Investidora e presidente da G2 Capital, uma boutique de investimento em startups. Escreve mensalmente às terças

Opinião|Qual o limite ético do uso de inteligência artificial?


O poder da tecnologia é grande e seu avanço precisa acontecer junto com discussões sobre riscos

Por Camila Farani

A tecnologia deve ser transformadora, e causar um impacto positivo. Como investidora tech, essa é a minha premissa. E a inteligência artificial (IA) cumpre com essa missão de forma nunca antes vista. Prova disso é que todos, dos investidores às big techs, estão de olho nestas oportunidades.

Pelo menos 56% dos investidores globais ouvidos pela Brown Brothers Harriman & Co planejam adicionar estratégias de ETF (fundos negociados em bolsa) relacionadas a IA e robótica ao seu portfólio esse ano – é um porcentual que só está abaixo de internet e tecnologia, com 70%. ESG (53%), criptomoedas (48%) e carros autônomos e elétricos (39%) aparecem em seguida.

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A estimativa do McKinsey Global Institute é que, só na América Latina, o uso de IA e nas diferentes indústrias e empresas represente um ganho anual de até US$ 1 trilhão em produtividade. E olha que a região está defasada em relação a outras do mundo.

Mas, tem o lado B disso. Imagina que você vai ao médico, ele analisa os seus exames e comenta que você está com colesterol alto. Você sai dali e vai ao supermercado, onde compra sorvete, chocolate e carne.

Sem nem ao menos imaginar, por meio de sistemas inteligentes e automatizados, os seus dados de saúde são cruzados com os hábitos de compras e vão parar na empresa do seu plano de saúde. Essa, por sua vez, indica que o valor do seu plano irá aumentar, já que você não está se cuidando.

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Risco para o futuro? A verdade é que isso já acontece, e é apenas uma das muitas questões que envolvem os desafios do crescimento acelerado das aplicações das novas tecnologias, como a IA.

Vocês devem ter se deparado com uma foto fake do Papa Francisco usando uma jaqueta. Ou lido sobre a carta divulgada pelo instituto Future of Life, que pede uma pausa nas pesquisas sobre IA, em função dos riscos para a humanidade que o uso desta tecnologia representa. O documento foi assinado por Elon Musk e mais de 1 mil especialistas.

A verdade é que iniciamos 2023 em polvorosa com a evolução da IA simbolizada no ChatGPT. Agora, vem a ressaca de pensar os riscos de termos milhões de soluções de IA que não são pensadas sob o aspecto da ética desde o início do desenvolvimento.

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Sim, a IA aumenta a eficiência, ampliando o poder de competitividade. É algo que jamais poderá ser ignorado.

O desafio é entender que o poder da IA é tão grande, que o seu avanço precisa acontecer junto com discussões sobre riscos. Qual é o limite ético da evolução da IA?

A tecnologia deve ser transformadora, e causar um impacto positivo. Como investidora tech, essa é a minha premissa. E a inteligência artificial (IA) cumpre com essa missão de forma nunca antes vista. Prova disso é que todos, dos investidores às big techs, estão de olho nestas oportunidades.

Pelo menos 56% dos investidores globais ouvidos pela Brown Brothers Harriman & Co planejam adicionar estratégias de ETF (fundos negociados em bolsa) relacionadas a IA e robótica ao seu portfólio esse ano – é um porcentual que só está abaixo de internet e tecnologia, com 70%. ESG (53%), criptomoedas (48%) e carros autônomos e elétricos (39%) aparecem em seguida.

A estimativa do McKinsey Global Institute é que, só na América Latina, o uso de IA e nas diferentes indústrias e empresas represente um ganho anual de até US$ 1 trilhão em produtividade. E olha que a região está defasada em relação a outras do mundo.

Mas, tem o lado B disso. Imagina que você vai ao médico, ele analisa os seus exames e comenta que você está com colesterol alto. Você sai dali e vai ao supermercado, onde compra sorvete, chocolate e carne.

