O que é uma dieta à base de plantas? Eis o que você precisa saber para comer menos carne


Não é o mesmo que se tornar vegano, mas também pode ter um forte impacto na redução de sua pegada de carbono

Por Melissa Clark

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Em grande parte dos EUA, há um consenso de que devemos consumir mais vegetais. Segundo um estudo de 2021 do Programa de Comunicação sobre Mudanças Climáticas de Yale, mais da metade dos americanos (precisamente 63 por cento), independentemente da filiação política, está ativamente buscando reduzir o consumo de carne vermelha. Essa mudança de comportamento se reflete também no mercado: nos Estados Unidos, o setor de produtos à base de plantas cresceu sete por cento em 2022, atingindo um valor de US$ 8 bilhões, em comparação com o ano anterior.

A frase “dieta à base de plantas” ganha cada vez mais relevância à medida que testemunhamos os impactos das mudanças climáticas, como calor extremo e tempestades mais intensas. Caso haja dúvidas, vamos explorar o significado dessa questão.

Este exuberante prato de grão-de-bico com curry de coco pula carne e laticínios, mas não sabor. Foto: Ryan Liebe/The New York Times
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1) O que é uma dieta à base de plantas?

A definição exata de uma dieta à base de plantas pode variar, e o termo é frequentemente usado como sinônimo de veganismo. No entanto, não é a mesma coisa.

Qualquer alimento rotulado como vegano será de origem vegetal, mas o contrário nem sempre é verdadeiro.

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De modo geral, uma dieta à base de plantas consiste principalmente em vegetais, frutas, feijões, legumes, grãos e nozes, com pouca ou nenhuma carne, laticínios ou peixe. As pessoas adotam esse tipo de dieta por motivos de saúde, preocupações com o bem-estar animal ou consciência ambiental.

O veganismo, filosofia moral que se fundamenta nos direitos dos animais, implica a abstenção de todos os produtos de origem animal, incluindo carne, laticínios, ovos, mel e produtos que contenham couro, seda ou lã, ou que tenham sido testados em animais.

Essa distinção é relevante porque, embora muita gente não esteja disposta a abandonar completamente os produtos de origem animal, qualquer redução no consumo desses alimentos é benéfica para o planeta.

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2) As dietas veganas e à base de plantas são melhores para a saúde?

Não necessariamente. As dietas veganas, à base de plantas e onívoras, além das dietas pescetarianas (inclui peixes e frutos do mar, mas exclui carne de outros animais) e vegetarianas, podem ser compostas de ingredientes integrais e frescos, que são benéficos à saúde, ou altamente processados, que não são. Quanto mais alimentos processados em sua dieta, pior será para sua saúde, mesmo que seus nuggets de frango sejam feitos de frango vegano.

O termo “à base de plantas”, por não ser regulamentado pela FDA (agência norte-americana responsável pelo controle de alimentos e medicamentos), acabou se tornando uma ferramenta de marketing amplamente usada. Essa rotulagem pode ser encontrada em produtos de qualidade duvidosa, como macarrão instantâneo ultraprocessado, batata frita e barras energéticas.

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No entanto, estudos têm demonstrado que uma dieta à base de plantas e alimentos integrais traz inúmeros benefícios à saúde, incluindo a redução do risco de diabetes, a melhoria do microbioma intestinal e, de modo geral, maior longevidade.

3) É preciso abandonar totalmente os produtos de origem animal para seguir uma dieta à base de plantas?

A maioria dos especialistas, como os da Faculdade de Medicina de Harvard, define uma dieta à base de plantas como composta principalmente de vegetais, com pequenas quantidades de carne, peixe e laticínios consumidos ocasionalmente, desde algumas vezes por semana até algumas vezes por mês.

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A limitação do consumo de carne e laticínios tem efeitos comprovadamente positivos significativos para a saúde do planeta e também pode ser benéfica para sua saúde, desde que a carne e os laticínios sejam substituídos por alimentos integrais e minimamente processados, como vegetais, frutas, legumes, nozes e grãos - e não refrigerantes diet e donuts veganos.

Portanto, não é obrigatório abandonar totalmente o consumo de carne.

O forte bourguignon de cogumelo de Melissa Clark. Foto: David Malosh/The New York Times
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4) As dietas veganas e à base de plantas são melhores para o meio ambiente?

