O que é uma dieta com baixo teor de FODMAP, indicada para quem tem Síndrome do Intestino Irritável


Descubra como funciona e quais as outras indicações

Por Alice Callahan

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Quando Tamara Duker Freuman soube da dieta com baixo teor de FODMAP há pouco mais de uma década, ela começou a usá-la com seus pacientes que sofriam de síndrome do intestino irritável (SII). Foi “um divisor de águas”, disse a nutricionista.

Em uma revisão de estudos publicados em 2020, por exemplo, os pesquisadores estimaram que entre 52% e 86% dos pacientes com SII que seguiram a dieta tiveram melhorias significativas em sintomas como inchaço, dor e diarreia.

Mas a dieta - que elimina temporariamente alimentos ricos em certos tipos de carboidratos conhecidos por causar sintomas da SII - não é apropriada para todos, dizem os especialistas. Veja como ela funciona e como saber se é adequada para você.

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À esquerda, uma variedade de alimentos ricos em FODMAP que podem causar gases – e em pessoas com SII, inchaço, dor e diarreia. À direita, alimentos com baixo teor de FODMAP, mais fáceis de digerir e menos propensos a causar problemas estomacais. Foto: Liz Clayman/The New York Times

O que são FODMAPs?

FODMAPs são certos tipos de carboidratos - chamados oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis, como sugere o acrônimo - que muitas vezes não podem ser totalmente digeridos ou absorvidos no intestino delgado e, em vez disso, são fermentados por micróbios no cólon. Isso pode causar desconforto gastrointestinal.

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A lista de alimentos que contêm altos níveis de FODMAPs é longa: inclui laticínios, como leite, iogurte e sorvete; frutas como maçã, manga e melancia; vegetais, incluindo cebola, alho e aspargos; massas e pães à base de trigo; leguminosas incluindo feijões e lentilhas; frutos secos como castanha de caju e pistache; e adoçantes como mel, xarope de milho com alto teor de frutose e adoçantes de baixa caloria.

Se você não tem problemas digestivos, os FODMAPs normalmente não “causam nada, exceto um pouco mais de flatulência”, disse o Dr. William Chey, professor de gastroenterologia e ciências nutricionais da Michigan Medicine.

Mas se você tem SII ou outros problemas gastrointestinais, eles podem causar sintomas como dor, inchaço e diarreia.

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Quem pode - e quem não pode - se beneficiar da dieta?

Como os FODMAPs são encontrados em muitos alimentos, a dieta com baixo teor de FODMAP é muito restritiva, razão pela qual os especialistas recomendam cautela e sugerem um planejamento cuidadoso antes de embarcar nela.

Bons candidatos incluem pacientes com SII que consomem regularmente alimentos com alto teor de FODMAP e que percebem que seus sintomas pioram após as refeições, disse a Dra. Lin Chang, gastroenterologista e professora de medicina na Faculdade de Medicina David Geffen da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Eles também devem ser pessoas abertas a experimentar uma nova dieta complexa, disse ela.

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A dieta com baixo teor de FODMAP também pode ajudar a aliviar os sintomas de pessoas com outros problemas gastrointestinais, como doença inflamatória intestinal e dispepsia funcional (desconforto e dor crônica no estômago) e pessoas com crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado, disse Chey.

A dieta não é adequada, no entanto, para pessoas que apresentam sintomas de distúrbios alimentares, que podem ser comuns entre pessoas com problemas gastrointestinais, disse Chang.

Como a dieta com baixo teor de FODMAP é muito restritiva, ela pode piorar um distúrbio alimentar existente, que pode ser fatal em alguns casos, disse Beth Rosen, nutricionista registrada em Nova York.

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Na dieta baixa em FODMAP, você precisará evitar esses tipos de alimentos – mas apenas temporariamente. Foto: Liz Clayman/The New York Times

Como a dieta funciona?

A dieta com baixo teor de FODMAP inclui três fases e é melhor navegar por elas com a ajuda de um nutricionista profissional, disse Rosen.

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Na primeira fase, chamada de fase de eliminação, você substituirá todos os alimentos ricos em FODMAP por alimentos com baixo teor de FODMAP por duas a seis semanas (duas semanas geralmente é tempo suficiente para ver se a dieta é útil), disse ela. Alimentos populares que você pode comer nesta fase incluem arroz, quinoa, ovos, queijos duros, a maioria dos tipos de carne e peixe e muitas frutas e vegetais, como frutas cítricas, morangos, cenouras e brócolis.

Se seus sintomas não melhorarem visivelmente durante esta fase, você deve interromper a dieta; FODMAPs provavelmente não são um problema para você, disse Chang.