Sem nem ao menos imaginar, por meio de sistemas inteligentes e automatizados, os seus dados de saúde são cruzados com os hábitos de compras e vão parar na empresa do seu plano de saúde. Essa, por sua vez, indica que o valor do seu plano irá aumentar, já que você não está se cuidando.

Risco para o futuro? A verdade é que isso já acontece, e é apenas uma das muitas questões que envolvem os desafios do crescimento acelerado das aplicações das novas tecnologias, como a IA.

Vocês devem ter se deparado com uma foto fake do Papa Francisco usando uma jaqueta. Ou lido sobre a carta divulgada pelo instituto Future of Life, que pede uma pausa nas pesquisas sobre IA, em função dos riscos para a humanidade que o uso desta tecnologia representa. O documento foi assinado por Elon Musk e mais de 1 mil especialistas.

A verdade é que iniciamos 2023 em polvorosa com a evolução da IA simbolizada no ChatGPT. Agora, vem a ressaca de pensar os riscos de termos milhões de soluções de IA que não são pensadas sob o aspecto da ética desde o início do desenvolvimento.

Sim, a IA aumenta a eficiência, ampliando o poder de competitividade. É algo que jamais poderá ser ignorado.

O desafio é entender que o poder da IA é tão grande, que o seu avanço precisa acontecer junto com discussões sobre riscos. Qual é o limite ético da evolução da IA?

A tecnologia deve ser transformadora, e causar um impacto positivo. Como investidora tech, essa é a minha premissa. E a inteligência artificial (IA) cumpre com essa missão de forma nunca antes vista. Prova disso é que todos, dos investidores às big techs, estão de olho nestas oportunidades.

Pelo menos 56% dos investidores globais ouvidos pela Brown Brothers Harriman & Co planejam adicionar estratégias de ETF (fundos negociados em bolsa) relacionadas a IA e robótica ao seu portfólio esse ano – é um porcentual que só está abaixo de internet e tecnologia, com 70%. ESG (53%), criptomoedas (48%) e carros autônomos e elétricos (39%) aparecem em seguida.

A estimativa do McKinsey Global Institute é que, só na América Latina, o uso de IA e nas diferentes indústrias e empresas represente um ganho anual de até US$ 1 trilhão em produtividade. E olha que a região está defasada em relação a outras do mundo.

Mas, tem o lado B disso. Imagina que você vai ao médico, ele analisa os seus exames e comenta que você está com colesterol alto. Você sai dali e vai ao supermercado, onde compra sorvete, chocolate e carne.

Sem nem ao menos imaginar, por meio de sistemas inteligentes e automatizados, os seus dados de saúde são cruzados com os hábitos de compras e vão parar na empresa do seu plano de saúde. Essa, por sua vez, indica que o valor do seu plano irá aumentar, já que você não está se cuidando.

Risco para o futuro? A verdade é que isso já acontece, e é apenas uma das muitas questões que envolvem os desafios do crescimento acelerado das aplicações das novas tecnologias, como a IA.

Vocês devem ter se deparado com uma foto fake do Papa Francisco usando uma jaqueta. Ou lido sobre a carta divulgada pelo instituto Future of Life, que pede uma pausa nas pesquisas sobre IA, em função dos riscos para a humanidade que o uso desta tecnologia representa. O documento foi assinado por Elon Musk e mais de 1 mil especialistas.

A verdade é que iniciamos 2023 em polvorosa com a evolução da IA simbolizada no ChatGPT. Agora, vem a ressaca de pensar os riscos de termos milhões de soluções de IA que não são pensadas sob o aspecto da ética desde o início do desenvolvimento.

Sim, a IA aumenta a eficiência, ampliando o poder de competitividade. É algo que jamais poderá ser ignorado.

O desafio é entender que o poder da IA é tão grande, que o seu avanço precisa acontecer junto com discussões sobre riscos. Qual é o limite ético da evolução da IA?

Opinião por Camila Farani

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