Um respiro (mais puro) no meio da poluição na Índia


À medida que o ar se deteriora no país, que declarou emergência de saúde pública, um 'bar de oxigênio' oferece alternativa mais limpa

Por Suhasini Raj e Kai Schulz
Atualização:

NOVA DÉLI – Enquanto, este mês, a poluição da atmosfera atingia níveis perigosos em toda a Índia, enfatizando uma grave crise da saúde pública, uma multidão entrou em uma pequena loja em Nova Déli para buscar uma solução: uma dose de 15 minutos de oxigênio limpo. No Oxy Pure, um “bar de oxigênio” peculiar, clientes prendem tubos ao nariz e inalam perfume de lavanda, citronela, hortelã.

Na ausência de outras opções, Lisa Dwivedi, uma ucraniana que mora na cidade, disse que veio ao bar porque estava cansada de ficar com os olhos coçando, o nariz escorrendo e a garganta inchada. “Não sei se é psicológico, mas me dá uma sensação de bem-estar saber que estou inalando oxigênio puro, mesmo que seja por 15 minutos”, afirmou.

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A poluição tornou-se tão grave que este mês foi declarada emergência pública. Foto: Anushree Fadnavis/Reuters

A crise de poluição do ar na Índia se tornou tão grave que, no início deste mês, as autoridades da capital declararam emergência de saúde pública quando os níveis de matéria particulada mortal subiram diversas vezes acima do que a Organização Mundial da Saúde considera seguro. Mas embora o ar tão assustador possa provocar danos cerebrais nas crianças, alguns funcionários do governo central resistiam a admitir o problema, que existe há anos ná Índia, ou minimizavam a sua gravidade.

Um dia em que na atmosfera os níveis de partículas de dimensões mínimas ligadas ao câncer, PM 2,5, subiram para cerca de 60 vezes o limite seguro em partes da capital, Harsh Varhan, o ministro da Saúde indiano, recomendou que as pessoas comessem cenouras para combater eventuais efeitos danosos. “A população está morrendo e isto não pode acontecer em um país civilizado”, ressaltaram, neste mês, juízes da Suprema Corte a respeito da poluição. “Não toleraremos isto. Nós estamos brincando com tudo."

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Sem soluções iminentes, alguns indianos trataram de tomar a iniciativa – com soluções como o "bar de oxigênio". Para os cidadãos preocupados com o ar, as opções se restringiram em grande parte à compra de purificadores, e a fechar as frestas das casas com cobertores e toalhas – ou deixando definitivamente as cidades envenenadas. Os cidadãos mais pobres da Índia não têm nenhuma chance, senão dormir ao ar livre.

No Oxy Pure, clientes pagam de US$ 4 a US$ 6 por 15 minutos aspirando oxigênio com uma cânula nasal. O proprietário, Aryaviv Kumar, que originalmente trabalhava como hoteleiro, disse que não lucra com o negócio, inaugurado em maio. Mas planeja abrir outros locais no aeroporto da cidade, e nas cidades de Mumbai e Bangalore. “Os clientes perguntam: ‘Agora precisamos comprar ar puro?’ ”, reproduziu o questionamento. “E eu respondo: ‘Vocês não pagam uma garrafa de água pura, coisa que vocês não faziam há 20 anos?"

Uma manhã, o vendedor Vikram Aiyer, de 25 anos, entrou na lojinha antes de ir ao trabalho. Ele tinha nas narinas dois tubos presos a uma proveta que continha um líquido verde. Aiyer inspirou profundamente. “Pensar em oxigênio não adulterado infla o meu moral murcho nesta cidade”, afirmou, fechando os olhos e respirando mais profundamente. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

NOVA DÉLI – Enquanto, este mês, a poluição da atmosfera atingia níveis perigosos em toda a Índia, enfatizando uma grave crise da saúde pública, uma multidão entrou em uma pequena loja em Nova Déli para buscar uma solução: uma dose de 15 minutos de oxigênio limpo. No Oxy Pure, um “bar de oxigênio” peculiar, clientes prendem tubos ao nariz e inalam perfume de lavanda, citronela, hortelã.

Na ausência de outras opções, Lisa Dwivedi, uma ucraniana que mora na cidade, disse que veio ao bar porque estava cansada de ficar com os olhos coçando, o nariz escorrendo e a garganta inchada. “Não sei se é psicológico, mas me dá uma sensação de bem-estar saber que estou inalando oxigênio puro, mesmo que seja por 15 minutos”, afirmou.

