‘Sempre foi importante manter minha alma intacta’, diz Kali Uchis, a latina que conquistou o mundo


Ao iniciar uma turnê como atração principal, a compositora colombiana-americana está determinada a permanecer “transparente” e nunca diluir a mistura de estética e linguagens em sua música que cruza os gêneros

Por Jon Pareles

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - No palco principal do Coachella, astros trazem convidados para mostrar suas conexões e inspirações. Nos primeiros minutos de sua apresentação no festival de domingo, a compositora colombiana-americana Kali Uchis exibiu três participações rápidas: Don Toliver, Omar Apollo e Tyler, the Creator.

Esses duetos - e músicas bilíngues que incluíam seus sucessos, canções favoritas do reggaeton e uma música inédita de seu próximo álbum - foram uma demonstração das afinidades pessoais e musicais de longo alcance de Uchis: com R&B, pop, hip-hop, dance music e raízes latinas. (Toliver, um rapper do Texas com certificado de platina, também é seu namorado.)

“Eu tenho tantas coisas diferentes que eu sou”, Kali Uchis disse alguns dias antes de seu show no Coachella. Foto: Elizabeth Weinberg/The New York Times
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“Sou tantas coisas diferentes”, disse Uchis, 28, em uma entrevista em vídeo alguns dias antes do show. “Para se tornar comercializável em massa ou em escala mainstream, você precisa se diluir como pessoa, como artista, porque é isso que as massas entendem. Mas sempre foi importante para mim ser eu mesma, manter minha alma intacta o máximo que puder.

“Nesta indústria, existem tantas maneiras de se perder como pessoa. Mas acho importante que você não tente comprometer o que você está fazendo como artista”.

Uchis tinha acabado de voltar dos festivais Lollapalooza na América do Sul e estava ensaiando para o Coachella e sua própria turnê como atração principal, que começa em 25 de abril em Austin, Texas.

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“Gosto que um show pareça mágico”, disse ela, “para fazer as pessoas se sentirem em outro lugar ou questionar um pouco a realidade”.

Conversando de Los Angeles durante um intervalo de um ensaio de dança, seu cansaço apareceu. Uchis caiu em um sofá de couro em um camarim, enrolada em um cobertor de lã branca, falando de forma hesitante no início. Fora do palco, simples e descansando, ela era uma figura decididamente diferente de sua presença dançante e deslizante no palco ou nos videoclipes sensuais e reveladores que ela dirige para suas canções.

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“Não vou ter esse corpo para sempre, sabe?” ela disse.

Uchis se descreve como uma introvertida que gosta de ficar sozinha. Mas solidão não significa ociosidade. Ela escreve letras potenciais todos os dias, observando: “Não há botão de ‘desligar’. Não parece trabalho. Palavras e melodias costumam chegar até ela no chuveiro, e ela as grava em seu telefone. Quando as compartilha com seus produtores, muitas vezes eles podem ouvir a água correndo.

Seu terceiro álbum de estúdio, Red Moon in Venus, lançado em março, é repleto de canções de R&B que nos fazem flutuar e se deleitam com o prazer e o desejo, mas também exploram o que acontece quando as coisas dão errado. I Wish You Roses, que foi reproduzida mais de 50 milhões de vezes apenas no Spotify, é uma rara música pós-término contra ressentimentos: “Qualquer amor que eu dei a você é para sempre seu”, ela canta.

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Uchis já gravou seu quarto álbum, com canções em espanhol e, como sugeriu sua estreia no Coachella, ritmos latinos; a nova música era um bolero choroso com sabor vintage. Ela planeja começar a lançar as novas faixas em espanhol neste verão.

Omar Apollo, que já cantou duetos com Uchis, nasceu, como Uchis, nos Estados Unidos de pais imigrantes; os seus são mexicano-americanos.