Sim, e o conjunto de provas que sustenta isso vem aumentando. Outro grande estudo, publicado recentemente, mostrou que uma dieta à base de plantas é significativamente melhor para o meio ambiente do que uma dieta à base de carne.

A pesquisa, conduzida pela Universidade de Oxford, constatou que as pessoas que seguem uma dieta sem carne são responsáveis por 75 por cento menos emissões de gases de efeito estufa do que aquelas que comem carne todo dia, e que seguir uma dieta com pouca carne, vegetariana ou pescetariana é proporcionalmente menos prejudicial à terra, à água e à biodiversidade do que uma dieta com grande quantidade de carne.

Outros estudos demonstraram que a produção de carne e laticínios, principalmente de vaca, emite anualmente a mesma quantidade de carbono que todos os carros, caminhões, aviões e navios juntos. (Isso é verdade independentemente de o gado ter sido criado em fazendas industriais ou organicamente.)

Quanto mais sua dieta for à base de plantas, mais saudável será para o planeta.

É claro que os tipos de mudanças drásticas e rápidas necessárias para o progresso real exigirão ações ambiciosas nas políticas governamentais e corporativas. Mas a mudança cultural em andamento é um passo indispensável nessa direção.

5) E o queijo?

No que se refere às emissões de gases de efeito estufa, muitos queijos, como o cheddar e a muçarela, podem ser ainda mais prejudiciais do que carne de porco, frango e peixe. Portanto, um pescetariano ou um flexitariano que come pequenas quantidades de frango ou bacon de vez em quando, mas deixa de lado os queijos, pode ter um impacto mais positivo no planeta do que um vegetariano que consome muito queijo e laticínios diariamente.

Macarrão crocante de folha de Hetty Lui McKinnon com tofu glaceado. Foto: Kate Sears/The New York Times

6) As carnes de origem vegetal são mais saudáveis do que as carnes convencionais?

Depende do conteúdo do produto, e as marcas variam muito. Embora, em geral, as carnes de origem vegetal contenham menos gorduras saturadas e possam ser mais ricas em fibras, também podem conter mais sódio e calorias. É importante ler atentamente os rótulos antes de comprar.

7) Como começar a preparar mais refeições à base de plantas?

Limitar a carne e os laticínios abre espaço no prato para todos os tipos de outras coisas deliciosas, como um chili vegetariano feito na frigideira com arroz quentinho, um pão caseiro de massa fermentada com tahine e geleia de frutas cítricas, ou uma tigela de salada de tomate crocante com bolinhos de legumes. Muita gente inicia a transição para uma dieta à base de plantas deixando de comer carne e laticínios uma vez por semana, e vai aumentando a partir de então. Ou tenta limitar a carne e os laticínios a três ou quatro refeições por semana, reduzindo essa frequência ao longo do tempo.

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Em grande parte dos EUA, há um consenso de que devemos consumir mais vegetais. Segundo um estudo de 2021 do Programa de Comunicação sobre Mudanças Climáticas de Yale, mais da metade dos americanos (precisamente 63 por cento), independentemente da filiação política, está ativamente buscando reduzir o consumo de carne vermelha. Essa mudança de comportamento se reflete também no mercado: nos Estados Unidos, o setor de produtos à base de plantas cresceu sete por cento em 2022, atingindo um valor de US$ 8 bilhões, em comparação com o ano anterior.

A frase “dieta à base de plantas” ganha cada vez mais relevância à medida que testemunhamos os impactos das mudanças climáticas, como calor extremo e tempestades mais intensas. Caso haja dúvidas, vamos explorar o significado dessa questão.

Este exuberante prato de grão-de-bico com curry de coco pula carne e laticínios, mas não sabor. Foto: Ryan Liebe/The New York Times

1) O que é uma dieta à base de plantas?

A definição exata de uma dieta à base de plantas pode variar, e o termo é frequentemente usado como sinônimo de veganismo. No entanto, não é a mesma coisa.

Qualquer alimento rotulado como vegano será de origem vegetal, mas o contrário nem sempre é verdadeiro.

De modo geral, uma dieta à base de plantas consiste principalmente em vegetais, frutas, feijões, legumes, grãos e nozes, com pouca ou nenhuma carne, laticínios ou peixe. As pessoas adotam esse tipo de dieta por motivos de saúde, preocupações com o bem-estar animal ou consciência ambiental.

