Um gap de líderes paira no ar? Tenho feito essa reflexão nos últimos tempos ao notar uma leva significativa de “nãos” e de desistências quando jovens profissionais chegam em cargos de liderança. O que há vinte e poucos anos era o objetivo profissional do futuro da nação para alavancar e consolidar a sua experiência no ambiente corporativo por meio da liderança, hoje, não é mais assim. Boa parte da geração Z está recusando, desistindo, e virando as costas para o que era considerado o auge do sucesso profissional.
Conclusão: um tapa na cara do status quo. E alguns dos principais motivos para este movimento são: prioridade da liberdade, expectativa de aumento de estresse, falta de interesse nas responsabilidades de liderança, perspectiva de trabalhar mais horas, entre outros.
Fato é que a geração Z está redefinindo as regras do jogo no ambiente organizacional, o que é extremamente desafiador. Vejo nesse movimento da nova geração um sentimento de reescrever as páginas do mundo dos negócios e deixar de seguir o manual desgastado das gerações anteriores. Aquela conversa de “Ah, mas aqui sempre foi assim” não funciona mais. Valorizar experiências significativas, ter flexibilidade e um ambiente de trabalho que não apenas promova o bem-estar, mas que seja construído sobre ele são as novas regras do jogo.
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Para aqueles que têm resistência ao novo comportamento sugiro tirar das costas a carga de “mas eu fui criada assim” para justificar uma opinião em vez de ter uma visão 360º rumo ao inovador e transformador. Estamos falando de uma geração que cresceu em meio a crises econômicas, mudanças climáticas e uma pandemia global. Eles sabem que o tempo é precioso e que a qualidade de vida não deve ser sacrificada no altar do sucesso profissional.
Como empreendedora que lida com diversas pessoas todos os dias, vejo uma oportunidade incrível aqui. A oportunidade de construir empresas que não apenas atendam às necessidades do mercado, mas que também sejam lugares onde as pessoas realmente queiram estar. Lugares que valorizem a contribuição individual, que incentivem a inovação e que sejam flexíveis o suficiente para permitir que todos encontrem seu próprio balanço ao integrar vida profissional e pessoal.
A geração Z está nos mostrando que é hora de repensar a liderança, de transformar o ambiente de trabalho em algo que não só seja produtivo, mas também humano. E, francamente, acho que já era hora.