Se você começar a se sentir melhor, é hora da fase de reintrodução, durante a qual você adiciona alimentos ricos em FODMAPs, um de cada vez, em quantidades crescentes ao longo de vários dias, disse Freuman. O objetivo é identificar quais FODMAPs e em que quantidades levam a sintomas.

A fase final é a fase de personalização, durante a qual você adiciona de volta quaisquer alimentos ricos em FODMAP em quantidades que você pode tolerar e cria uma dieta balanceada sustentável a longo prazo.

“É uma dieta de aprendizado”, disse Freuman. Trata-se de “capacitá-lo com conhecimento para que você realmente entenda seus gatilhos”.

Depois de identificar os alimentos mais incômodos, você também pode considerar tomar um suplemento enzimático de venda livre - como Lactaid, Beano ou Fodzyme, dependendo de quais tipos de FODMAPs estão causando problemas - para ajudá-lo a tolerá-los, disse Freuman.

Se a dieta clássica com baixo teor de FODMAP não for apropriada ou realista para você, uma dieta FODMAP “suave” pode ser mais adequada, disse Rosen, especialmente se você estiver desnutrido, grávida, tiver outras restrições alimentares ou histórico de distúrbios alimentares, ou se você for menor de 18 anos ou um adulto mais velho.

Para esta versão da dieta, a primeira fase envolve a eliminação de um grupo menor de alimentos que costumam ser problemáticos, como trigo, cebola, alho, feijão, leite e algumas frutas; então você passa para as fases de reintrodução e personalização como de costume.

Planeje suas refeições com base em alimentos como esses enquanto estiver fazendo uma dieta com baixo teor de FODMAP. Foto: Liz Clayman/The New York Times

Quais as outras desvantagens da dieta?

Uma armadilha comum da dieta é que as pessoas ficam presas na primeira fase, disse Freuman. “Elas ficam muito apegadas à forma mais estrita da dieta e ficam com medo de comer qualquer coisa fora da dieta”.

Isso pode afetar a qualidade de vida - as pessoas não conseguem comer fora, por exemplo - ou levar à desnutrição e distúrbios alimentares, disse ela.

Um nutricionista registrado pode ajudá-lo a seguir a dieta corretamente e com segurança, principalmente durante a complicada fase de reintrodução, disse Chey. Mas também existem muitos recursos baseados em evidências disponíveis para ajudá-lo a seguir a dieta por conta própria, incluindo um aplicativo para smartphone da Monash University, na Austrália, e livros escritos por nutricionistas registrados, acrescentou.

Lembre-se de que a dieta com baixo teor de FODMAP é apenas uma abordagem para o gerenciamento da SII, disse Freuman. Outras pessoas podem encontrar alívio ajustando a ingestão de fibras, por exemplo, ou fazendo refeições menores e evitando alimentos gordurosos ou condimentados. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Quando Tamara Duker Freuman soube da dieta com baixo teor de FODMAP há pouco mais de uma década, ela começou a usá-la com seus pacientes que sofriam de síndrome do intestino irritável (SII). Foi “um divisor de águas”, disse a nutricionista.

Em uma revisão de estudos publicados em 2020, por exemplo, os pesquisadores estimaram que entre 52% e 86% dos pacientes com SII que seguiram a dieta tiveram melhorias significativas em sintomas como inchaço, dor e diarreia.

Mas a dieta - que elimina temporariamente alimentos ricos em certos tipos de carboidratos conhecidos por causar sintomas da SII - não é apropriada para todos, dizem os especialistas. Veja como ela funciona e como saber se é adequada para você.

À esquerda, uma variedade de alimentos ricos em FODMAP que podem causar gases – e em pessoas com SII, inchaço, dor e diarreia. À direita, alimentos com baixo teor de FODMAP, mais fáceis de digerir e menos propensos a causar problemas estomacais. Foto: Liz Clayman/The New York Times

O que são FODMAPs?

FODMAPs são certos tipos de carboidratos - chamados oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis, como sugere o acrônimo - que muitas vezes não podem ser totalmente digeridos ou absorvidos no intestino delgado e, em vez disso, são fermentados por micróbios no cólon. Isso pode causar desconforto gastrointestinal.

A lista de alimentos que contêm altos níveis de FODMAPs é longa: inclui laticínios, como leite, iogurte e sorvete; frutas como maçã, manga e melancia; vegetais, incluindo cebola, alho e aspargos; massas e pães à base de trigo; leguminosas incluindo feijões e lentilhas; frutos secos como castanha de caju e pistache; e adoçantes como mel, xarope de milho com alto teor de frutose e adoçantes de baixa caloria.