O veganismo, filosofia moral que se fundamenta nos direitos dos animais, implica a abstenção de todos os produtos de origem animal, incluindo carne, laticínios, ovos, mel e produtos que contenham couro, seda ou lã, ou que tenham sido testados em animais.

Essa distinção é relevante porque, embora muita gente não esteja disposta a abandonar completamente os produtos de origem animal, qualquer redução no consumo desses alimentos é benéfica para o planeta.

2) As dietas veganas e à base de plantas são melhores para a saúde?

Não necessariamente. As dietas veganas, à base de plantas e onívoras, além das dietas pescetarianas (inclui peixes e frutos do mar, mas exclui carne de outros animais) e vegetarianas, podem ser compostas de ingredientes integrais e frescos, que são benéficos à saúde, ou altamente processados, que não são. Quanto mais alimentos processados em sua dieta, pior será para sua saúde, mesmo que seus nuggets de frango sejam feitos de frango vegano.

O termo “à base de plantas”, por não ser regulamentado pela FDA (agência norte-americana responsável pelo controle de alimentos e medicamentos), acabou se tornando uma ferramenta de marketing amplamente usada. Essa rotulagem pode ser encontrada em produtos de qualidade duvidosa, como macarrão instantâneo ultraprocessado, batata frita e barras energéticas.

No entanto, estudos têm demonstrado que uma dieta à base de plantas e alimentos integrais traz inúmeros benefícios à saúde, incluindo a redução do risco de diabetes, a melhoria do microbioma intestinal e, de modo geral, maior longevidade.

3) É preciso abandonar totalmente os produtos de origem animal para seguir uma dieta à base de plantas?

A maioria dos especialistas, como os da Faculdade de Medicina de Harvard, define uma dieta à base de plantas como composta principalmente de vegetais, com pequenas quantidades de carne, peixe e laticínios consumidos ocasionalmente, desde algumas vezes por semana até algumas vezes por mês.

A limitação do consumo de carne e laticínios tem efeitos comprovadamente positivos significativos para a saúde do planeta e também pode ser benéfica para sua saúde, desde que a carne e os laticínios sejam substituídos por alimentos integrais e minimamente processados, como vegetais, frutas, legumes, nozes e grãos - e não refrigerantes diet e donuts veganos.

Portanto, não é obrigatório abandonar totalmente o consumo de carne.

O forte bourguignon de cogumelo de Melissa Clark. Foto: David Malosh/The New York Times

4) As dietas veganas e à base de plantas são melhores para o meio ambiente?

Sim, e o conjunto de provas que sustenta isso vem aumentando. Outro grande estudo, publicado recentemente, mostrou que uma dieta à base de plantas é significativamente melhor para o meio ambiente do que uma dieta à base de carne.

A pesquisa, conduzida pela Universidade de Oxford, constatou que as pessoas que seguem uma dieta sem carne são responsáveis por 75 por cento menos emissões de gases de efeito estufa do que aquelas que comem carne todo dia, e que seguir uma dieta com pouca carne, vegetariana ou pescetariana é proporcionalmente menos prejudicial à terra, à água e à biodiversidade do que uma dieta com grande quantidade de carne.

Outros estudos demonstraram que a produção de carne e laticínios, principalmente de vaca, emite anualmente a mesma quantidade de carbono que todos os carros, caminhões, aviões e navios juntos. (Isso é verdade independentemente de o gado ter sido criado em fazendas industriais ou organicamente.)

Quanto mais sua dieta for à base de plantas, mais saudável será para o planeta.

É claro que os tipos de mudanças drásticas e rápidas necessárias para o progresso real exigirão ações ambiciosas nas políticas governamentais e corporativas. Mas a mudança cultural em andamento é um passo indispensável nessa direção.

5) E o queijo?

No que se refere às emissões de gases de efeito estufa, muitos queijos, como o cheddar e a muçarela, podem ser ainda mais prejudiciais do que carne de porco, frango e peixe. Portanto, um pescetariano ou um flexitariano que come pequenas quantidades de frango ou bacon de vez em quando, mas deixa de lado os queijos, pode ter um impacto mais positivo no planeta do que um vegetariano que consome muito queijo e laticínios diariamente.

Macarrão crocante de folha de Hetty Lui McKinnon com tofu glaceado. Foto: Kate Sears/The New York Times

6) As carnes de origem vegetal são mais saudáveis do que as carnes convencionais?

