Paraquedista negra promove diversidade nos céus


Veterana do Exército, Danielle Williams cofundou a Team Blackstar para paraquedistas negros, que agora conta com 270 participante

Por Alina Tugend
Atualização:

Danielle Williams pratica paraquedismo desde 2011. Sempre que aparece em um novo local, mesmo carregando todo o seu equipamento - um sinal de que ela não é novata no esporte -, os funcionários presumem que ela é iniciante. No começo, ela encolhia os ombros como se não entendesse por que aquilo acontecia, mas, com o tempo, passou a acreditar que as pessoas faziam essa suposição porque ela, além de mulher, é negra.

“Isso é algo bastante comum para os paraquedistas negros - independentemente de onde você esteja no mundo”, disse ela, “quando viajamos para uma saltar em uma região nova, sempre somos levados à área de tandem” - onde novos paraquedistas saltam conectados com um instrutor.

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“Com o passar dos anos, percebi que não tinha nada a ver com ser nova naquele ambiente - tinha tudo a ver com a minha raça ser o fator de destaque no qual as pessoas acabavam se concentrando mais. Nós brincamos sobre isso, mas é muito frustrante. " Danielle, de 33 anos, formada pela Universidade Harvard, veterana há 10 anos no Exército e gerente de rede social de uma associação comercial, decidiu que o problema não era a falta de colegas paraquedistas negros, afinal ela via alguns quando olhava ao seu redor na hora de saltar.

Mas a falta de representatividade deles na mídia e na publicidade. E isso não é algo exclusivo ao paraquedismo, mas abrange todas as atividades ao ar livre, como caminhadas ou canoagem. Por isso, ela se tornou uma das forças motrizes por trás dos esforços para fundar comunidades, online e offline, para pessoas negras que gostam de esportes ao ar livre.

Danielle era líder de pelotão de uma unidade do Exército no Iraque, mas durante seu treinamento nos Estados Unidos, ela teve seu primeiro contato com o static line - uma modalidade do paraquedismo usada na formação de atletas e também por militares, onde uma "fita" é presa em um avião e a outra extremidade no equipamento da pessoa.

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Danielle Williams disse que é "muito frustrante" que outras pessoas pensem que as pessoas negras são novatas quando vão para áreas de paraquedismo. Foto: Don Carrington

Assim, quando se salta do avião, a fita se estica e o paraquedas é aberto. Quando ela voltou do Iraque, estava procurando algo emocionante para experimentar. "Muitos dos meus amigos estavam comprando motos", disse ela. "Eu queria fazer algo diferente." Seu primeiro salto, em tandem, foi em seu aniversário de 25 anos. Ela adorou, mas não planejava continuar. "Eu pensei que era algo que as pessoas faziam apenas uma vez", disse Danielle.

Então ela conheceu alguém que era um paraquedista "e isso me impressionou", disse. "Eu não sabia que havia pessoas que pulavam nos fins de semana apenas por diversão", afirmou Danielle, "e que havia uma comunidade inteira de praticamente do esporte". Danielle decidiu se tornar uma paraquedista licenciada.

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Mas quanto mais tempo ela praticava, mais se sentia isolada. Ela desejava pertencer a um grupo em que pudesse se sentir completamente confortável, com pessoas que se pareciam mais com ela. Então, em 2014, Danielle cofundou a Team Blackstar para paraquedistas negros, que agora conta com 270 participantes.

Eles organizam um salto coletivo anual e têm uma página privada no Facebook, onde essas questões costumam ser um tópico de discussão. Dois anos depois, ela fundou a Melanin Base Camp, uma comunidade on-line para pessoas negras que praticam esportes de aventura.

Começou nas redes sociais e "era uma maneira de se conectar, para não parecer que cada um de nós é o único em determinada modalidade". Atualmente, a comunidade conta com nove blogueiros, recebe 17 mil visitas por mês no site e tem 26 mil seguidores no Instagram.

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"Você não precisa escalar o Everest - esse não é o objetivo", disse Williams. "É para se concentrar em atividades ao ar livre acessíveis. Portanto, a maioria dos nossos seguidores é de gente que caminha durante o dia.” Ela também iniciou a Diversify Outdoors, uma coalizão que promove a diversidade ao ar livre.