Se você não tem problemas digestivos, os FODMAPs normalmente não “causam nada, exceto um pouco mais de flatulência”, disse o Dr. William Chey, professor de gastroenterologia e ciências nutricionais da Michigan Medicine.

Mas se você tem SII ou outros problemas gastrointestinais, eles podem causar sintomas como dor, inchaço e diarreia.

Quem pode - e quem não pode - se beneficiar da dieta?

Como os FODMAPs são encontrados em muitos alimentos, a dieta com baixo teor de FODMAP é muito restritiva, razão pela qual os especialistas recomendam cautela e sugerem um planejamento cuidadoso antes de embarcar nela.

Bons candidatos incluem pacientes com SII que consomem regularmente alimentos com alto teor de FODMAP e que percebem que seus sintomas pioram após as refeições, disse a Dra. Lin Chang, gastroenterologista e professora de medicina na Faculdade de Medicina David Geffen da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Eles também devem ser pessoas abertas a experimentar uma nova dieta complexa, disse ela.

A dieta com baixo teor de FODMAP também pode ajudar a aliviar os sintomas de pessoas com outros problemas gastrointestinais, como doença inflamatória intestinal e dispepsia funcional (desconforto e dor crônica no estômago) e pessoas com crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado, disse Chey.

A dieta não é adequada, no entanto, para pessoas que apresentam sintomas de distúrbios alimentares, que podem ser comuns entre pessoas com problemas gastrointestinais, disse Chang.

Como a dieta com baixo teor de FODMAP é muito restritiva, ela pode piorar um distúrbio alimentar existente, que pode ser fatal em alguns casos, disse Beth Rosen, nutricionista registrada em Nova York.

Na dieta baixa em FODMAP, você precisará evitar esses tipos de alimentos – mas apenas temporariamente. Foto: Liz Clayman/The New York Times

Como a dieta funciona?

A dieta com baixo teor de FODMAP inclui três fases e é melhor navegar por elas com a ajuda de um nutricionista profissional, disse Rosen.

Na primeira fase, chamada de fase de eliminação, você substituirá todos os alimentos ricos em FODMAP por alimentos com baixo teor de FODMAP por duas a seis semanas (duas semanas geralmente é tempo suficiente para ver se a dieta é útil), disse ela. Alimentos populares que você pode comer nesta fase incluem arroz, quinoa, ovos, queijos duros, a maioria dos tipos de carne e peixe e muitas frutas e vegetais, como frutas cítricas, morangos, cenouras e brócolis.

Se seus sintomas não melhorarem visivelmente durante esta fase, você deve interromper a dieta; FODMAPs provavelmente não são um problema para você, disse Chang.

Se você começar a se sentir melhor, é hora da fase de reintrodução, durante a qual você adiciona alimentos ricos em FODMAPs, um de cada vez, em quantidades crescentes ao longo de vários dias, disse Freuman. O objetivo é identificar quais FODMAPs e em que quantidades levam a sintomas.

A fase final é a fase de personalização, durante a qual você adiciona de volta quaisquer alimentos ricos em FODMAP em quantidades que você pode tolerar e cria uma dieta balanceada sustentável a longo prazo.

“É uma dieta de aprendizado”, disse Freuman. Trata-se de “capacitá-lo com conhecimento para que você realmente entenda seus gatilhos”.

Depois de identificar os alimentos mais incômodos, você também pode considerar tomar um suplemento enzimático de venda livre - como Lactaid, Beano ou Fodzyme, dependendo de quais tipos de FODMAPs estão causando problemas - para ajudá-lo a tolerá-los, disse Freuman.

Se a dieta clássica com baixo teor de FODMAP não for apropriada ou realista para você, uma dieta FODMAP “suave” pode ser mais adequada, disse Rosen, especialmente se você estiver desnutrido, grávida, tiver outras restrições alimentares ou histórico de distúrbios alimentares, ou se você for menor de 18 anos ou um adulto mais velho.

Para esta versão da dieta, a primeira fase envolve a eliminação de um grupo menor de alimentos que costumam ser problemáticos, como trigo, cebola, alho, feijão, leite e algumas frutas; então você passa para as fases de reintrodução e personalização como de costume.

Planeje suas refeições com base em alimentos como esses enquanto estiver fazendo uma dieta com baixo teor de FODMAP. Foto: Liz Clayman/The New York Times

Quais as outras desvantagens da dieta?

