Talvez seja uma boa hora para tirar a poeira dos patins


Redes sociais ajudam a espalhar a moda dos patins, que vai ganhando novos adeptos com o passar das décadas

Por Taylor Lorenz

Jessie Zhang, uma jovem de 18 anos do norte da Califórnia, está morrendo de vontade de patinar. Ela passou horas vasculhando a internet à procura de diferentes modelos. Pesquisou protetores de dedo no Depop. E está até pegando umas tarefas extras em casa, tipo lavar a louça, na esperança de que seus pais comprem um par de patins para ela.

“Patinar está na moda”, disse ela. “Acho que as pessoas estão procurando alguma coisa para fazer e é muito acessível”.

Andar de patins traz uma certa nostalgia aos praticantes. Foto: Kendrick Brinson/The New York Times
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Desde que as medidas de quarentena entraram em vigor, a patinação está de volta. O surto de vídeos virais de patinação em plataformas como TikTok e Instagram, a proliferação de tutoriais de patins, a nova safra de marcas de patins lindos e brilhantes e a vontade de sair por aí no meio da pandemia de coronavírus levaram o interesse pela patinação às alturas.

Marawa Ibrahim, 37 anos, que vende sua própria linha de patins e roupas de patinação, disse que, assim como muitos outros varejistas, ela não consegue fazer estoque de patins. “Assim que o lockdown começou, as vendas começaram a subir muito”, disse ela. “Nossos patins estão completamente esgotados, assim como os de todo mundo, e as roupas também”.

Ibrahim patina desde os 2 anos de idade e já viu os patins entrarem e saírem de moda várias vezes, mas, desta vez, diz ela, a onda está forte. “É uma tempestade perfeita, com essas mídias sociais como o TikTok, o lockdown e as pessoas procurando coisas visuais meio kitsch”, disse ela.

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Um vídeo da atriz Ana Coto, 29 anos, deslizando pelas ruas de Los Angeles ao som de Jenny From the Block foi visto mais de 14 milhões de vezes no TikTok. Viralizou tanto que Coto se transformou em meme.

@anaocto Call me Jenny @jlo ##rollerskating ##jlotiktokchallenge ♬ Jenny from the Block - Bronx Remix No Rap Edit - Jennifer Lopez

“Estou muito feliz com os vídeos que recebo de pessoas me dizendo que ganharam patins por minha causa ou que tiraram os patins da caixa pela primeira vez em não sei quantos anos”, disse Coto. A hashtag #roller-skating agora tem mais de 1,4 bilhão de visualizações no TikTok.

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Depois de ter sido bombardeado com fotos e vídeos de patinação sobre rodas nas redes sociais, Eric Ha, 23 anos, recém-formado em Denver, finalmente pagou US$ 80 por um par de patins pretos com rodas azuis no início deste mês. “Sinto muito, rapazes, mas os patins vão ser a grande onda deste verão”, ele tuitou.

Parte do motivo da atração de Ha e de outros é a nostalgia. Os patins lembram décadas anteriores, como os anos 70, 80 e 90, quando a patinação era a última moda. “Acho que esse avivamento é a nossa maneira de lidar com a covid-19 e tudo o que está acontecendo”, disse Ha. “A nostalgia nos ajuda a nos sentirmos melhor em relação a tudo, a gente consegue brincar um pouco com tudo isso”.

Ha encorajou seus amigos a comprar patins e sonha em patinar pela cidade junto com eles, em roupas retrô brilhantes, combinando com os patins. “É só um look de verão muito bom”, disse ele.

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Muitos patinadores, especialmente aqueles que estão no mundo da patinação há algum tempo, fazem questão de lembrar que o esporte já tinha um lugar na cultura antes do coronavírus e do TikTok. Toni Bravo, 20 anos, estudante da Califórnia, criou um TikTok para contar como a cultura negra foi moldando a comunidade dos patins ao longo do tempo. “Não quero que as pessoas esqueçam como a comunidade negra contribuiu para essa história”, disse ela.