A poluição tornou-se tão grave que este mês foi declarada emergência pública. Foto: Anushree Fadnavis/Reuters

A crise de poluição do ar na Índia se tornou tão grave que, no início deste mês, as autoridades da capital declararam emergência de saúde pública quando os níveis de matéria particulada mortal subiram diversas vezes acima do que a Organização Mundial da Saúde considera seguro. Mas embora o ar tão assustador possa provocar danos cerebrais nas crianças, alguns funcionários do governo central resistiam a admitir o problema, que existe há anos ná Índia, ou minimizavam a sua gravidade.

Um dia em que na atmosfera os níveis de partículas de dimensões mínimas ligadas ao câncer, PM 2,5, subiram para cerca de 60 vezes o limite seguro em partes da capital, Harsh Varhan, o ministro da Saúde indiano, recomendou que as pessoas comessem cenouras para combater eventuais efeitos danosos. “A população está morrendo e isto não pode acontecer em um país civilizado”, ressaltaram, neste mês, juízes da Suprema Corte a respeito da poluição. “Não toleraremos isto. Nós estamos brincando com tudo."

Sem soluções iminentes, alguns indianos trataram de tomar a iniciativa – com soluções como o "bar de oxigênio". Para os cidadãos preocupados com o ar, as opções se restringiram em grande parte à compra de purificadores, e a fechar as frestas das casas com cobertores e toalhas – ou deixando definitivamente as cidades envenenadas. Os cidadãos mais pobres da Índia não têm nenhuma chance, senão dormir ao ar livre.

No Oxy Pure, clientes pagam de US$ 4 a US$ 6 por 15 minutos aspirando oxigênio com uma cânula nasal. O proprietário, Aryaviv Kumar, que originalmente trabalhava como hoteleiro, disse que não lucra com o negócio, inaugurado em maio. Mas planeja abrir outros locais no aeroporto da cidade, e nas cidades de Mumbai e Bangalore. “Os clientes perguntam: ‘Agora precisamos comprar ar puro?’ ”, reproduziu o questionamento. “E eu respondo: ‘Vocês não pagam uma garrafa de água pura, coisa que vocês não faziam há 20 anos?"

Uma manhã, o vendedor Vikram Aiyer, de 25 anos, entrou na lojinha antes de ir ao trabalho. Ele tinha nas narinas dois tubos presos a uma proveta que continha um líquido verde. Aiyer inspirou profundamente. “Pensar em oxigênio não adulterado infla o meu moral murcho nesta cidade”, afirmou, fechando os olhos e respirando mais profundamente. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

NOVA DÉLI – Enquanto, este mês, a poluição da atmosfera atingia níveis perigosos em toda a Índia, enfatizando uma grave crise da saúde pública, uma multidão entrou em uma pequena loja em Nova Déli para buscar uma solução: uma dose de 15 minutos de oxigênio limpo. No Oxy Pure, um “bar de oxigênio” peculiar, clientes prendem tubos ao nariz e inalam perfume de lavanda, citronela, hortelã.

Na ausência de outras opções, Lisa Dwivedi, uma ucraniana que mora na cidade, disse que veio ao bar porque estava cansada de ficar com os olhos coçando, o nariz escorrendo e a garganta inchada. “Não sei se é psicológico, mas me dá uma sensação de bem-estar saber que estou inalando oxigênio puro, mesmo que seja por 15 minutos”, afirmou.

A poluição tornou-se tão grave que este mês foi declarada emergência pública. Foto: Anushree Fadnavis/Reuters

A crise de poluição do ar na Índia se tornou tão grave que, no início deste mês, as autoridades da capital declararam emergência de saúde pública quando os níveis de matéria particulada mortal subiram diversas vezes acima do que a Organização Mundial da Saúde considera seguro. Mas embora o ar tão assustador possa provocar danos cerebrais nas crianças, alguns funcionários do governo central resistiam a admitir o problema, que existe há anos ná Índia, ou minimizavam a sua gravidade.

Um dia em que na atmosfera os níveis de partículas de dimensões mínimas ligadas ao câncer, PM 2,5, subiram para cerca de 60 vezes o limite seguro em partes da capital, Harsh Varhan, o ministro da Saúde indiano, recomendou que as pessoas comessem cenouras para combater eventuais efeitos danosos. “A população está morrendo e isto não pode acontecer em um país civilizado”, ressaltaram, neste mês, juízes da Suprema Corte a respeito da poluição. “Não toleraremos isto. Nós estamos brincando com tudo."

Sem soluções iminentes, alguns indianos trataram de tomar a iniciativa – com soluções como o "bar de oxigênio". Para os cidadãos preocupados com o ar, as opções se restringiram em grande parte à compra de purificadores, e a fechar as frestas das casas com cobertores e toalhas – ou deixando definitivamente as cidades envenenadas. Os cidadãos mais pobres da Índia não têm nenhuma chance, senão dormir ao ar livre.