Uma armadilha comum da dieta é que as pessoas ficam presas na primeira fase, disse Freuman. “Elas ficam muito apegadas à forma mais estrita da dieta e ficam com medo de comer qualquer coisa fora da dieta”.

Isso pode afetar a qualidade de vida - as pessoas não conseguem comer fora, por exemplo - ou levar à desnutrição e distúrbios alimentares, disse ela.

Um nutricionista registrado pode ajudá-lo a seguir a dieta corretamente e com segurança, principalmente durante a complicada fase de reintrodução, disse Chey. Mas também existem muitos recursos baseados em evidências disponíveis para ajudá-lo a seguir a dieta por conta própria, incluindo um aplicativo para smartphone da Monash University, na Austrália, e livros escritos por nutricionistas registrados, acrescentou.

Lembre-se de que a dieta com baixo teor de FODMAP é apenas uma abordagem para o gerenciamento da SII, disse Freuman. Outras pessoas podem encontrar alívio ajustando a ingestão de fibras, por exemplo, ou fazendo refeições menores e evitando alimentos gordurosos ou condimentados. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Quando Tamara Duker Freuman soube da dieta com baixo teor de FODMAP há pouco mais de uma década, ela começou a usá-la com seus pacientes que sofriam de síndrome do intestino irritável (SII). Foi “um divisor de águas”, disse a nutricionista.

Em uma revisão de estudos publicados em 2020, por exemplo, os pesquisadores estimaram que entre 52% e 86% dos pacientes com SII que seguiram a dieta tiveram melhorias significativas em sintomas como inchaço, dor e diarreia.

Mas a dieta - que elimina temporariamente alimentos ricos em certos tipos de carboidratos conhecidos por causar sintomas da SII - não é apropriada para todos, dizem os especialistas. Veja como ela funciona e como saber se é adequada para você.

À esquerda, uma variedade de alimentos ricos em FODMAP que podem causar gases – e em pessoas com SII, inchaço, dor e diarreia. À direita, alimentos com baixo teor de FODMAP, mais fáceis de digerir e menos propensos a causar problemas estomacais. Foto: Liz Clayman/The New York Times

O que são FODMAPs?

FODMAPs são certos tipos de carboidratos - chamados oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis, como sugere o acrônimo - que muitas vezes não podem ser totalmente digeridos ou absorvidos no intestino delgado e, em vez disso, são fermentados por micróbios no cólon. Isso pode causar desconforto gastrointestinal.

A lista de alimentos que contêm altos níveis de FODMAPs é longa: inclui laticínios, como leite, iogurte e sorvete; frutas como maçã, manga e melancia; vegetais, incluindo cebola, alho e aspargos; massas e pães à base de trigo; leguminosas incluindo feijões e lentilhas; frutos secos como castanha de caju e pistache; e adoçantes como mel, xarope de milho com alto teor de frutose e adoçantes de baixa caloria.

Se você não tem problemas digestivos, os FODMAPs normalmente não “causam nada, exceto um pouco mais de flatulência”, disse o Dr. William Chey, professor de gastroenterologia e ciências nutricionais da Michigan Medicine.

Mas se você tem SII ou outros problemas gastrointestinais, eles podem causar sintomas como dor, inchaço e diarreia.

Quem pode - e quem não pode - se beneficiar da dieta?

Como os FODMAPs são encontrados em muitos alimentos, a dieta com baixo teor de FODMAP é muito restritiva, razão pela qual os especialistas recomendam cautela e sugerem um planejamento cuidadoso antes de embarcar nela.

Bons candidatos incluem pacientes com SII que consomem regularmente alimentos com alto teor de FODMAP e que percebem que seus sintomas pioram após as refeições, disse a Dra. Lin Chang, gastroenterologista e professora de medicina na Faculdade de Medicina David Geffen da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Eles também devem ser pessoas abertas a experimentar uma nova dieta complexa, disse ela.

A dieta com baixo teor de FODMAP também pode ajudar a aliviar os sintomas de pessoas com outros problemas gastrointestinais, como doença inflamatória intestinal e dispepsia funcional (desconforto e dor crônica no estômago) e pessoas com crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado, disse Chey.

A dieta não é adequada, no entanto, para pessoas que apresentam sintomas de distúrbios alimentares, que podem ser comuns entre pessoas com problemas gastrointestinais, disse Chang.

Como a dieta com baixo teor de FODMAP é muito restritiva, ela pode piorar um distúrbio alimentar existente, que pode ser fatal em alguns casos, disse Beth Rosen, nutricionista registrada em Nova York.

