Nudez juvenil na África do Sul: homenagem cultural ou exploração?


Apresentação de dança de colegiais leva país a debater questões de gênero e história

Por Alan Cowell

As tradições culturais sul-africanas colidiram diretamente com a sensibilidade moderna recentemente, quando o regente de um coro na região de Cabo Oriental trouxe garotas adolescentes para fazerem uma tradicional apresentação seminuas que foi amplamente compartilhada nas redes sociais.

O regente do coro defendeu a apresentação como uma homenagem cultural ao grupo étnico Xhosa, mas o episódio atraiu a ira da ministra do ensino básico, que descreveu o caso como exploração. Outros pediram a demissão do regente do coro.

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O regente do coro defendeu a apresentação de adolescentes seminuas na região de Cabo Oriental, alegando ser uma homenagem cultural ao grupo étnico Xhosa. Na foto, membros da etnia dançam Foto: Bryan Denton/The New York Times

A tempestade expôs o tratamento ambíguo dado às questões de gênero num país em que a constituição garante amplas igualdades, que estão em contraste com a alta incidência de estupros e outros casos de violência contra a mulher.

E o caso coincidiu com um debate a respeito de como a história é ensinada nas escolas públicas sul-africanas, frequentemente problemáticas, onde as questões culturais costumam adquirir dimensões políticas, e com uma iniciativa que pretende tornar a matéria compulsória.

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Muitos dos detalhes a respeito do episódio de nudez parcial seguem desconhecidos, como o eventual consentimento dos pais das alunas, e a possibilidade de as autoridades planejarem alguma reação.

O regente do coro foi citado no site do jornal The Daily Dispatch: “Temos orgulho de nossa tradição Xhosa", e “Temos orgulho das mulheres e garotas Xhosa".

Mas a ministra do ensino básico, Angie Motshekga, denunciou a apresentação como “absolutamente inapropriada", dizendo que os educadores “deveriam ter consciência disso".

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“Não há absolutamente nada de errado em ter orgulho de sua cultura e herança", acrescentou ela. “Mas não havia nenhuma necessidade de tamanha exposição dessas crianças completamente nuas. Essa indignidade contraria os valores da nossa cultura".

Aparentemente, o regente do coro tinha como objetivo ilustrar as tradições dos Xhosa - segundo maior grupo étnico da África do Sul - ao fazer com que as adolescentes dançassem usando pequenos aventais conhecidos como inkciyo, expondo os seios e nádegas.

A dança ritual é realizada todos os anos (incluindo a nudez parcial) em outras sociedades rurais na Suazilândia e na província sul-africana de KwaZulu Natal.

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Mas, no site do Daily Dispatch, um leitor disse: “Tudo isso precisa acabar. Quando as pessoas seguem cegamente a ‘cultura’, elas nem mesmo conhecem as origens ou motivos por trás dessa cultura. Em geral, as origens estão ligadas a alguma exploração".

Um relatório publicado este mês pelo Ministério do Ensino Básico a respeito de como a história é ensinada nas escolas sul-africanas destaca o problema que está no centro da disputa.

Num país há muito assombrado pelo seu passado e ainda lidando com os efeitos do racismo, colonialismo e apartheid, disse o relatório, “pouca atenção foi dedicada às questões de gênero".

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Décadas após Nelson Mandela ter se tornado o primeiro presidente negro do país, em 1994, o relatório dizia, “a ênfase anterior nos ‘grandes homens brancos’ foi simplesmente substituída por ‘grandes homens negros’".

As tradições culturais sul-africanas colidiram diretamente com a sensibilidade moderna recentemente, quando o regente de um coro na região de Cabo Oriental trouxe garotas adolescentes para fazerem uma tradicional apresentação seminuas que foi amplamente compartilhada nas redes sociais.

O regente do coro defendeu a apresentação como uma homenagem cultural ao grupo étnico Xhosa, mas o episódio atraiu a ira da ministra do ensino básico, que descreveu o caso como exploração. Outros pediram a demissão do regente do coro.

O regente do coro defendeu a apresentação de adolescentes seminuas na região de Cabo Oriental, alegando ser uma homenagem cultural ao grupo étnico Xhosa. Na foto, membros da etnia dançam Foto: Bryan Denton/The New York Times

A tempestade expôs o tratamento ambíguo dado às questões de gênero num país em que a constituição garante amplas igualdades, que estão em contraste com a alta incidência de estupros e outros casos de violência contra a mulher.