No final de 2016, Danielle descobriu que estava com febre reumática e desde então teve vários problemas médicos relacionados a esse diagnóstico. Mas ela ainda tem uma paixão pelo paraquedismo e, embora planeje saltar menos, não tem intenção de desistir. / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

Danielle Williams pratica paraquedismo desde 2011. Sempre que aparece em um novo local, mesmo carregando todo o seu equipamento - um sinal de que ela não é novata no esporte -, os funcionários presumem que ela é iniciante. No começo, ela encolhia os ombros como se não entendesse por que aquilo acontecia, mas, com o tempo, passou a acreditar que as pessoas faziam essa suposição porque ela, além de mulher, é negra.

“Isso é algo bastante comum para os paraquedistas negros - independentemente de onde você esteja no mundo”, disse ela, “quando viajamos para uma saltar em uma região nova, sempre somos levados à área de tandem” - onde novos paraquedistas saltam conectados com um instrutor.

“Com o passar dos anos, percebi que não tinha nada a ver com ser nova naquele ambiente - tinha tudo a ver com a minha raça ser o fator de destaque no qual as pessoas acabavam se concentrando mais. Nós brincamos sobre isso, mas é muito frustrante. " Danielle, de 33 anos, formada pela Universidade Harvard, veterana há 10 anos no Exército e gerente de rede social de uma associação comercial, decidiu que o problema não era a falta de colegas paraquedistas negros, afinal ela via alguns quando olhava ao seu redor na hora de saltar.

Mas a falta de representatividade deles na mídia e na publicidade. E isso não é algo exclusivo ao paraquedismo, mas abrange todas as atividades ao ar livre, como caminhadas ou canoagem. Por isso, ela se tornou uma das forças motrizes por trás dos esforços para fundar comunidades, online e offline, para pessoas negras que gostam de esportes ao ar livre.

Danielle era líder de pelotão de uma unidade do Exército no Iraque, mas durante seu treinamento nos Estados Unidos, ela teve seu primeiro contato com o static line - uma modalidade do paraquedismo usada na formação de atletas e também por militares, onde uma "fita" é presa em um avião e a outra extremidade no equipamento da pessoa.

Danielle Williams disse que é "muito frustrante" que outras pessoas pensem que as pessoas negras são novatas quando vão para áreas de paraquedismo. Foto: Don Carrington

Assim, quando se salta do avião, a fita se estica e o paraquedas é aberto. Quando ela voltou do Iraque, estava procurando algo emocionante para experimentar. "Muitos dos meus amigos estavam comprando motos", disse ela. "Eu queria fazer algo diferente." Seu primeiro salto, em tandem, foi em seu aniversário de 25 anos. Ela adorou, mas não planejava continuar. "Eu pensei que era algo que as pessoas faziam apenas uma vez", disse Danielle.

Então ela conheceu alguém que era um paraquedista "e isso me impressionou", disse. "Eu não sabia que havia pessoas que pulavam nos fins de semana apenas por diversão", afirmou Danielle, "e que havia uma comunidade inteira de praticamente do esporte". Danielle decidiu se tornar uma paraquedista licenciada.

Mas quanto mais tempo ela praticava, mais se sentia isolada. Ela desejava pertencer a um grupo em que pudesse se sentir completamente confortável, com pessoas que se pareciam mais com ela. Então, em 2014, Danielle cofundou a Team Blackstar para paraquedistas negros, que agora conta com 270 participantes.

Eles organizam um salto coletivo anual e têm uma página privada no Facebook, onde essas questões costumam ser um tópico de discussão. Dois anos depois, ela fundou a Melanin Base Camp, uma comunidade on-line para pessoas negras que praticam esportes de aventura.

Começou nas redes sociais e "era uma maneira de se conectar, para não parecer que cada um de nós é o único em determinada modalidade". Atualmente, a comunidade conta com nove blogueiros, recebe 17 mil visitas por mês no site e tem 26 mil seguidores no Instagram.

"Você não precisa escalar o Everest - esse não é o objetivo", disse Williams. "É para se concentrar em atividades ao ar livre acessíveis. Portanto, a maioria dos nossos seguidores é de gente que caminha durante o dia.” Ela também iniciou a Diversify Outdoors, uma coalizão que promove a diversidade ao ar livre.

