Professor Livre Docente de inteligência artificial na Faculdade de Saúde Pública da USP

Opinião|O impulso de chamar IA de ‘bolha’ revela um profundo desconhecimento da tecnologia


A verdadeira revolução da IA virá com a sua incorporação nas diferentes áreas

Por Alexandre Chiavegatto Filho

O mesmo ciclo se repete com frequência. Assim que uma grande novidade dos modelos de linguagem de grande porte é lançada, quebrando todos os benchmarks anteriores, alguém encontra uma pequena falha isolada, um erro que o algoritmo comete, e rapidamente proclama que a inteligência artificial (IA) é uma tecnologia superestimada (com milhares de curtidas no LinkedIn).

Nesses momentos, é importante pausar, refletir e reconhecer os avanços extraordinários que têm ocorrido nos últimos tempos. Há apenas dois anos, o ChatGPT sequer existia, e os modelos de linguagem que hoje estão transformando áreas inteiras eram ainda ideias em desenvolvimento.

O ChatGPT, da OpenAI, foi lançado no final de 2022 Foto: Arnav Pratap Singh/Adobe Stock
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Em setembro de 2024, algoritmos de machine learning já estão sendo integrados em setores essenciais como a saúde, agricultura, finanças, educação e até na solução de desafios climáticos. Esses algoritmos estão aprimorando o diagnóstico de doenças raras, otimizando colheitas com uma precisão inédita e prevendo desastres naturais com antecedência, mitigando seus impactos e possibilitando decisões mais inteligentes e sustentáveis.

O mais notável é que estamos apenas no começo dessa revolução. Os algoritmos que temos hoje, embora impressionantes, são apenas a primeira fase de um desenvolvimento que promete continuar sendo exponencial.

À medida que as infraestruturas computacionais se tornem mais poderosas, o volume de dados disponível aumente, e novas técnicas de machine learning sejam descobertas, os algoritmos se tornarão ainda mais poderosos. O que hoje parece ser uma tecnologia auxiliar se tornará central em muitas decisões que moldam a sociedade.

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Cada avanço tecnológico, cada nova iteração de um algoritmo, não apenas melhora a sua precisão em uma tarefa específica, mas também revela novas maneiras de lidarmos com a complexidade dos ecossistemas em que vivemos.

Pensar que já chegamos ao auge da IA é como imaginar que os primeiros motores a vapor representavam o auge da revolução industrial. A incorporação dos algoritmos em todas essas áreas não é um fim, mas um começo.

Estamos testemunhando a evolução de uma ferramenta que, em pouco tempo, vai mudar ainda mais profundamente a forma como interagimos com o mundo e como resolvemos os grandes desafios da humanidade.

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Subestimar o seu impacto é ignorar a transformação silenciosa, porém poderosa, que está redesenhando a nossa relação com o conhecimento, a tomada de decisão e a nossa própria inteligência.

Estamos diante de um momento histórico em que a IA não apenas irá complementar o trabalho humano, mas expandirá os limites do possível. Se o presente já é impressionante, o que está por vir é algo que ainda mal conseguimos imaginar.

O mesmo ciclo se repete com frequência. Assim que uma grande novidade dos modelos de linguagem de grande porte é lançada, quebrando todos os benchmarks anteriores, alguém encontra uma pequena falha isolada, um erro que o algoritmo comete, e rapidamente proclama que a inteligência artificial (IA) é uma tecnologia superestimada (com milhares de curtidas no LinkedIn).

Nesses momentos, é importante pausar, refletir e reconhecer os avanços extraordinários que têm ocorrido nos últimos tempos. Há apenas dois anos, o ChatGPT sequer existia, e os modelos de linguagem que hoje estão transformando áreas inteiras eram ainda ideias em desenvolvimento.

O ChatGPT, da OpenAI, foi lançado no final de 2022 Foto: Arnav Pratap Singh/Adobe Stock

Em setembro de 2024, algoritmos de machine learning já estão sendo integrados em setores essenciais como a saúde, agricultura, finanças, educação e até na solução de desafios climáticos. Esses algoritmos estão aprimorando o diagnóstico de doenças raras, otimizando colheitas com uma precisão inédita e prevendo desastres naturais com antecedência, mitigando seus impactos e possibilitando decisões mais inteligentes e sustentáveis.

