Professor Livre Docente de inteligência artificial na Faculdade de Saúde Pública da USP

Opinião|Nem toda profissão será substituída pela IA; veja quais passarão ilesas


Os algoritmos vão conseguir realizar todas as tarefas que os humanos fazem hoje, mas certos trabalhos serão poupados

Por Alexandre Chiavegatto Filho

Alguns eventos ocorrem com uma periodicidade impressionante. A cada nova temporada de Black Mirror, temos a esperança de que os episódios voltarão à qualidade de 2017. A cada quatro anos, nos iludimos com a possibilidade de a seleção conquistar o hexa. E quase todo mês sai um relatório internacional sobre um novo percentual de “trabalhos que serão automatizados por inteligência artificial (IA)”.

Essas análises, feitas por consultorias internacionais especializadas em criar apresentações de Powerpoints e relatórios sobre áreas que não dominam, divulgam números inventados que têm aumentado a cada ano. Em 2017, um relatório concluiu que até 30% dos trabalhos do Reino Unido tinham um alto risco de automação. Em 2023, uma outra análise encontrou que 18% dos trabalhos de todo o mundo poderiam ser automatizados. No início de 2024, um relatório do FMI declarou que a IA poderá afetar até 40% de todos os empregos do mundo.

Profissões manuais não repetitivas, como as que envolvem artesanato, não serão afetadas pela IA  Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Esses números partem de uma concepção errada sobre como funciona a inteligência artificial. A partir de uma arquitetura neural pré-definida, os algoritmos de IA ajustam suas conexões por meio de aprendizados via exemplos, assim como o cérebro humano. Com a diferença de que eles não se esquecem, não se distraem e não possuem um limite biológico para aumentar a sua arquitetura neural.

Isso significa que os algoritmos de IA, com o avanço da tecnologia, vão conseguir realizar todas as tarefas que os humanos fazem hoje, só que melhor, principalmente à medida em que a integração entre a IA e a robótica continuar avançando nos próximos anos.

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Porém, apesar de conseguirem fazer tudo que fazemos, algumas áreas nunca serão automatizadas com IA. E o motivo para isso é que não haverá interesse pessoal ou financeiro para essa substituição.

Por mais que algoritmos um dia consigam brincar com meus sobrinhos ou tomar um chopp com os meus amigos, eu não tenho qualquer interesse em automatizar essas tarefas. O mesmo vale para o mercado de trabalho. Algumas áreas, principalmente as que envolvem posições de liderança, iniciativa e/ou trabalho manual não-repetitivo não serão feitas por máquinas, apesar de existir, sim, a possibilidade de serem automatizadas.

Por isso, em vez de procurar por empregos existentes hoje que as máquinas nunca irão conseguirão fazer (esses empregos não existem), devemos focar em áreas em que não haverá interesse econômico ou pessoal de serem automatizadas por algoritmos.

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Assim como os contadores, que são profissionais que existem desde a civilização babilônica, conseguiram encontrar novas e mais lucrativas formas de trabalho após a invenção da calculadora eletrônica na década de 60, todas as outras profissões também irão se reinventar e readaptar com a chegada da maior revolução tecnológica de todas.

É importante começarmos a usar essa tecnologia para ampliar o nosso impacto positivo no mundo. Há muitas tarefas que precisam ser guiadas por humanos, como curar o câncer, aumentar a eficiência de energias verdes e reverter o aquecimento global. As áreas que a IA consegue nos automatizar são muito menos importantes.

Alguns eventos ocorrem com uma periodicidade impressionante. A cada nova temporada de Black Mirror, temos a esperança de que os episódios voltarão à qualidade de 2017. A cada quatro anos, nos iludimos com a possibilidade de a seleção conquistar o hexa. E quase todo mês sai um relatório internacional sobre um novo percentual de “trabalhos que serão automatizados por inteligência artificial (IA)”.