Depende do conteúdo do produto, e as marcas variam muito. Embora, em geral, as carnes de origem vegetal contenham menos gorduras saturadas e possam ser mais ricas em fibras, também podem conter mais sódio e calorias. É importante ler atentamente os rótulos antes de comprar.

7) Como começar a preparar mais refeições à base de plantas?

Limitar a carne e os laticínios abre espaço no prato para todos os tipos de outras coisas deliciosas, como um chili vegetariano feito na frigideira com arroz quentinho, um pão caseiro de massa fermentada com tahine e geleia de frutas cítricas, ou uma tigela de salada de tomate crocante com bolinhos de legumes. Muita gente inicia a transição para uma dieta à base de plantas deixando de comer carne e laticínios uma vez por semana, e vai aumentando a partir de então. Ou tenta limitar a carne e os laticínios a três ou quatro refeições por semana, reduzindo essa frequência ao longo do tempo.

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Em grande parte dos EUA, há um consenso de que devemos consumir mais vegetais. Segundo um estudo de 2021 do Programa de Comunicação sobre Mudanças Climáticas de Yale, mais da metade dos americanos (precisamente 63 por cento), independentemente da filiação política, está ativamente buscando reduzir o consumo de carne vermelha. Essa mudança de comportamento se reflete também no mercado: nos Estados Unidos, o setor de produtos à base de plantas cresceu sete por cento em 2022, atingindo um valor de US$ 8 bilhões, em comparação com o ano anterior.

A frase “dieta à base de plantas” ganha cada vez mais relevância à medida que testemunhamos os impactos das mudanças climáticas, como calor extremo e tempestades mais intensas. Caso haja dúvidas, vamos explorar o significado dessa questão.

Este exuberante prato de grão-de-bico com curry de coco pula carne e laticínios, mas não sabor. Foto: Ryan Liebe/The New York Times

1) O que é uma dieta à base de plantas?

A definição exata de uma dieta à base de plantas pode variar, e o termo é frequentemente usado como sinônimo de veganismo. No entanto, não é a mesma coisa.

Qualquer alimento rotulado como vegano será de origem vegetal, mas o contrário nem sempre é verdadeiro.

De modo geral, uma dieta à base de plantas consiste principalmente em vegetais, frutas, feijões, legumes, grãos e nozes, com pouca ou nenhuma carne, laticínios ou peixe. As pessoas adotam esse tipo de dieta por motivos de saúde, preocupações com o bem-estar animal ou consciência ambiental.

O veganismo, filosofia moral que se fundamenta nos direitos dos animais, implica a abstenção de todos os produtos de origem animal, incluindo carne, laticínios, ovos, mel e produtos que contenham couro, seda ou lã, ou que tenham sido testados em animais.

Essa distinção é relevante porque, embora muita gente não esteja disposta a abandonar completamente os produtos de origem animal, qualquer redução no consumo desses alimentos é benéfica para o planeta.

2) As dietas veganas e à base de plantas são melhores para a saúde?

Não necessariamente. As dietas veganas, à base de plantas e onívoras, além das dietas pescetarianas (inclui peixes e frutos do mar, mas exclui carne de outros animais) e vegetarianas, podem ser compostas de ingredientes integrais e frescos, que são benéficos à saúde, ou altamente processados, que não são. Quanto mais alimentos processados em sua dieta, pior será para sua saúde, mesmo que seus nuggets de frango sejam feitos de frango vegano.

O termo “à base de plantas”, por não ser regulamentado pela FDA (agência norte-americana responsável pelo controle de alimentos e medicamentos), acabou se tornando uma ferramenta de marketing amplamente usada. Essa rotulagem pode ser encontrada em produtos de qualidade duvidosa, como macarrão instantâneo ultraprocessado, batata frita e barras energéticas.

No entanto, estudos têm demonstrado que uma dieta à base de plantas e alimentos integrais traz inúmeros benefícios à saúde, incluindo a redução do risco de diabetes, a melhoria do microbioma intestinal e, de modo geral, maior longevidade.

3) É preciso abandonar totalmente os produtos de origem animal para seguir uma dieta à base de plantas?