Na dieta baixa em FODMAP, você precisará evitar esses tipos de alimentos – mas apenas temporariamente. Foto: Liz Clayman/The New York Times

Como a dieta funciona?

A dieta com baixo teor de FODMAP inclui três fases e é melhor navegar por elas com a ajuda de um nutricionista profissional, disse Rosen.

Na primeira fase, chamada de fase de eliminação, você substituirá todos os alimentos ricos em FODMAP por alimentos com baixo teor de FODMAP por duas a seis semanas (duas semanas geralmente é tempo suficiente para ver se a dieta é útil), disse ela. Alimentos populares que você pode comer nesta fase incluem arroz, quinoa, ovos, queijos duros, a maioria dos tipos de carne e peixe e muitas frutas e vegetais, como frutas cítricas, morangos, cenouras e brócolis.

Se seus sintomas não melhorarem visivelmente durante esta fase, você deve interromper a dieta; FODMAPs provavelmente não são um problema para você, disse Chang.

Se você começar a se sentir melhor, é hora da fase de reintrodução, durante a qual você adiciona alimentos ricos em FODMAPs, um de cada vez, em quantidades crescentes ao longo de vários dias, disse Freuman. O objetivo é identificar quais FODMAPs e em que quantidades levam a sintomas.

A fase final é a fase de personalização, durante a qual você adiciona de volta quaisquer alimentos ricos em FODMAP em quantidades que você pode tolerar e cria uma dieta balanceada sustentável a longo prazo.

“É uma dieta de aprendizado”, disse Freuman. Trata-se de “capacitá-lo com conhecimento para que você realmente entenda seus gatilhos”.

Depois de identificar os alimentos mais incômodos, você também pode considerar tomar um suplemento enzimático de venda livre - como Lactaid, Beano ou Fodzyme, dependendo de quais tipos de FODMAPs estão causando problemas - para ajudá-lo a tolerá-los, disse Freuman.

Se a dieta clássica com baixo teor de FODMAP não for apropriada ou realista para você, uma dieta FODMAP “suave” pode ser mais adequada, disse Rosen, especialmente se você estiver desnutrido, grávida, tiver outras restrições alimentares ou histórico de distúrbios alimentares, ou se você for menor de 18 anos ou um adulto mais velho.

Para esta versão da dieta, a primeira fase envolve a eliminação de um grupo menor de alimentos que costumam ser problemáticos, como trigo, cebola, alho, feijão, leite e algumas frutas; então você passa para as fases de reintrodução e personalização como de costume.

Planeje suas refeições com base em alimentos como esses enquanto estiver fazendo uma dieta com baixo teor de FODMAP. Foto: Liz Clayman/The New York Times

Quais as outras desvantagens da dieta?

Uma armadilha comum da dieta é que as pessoas ficam presas na primeira fase, disse Freuman. “Elas ficam muito apegadas à forma mais estrita da dieta e ficam com medo de comer qualquer coisa fora da dieta”.

Isso pode afetar a qualidade de vida - as pessoas não conseguem comer fora, por exemplo - ou levar à desnutrição e distúrbios alimentares, disse ela.

Um nutricionista registrado pode ajudá-lo a seguir a dieta corretamente e com segurança, principalmente durante a complicada fase de reintrodução, disse Chey. Mas também existem muitos recursos baseados em evidências disponíveis para ajudá-lo a seguir a dieta por conta própria, incluindo um aplicativo para smartphone da Monash University, na Austrália, e livros escritos por nutricionistas registrados, acrescentou.

Lembre-se de que a dieta com baixo teor de FODMAP é apenas uma abordagem para o gerenciamento da SII, disse Freuman. Outras pessoas podem encontrar alívio ajustando a ingestão de fibras, por exemplo, ou fazendo refeições menores e evitando alimentos gordurosos ou condimentados. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Quando Tamara Duker Freuman soube da dieta com baixo teor de FODMAP há pouco mais de uma década, ela começou a usá-la com seus pacientes que sofriam de síndrome do intestino irritável (SII). Foi “um divisor de águas”, disse a nutricionista.

Em uma revisão de estudos publicados em 2020, por exemplo, os pesquisadores estimaram que entre 52% e 86% dos pacientes com SII que seguiram a dieta tiveram melhorias significativas em sintomas como inchaço, dor e diarreia.

Mas a dieta - que elimina temporariamente alimentos ricos em certos tipos de carboidratos conhecidos por causar sintomas da SII - não é apropriada para todos, dizem os especialistas. Veja como ela funciona e como saber se é adequada para você.