Essas análises, feitas por consultorias internacionais especializadas em criar apresentações de Powerpoints e relatórios sobre áreas que não dominam, divulgam números inventados que têm aumentado a cada ano. Em 2017, um relatório concluiu que até 30% dos trabalhos do Reino Unido tinham um alto risco de automação. Em 2023, uma outra análise encontrou que 18% dos trabalhos de todo o mundo poderiam ser automatizados. No início de 2024, um relatório do FMI declarou que a IA poderá afetar até 40% de todos os empregos do mundo.

Profissões manuais não repetitivas, como as que envolvem artesanato, não serão afetadas pela IA  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Esses números partem de uma concepção errada sobre como funciona a inteligência artificial. A partir de uma arquitetura neural pré-definida, os algoritmos de IA ajustam suas conexões por meio de aprendizados via exemplos, assim como o cérebro humano. Com a diferença de que eles não se esquecem, não se distraem e não possuem um limite biológico para aumentar a sua arquitetura neural.

Isso significa que os algoritmos de IA, com o avanço da tecnologia, vão conseguir realizar todas as tarefas que os humanos fazem hoje, só que melhor, principalmente à medida em que a integração entre a IA e a robótica continuar avançando nos próximos anos.

Porém, apesar de conseguirem fazer tudo que fazemos, algumas áreas nunca serão automatizadas com IA. E o motivo para isso é que não haverá interesse pessoal ou financeiro para essa substituição.

Por mais que algoritmos um dia consigam brincar com meus sobrinhos ou tomar um chopp com os meus amigos, eu não tenho qualquer interesse em automatizar essas tarefas. O mesmo vale para o mercado de trabalho. Algumas áreas, principalmente as que envolvem posições de liderança, iniciativa e/ou trabalho manual não-repetitivo não serão feitas por máquinas, apesar de existir, sim, a possibilidade de serem automatizadas.

Por isso, em vez de procurar por empregos existentes hoje que as máquinas nunca irão conseguirão fazer (esses empregos não existem), devemos focar em áreas em que não haverá interesse econômico ou pessoal de serem automatizadas por algoritmos.

Assim como os contadores, que são profissionais que existem desde a civilização babilônica, conseguiram encontrar novas e mais lucrativas formas de trabalho após a invenção da calculadora eletrônica na década de 60, todas as outras profissões também irão se reinventar e readaptar com a chegada da maior revolução tecnológica de todas.

É importante começarmos a usar essa tecnologia para ampliar o nosso impacto positivo no mundo. Há muitas tarefas que precisam ser guiadas por humanos, como curar o câncer, aumentar a eficiência de energias verdes e reverter o aquecimento global. As áreas que a IA consegue nos automatizar são muito menos importantes.

Alguns eventos ocorrem com uma periodicidade impressionante. A cada nova temporada de Black Mirror, temos a esperança de que os episódios voltarão à qualidade de 2017. A cada quatro anos, nos iludimos com a possibilidade de a seleção conquistar o hexa. E quase todo mês sai um relatório internacional sobre um novo percentual de “trabalhos que serão automatizados por inteligência artificial (IA)”.

Essas análises, feitas por consultorias internacionais especializadas em criar apresentações de Powerpoints e relatórios sobre áreas que não dominam, divulgam números inventados que têm aumentado a cada ano. Em 2017, um relatório concluiu que até 30% dos trabalhos do Reino Unido tinham um alto risco de automação. Em 2023, uma outra análise encontrou que 18% dos trabalhos de todo o mundo poderiam ser automatizados. No início de 2024, um relatório do FMI declarou que a IA poderá afetar até 40% de todos os empregos do mundo.

Profissões manuais não repetitivas, como as que envolvem artesanato, não serão afetadas pela IA  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Esses números partem de uma concepção errada sobre como funciona a inteligência artificial. A partir de uma arquitetura neural pré-definida, os algoritmos de IA ajustam suas conexões por meio de aprendizados via exemplos, assim como o cérebro humano. Com a diferença de que eles não se esquecem, não se distraem e não possuem um limite biológico para aumentar a sua arquitetura neural.