A maioria dos especialistas, como os da Faculdade de Medicina de Harvard, define uma dieta à base de plantas como composta principalmente de vegetais, com pequenas quantidades de carne, peixe e laticínios consumidos ocasionalmente, desde algumas vezes por semana até algumas vezes por mês.

A limitação do consumo de carne e laticínios tem efeitos comprovadamente positivos significativos para a saúde do planeta e também pode ser benéfica para sua saúde, desde que a carne e os laticínios sejam substituídos por alimentos integrais e minimamente processados, como vegetais, frutas, legumes, nozes e grãos - e não refrigerantes diet e donuts veganos.

Portanto, não é obrigatório abandonar totalmente o consumo de carne.

O forte bourguignon de cogumelo de Melissa Clark. Foto: David Malosh/The New York Times

4) As dietas veganas e à base de plantas são melhores para o meio ambiente?

Sim, e o conjunto de provas que sustenta isso vem aumentando. Outro grande estudo, publicado recentemente, mostrou que uma dieta à base de plantas é significativamente melhor para o meio ambiente do que uma dieta à base de carne.

A pesquisa, conduzida pela Universidade de Oxford, constatou que as pessoas que seguem uma dieta sem carne são responsáveis por 75 por cento menos emissões de gases de efeito estufa do que aquelas que comem carne todo dia, e que seguir uma dieta com pouca carne, vegetariana ou pescetariana é proporcionalmente menos prejudicial à terra, à água e à biodiversidade do que uma dieta com grande quantidade de carne.

Outros estudos demonstraram que a produção de carne e laticínios, principalmente de vaca, emite anualmente a mesma quantidade de carbono que todos os carros, caminhões, aviões e navios juntos. (Isso é verdade independentemente de o gado ter sido criado em fazendas industriais ou organicamente.)

Quanto mais sua dieta for à base de plantas, mais saudável será para o planeta.

É claro que os tipos de mudanças drásticas e rápidas necessárias para o progresso real exigirão ações ambiciosas nas políticas governamentais e corporativas. Mas a mudança cultural em andamento é um passo indispensável nessa direção.

5) E o queijo?

No que se refere às emissões de gases de efeito estufa, muitos queijos, como o cheddar e a muçarela, podem ser ainda mais prejudiciais do que carne de porco, frango e peixe. Portanto, um pescetariano ou um flexitariano que come pequenas quantidades de frango ou bacon de vez em quando, mas deixa de lado os queijos, pode ter um impacto mais positivo no planeta do que um vegetariano que consome muito queijo e laticínios diariamente.

Macarrão crocante de folha de Hetty Lui McKinnon com tofu glaceado. Foto: Kate Sears/The New York Times

6) As carnes de origem vegetal são mais saudáveis do que as carnes convencionais?

Depende do conteúdo do produto, e as marcas variam muito. Embora, em geral, as carnes de origem vegetal contenham menos gorduras saturadas e possam ser mais ricas em fibras, também podem conter mais sódio e calorias. É importante ler atentamente os rótulos antes de comprar.

7) Como começar a preparar mais refeições à base de plantas?

Limitar a carne e os laticínios abre espaço no prato para todos os tipos de outras coisas deliciosas, como um chili vegetariano feito na frigideira com arroz quentinho, um pão caseiro de massa fermentada com tahine e geleia de frutas cítricas, ou uma tigela de salada de tomate crocante com bolinhos de legumes. Muita gente inicia a transição para uma dieta à base de plantas deixando de comer carne e laticínios uma vez por semana, e vai aumentando a partir de então. Ou tenta limitar a carne e os laticínios a três ou quatro refeições por semana, reduzindo essa frequência ao longo do tempo.

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Em grande parte dos EUA, há um consenso de que devemos consumir mais vegetais. Segundo um estudo de 2021 do Programa de Comunicação sobre Mudanças Climáticas de Yale, mais da metade dos americanos (precisamente 63 por cento), independentemente da filiação política, está ativamente buscando reduzir o consumo de carne vermelha. Essa mudança de comportamento se reflete também no mercado: nos Estados Unidos, o setor de produtos à base de plantas cresceu sete por cento em 2022, atingindo um valor de US$ 8 bilhões, em comparação com o ano anterior.

A frase “dieta à base de plantas” ganha cada vez mais relevância à medida que testemunhamos os impactos das mudanças climáticas, como calor extremo e tempestades mais intensas. Caso haja dúvidas, vamos explorar o significado dessa questão.