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“Existem tantos latinos bilíngues de primeira geração na América que falam como nós e têm o mesmo histórico”, disse ele em entrevista por telefone. “É a própria subcultura dos latinos, e acho que muitas pessoas se identificam com isso.”

Mas o que levou a sua amizade e colaboração com Uchis, disse Apollo, foi simplesmente ouvir o som de sua voz em suas primeiras gravações, que ela colocou no SoundCloud em meados de 2010.

“O tom dela é lindo e fascinante”, disse ele. “Ela tem uma música chamada ‘Melting’ (Derretendo), e realmente parece que você está derretendo.”

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Uchis nasceu como Karly-Marina Loaiza na Virgínia, a caçula de cinco irmãos; Kali Uchis era um apelido de infância. Ela passou seus primeiros anos em Pereira, cidade natal de seus pais na Colômbia; a família voltou para Virgínia enquanto ela estava na escola primária.

Quando Uchis tinha 17 anos, seu pai a expulsou de casa por faltar às aulas e desrespeitar o toque de recolher, e ela passou meses morando em seu carro antes de voltar para casa. Ela usou seu laptop e samples para gravar uma mixtape, “Drunken Babble”, e a colocou no site de mixtape DatPiff em 2012, logo após se formar no ensino médio.

Um vídeo que ela fez para uma música, What They Say, chamou a atenção de Snoop Dogg, e os dois lançaram uma colaboração, On Edge, em 2014. Esperando por oportunidades como diretora de vídeos ou artista, Uchis mudou-se para Los Angeles.

Outros músicos prestaram atenção à sua voz flexível e composições de coração aberto. Seu EP de estreia em 2015, Por Vida, contou com Diplo, Kaytranada e Tyler, the Creator como produtores. (Uchis mais tarde ganharia um Grammy de melhor gravação dance por “10%” com Kaytranada).

Em vez de estreitar seu foco, Uchis continuou ampliando-o. Ela construiu harmonias vocais cada vez mais elaboradas. Ela incorporou mais letras em espanhol. Trabalhou com mais colaboradores, entre eles Gorillaz, SZA, Juanes, Little Dragon, Daniel Caesar e Jorja Smith. Ela usou dançarinos em seus shows. E expandiu seu alcance vocal para baixo e para cima, ultimamente saltando até para tons próximos do assobio.

Em 2021, Uchis fez sucesso internacional com Telepatía, canção bilíngue sobre amantes separados pela distância; a música encontrou ressonância extra durante a pandemia. A princípio, sua gravadora duvidou de seu potencial.

“Disseram-me que eu teria que trocar a bateria para que fosse para o rádio”, disse Uchis. “E eu fiquei tipo, ‘Não, estou bem. Prefiro não tocar no rádio do que mudar minha música.’”

De qualquer forma, a música percorreu o TikTok e os pedidos a empurraram para o rádio. Até agora, ela foi reproduzida mais de 1 bilhão de vezes no Spotify e no YouTube. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - No palco principal do Coachella, astros trazem convidados para mostrar suas conexões e inspirações. Nos primeiros minutos de sua apresentação no festival de domingo, a compositora colombiana-americana Kali Uchis exibiu três participações rápidas: Don Toliver, Omar Apollo e Tyler, the Creator.

Esses duetos - e músicas bilíngues que incluíam seus sucessos, canções favoritas do reggaeton e uma música inédita de seu próximo álbum - foram uma demonstração das afinidades pessoais e musicais de longo alcance de Uchis: com R&B, pop, hip-hop, dance music e raízes latinas. (Toliver, um rapper do Texas com certificado de platina, também é seu namorado.)

“Eu tenho tantas coisas diferentes que eu sou”, Kali Uchis disse alguns dias antes de seu show no Coachella. Foto: Elizabeth Weinberg/The New York Times

“Sou tantas coisas diferentes”, disse Uchis, 28, em uma entrevista em vídeo alguns dias antes do show. “Para se tornar comercializável em massa ou em escala mainstream, você precisa se diluir como pessoa, como artista, porque é isso que as massas entendem. Mas sempre foi importante para mim ser eu mesma, manter minha alma intacta o máximo que puder.