E o caso coincidiu com um debate a respeito de como a história é ensinada nas escolas públicas sul-africanas, frequentemente problemáticas, onde as questões culturais costumam adquirir dimensões políticas, e com uma iniciativa que pretende tornar a matéria compulsória.

Muitos dos detalhes a respeito do episódio de nudez parcial seguem desconhecidos, como o eventual consentimento dos pais das alunas, e a possibilidade de as autoridades planejarem alguma reação.

O regente do coro foi citado no site do jornal The Daily Dispatch: “Temos orgulho de nossa tradição Xhosa", e “Temos orgulho das mulheres e garotas Xhosa".

Mas a ministra do ensino básico, Angie Motshekga, denunciou a apresentação como “absolutamente inapropriada", dizendo que os educadores “deveriam ter consciência disso".

“Não há absolutamente nada de errado em ter orgulho de sua cultura e herança", acrescentou ela. “Mas não havia nenhuma necessidade de tamanha exposição dessas crianças completamente nuas. Essa indignidade contraria os valores da nossa cultura".

Aparentemente, o regente do coro tinha como objetivo ilustrar as tradições dos Xhosa - segundo maior grupo étnico da África do Sul - ao fazer com que as adolescentes dançassem usando pequenos aventais conhecidos como inkciyo, expondo os seios e nádegas.

A dança ritual é realizada todos os anos (incluindo a nudez parcial) em outras sociedades rurais na Suazilândia e na província sul-africana de KwaZulu Natal.

Mas, no site do Daily Dispatch, um leitor disse: “Tudo isso precisa acabar. Quando as pessoas seguem cegamente a ‘cultura’, elas nem mesmo conhecem as origens ou motivos por trás dessa cultura. Em geral, as origens estão ligadas a alguma exploração".

Um relatório publicado este mês pelo Ministério do Ensino Básico a respeito de como a história é ensinada nas escolas sul-africanas destaca o problema que está no centro da disputa.

Num país há muito assombrado pelo seu passado e ainda lidando com os efeitos do racismo, colonialismo e apartheid, disse o relatório, “pouca atenção foi dedicada às questões de gênero".

Décadas após Nelson Mandela ter se tornado o primeiro presidente negro do país, em 1994, o relatório dizia, “a ênfase anterior nos ‘grandes homens brancos’ foi simplesmente substituída por ‘grandes homens negros’".

As tradições culturais sul-africanas colidiram diretamente com a sensibilidade moderna recentemente, quando o regente de um coro na região de Cabo Oriental trouxe garotas adolescentes para fazerem uma tradicional apresentação seminuas que foi amplamente compartilhada nas redes sociais.

O regente do coro defendeu a apresentação como uma homenagem cultural ao grupo étnico Xhosa, mas o episódio atraiu a ira da ministra do ensino básico, que descreveu o caso como exploração. Outros pediram a demissão do regente do coro.

O regente do coro defendeu a apresentação de adolescentes seminuas na região de Cabo Oriental, alegando ser uma homenagem cultural ao grupo étnico Xhosa. Na foto, membros da etnia dançam Foto: Bryan Denton/The New York Times

A tempestade expôs o tratamento ambíguo dado às questões de gênero num país em que a constituição garante amplas igualdades, que estão em contraste com a alta incidência de estupros e outros casos de violência contra a mulher.

E o caso coincidiu com um debate a respeito de como a história é ensinada nas escolas públicas sul-africanas, frequentemente problemáticas, onde as questões culturais costumam adquirir dimensões políticas, e com uma iniciativa que pretende tornar a matéria compulsória.

Muitos dos detalhes a respeito do episódio de nudez parcial seguem desconhecidos, como o eventual consentimento dos pais das alunas, e a possibilidade de as autoridades planejarem alguma reação.

O regente do coro foi citado no site do jornal The Daily Dispatch: “Temos orgulho de nossa tradição Xhosa", e “Temos orgulho das mulheres e garotas Xhosa".

Mas a ministra do ensino básico, Angie Motshekga, denunciou a apresentação como “absolutamente inapropriada", dizendo que os educadores “deveriam ter consciência disso".

“Não há absolutamente nada de errado em ter orgulho de sua cultura e herança", acrescentou ela. “Mas não havia nenhuma necessidade de tamanha exposição dessas crianças completamente nuas. Essa indignidade contraria os valores da nossa cultura".

Aparentemente, o regente do coro tinha como objetivo ilustrar as tradições dos Xhosa - segundo maior grupo étnico da África do Sul - ao fazer com que as adolescentes dançassem usando pequenos aventais conhecidos como inkciyo, expondo os seios e nádegas.