Este exuberante prato de grão-de-bico com curry de coco pula carne e laticínios, mas não sabor. Foto: Ryan Liebe/The New York Times

1) O que é uma dieta à base de plantas?

A definição exata de uma dieta à base de plantas pode variar, e o termo é frequentemente usado como sinônimo de veganismo. No entanto, não é a mesma coisa.

Qualquer alimento rotulado como vegano será de origem vegetal, mas o contrário nem sempre é verdadeiro.

De modo geral, uma dieta à base de plantas consiste principalmente em vegetais, frutas, feijões, legumes, grãos e nozes, com pouca ou nenhuma carne, laticínios ou peixe. As pessoas adotam esse tipo de dieta por motivos de saúde, preocupações com o bem-estar animal ou consciência ambiental.

O veganismo, filosofia moral que se fundamenta nos direitos dos animais, implica a abstenção de todos os produtos de origem animal, incluindo carne, laticínios, ovos, mel e produtos que contenham couro, seda ou lã, ou que tenham sido testados em animais.

Essa distinção é relevante porque, embora muita gente não esteja disposta a abandonar completamente os produtos de origem animal, qualquer redução no consumo desses alimentos é benéfica para o planeta.

2) As dietas veganas e à base de plantas são melhores para a saúde?

Não necessariamente. As dietas veganas, à base de plantas e onívoras, além das dietas pescetarianas (inclui peixes e frutos do mar, mas exclui carne de outros animais) e vegetarianas, podem ser compostas de ingredientes integrais e frescos, que são benéficos à saúde, ou altamente processados, que não são. Quanto mais alimentos processados em sua dieta, pior será para sua saúde, mesmo que seus nuggets de frango sejam feitos de frango vegano.

O termo “à base de plantas”, por não ser regulamentado pela FDA (agência norte-americana responsável pelo controle de alimentos e medicamentos), acabou se tornando uma ferramenta de marketing amplamente usada. Essa rotulagem pode ser encontrada em produtos de qualidade duvidosa, como macarrão instantâneo ultraprocessado, batata frita e barras energéticas.

No entanto, estudos têm demonstrado que uma dieta à base de plantas e alimentos integrais traz inúmeros benefícios à saúde, incluindo a redução do risco de diabetes, a melhoria do microbioma intestinal e, de modo geral, maior longevidade.

3) É preciso abandonar totalmente os produtos de origem animal para seguir uma dieta à base de plantas?

A maioria dos especialistas, como os da Faculdade de Medicina de Harvard, define uma dieta à base de plantas como composta principalmente de vegetais, com pequenas quantidades de carne, peixe e laticínios consumidos ocasionalmente, desde algumas vezes por semana até algumas vezes por mês.

A limitação do consumo de carne e laticínios tem efeitos comprovadamente positivos significativos para a saúde do planeta e também pode ser benéfica para sua saúde, desde que a carne e os laticínios sejam substituídos por alimentos integrais e minimamente processados, como vegetais, frutas, legumes, nozes e grãos - e não refrigerantes diet e donuts veganos.

Portanto, não é obrigatório abandonar totalmente o consumo de carne.

O forte bourguignon de cogumelo de Melissa Clark. Foto: David Malosh/The New York Times

4) As dietas veganas e à base de plantas são melhores para o meio ambiente?

Sim, e o conjunto de provas que sustenta isso vem aumentando. Outro grande estudo, publicado recentemente, mostrou que uma dieta à base de plantas é significativamente melhor para o meio ambiente do que uma dieta à base de carne.

A pesquisa, conduzida pela Universidade de Oxford, constatou que as pessoas que seguem uma dieta sem carne são responsáveis por 75 por cento menos emissões de gases de efeito estufa do que aquelas que comem carne todo dia, e que seguir uma dieta com pouca carne, vegetariana ou pescetariana é proporcionalmente menos prejudicial à terra, à água e à biodiversidade do que uma dieta com grande quantidade de carne.

Outros estudos demonstraram que a produção de carne e laticínios, principalmente de vaca, emite anualmente a mesma quantidade de carbono que todos os carros, caminhões, aviões e navios juntos. (Isso é verdade independentemente de o gado ter sido criado em fazendas industriais ou organicamente.)

Quanto mais sua dieta for à base de plantas, mais saudável será para o planeta.