“Nesta indústria, existem tantas maneiras de se perder como pessoa. Mas acho importante que você não tente comprometer o que você está fazendo como artista”.

Uchis tinha acabado de voltar dos festivais Lollapalooza na América do Sul e estava ensaiando para o Coachella e sua própria turnê como atração principal, que começa em 25 de abril em Austin, Texas.

“Gosto que um show pareça mágico”, disse ela, “para fazer as pessoas se sentirem em outro lugar ou questionar um pouco a realidade”.

Conversando de Los Angeles durante um intervalo de um ensaio de dança, seu cansaço apareceu. Uchis caiu em um sofá de couro em um camarim, enrolada em um cobertor de lã branca, falando de forma hesitante no início. Fora do palco, simples e descansando, ela era uma figura decididamente diferente de sua presença dançante e deslizante no palco ou nos videoclipes sensuais e reveladores que ela dirige para suas canções.

“Não vou ter esse corpo para sempre, sabe?” ela disse.

Uchis se descreve como uma introvertida que gosta de ficar sozinha. Mas solidão não significa ociosidade. Ela escreve letras potenciais todos os dias, observando: “Não há botão de ‘desligar’. Não parece trabalho. Palavras e melodias costumam chegar até ela no chuveiro, e ela as grava em seu telefone. Quando as compartilha com seus produtores, muitas vezes eles podem ouvir a água correndo.

Seu terceiro álbum de estúdio, Red Moon in Venus, lançado em março, é repleto de canções de R&B que nos fazem flutuar e se deleitam com o prazer e o desejo, mas também exploram o que acontece quando as coisas dão errado. I Wish You Roses, que foi reproduzida mais de 50 milhões de vezes apenas no Spotify, é uma rara música pós-término contra ressentimentos: “Qualquer amor que eu dei a você é para sempre seu”, ela canta.

Uchis já gravou seu quarto álbum, com canções em espanhol e, como sugeriu sua estreia no Coachella, ritmos latinos; a nova música era um bolero choroso com sabor vintage. Ela planeja começar a lançar as novas faixas em espanhol neste verão.

Omar Apollo, que já cantou duetos com Uchis, nasceu, como Uchis, nos Estados Unidos de pais imigrantes; os seus são mexicano-americanos.

“Existem tantos latinos bilíngues de primeira geração na América que falam como nós e têm o mesmo histórico”, disse ele em entrevista por telefone. “É a própria subcultura dos latinos, e acho que muitas pessoas se identificam com isso.”

Mas o que levou a sua amizade e colaboração com Uchis, disse Apollo, foi simplesmente ouvir o som de sua voz em suas primeiras gravações, que ela colocou no SoundCloud em meados de 2010.

“O tom dela é lindo e fascinante”, disse ele. “Ela tem uma música chamada ‘Melting’ (Derretendo), e realmente parece que você está derretendo.”

Uchis nasceu como Karly-Marina Loaiza na Virgínia, a caçula de cinco irmãos; Kali Uchis era um apelido de infância. Ela passou seus primeiros anos em Pereira, cidade natal de seus pais na Colômbia; a família voltou para Virgínia enquanto ela estava na escola primária.

Quando Uchis tinha 17 anos, seu pai a expulsou de casa por faltar às aulas e desrespeitar o toque de recolher, e ela passou meses morando em seu carro antes de voltar para casa. Ela usou seu laptop e samples para gravar uma mixtape, “Drunken Babble”, e a colocou no site de mixtape DatPiff em 2012, logo após se formar no ensino médio.

Um vídeo que ela fez para uma música, What They Say, chamou a atenção de Snoop Dogg, e os dois lançaram uma colaboração, On Edge, em 2014. Esperando por oportunidades como diretora de vídeos ou artista, Uchis mudou-se para Los Angeles.