Isso significa que os algoritmos de IA, com o avanço da tecnologia, vão conseguir realizar todas as tarefas que os humanos fazem hoje, só que melhor, principalmente à medida em que a integração entre a IA e a robótica continuar avançando nos próximos anos.

Porém, apesar de conseguirem fazer tudo que fazemos, algumas áreas nunca serão automatizadas com IA. E o motivo para isso é que não haverá interesse pessoal ou financeiro para essa substituição.

Por mais que algoritmos um dia consigam brincar com meus sobrinhos ou tomar um chopp com os meus amigos, eu não tenho qualquer interesse em automatizar essas tarefas. O mesmo vale para o mercado de trabalho. Algumas áreas, principalmente as que envolvem posições de liderança, iniciativa e/ou trabalho manual não-repetitivo não serão feitas por máquinas, apesar de existir, sim, a possibilidade de serem automatizadas.

Por isso, em vez de procurar por empregos existentes hoje que as máquinas nunca irão conseguirão fazer (esses empregos não existem), devemos focar em áreas em que não haverá interesse econômico ou pessoal de serem automatizadas por algoritmos.

Assim como os contadores, que são profissionais que existem desde a civilização babilônica, conseguiram encontrar novas e mais lucrativas formas de trabalho após a invenção da calculadora eletrônica na década de 60, todas as outras profissões também irão se reinventar e readaptar com a chegada da maior revolução tecnológica de todas.

É importante começarmos a usar essa tecnologia para ampliar o nosso impacto positivo no mundo. Há muitas tarefas que precisam ser guiadas por humanos, como curar o câncer, aumentar a eficiência de energias verdes e reverter o aquecimento global. As áreas que a IA consegue nos automatizar são muito menos importantes.

Alguns eventos ocorrem com uma periodicidade impressionante. A cada nova temporada de Black Mirror, temos a esperança de que os episódios voltarão à qualidade de 2017. A cada quatro anos, nos iludimos com a possibilidade de a seleção conquistar o hexa. E quase todo mês sai um relatório internacional sobre um novo percentual de “trabalhos que serão automatizados por inteligência artificial (IA)”.

Essas análises, feitas por consultorias internacionais especializadas em criar apresentações de Powerpoints e relatórios sobre áreas que não dominam, divulgam números inventados que têm aumentado a cada ano. Em 2017, um relatório concluiu que até 30% dos trabalhos do Reino Unido tinham um alto risco de automação. Em 2023, uma outra análise encontrou que 18% dos trabalhos de todo o mundo poderiam ser automatizados. No início de 2024, um relatório do FMI declarou que a IA poderá afetar até 40% de todos os empregos do mundo.

Profissões manuais não repetitivas, como as que envolvem artesanato, não serão afetadas pela IA  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Esses números partem de uma concepção errada sobre como funciona a inteligência artificial. A partir de uma arquitetura neural pré-definida, os algoritmos de IA ajustam suas conexões por meio de aprendizados via exemplos, assim como o cérebro humano. Com a diferença de que eles não se esquecem, não se distraem e não possuem um limite biológico para aumentar a sua arquitetura neural.

Isso significa que os algoritmos de IA, com o avanço da tecnologia, vão conseguir realizar todas as tarefas que os humanos fazem hoje, só que melhor, principalmente à medida em que a integração entre a IA e a robótica continuar avançando nos próximos anos.

Porém, apesar de conseguirem fazer tudo que fazemos, algumas áreas nunca serão automatizadas com IA. E o motivo para isso é que não haverá interesse pessoal ou financeiro para essa substituição.

Por mais que algoritmos um dia consigam brincar com meus sobrinhos ou tomar um chopp com os meus amigos, eu não tenho qualquer interesse em automatizar essas tarefas. O mesmo vale para o mercado de trabalho. Algumas áreas, principalmente as que envolvem posições de liderança, iniciativa e/ou trabalho manual não-repetitivo não serão feitas por máquinas, apesar de existir, sim, a possibilidade de serem automatizadas.