A dança ritual é realizada todos os anos (incluindo a nudez parcial) em outras sociedades rurais na Suazilândia e na província sul-africana de KwaZulu Natal.

Mas, no site do Daily Dispatch, um leitor disse: “Tudo isso precisa acabar. Quando as pessoas seguem cegamente a ‘cultura’, elas nem mesmo conhecem as origens ou motivos por trás dessa cultura. Em geral, as origens estão ligadas a alguma exploração".

Um relatório publicado este mês pelo Ministério do Ensino Básico a respeito de como a história é ensinada nas escolas sul-africanas destaca o problema que está no centro da disputa.

Num país há muito assombrado pelo seu passado e ainda lidando com os efeitos do racismo, colonialismo e apartheid, disse o relatório, “pouca atenção foi dedicada às questões de gênero".

Décadas após Nelson Mandela ter se tornado o primeiro presidente negro do país, em 1994, o relatório dizia, “a ênfase anterior nos ‘grandes homens brancos’ foi simplesmente substituída por ‘grandes homens negros’".

As tradições culturais sul-africanas colidiram diretamente com a sensibilidade moderna recentemente, quando o regente de um coro na região de Cabo Oriental trouxe garotas adolescentes para fazerem uma tradicional apresentação seminuas que foi amplamente compartilhada nas redes sociais.

O regente do coro defendeu a apresentação como uma homenagem cultural ao grupo étnico Xhosa, mas o episódio atraiu a ira da ministra do ensino básico, que descreveu o caso como exploração. Outros pediram a demissão do regente do coro.

O regente do coro defendeu a apresentação de adolescentes seminuas na região de Cabo Oriental, alegando ser uma homenagem cultural ao grupo étnico Xhosa. Na foto, membros da etnia dançam Foto: Bryan Denton/The New York Times

A tempestade expôs o tratamento ambíguo dado às questões de gênero num país em que a constituição garante amplas igualdades, que estão em contraste com a alta incidência de estupros e outros casos de violência contra a mulher.

E o caso coincidiu com um debate a respeito de como a história é ensinada nas escolas públicas sul-africanas, frequentemente problemáticas, onde as questões culturais costumam adquirir dimensões políticas, e com uma iniciativa que pretende tornar a matéria compulsória.

Muitos dos detalhes a respeito do episódio de nudez parcial seguem desconhecidos, como o eventual consentimento dos pais das alunas, e a possibilidade de as autoridades planejarem alguma reação.

O regente do coro foi citado no site do jornal The Daily Dispatch: “Temos orgulho de nossa tradição Xhosa", e “Temos orgulho das mulheres e garotas Xhosa".

Mas a ministra do ensino básico, Angie Motshekga, denunciou a apresentação como “absolutamente inapropriada", dizendo que os educadores “deveriam ter consciência disso".

“Não há absolutamente nada de errado em ter orgulho de sua cultura e herança", acrescentou ela. “Mas não havia nenhuma necessidade de tamanha exposição dessas crianças completamente nuas. Essa indignidade contraria os valores da nossa cultura".

Aparentemente, o regente do coro tinha como objetivo ilustrar as tradições dos Xhosa - segundo maior grupo étnico da África do Sul - ao fazer com que as adolescentes dançassem usando pequenos aventais conhecidos como inkciyo, expondo os seios e nádegas.

A dança ritual é realizada todos os anos (incluindo a nudez parcial) em outras sociedades rurais na Suazilândia e na província sul-africana de KwaZulu Natal.

Mas, no site do Daily Dispatch, um leitor disse: “Tudo isso precisa acabar. Quando as pessoas seguem cegamente a ‘cultura’, elas nem mesmo conhecem as origens ou motivos por trás dessa cultura. Em geral, as origens estão ligadas a alguma exploração".

Um relatório publicado este mês pelo Ministério do Ensino Básico a respeito de como a história é ensinada nas escolas sul-africanas destaca o problema que está no centro da disputa.

Num país há muito assombrado pelo seu passado e ainda lidando com os efeitos do racismo, colonialismo e apartheid, disse o relatório, “pouca atenção foi dedicada às questões de gênero".

Décadas após Nelson Mandela ter se tornado o primeiro presidente negro do país, em 1994, o relatório dizia, “a ênfase anterior nos ‘grandes homens brancos’ foi simplesmente substituída por ‘grandes homens negros’".

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