Outros músicos prestaram atenção à sua voz flexível e composições de coração aberto. Seu EP de estreia em 2015, Por Vida, contou com Diplo, Kaytranada e Tyler, the Creator como produtores. (Uchis mais tarde ganharia um Grammy de melhor gravação dance por “10%” com Kaytranada).

Em vez de estreitar seu foco, Uchis continuou ampliando-o. Ela construiu harmonias vocais cada vez mais elaboradas. Ela incorporou mais letras em espanhol. Trabalhou com mais colaboradores, entre eles Gorillaz, SZA, Juanes, Little Dragon, Daniel Caesar e Jorja Smith. Ela usou dançarinos em seus shows. E expandiu seu alcance vocal para baixo e para cima, ultimamente saltando até para tons próximos do assobio.

Em 2021, Uchis fez sucesso internacional com Telepatía, canção bilíngue sobre amantes separados pela distância; a música encontrou ressonância extra durante a pandemia. A princípio, sua gravadora duvidou de seu potencial.

“Disseram-me que eu teria que trocar a bateria para que fosse para o rádio”, disse Uchis. “E eu fiquei tipo, ‘Não, estou bem. Prefiro não tocar no rádio do que mudar minha música.’”

De qualquer forma, a música percorreu o TikTok e os pedidos a empurraram para o rádio. Até agora, ela foi reproduzida mais de 1 bilhão de vezes no Spotify e no YouTube. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - No palco principal do Coachella, astros trazem convidados para mostrar suas conexões e inspirações. Nos primeiros minutos de sua apresentação no festival de domingo, a compositora colombiana-americana Kali Uchis exibiu três participações rápidas: Don Toliver, Omar Apollo e Tyler, the Creator.

Esses duetos - e músicas bilíngues que incluíam seus sucessos, canções favoritas do reggaeton e uma música inédita de seu próximo álbum - foram uma demonstração das afinidades pessoais e musicais de longo alcance de Uchis: com R&B, pop, hip-hop, dance music e raízes latinas. (Toliver, um rapper do Texas com certificado de platina, também é seu namorado.)

“Eu tenho tantas coisas diferentes que eu sou”, Kali Uchis disse alguns dias antes de seu show no Coachella. Foto: Elizabeth Weinberg/The New York Times

“Sou tantas coisas diferentes”, disse Uchis, 28, em uma entrevista em vídeo alguns dias antes do show. “Para se tornar comercializável em massa ou em escala mainstream, você precisa se diluir como pessoa, como artista, porque é isso que as massas entendem. Mas sempre foi importante para mim ser eu mesma, manter minha alma intacta o máximo que puder.

“Nesta indústria, existem tantas maneiras de se perder como pessoa. Mas acho importante que você não tente comprometer o que você está fazendo como artista”.

Uchis tinha acabado de voltar dos festivais Lollapalooza na América do Sul e estava ensaiando para o Coachella e sua própria turnê como atração principal, que começa em 25 de abril em Austin, Texas.

“Gosto que um show pareça mágico”, disse ela, “para fazer as pessoas se sentirem em outro lugar ou questionar um pouco a realidade”.

Conversando de Los Angeles durante um intervalo de um ensaio de dança, seu cansaço apareceu. Uchis caiu em um sofá de couro em um camarim, enrolada em um cobertor de lã branca, falando de forma hesitante no início. Fora do palco, simples e descansando, ela era uma figura decididamente diferente de sua presença dançante e deslizante no palco ou nos videoclipes sensuais e reveladores que ela dirige para suas canções.

“Não vou ter esse corpo para sempre, sabe?” ela disse.

Uchis se descreve como uma introvertida que gosta de ficar sozinha. Mas solidão não significa ociosidade. Ela escreve letras potenciais todos os dias, observando: “Não há botão de ‘desligar’. Não parece trabalho. Palavras e melodias costumam chegar até ela no chuveiro, e ela as grava em seu telefone. Quando as compartilha com seus produtores, muitas vezes eles podem ouvir a água correndo.