Num artigo no New York Times em 2018, Jim Farber escreveu: “A conexão entre os afro-americanos e as noites de patins para adultos está profundamente ligada à dolorosa história de segregação do país”. Ele observou que, durante a segregação, as pistas separavam os patinadores negros e brancos, o que levou à formação de uma cultura distinta da patinação negra.

Hoje, mesmo que muitas pistas venham servindo como refúgios seguros para a comunidade LGBTQ+ e outros grupos marginalizados e que a comunidade dos patins se orgulhe de ser inclusiva, Coco Franklin, 36 anos, instrutora de patinação de longa data, disse que vem observando que boa parte da atenção ainda se volta às mulheres brancas.

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“O que está acontecendo é que pessoas brancas ou pessoas que passam por brancas popularizaram os patins no TikTok, e o TikTok estava dando destaque para essas pessoas”, disse Franklin. “A patinação sobre rodas ficou popular e foi praticamente embranquecida, e as pessoas estão tristes com isso”.

Ela notou mais patinadores brancos dispostos a falar abertamente e apoiar os outros, o que ela disse ser encorajador. “Tenho visto muitas pessoas não negras realmente falarem e compartilharem as contas dos patinadores negros, então acho que a comunidade está mudando para melhor”, disse ela.

O ressurgimento também foi uma bênção para seus negócios. “Tenho notado um grande aumento no número de aulas particulares e de pessoas que vêm aos meus workshops”, disse Franklin. “Estou lotada de trabalho, então preciso patinar muito mais”.

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Terrance Brown virou um entusiasta dos patins nos últimos meses. Foto: Kendrick Brinson/The New York Times

Terrance Brown, 31 anos, começou a patinar há apenas cinco meses, mas já formou uma comunidade. Depois que seu trabalho como personal trainer esfriou na pandemia, ele fundou o SB Rollers, um clube de patinação em Santa Bárbara, Califórnia. Brown disse que seu maior arrependimento foi ter demorado tanto para descobrir a patinação.

“Eu era contra”, disse ele. “Achava que era um cara do futebol, não dos patins. Tinha medo de que, se caísse, as pessoas rissem de mim”. Agora, Brown patina todos os dias. “Só paro de patinar quando o sol se põe”, disse ele.

“Toda a pandemia está horrível, mas o lado bom é que todos estão saindo, patinando, se divertindo e conhecendo pessoas”, disse ele. “Não estão só sentados em casa, olhando para as paredes”.

Coto disse que ela também tenta sair e patinar o máximo que pode. “Fico muito feliz de saber que mais pessoas estão se interessando pela patinação, acho que quanto mais patinadores, melhor”, disse ela. “Mesmo se essa bolha estourar, não vamos parar, a patinação veio para ficar”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

Jessie Zhang, uma jovem de 18 anos do norte da Califórnia, está morrendo de vontade de patinar. Ela passou horas vasculhando a internet à procura de diferentes modelos. Pesquisou protetores de dedo no Depop. E está até pegando umas tarefas extras em casa, tipo lavar a louça, na esperança de que seus pais comprem um par de patins para ela.

“Patinar está na moda”, disse ela. “Acho que as pessoas estão procurando alguma coisa para fazer e é muito acessível”.

Andar de patins traz uma certa nostalgia aos praticantes. Foto: Kendrick Brinson/The New York Times

Desde que as medidas de quarentena entraram em vigor, a patinação está de volta. O surto de vídeos virais de patinação em plataformas como TikTok e Instagram, a proliferação de tutoriais de patins, a nova safra de marcas de patins lindos e brilhantes e a vontade de sair por aí no meio da pandemia de coronavírus levaram o interesse pela patinação às alturas.

Marawa Ibrahim, 37 anos, que vende sua própria linha de patins e roupas de patinação, disse que, assim como muitos outros varejistas, ela não consegue fazer estoque de patins. “Assim que o lockdown começou, as vendas começaram a subir muito”, disse ela. “Nossos patins estão completamente esgotados, assim como os de todo mundo, e as roupas também”.