No Oxy Pure, clientes pagam de US$ 4 a US$ 6 por 15 minutos aspirando oxigênio com uma cânula nasal. O proprietário, Aryaviv Kumar, que originalmente trabalhava como hoteleiro, disse que não lucra com o negócio, inaugurado em maio. Mas planeja abrir outros locais no aeroporto da cidade, e nas cidades de Mumbai e Bangalore. “Os clientes perguntam: ‘Agora precisamos comprar ar puro?’ ”, reproduziu o questionamento. “E eu respondo: ‘Vocês não pagam uma garrafa de água pura, coisa que vocês não faziam há 20 anos?"

Uma manhã, o vendedor Vikram Aiyer, de 25 anos, entrou na lojinha antes de ir ao trabalho. Ele tinha nas narinas dois tubos presos a uma proveta que continha um líquido verde. Aiyer inspirou profundamente. “Pensar em oxigênio não adulterado infla o meu moral murcho nesta cidade”, afirmou, fechando os olhos e respirando mais profundamente. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

NOVA DÉLI – Enquanto, este mês, a poluição da atmosfera atingia níveis perigosos em toda a Índia, enfatizando uma grave crise da saúde pública, uma multidão entrou em uma pequena loja em Nova Déli para buscar uma solução: uma dose de 15 minutos de oxigênio limpo. No Oxy Pure, um “bar de oxigênio” peculiar, clientes prendem tubos ao nariz e inalam perfume de lavanda, citronela, hortelã.

Na ausência de outras opções, Lisa Dwivedi, uma ucraniana que mora na cidade, disse que veio ao bar porque estava cansada de ficar com os olhos coçando, o nariz escorrendo e a garganta inchada. “Não sei se é psicológico, mas me dá uma sensação de bem-estar saber que estou inalando oxigênio puro, mesmo que seja por 15 minutos”, afirmou.

A poluição tornou-se tão grave que este mês foi declarada emergência pública. Foto: Anushree Fadnavis/Reuters

A crise de poluição do ar na Índia se tornou tão grave que, no início deste mês, as autoridades da capital declararam emergência de saúde pública quando os níveis de matéria particulada mortal subiram diversas vezes acima do que a Organização Mundial da Saúde considera seguro. Mas embora o ar tão assustador possa provocar danos cerebrais nas crianças, alguns funcionários do governo central resistiam a admitir o problema, que existe há anos ná Índia, ou minimizavam a sua gravidade.

Um dia em que na atmosfera os níveis de partículas de dimensões mínimas ligadas ao câncer, PM 2,5, subiram para cerca de 60 vezes o limite seguro em partes da capital, Harsh Varhan, o ministro da Saúde indiano, recomendou que as pessoas comessem cenouras para combater eventuais efeitos danosos. “A população está morrendo e isto não pode acontecer em um país civilizado”, ressaltaram, neste mês, juízes da Suprema Corte a respeito da poluição. “Não toleraremos isto. Nós estamos brincando com tudo."

Sem soluções iminentes, alguns indianos trataram de tomar a iniciativa – com soluções como o "bar de oxigênio". Para os cidadãos preocupados com o ar, as opções se restringiram em grande parte à compra de purificadores, e a fechar as frestas das casas com cobertores e toalhas – ou deixando definitivamente as cidades envenenadas. Os cidadãos mais pobres da Índia não têm nenhuma chance, senão dormir ao ar livre.

No Oxy Pure, clientes pagam de US$ 4 a US$ 6 por 15 minutos aspirando oxigênio com uma cânula nasal. O proprietário, Aryaviv Kumar, que originalmente trabalhava como hoteleiro, disse que não lucra com o negócio, inaugurado em maio. Mas planeja abrir outros locais no aeroporto da cidade, e nas cidades de Mumbai e Bangalore. “Os clientes perguntam: ‘Agora precisamos comprar ar puro?’ ”, reproduziu o questionamento. “E eu respondo: ‘Vocês não pagam uma garrafa de água pura, coisa que vocês não faziam há 20 anos?"

Uma manhã, o vendedor Vikram Aiyer, de 25 anos, entrou na lojinha antes de ir ao trabalho. Ele tinha nas narinas dois tubos presos a uma proveta que continha um líquido verde. Aiyer inspirou profundamente. “Pensar em oxigênio não adulterado infla o meu moral murcho nesta cidade”, afirmou, fechando os olhos e respirando mais profundamente. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

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