À esquerda, uma variedade de alimentos ricos em FODMAP que podem causar gases – e em pessoas com SII, inchaço, dor e diarreia. À direita, alimentos com baixo teor de FODMAP, mais fáceis de digerir e menos propensos a causar problemas estomacais. Foto: Liz Clayman/The New York Times

O que são FODMAPs?

FODMAPs são certos tipos de carboidratos - chamados oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis, como sugere o acrônimo - que muitas vezes não podem ser totalmente digeridos ou absorvidos no intestino delgado e, em vez disso, são fermentados por micróbios no cólon. Isso pode causar desconforto gastrointestinal.

A lista de alimentos que contêm altos níveis de FODMAPs é longa: inclui laticínios, como leite, iogurte e sorvete; frutas como maçã, manga e melancia; vegetais, incluindo cebola, alho e aspargos; massas e pães à base de trigo; leguminosas incluindo feijões e lentilhas; frutos secos como castanha de caju e pistache; e adoçantes como mel, xarope de milho com alto teor de frutose e adoçantes de baixa caloria.

Se você não tem problemas digestivos, os FODMAPs normalmente não “causam nada, exceto um pouco mais de flatulência”, disse o Dr. William Chey, professor de gastroenterologia e ciências nutricionais da Michigan Medicine.

Mas se você tem SII ou outros problemas gastrointestinais, eles podem causar sintomas como dor, inchaço e diarreia.

Quem pode - e quem não pode - se beneficiar da dieta?

Como os FODMAPs são encontrados em muitos alimentos, a dieta com baixo teor de FODMAP é muito restritiva, razão pela qual os especialistas recomendam cautela e sugerem um planejamento cuidadoso antes de embarcar nela.

Bons candidatos incluem pacientes com SII que consomem regularmente alimentos com alto teor de FODMAP e que percebem que seus sintomas pioram após as refeições, disse a Dra. Lin Chang, gastroenterologista e professora de medicina na Faculdade de Medicina David Geffen da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Eles também devem ser pessoas abertas a experimentar uma nova dieta complexa, disse ela.

A dieta com baixo teor de FODMAP também pode ajudar a aliviar os sintomas de pessoas com outros problemas gastrointestinais, como doença inflamatória intestinal e dispepsia funcional (desconforto e dor crônica no estômago) e pessoas com crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado, disse Chey.

A dieta não é adequada, no entanto, para pessoas que apresentam sintomas de distúrbios alimentares, que podem ser comuns entre pessoas com problemas gastrointestinais, disse Chang.

Como a dieta com baixo teor de FODMAP é muito restritiva, ela pode piorar um distúrbio alimentar existente, que pode ser fatal em alguns casos, disse Beth Rosen, nutricionista registrada em Nova York.

Na dieta baixa em FODMAP, você precisará evitar esses tipos de alimentos – mas apenas temporariamente. Foto: Liz Clayman/The New York Times

Como a dieta funciona?

A dieta com baixo teor de FODMAP inclui três fases e é melhor navegar por elas com a ajuda de um nutricionista profissional, disse Rosen.

Na primeira fase, chamada de fase de eliminação, você substituirá todos os alimentos ricos em FODMAP por alimentos com baixo teor de FODMAP por duas a seis semanas (duas semanas geralmente é tempo suficiente para ver se a dieta é útil), disse ela. Alimentos populares que você pode comer nesta fase incluem arroz, quinoa, ovos, queijos duros, a maioria dos tipos de carne e peixe e muitas frutas e vegetais, como frutas cítricas, morangos, cenouras e brócolis.

Se seus sintomas não melhorarem visivelmente durante esta fase, você deve interromper a dieta; FODMAPs provavelmente não são um problema para você, disse Chang.

Se você começar a se sentir melhor, é hora da fase de reintrodução, durante a qual você adiciona alimentos ricos em FODMAPs, um de cada vez, em quantidades crescentes ao longo de vários dias, disse Freuman. O objetivo é identificar quais FODMAPs e em que quantidades levam a sintomas.

A fase final é a fase de personalização, durante a qual você adiciona de volta quaisquer alimentos ricos em FODMAP em quantidades que você pode tolerar e cria uma dieta balanceada sustentável a longo prazo.

“É uma dieta de aprendizado”, disse Freuman. Trata-se de “capacitá-lo com conhecimento para que você realmente entenda seus gatilhos”.

Depois de identificar os alimentos mais incômodos, você também pode considerar tomar um suplemento enzimático de venda livre - como Lactaid, Beano ou Fodzyme, dependendo de quais tipos de FODMAPs estão causando problemas - para ajudá-lo a tolerá-los, disse Freuman.