Ibrahim patina desde os 2 anos de idade e já viu os patins entrarem e saírem de moda várias vezes, mas, desta vez, diz ela, a onda está forte. “É uma tempestade perfeita, com essas mídias sociais como o TikTok, o lockdown e as pessoas procurando coisas visuais meio kitsch”, disse ela.

Um vídeo da atriz Ana Coto, 29 anos, deslizando pelas ruas de Los Angeles ao som de Jenny From the Block foi visto mais de 14 milhões de vezes no TikTok. Viralizou tanto que Coto se transformou em meme.

@anaocto Call me Jenny @jlo ##rollerskating ##jlotiktokchallenge ♬ Jenny from the Block - Bronx Remix No Rap Edit - Jennifer Lopez

“Estou muito feliz com os vídeos que recebo de pessoas me dizendo que ganharam patins por minha causa ou que tiraram os patins da caixa pela primeira vez em não sei quantos anos”, disse Coto. A hashtag #roller-skating agora tem mais de 1,4 bilhão de visualizações no TikTok.

Depois de ter sido bombardeado com fotos e vídeos de patinação sobre rodas nas redes sociais, Eric Ha, 23 anos, recém-formado em Denver, finalmente pagou US$ 80 por um par de patins pretos com rodas azuis no início deste mês. “Sinto muito, rapazes, mas os patins vão ser a grande onda deste verão”, ele tuitou.

Parte do motivo da atração de Ha e de outros é a nostalgia. Os patins lembram décadas anteriores, como os anos 70, 80 e 90, quando a patinação era a última moda. “Acho que esse avivamento é a nossa maneira de lidar com a covid-19 e tudo o que está acontecendo”, disse Ha. “A nostalgia nos ajuda a nos sentirmos melhor em relação a tudo, a gente consegue brincar um pouco com tudo isso”.

Ha encorajou seus amigos a comprar patins e sonha em patinar pela cidade junto com eles, em roupas retrô brilhantes, combinando com os patins. “É só um look de verão muito bom”, disse ele.

Muitos patinadores, especialmente aqueles que estão no mundo da patinação há algum tempo, fazem questão de lembrar que o esporte já tinha um lugar na cultura antes do coronavírus e do TikTok. Toni Bravo, 20 anos, estudante da Califórnia, criou um TikTok para contar como a cultura negra foi moldando a comunidade dos patins ao longo do tempo. “Não quero que as pessoas esqueçam como a comunidade negra contribuiu para essa história”, disse ela.

Num artigo no New York Times em 2018, Jim Farber escreveu: “A conexão entre os afro-americanos e as noites de patins para adultos está profundamente ligada à dolorosa história de segregação do país”. Ele observou que, durante a segregação, as pistas separavam os patinadores negros e brancos, o que levou à formação de uma cultura distinta da patinação negra.

Hoje, mesmo que muitas pistas venham servindo como refúgios seguros para a comunidade LGBTQ+ e outros grupos marginalizados e que a comunidade dos patins se orgulhe de ser inclusiva, Coco Franklin, 36 anos, instrutora de patinação de longa data, disse que vem observando que boa parte da atenção ainda se volta às mulheres brancas.

“O que está acontecendo é que pessoas brancas ou pessoas que passam por brancas popularizaram os patins no TikTok, e o TikTok estava dando destaque para essas pessoas”, disse Franklin. “A patinação sobre rodas ficou popular e foi praticamente embranquecida, e as pessoas estão tristes com isso”.

Ela notou mais patinadores brancos dispostos a falar abertamente e apoiar os outros, o que ela disse ser encorajador. “Tenho visto muitas pessoas não negras realmente falarem e compartilharem as contas dos patinadores negros, então acho que a comunidade está mudando para melhor”, disse ela.