Por isso, em vez de procurar por empregos existentes hoje que as máquinas nunca irão conseguirão fazer (esses empregos não existem), devemos focar em áreas em que não haverá interesse econômico ou pessoal de serem automatizadas por algoritmos.

Assim como os contadores, que são profissionais que existem desde a civilização babilônica, conseguiram encontrar novas e mais lucrativas formas de trabalho após a invenção da calculadora eletrônica na década de 60, todas as outras profissões também irão se reinventar e readaptar com a chegada da maior revolução tecnológica de todas.

É importante começarmos a usar essa tecnologia para ampliar o nosso impacto positivo no mundo. Há muitas tarefas que precisam ser guiadas por humanos, como curar o câncer, aumentar a eficiência de energias verdes e reverter o aquecimento global. As áreas que a IA consegue nos automatizar são muito menos importantes.

Alguns eventos ocorrem com uma periodicidade impressionante. A cada nova temporada de Black Mirror, temos a esperança de que os episódios voltarão à qualidade de 2017. A cada quatro anos, nos iludimos com a possibilidade de a seleção conquistar o hexa. E quase todo mês sai um relatório internacional sobre um novo percentual de “trabalhos que serão automatizados por inteligência artificial (IA)”.

Essas análises, feitas por consultorias internacionais especializadas em criar apresentações de Powerpoints e relatórios sobre áreas que não dominam, divulgam números inventados que têm aumentado a cada ano. Em 2017, um relatório concluiu que até 30% dos trabalhos do Reino Unido tinham um alto risco de automação. Em 2023, uma outra análise encontrou que 18% dos trabalhos de todo o mundo poderiam ser automatizados. No início de 2024, um relatório do FMI declarou que a IA poderá afetar até 40% de todos os empregos do mundo.

Profissões manuais não repetitivas, como as que envolvem artesanato, não serão afetadas pela IA  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Esses números partem de uma concepção errada sobre como funciona a inteligência artificial. A partir de uma arquitetura neural pré-definida, os algoritmos de IA ajustam suas conexões por meio de aprendizados via exemplos, assim como o cérebro humano. Com a diferença de que eles não se esquecem, não se distraem e não possuem um limite biológico para aumentar a sua arquitetura neural.

Isso significa que os algoritmos de IA, com o avanço da tecnologia, vão conseguir realizar todas as tarefas que os humanos fazem hoje, só que melhor, principalmente à medida em que a integração entre a IA e a robótica continuar avançando nos próximos anos.

Porém, apesar de conseguirem fazer tudo que fazemos, algumas áreas nunca serão automatizadas com IA. E o motivo para isso é que não haverá interesse pessoal ou financeiro para essa substituição.

Por mais que algoritmos um dia consigam brincar com meus sobrinhos ou tomar um chopp com os meus amigos, eu não tenho qualquer interesse em automatizar essas tarefas. O mesmo vale para o mercado de trabalho. Algumas áreas, principalmente as que envolvem posições de liderança, iniciativa e/ou trabalho manual não-repetitivo não serão feitas por máquinas, apesar de existir, sim, a possibilidade de serem automatizadas.

Por isso, em vez de procurar por empregos existentes hoje que as máquinas nunca irão conseguirão fazer (esses empregos não existem), devemos focar em áreas em que não haverá interesse econômico ou pessoal de serem automatizadas por algoritmos.

Assim como os contadores, que são profissionais que existem desde a civilização babilônica, conseguiram encontrar novas e mais lucrativas formas de trabalho após a invenção da calculadora eletrônica na década de 60, todas as outras profissões também irão se reinventar e readaptar com a chegada da maior revolução tecnológica de todas.

É importante começarmos a usar essa tecnologia para ampliar o nosso impacto positivo no mundo. Há muitas tarefas que precisam ser guiadas por humanos, como curar o câncer, aumentar a eficiência de energias verdes e reverter o aquecimento global. As áreas que a IA consegue nos automatizar são muito menos importantes.

Opinião por Alexandre Chiavegatto Filho

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