Se a dieta clássica com baixo teor de FODMAP não for apropriada ou realista para você, uma dieta FODMAP “suave” pode ser mais adequada, disse Rosen, especialmente se você estiver desnutrido, grávida, tiver outras restrições alimentares ou histórico de distúrbios alimentares, ou se você for menor de 18 anos ou um adulto mais velho.

Para esta versão da dieta, a primeira fase envolve a eliminação de um grupo menor de alimentos que costumam ser problemáticos, como trigo, cebola, alho, feijão, leite e algumas frutas; então você passa para as fases de reintrodução e personalização como de costume.

Planeje suas refeições com base em alimentos como esses enquanto estiver fazendo uma dieta com baixo teor de FODMAP. Foto: Liz Clayman/The New York Times

Quais as outras desvantagens da dieta?

Uma armadilha comum da dieta é que as pessoas ficam presas na primeira fase, disse Freuman. “Elas ficam muito apegadas à forma mais estrita da dieta e ficam com medo de comer qualquer coisa fora da dieta”.

Isso pode afetar a qualidade de vida - as pessoas não conseguem comer fora, por exemplo - ou levar à desnutrição e distúrbios alimentares, disse ela.

Um nutricionista registrado pode ajudá-lo a seguir a dieta corretamente e com segurança, principalmente durante a complicada fase de reintrodução, disse Chey. Mas também existem muitos recursos baseados em evidências disponíveis para ajudá-lo a seguir a dieta por conta própria, incluindo um aplicativo para smartphone da Monash University, na Austrália, e livros escritos por nutricionistas registrados, acrescentou.

Lembre-se de que a dieta com baixo teor de FODMAP é apenas uma abordagem para o gerenciamento da SII, disse Freuman. Outras pessoas podem encontrar alívio ajustando a ingestão de fibras, por exemplo, ou fazendo refeições menores e evitando alimentos gordurosos ou condimentados. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Quando Tamara Duker Freuman soube da dieta com baixo teor de FODMAP há pouco mais de uma década, ela começou a usá-la com seus pacientes que sofriam de síndrome do intestino irritável (SII). Foi “um divisor de águas”, disse a nutricionista.

Em uma revisão de estudos publicados em 2020, por exemplo, os pesquisadores estimaram que entre 52% e 86% dos pacientes com SII que seguiram a dieta tiveram melhorias significativas em sintomas como inchaço, dor e diarreia.

Mas a dieta - que elimina temporariamente alimentos ricos em certos tipos de carboidratos conhecidos por causar sintomas da SII - não é apropriada para todos, dizem os especialistas. Veja como ela funciona e como saber se é adequada para você.

À esquerda, uma variedade de alimentos ricos em FODMAP que podem causar gases – e em pessoas com SII, inchaço, dor e diarreia. À direita, alimentos com baixo teor de FODMAP, mais fáceis de digerir e menos propensos a causar problemas estomacais. Foto: Liz Clayman/The New York Times

O que são FODMAPs?

FODMAPs são certos tipos de carboidratos - chamados oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis, como sugere o acrônimo - que muitas vezes não podem ser totalmente digeridos ou absorvidos no intestino delgado e, em vez disso, são fermentados por micróbios no cólon. Isso pode causar desconforto gastrointestinal.

A lista de alimentos que contêm altos níveis de FODMAPs é longa: inclui laticínios, como leite, iogurte e sorvete; frutas como maçã, manga e melancia; vegetais, incluindo cebola, alho e aspargos; massas e pães à base de trigo; leguminosas incluindo feijões e lentilhas; frutos secos como castanha de caju e pistache; e adoçantes como mel, xarope de milho com alto teor de frutose e adoçantes de baixa caloria.

Se você não tem problemas digestivos, os FODMAPs normalmente não “causam nada, exceto um pouco mais de flatulência”, disse o Dr. William Chey, professor de gastroenterologia e ciências nutricionais da Michigan Medicine.

Mas se você tem SII ou outros problemas gastrointestinais, eles podem causar sintomas como dor, inchaço e diarreia.

Quem pode - e quem não pode - se beneficiar da dieta?

Como os FODMAPs são encontrados em muitos alimentos, a dieta com baixo teor de FODMAP é muito restritiva, razão pela qual os especialistas recomendam cautela e sugerem um planejamento cuidadoso antes de embarcar nela.

Bons candidatos incluem pacientes com SII que consomem regularmente alimentos com alto teor de FODMAP e que percebem que seus sintomas pioram após as refeições, disse a Dra. Lin Chang, gastroenterologista e professora de medicina na Faculdade de Medicina David Geffen da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Eles também devem ser pessoas abertas a experimentar uma nova dieta complexa, disse ela.