O ressurgimento também foi uma bênção para seus negócios. “Tenho notado um grande aumento no número de aulas particulares e de pessoas que vêm aos meus workshops”, disse Franklin. “Estou lotada de trabalho, então preciso patinar muito mais”.

Terrance Brown virou um entusiasta dos patins nos últimos meses. Foto: Kendrick Brinson/The New York Times

Terrance Brown, 31 anos, começou a patinar há apenas cinco meses, mas já formou uma comunidade. Depois que seu trabalho como personal trainer esfriou na pandemia, ele fundou o SB Rollers, um clube de patinação em Santa Bárbara, Califórnia. Brown disse que seu maior arrependimento foi ter demorado tanto para descobrir a patinação.

“Eu era contra”, disse ele. “Achava que era um cara do futebol, não dos patins. Tinha medo de que, se caísse, as pessoas rissem de mim”. Agora, Brown patina todos os dias. “Só paro de patinar quando o sol se põe”, disse ele.

“Toda a pandemia está horrível, mas o lado bom é que todos estão saindo, patinando, se divertindo e conhecendo pessoas”, disse ele. “Não estão só sentados em casa, olhando para as paredes”.

Coto disse que ela também tenta sair e patinar o máximo que pode. “Fico muito feliz de saber que mais pessoas estão se interessando pela patinação, acho que quanto mais patinadores, melhor”, disse ela. “Mesmo se essa bolha estourar, não vamos parar, a patinação veio para ficar”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

Jessie Zhang, uma jovem de 18 anos do norte da Califórnia, está morrendo de vontade de patinar. Ela passou horas vasculhando a internet à procura de diferentes modelos. Pesquisou protetores de dedo no Depop. E está até pegando umas tarefas extras em casa, tipo lavar a louça, na esperança de que seus pais comprem um par de patins para ela.

“Patinar está na moda”, disse ela. “Acho que as pessoas estão procurando alguma coisa para fazer e é muito acessível”.

Andar de patins traz uma certa nostalgia aos praticantes. Foto: Kendrick Brinson/The New York Times

Desde que as medidas de quarentena entraram em vigor, a patinação está de volta. O surto de vídeos virais de patinação em plataformas como TikTok e Instagram, a proliferação de tutoriais de patins, a nova safra de marcas de patins lindos e brilhantes e a vontade de sair por aí no meio da pandemia de coronavírus levaram o interesse pela patinação às alturas.

Marawa Ibrahim, 37 anos, que vende sua própria linha de patins e roupas de patinação, disse que, assim como muitos outros varejistas, ela não consegue fazer estoque de patins. “Assim que o lockdown começou, as vendas começaram a subir muito”, disse ela. “Nossos patins estão completamente esgotados, assim como os de todo mundo, e as roupas também”.

Ibrahim patina desde os 2 anos de idade e já viu os patins entrarem e saírem de moda várias vezes, mas, desta vez, diz ela, a onda está forte. “É uma tempestade perfeita, com essas mídias sociais como o TikTok, o lockdown e as pessoas procurando coisas visuais meio kitsch”, disse ela.

Um vídeo da atriz Ana Coto, 29 anos, deslizando pelas ruas de Los Angeles ao som de Jenny From the Block foi visto mais de 14 milhões de vezes no TikTok. Viralizou tanto que Coto se transformou em meme.

@anaocto Call me Jenny @jlo ##rollerskating ##jlotiktokchallenge ♬ Jenny from the Block - Bronx Remix No Rap Edit - Jennifer Lopez

“Estou muito feliz com os vídeos que recebo de pessoas me dizendo que ganharam patins por minha causa ou que tiraram os patins da caixa pela primeira vez em não sei quantos anos”, disse Coto. A hashtag #roller-skating agora tem mais de 1,4 bilhão de visualizações no TikTok.

Depois de ter sido bombardeado com fotos e vídeos de patinação sobre rodas nas redes sociais, Eric Ha, 23 anos, recém-formado em Denver, finalmente pagou US$ 80 por um par de patins pretos com rodas azuis no início deste mês. “Sinto muito, rapazes, mas os patins vão ser a grande onda deste verão”, ele tuitou.