O mais notável é que estamos apenas no começo dessa revolução. Os algoritmos que temos hoje, embora impressionantes, são apenas a primeira fase de um desenvolvimento que promete continuar sendo exponencial.

À medida que as infraestruturas computacionais se tornem mais poderosas, o volume de dados disponível aumente, e novas técnicas de machine learning sejam descobertas, os algoritmos se tornarão ainda mais poderosos. O que hoje parece ser uma tecnologia auxiliar se tornará central em muitas decisões que moldam a sociedade.

Cada avanço tecnológico, cada nova iteração de um algoritmo, não apenas melhora a sua precisão em uma tarefa específica, mas também revela novas maneiras de lidarmos com a complexidade dos ecossistemas em que vivemos.

Pensar que já chegamos ao auge da IA é como imaginar que os primeiros motores a vapor representavam o auge da revolução industrial. A incorporação dos algoritmos em todas essas áreas não é um fim, mas um começo.

Estamos testemunhando a evolução de uma ferramenta que, em pouco tempo, vai mudar ainda mais profundamente a forma como interagimos com o mundo e como resolvemos os grandes desafios da humanidade.

Subestimar o seu impacto é ignorar a transformação silenciosa, porém poderosa, que está redesenhando a nossa relação com o conhecimento, a tomada de decisão e a nossa própria inteligência.

Estamos diante de um momento histórico em que a IA não apenas irá complementar o trabalho humano, mas expandirá os limites do possível. Se o presente já é impressionante, o que está por vir é algo que ainda mal conseguimos imaginar.

O mesmo ciclo se repete com frequência. Assim que uma grande novidade dos modelos de linguagem de grande porte é lançada, quebrando todos os benchmarks anteriores, alguém encontra uma pequena falha isolada, um erro que o algoritmo comete, e rapidamente proclama que a inteligência artificial (IA) é uma tecnologia superestimada (com milhares de curtidas no LinkedIn).

Nesses momentos, é importante pausar, refletir e reconhecer os avanços extraordinários que têm ocorrido nos últimos tempos. Há apenas dois anos, o ChatGPT sequer existia, e os modelos de linguagem que hoje estão transformando áreas inteiras eram ainda ideias em desenvolvimento.

O ChatGPT, da OpenAI, foi lançado no final de 2022 Foto: Arnav Pratap Singh/Adobe Stock

Em setembro de 2024, algoritmos de machine learning já estão sendo integrados em setores essenciais como a saúde, agricultura, finanças, educação e até na solução de desafios climáticos. Esses algoritmos estão aprimorando o diagnóstico de doenças raras, otimizando colheitas com uma precisão inédita e prevendo desastres naturais com antecedência, mitigando seus impactos e possibilitando decisões mais inteligentes e sustentáveis.

O mais notável é que estamos apenas no começo dessa revolução. Os algoritmos que temos hoje, embora impressionantes, são apenas a primeira fase de um desenvolvimento que promete continuar sendo exponencial.

À medida que as infraestruturas computacionais se tornem mais poderosas, o volume de dados disponível aumente, e novas técnicas de machine learning sejam descobertas, os algoritmos se tornarão ainda mais poderosos. O que hoje parece ser uma tecnologia auxiliar se tornará central em muitas decisões que moldam a sociedade.

Cada avanço tecnológico, cada nova iteração de um algoritmo, não apenas melhora a sua precisão em uma tarefa específica, mas também revela novas maneiras de lidarmos com a complexidade dos ecossistemas em que vivemos.

Pensar que já chegamos ao auge da IA é como imaginar que os primeiros motores a vapor representavam o auge da revolução industrial. A incorporação dos algoritmos em todas essas áreas não é um fim, mas um começo.

Estamos testemunhando a evolução de uma ferramenta que, em pouco tempo, vai mudar ainda mais profundamente a forma como interagimos com o mundo e como resolvemos os grandes desafios da humanidade.

Subestimar o seu impacto é ignorar a transformação silenciosa, porém poderosa, que está redesenhando a nossa relação com o conhecimento, a tomada de decisão e a nossa própria inteligência.

Estamos diante de um momento histórico em que a IA não apenas irá complementar o trabalho humano, mas expandirá os limites do possível. Se o presente já é impressionante, o que está por vir é algo que ainda mal conseguimos imaginar.

Opinião por Alexandre Chiavegatto Filho

Professor Livre Docente de inteligência artificial na Faculdade de Saúde Pública da USP

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