É claro que os tipos de mudanças drásticas e rápidas necessárias para o progresso real exigirão ações ambiciosas nas políticas governamentais e corporativas. Mas a mudança cultural em andamento é um passo indispensável nessa direção.

5) E o queijo?

No que se refere às emissões de gases de efeito estufa, muitos queijos, como o cheddar e a muçarela, podem ser ainda mais prejudiciais do que carne de porco, frango e peixe. Portanto, um pescetariano ou um flexitariano que come pequenas quantidades de frango ou bacon de vez em quando, mas deixa de lado os queijos, pode ter um impacto mais positivo no planeta do que um vegetariano que consome muito queijo e laticínios diariamente.

Macarrão crocante de folha de Hetty Lui McKinnon com tofu glaceado. Foto: Kate Sears/The New York Times

6) As carnes de origem vegetal são mais saudáveis do que as carnes convencionais?

Depende do conteúdo do produto, e as marcas variam muito. Embora, em geral, as carnes de origem vegetal contenham menos gorduras saturadas e possam ser mais ricas em fibras, também podem conter mais sódio e calorias. É importante ler atentamente os rótulos antes de comprar.

7) Como começar a preparar mais refeições à base de plantas?

Limitar a carne e os laticínios abre espaço no prato para todos os tipos de outras coisas deliciosas, como um chili vegetariano feito na frigideira com arroz quentinho, um pão caseiro de massa fermentada com tahine e geleia de frutas cítricas, ou uma tigela de salada de tomate crocante com bolinhos de legumes. Muita gente inicia a transição para uma dieta à base de plantas deixando de comer carne e laticínios uma vez por semana, e vai aumentando a partir de então. Ou tenta limitar a carne e os laticínios a três ou quatro refeições por semana, reduzindo essa frequência ao longo do tempo.

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Em grande parte dos EUA, há um consenso de que devemos consumir mais vegetais. Segundo um estudo de 2021 do Programa de Comunicação sobre Mudanças Climáticas de Yale, mais da metade dos americanos (precisamente 63 por cento), independentemente da filiação política, está ativamente buscando reduzir o consumo de carne vermelha. Essa mudança de comportamento se reflete também no mercado: nos Estados Unidos, o setor de produtos à base de plantas cresceu sete por cento em 2022, atingindo um valor de US$ 8 bilhões, em comparação com o ano anterior.

A frase “dieta à base de plantas” ganha cada vez mais relevância à medida que testemunhamos os impactos das mudanças climáticas, como calor extremo e tempestades mais intensas. Caso haja dúvidas, vamos explorar o significado dessa questão.

Este exuberante prato de grão-de-bico com curry de coco pula carne e laticínios, mas não sabor. Foto: Ryan Liebe/The New York Times

1) O que é uma dieta à base de plantas?

A definição exata de uma dieta à base de plantas pode variar, e o termo é frequentemente usado como sinônimo de veganismo. No entanto, não é a mesma coisa.

Qualquer alimento rotulado como vegano será de origem vegetal, mas o contrário nem sempre é verdadeiro.

De modo geral, uma dieta à base de plantas consiste principalmente em vegetais, frutas, feijões, legumes, grãos e nozes, com pouca ou nenhuma carne, laticínios ou peixe. As pessoas adotam esse tipo de dieta por motivos de saúde, preocupações com o bem-estar animal ou consciência ambiental.

O veganismo, filosofia moral que se fundamenta nos direitos dos animais, implica a abstenção de todos os produtos de origem animal, incluindo carne, laticínios, ovos, mel e produtos que contenham couro, seda ou lã, ou que tenham sido testados em animais.

Essa distinção é relevante porque, embora muita gente não esteja disposta a abandonar completamente os produtos de origem animal, qualquer redução no consumo desses alimentos é benéfica para o planeta.

2) As dietas veganas e à base de plantas são melhores para a saúde?

Não necessariamente. As dietas veganas, à base de plantas e onívoras, além das dietas pescetarianas (inclui peixes e frutos do mar, mas exclui carne de outros animais) e vegetarianas, podem ser compostas de ingredientes integrais e frescos, que são benéficos à saúde, ou altamente processados, que não são. Quanto mais alimentos processados em sua dieta, pior será para sua saúde, mesmo que seus nuggets de frango sejam feitos de frango vegano.

