influenciada em grande parte pela emoção, mas aparentemente não se baseia em sólidas razões científicas como deveria ser”, afirmou Julian Fennessy, funcionário da União Internacional para a Preservação da Natureza, e um dos fundadores da ONG Giraffe Conservation Foundation. “Precisaremos nos preocupar mais com as vantagens e com os recursos de cada país, principalmente na África Oriental e Central, se quisermos deter o declínio da espécie”.

As maiores ameaças às girafas são a perda do habitat e a caça ilegal que predomina na África Central e Oriental. Foto: Goran Tomasevic/Reuters

Desde 1985, as populações de girafas diminuíram 40% em toda a África, e hoje restam aproximadamente 100 mil animais. No Senegal, como em muitos países da África Ocidental, já não existem mais girafas. Divididas em nove subespécies, as girafas são fundamentalmente ameaçadas pela perda do habitat. Na África Central e Oriental, ela são também vulneráveis à caça ilegal para consumo doméstico.

Mas nem todos os animais desta espécie na África têm uma vida atribulada. As populações da África do Sul dobraram desde 1985 e permanecem estáveis. Grande parte deste sucesso é atribuído à caça aos troféus e aos incentivos financeiros que ela oferece para a preservação de partes do território e das proteções, disse François Deacon, ecologista da University of the Free State, na África do Sul. Cerca da metade das 30 mil girafas da África do Sul, por exemplo, vivem em reservas de caça particulares.

É possível que a nova lista elaborada pela CITES, acrescentou Deacon, assuste os clientes em busca de safaris e a interpretem como um alerta de que todas as girafas estão em perigo. Na conferência da CITES, representantes dos países sul-africanos se manifestaram contra a proposta, afirmando que suas populações de girafas não estão ameaçadas e são geridas de maneira sustentável.

“Eles provavelmente acharam que estavam sendo acusados por terem populações ameaçadas, mas ninguém disse isto”, afirmou Sue Lieberman, vice-presidente de política internacional na Wild Life Conservation Society em Nova York. “Precisamos olhar a espécie como um todo”.

No entanto, será preciso muito mais para deter o declínio das girafas, afirmou Lieberman. “O fato de acrescentar as girafas à CITES não ‘salvará’ a espécie, porque ela sofre inúmeras ameaças, como a perda do habitat”, afirmou. “Pelo menos, ajudará a tratar a questão do comércio e chamará a atenção para o declínio efetivo das girafas em grandes partes da África”. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

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