Seu terceiro álbum de estúdio, Red Moon in Venus, lançado em março, é repleto de canções de R&B que nos fazem flutuar e se deleitam com o prazer e o desejo, mas também exploram o que acontece quando as coisas dão errado. I Wish You Roses, que foi reproduzida mais de 50 milhões de vezes apenas no Spotify, é uma rara música pós-término contra ressentimentos: “Qualquer amor que eu dei a você é para sempre seu”, ela canta.

Uchis já gravou seu quarto álbum, com canções em espanhol e, como sugeriu sua estreia no Coachella, ritmos latinos; a nova música era um bolero choroso com sabor vintage. Ela planeja começar a lançar as novas faixas em espanhol neste verão.

Omar Apollo, que já cantou duetos com Uchis, nasceu, como Uchis, nos Estados Unidos de pais imigrantes; os seus são mexicano-americanos.

“Existem tantos latinos bilíngues de primeira geração na América que falam como nós e têm o mesmo histórico”, disse ele em entrevista por telefone. “É a própria subcultura dos latinos, e acho que muitas pessoas se identificam com isso.”

Mas o que levou a sua amizade e colaboração com Uchis, disse Apollo, foi simplesmente ouvir o som de sua voz em suas primeiras gravações, que ela colocou no SoundCloud em meados de 2010.

“O tom dela é lindo e fascinante”, disse ele. “Ela tem uma música chamada ‘Melting’ (Derretendo), e realmente parece que você está derretendo.”

Uchis nasceu como Karly-Marina Loaiza na Virgínia, a caçula de cinco irmãos; Kali Uchis era um apelido de infância. Ela passou seus primeiros anos em Pereira, cidade natal de seus pais na Colômbia; a família voltou para Virgínia enquanto ela estava na escola primária.

Quando Uchis tinha 17 anos, seu pai a expulsou de casa por faltar às aulas e desrespeitar o toque de recolher, e ela passou meses morando em seu carro antes de voltar para casa. Ela usou seu laptop e samples para gravar uma mixtape, “Drunken Babble”, e a colocou no site de mixtape DatPiff em 2012, logo após se formar no ensino médio.

Um vídeo que ela fez para uma música, What They Say, chamou a atenção de Snoop Dogg, e os dois lançaram uma colaboração, On Edge, em 2014. Esperando por oportunidades como diretora de vídeos ou artista, Uchis mudou-se para Los Angeles.

Outros músicos prestaram atenção à sua voz flexível e composições de coração aberto. Seu EP de estreia em 2015, Por Vida, contou com Diplo, Kaytranada e Tyler, the Creator como produtores. (Uchis mais tarde ganharia um Grammy de melhor gravação dance por “10%” com Kaytranada).

Em vez de estreitar seu foco, Uchis continuou ampliando-o. Ela construiu harmonias vocais cada vez mais elaboradas. Ela incorporou mais letras em espanhol. Trabalhou com mais colaboradores, entre eles Gorillaz, SZA, Juanes, Little Dragon, Daniel Caesar e Jorja Smith. Ela usou dançarinos em seus shows. E expandiu seu alcance vocal para baixo e para cima, ultimamente saltando até para tons próximos do assobio.

Em 2021, Uchis fez sucesso internacional com Telepatía, canção bilíngue sobre amantes separados pela distância; a música encontrou ressonância extra durante a pandemia. A princípio, sua gravadora duvidou de seu potencial.

“Disseram-me que eu teria que trocar a bateria para que fosse para o rádio”, disse Uchis. “E eu fiquei tipo, ‘Não, estou bem. Prefiro não tocar no rádio do que mudar minha música.’”

De qualquer forma, a música percorreu o TikTok e os pedidos a empurraram para o rádio. Até agora, ela foi reproduzida mais de 1 bilhão de vezes no Spotify e no YouTube. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

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