O termo “à base de plantas”, por não ser regulamentado pela FDA (agência norte-americana responsável pelo controle de alimentos e medicamentos), acabou se tornando uma ferramenta de marketing amplamente usada. Essa rotulagem pode ser encontrada em produtos de qualidade duvidosa, como macarrão instantâneo ultraprocessado, batata frita e barras energéticas.

No entanto, estudos têm demonstrado que uma dieta à base de plantas e alimentos integrais traz inúmeros benefícios à saúde, incluindo a redução do risco de diabetes, a melhoria do microbioma intestinal e, de modo geral, maior longevidade.

3) É preciso abandonar totalmente os produtos de origem animal para seguir uma dieta à base de plantas?

A maioria dos especialistas, como os da Faculdade de Medicina de Harvard, define uma dieta à base de plantas como composta principalmente de vegetais, com pequenas quantidades de carne, peixe e laticínios consumidos ocasionalmente, desde algumas vezes por semana até algumas vezes por mês.

A limitação do consumo de carne e laticínios tem efeitos comprovadamente positivos significativos para a saúde do planeta e também pode ser benéfica para sua saúde, desde que a carne e os laticínios sejam substituídos por alimentos integrais e minimamente processados, como vegetais, frutas, legumes, nozes e grãos - e não refrigerantes diet e donuts veganos.

Portanto, não é obrigatório abandonar totalmente o consumo de carne.

O forte bourguignon de cogumelo de Melissa Clark. Foto: David Malosh/The New York Times

4) As dietas veganas e à base de plantas são melhores para o meio ambiente?

Sim, e o conjunto de provas que sustenta isso vem aumentando. Outro grande estudo, publicado recentemente, mostrou que uma dieta à base de plantas é significativamente melhor para o meio ambiente do que uma dieta à base de carne.

A pesquisa, conduzida pela Universidade de Oxford, constatou que as pessoas que seguem uma dieta sem carne são responsáveis por 75 por cento menos emissões de gases de efeito estufa do que aquelas que comem carne todo dia, e que seguir uma dieta com pouca carne, vegetariana ou pescetariana é proporcionalmente menos prejudicial à terra, à água e à biodiversidade do que uma dieta com grande quantidade de carne.

Outros estudos demonstraram que a produção de carne e laticínios, principalmente de vaca, emite anualmente a mesma quantidade de carbono que todos os carros, caminhões, aviões e navios juntos. (Isso é verdade independentemente de o gado ter sido criado em fazendas industriais ou organicamente.)

Quanto mais sua dieta for à base de plantas, mais saudável será para o planeta.

É claro que os tipos de mudanças drásticas e rápidas necessárias para o progresso real exigirão ações ambiciosas nas políticas governamentais e corporativas. Mas a mudança cultural em andamento é um passo indispensável nessa direção.

5) E o queijo?

No que se refere às emissões de gases de efeito estufa, muitos queijos, como o cheddar e a muçarela, podem ser ainda mais prejudiciais do que carne de porco, frango e peixe. Portanto, um pescetariano ou um flexitariano que come pequenas quantidades de frango ou bacon de vez em quando, mas deixa de lado os queijos, pode ter um impacto mais positivo no planeta do que um vegetariano que consome muito queijo e laticínios diariamente.

Macarrão crocante de folha de Hetty Lui McKinnon com tofu glaceado. Foto: Kate Sears/The New York Times

6) As carnes de origem vegetal são mais saudáveis do que as carnes convencionais?

Depende do conteúdo do produto, e as marcas variam muito. Embora, em geral, as carnes de origem vegetal contenham menos gorduras saturadas e possam ser mais ricas em fibras, também podem conter mais sódio e calorias. É importante ler atentamente os rótulos antes de comprar.

7) Como começar a preparar mais refeições à base de plantas?

Limitar a carne e os laticínios abre espaço no prato para todos os tipos de outras coisas deliciosas, como um chili vegetariano feito na frigideira com arroz quentinho, um pão caseiro de massa fermentada com tahine e geleia de frutas cítricas, ou uma tigela de salada de tomate crocante com bolinhos de legumes. Muita gente inicia a transição para uma dieta à base de plantas deixando de comer carne e laticínios uma vez por semana, e vai aumentando a partir de então. Ou tenta limitar a carne e os laticínios a três ou quatro refeições por semana, reduzindo essa frequência ao longo do tempo.

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