Parte do motivo da atração de Ha e de outros é a nostalgia. Os patins lembram décadas anteriores, como os anos 70, 80 e 90, quando a patinação era a última moda. “Acho que esse avivamento é a nossa maneira de lidar com a covid-19 e tudo o que está acontecendo”, disse Ha. “A nostalgia nos ajuda a nos sentirmos melhor em relação a tudo, a gente consegue brincar um pouco com tudo isso”.

Ha encorajou seus amigos a comprar patins e sonha em patinar pela cidade junto com eles, em roupas retrô brilhantes, combinando com os patins. “É só um look de verão muito bom”, disse ele.

Muitos patinadores, especialmente aqueles que estão no mundo da patinação há algum tempo, fazem questão de lembrar que o esporte já tinha um lugar na cultura antes do coronavírus e do TikTok. Toni Bravo, 20 anos, estudante da Califórnia, criou um TikTok para contar como a cultura negra foi moldando a comunidade dos patins ao longo do tempo. “Não quero que as pessoas esqueçam como a comunidade negra contribuiu para essa história”, disse ela.

Num artigo no New York Times em 2018, Jim Farber escreveu: “A conexão entre os afro-americanos e as noites de patins para adultos está profundamente ligada à dolorosa história de segregação do país”. Ele observou que, durante a segregação, as pistas separavam os patinadores negros e brancos, o que levou à formação de uma cultura distinta da patinação negra.

Hoje, mesmo que muitas pistas venham servindo como refúgios seguros para a comunidade LGBTQ+ e outros grupos marginalizados e que a comunidade dos patins se orgulhe de ser inclusiva, Coco Franklin, 36 anos, instrutora de patinação de longa data, disse que vem observando que boa parte da atenção ainda se volta às mulheres brancas.

“O que está acontecendo é que pessoas brancas ou pessoas que passam por brancas popularizaram os patins no TikTok, e o TikTok estava dando destaque para essas pessoas”, disse Franklin. “A patinação sobre rodas ficou popular e foi praticamente embranquecida, e as pessoas estão tristes com isso”.

Ela notou mais patinadores brancos dispostos a falar abertamente e apoiar os outros, o que ela disse ser encorajador. “Tenho visto muitas pessoas não negras realmente falarem e compartilharem as contas dos patinadores negros, então acho que a comunidade está mudando para melhor”, disse ela.

O ressurgimento também foi uma bênção para seus negócios. “Tenho notado um grande aumento no número de aulas particulares e de pessoas que vêm aos meus workshops”, disse Franklin. “Estou lotada de trabalho, então preciso patinar muito mais”.

Terrance Brown virou um entusiasta dos patins nos últimos meses. Foto: Kendrick Brinson/The New York Times

Terrance Brown, 31 anos, começou a patinar há apenas cinco meses, mas já formou uma comunidade. Depois que seu trabalho como personal trainer esfriou na pandemia, ele fundou o SB Rollers, um clube de patinação em Santa Bárbara, Califórnia. Brown disse que seu maior arrependimento foi ter demorado tanto para descobrir a patinação.

“Eu era contra”, disse ele. “Achava que era um cara do futebol, não dos patins. Tinha medo de que, se caísse, as pessoas rissem de mim”. Agora, Brown patina todos os dias. “Só paro de patinar quando o sol se põe”, disse ele.

“Toda a pandemia está horrível, mas o lado bom é que todos estão saindo, patinando, se divertindo e conhecendo pessoas”, disse ele. “Não estão só sentados em casa, olhando para as paredes”.

Coto disse que ela também tenta sair e patinar o máximo que pode. “Fico muito feliz de saber que mais pessoas estão se interessando pela patinação, acho que quanto mais patinadores, melhor”, disse ela. “Mesmo se essa bolha estourar, não vamos parar, a patinação veio para ficar”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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