No final de 2016, Danielle descobriu que estava com febre reumática e desde então teve vários problemas médicos relacionados a esse diagnóstico. Mas ela ainda tem uma paixão pelo paraquedismo e, embora planeje saltar menos, não tem intenção de desistir. / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

Danielle Williams pratica paraquedismo desde 2011. Sempre que aparece em um novo local, mesmo carregando todo o seu equipamento - um sinal de que ela não é novata no esporte -, os funcionários presumem que ela é iniciante. No começo, ela encolhia os ombros como se não entendesse por que aquilo acontecia, mas, com o tempo, passou a acreditar que as pessoas faziam essa suposição porque ela, além de mulher, é negra.

“Isso é algo bastante comum para os paraquedistas negros - independentemente de onde você esteja no mundo”, disse ela, “quando viajamos para uma saltar em uma região nova, sempre somos levados à área de tandem” - onde novos paraquedistas saltam conectados com um instrutor.

“Com o passar dos anos, percebi que não tinha nada a ver com ser nova naquele ambiente - tinha tudo a ver com a minha raça ser o fator de destaque no qual as pessoas acabavam se concentrando mais. Nós brincamos sobre isso, mas é muito frustrante. " Danielle, de 33 anos, formada pela Universidade Harvard, veterana há 10 anos no Exército e gerente de rede social de uma associação comercial, decidiu que o problema não era a falta de colegas paraquedistas negros, afinal ela via alguns quando olhava ao seu redor na hora de saltar.

Mas a falta de representatividade deles na mídia e na publicidade. E isso não é algo exclusivo ao paraquedismo, mas abrange todas as atividades ao ar livre, como caminhadas ou canoagem. Por isso, ela se tornou uma das forças motrizes por trás dos esforços para fundar comunidades, online e offline, para pessoas negras que gostam de esportes ao ar livre.

Danielle era líder de pelotão de uma unidade do Exército no Iraque, mas durante seu treinamento nos Estados Unidos, ela teve seu primeiro contato com o static line - uma modalidade do paraquedismo usada na formação de atletas e também por militares, onde uma "fita" é presa em um avião e a outra extremidade no equipamento da pessoa.

Danielle Williams disse que é "muito frustrante" que outras pessoas pensem que as pessoas negras são novatas quando vão para áreas de paraquedismo. Foto: Don Carrington

Assim, quando se salta do avião, a fita se estica e o paraquedas é aberto. Quando ela voltou do Iraque, estava procurando algo emocionante para experimentar. "Muitos dos meus amigos estavam comprando motos", disse ela. "Eu queria fazer algo diferente." Seu primeiro salto, em tandem, foi em seu aniversário de 25 anos. Ela adorou, mas não planejava continuar. "Eu pensei que era algo que as pessoas faziam apenas uma vez", disse Danielle.

Então ela conheceu alguém que era um paraquedista "e isso me impressionou", disse. "Eu não sabia que havia pessoas que pulavam nos fins de semana apenas por diversão", afirmou Danielle, "e que havia uma comunidade inteira de praticamente do esporte". Danielle decidiu se tornar uma paraquedista licenciada.

Mas quanto mais tempo ela praticava, mais se sentia isolada. Ela desejava pertencer a um grupo em que pudesse se sentir completamente confortável, com pessoas que se pareciam mais com ela. Então, em 2014, Danielle cofundou a Team Blackstar para paraquedistas negros, que agora conta com 270 participantes.

Eles organizam um salto coletivo anual e têm uma página privada no Facebook, onde essas questões costumam ser um tópico de discussão. Dois anos depois, ela fundou a Melanin Base Camp, uma comunidade on-line para pessoas negras que praticam esportes de aventura.

Começou nas redes sociais e "era uma maneira de se conectar, para não parecer que cada um de nós é o único em determinada modalidade". Atualmente, a comunidade conta com nove blogueiros, recebe 17 mil visitas por mês no site e tem 26 mil seguidores no Instagram.

"Você não precisa escalar o Everest - esse não é o objetivo", disse Williams. "É para se concentrar em atividades ao ar livre acessíveis. Portanto, a maioria dos nossos seguidores é de gente que caminha durante o dia.” Ela também iniciou a Diversify Outdoors, uma coalizão que promove a diversidade ao ar livre.

No final de 2016, Danielle descobriu que estava com febre reumática e desde então teve vários problemas médicos relacionados a esse diagnóstico. Mas ela ainda tem uma paixão pelo paraquedismo e, embora planeje saltar menos, não tem intenção de desistir. / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

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