A dieta com baixo teor de FODMAP também pode ajudar a aliviar os sintomas de pessoas com outros problemas gastrointestinais, como doença inflamatória intestinal e dispepsia funcional (desconforto e dor crônica no estômago) e pessoas com crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado, disse Chey.

A dieta não é adequada, no entanto, para pessoas que apresentam sintomas de distúrbios alimentares, que podem ser comuns entre pessoas com problemas gastrointestinais, disse Chang.

Como a dieta com baixo teor de FODMAP é muito restritiva, ela pode piorar um distúrbio alimentar existente, que pode ser fatal em alguns casos, disse Beth Rosen, nutricionista registrada em Nova York.

Na dieta baixa em FODMAP, você precisará evitar esses tipos de alimentos – mas apenas temporariamente. Foto: Liz Clayman/The New York Times

Como a dieta funciona?

A dieta com baixo teor de FODMAP inclui três fases e é melhor navegar por elas com a ajuda de um nutricionista profissional, disse Rosen.

Na primeira fase, chamada de fase de eliminação, você substituirá todos os alimentos ricos em FODMAP por alimentos com baixo teor de FODMAP por duas a seis semanas (duas semanas geralmente é tempo suficiente para ver se a dieta é útil), disse ela. Alimentos populares que você pode comer nesta fase incluem arroz, quinoa, ovos, queijos duros, a maioria dos tipos de carne e peixe e muitas frutas e vegetais, como frutas cítricas, morangos, cenouras e brócolis.

Se seus sintomas não melhorarem visivelmente durante esta fase, você deve interromper a dieta; FODMAPs provavelmente não são um problema para você, disse Chang.

Se você começar a se sentir melhor, é hora da fase de reintrodução, durante a qual você adiciona alimentos ricos em FODMAPs, um de cada vez, em quantidades crescentes ao longo de vários dias, disse Freuman. O objetivo é identificar quais FODMAPs e em que quantidades levam a sintomas.

A fase final é a fase de personalização, durante a qual você adiciona de volta quaisquer alimentos ricos em FODMAP em quantidades que você pode tolerar e cria uma dieta balanceada sustentável a longo prazo.

“É uma dieta de aprendizado”, disse Freuman. Trata-se de “capacitá-lo com conhecimento para que você realmente entenda seus gatilhos”.

Depois de identificar os alimentos mais incômodos, você também pode considerar tomar um suplemento enzimático de venda livre - como Lactaid, Beano ou Fodzyme, dependendo de quais tipos de FODMAPs estão causando problemas - para ajudá-lo a tolerá-los, disse Freuman.

Se a dieta clássica com baixo teor de FODMAP não for apropriada ou realista para você, uma dieta FODMAP “suave” pode ser mais adequada, disse Rosen, especialmente se você estiver desnutrido, grávida, tiver outras restrições alimentares ou histórico de distúrbios alimentares, ou se você for menor de 18 anos ou um adulto mais velho.

Para esta versão da dieta, a primeira fase envolve a eliminação de um grupo menor de alimentos que costumam ser problemáticos, como trigo, cebola, alho, feijão, leite e algumas frutas; então você passa para as fases de reintrodução e personalização como de costume.

Planeje suas refeições com base em alimentos como esses enquanto estiver fazendo uma dieta com baixo teor de FODMAP. Foto: Liz Clayman/The New York Times

Quais as outras desvantagens da dieta?

Uma armadilha comum da dieta é que as pessoas ficam presas na primeira fase, disse Freuman. “Elas ficam muito apegadas à forma mais estrita da dieta e ficam com medo de comer qualquer coisa fora da dieta”.

Isso pode afetar a qualidade de vida - as pessoas não conseguem comer fora, por exemplo - ou levar à desnutrição e distúrbios alimentares, disse ela.

Um nutricionista registrado pode ajudá-lo a seguir a dieta corretamente e com segurança, principalmente durante a complicada fase de reintrodução, disse Chey. Mas também existem muitos recursos baseados em evidências disponíveis para ajudá-lo a seguir a dieta por conta própria, incluindo um aplicativo para smartphone da Monash University, na Austrália, e livros escritos por nutricionistas registrados, acrescentou.

Lembre-se de que a dieta com baixo teor de FODMAP é apenas uma abordagem para o gerenciamento da SII, disse Freuman. Outras pessoas podem encontrar alívio ajustando a ingestão de fibras, por exemplo, ou fazendo refeições menores e evitando alimentos gordurosos ou condimentados. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

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