Conheça a tecnologia usada na exposição Castelo Rá-Tim-Bum


O Link visitou os bastidores da exposição que celebra os 20 anos do programa infantil e mostra como recursos tecnológicos foram usados para recriar a magia do Castelo

Por Ligia Aguilhar

SÃO PAULO – Ver ao vivo o porteiro de lata mexer os olhos e falar “klift kloft stil, a porta se abriu”. Adentrar o castelo e se deparar com o Nino, o garoto de 320 anos, dando boas vindas ao visitante. Andar mais um pouco e chegar à ampla sala com uma árvore no meio, de onde a cobra Celeste solta um longo “nooossaaa” enquanto se estica para chegar mais de quem está ao redor. Essas são algumas experiências que os visitantes da disputada exposição Castelo Rá-Tim-Bum podem vivenciar no Museu da Imagem e do Som (MIS).

Para resgatar a magia que tornou o programa um dos mais importantes da TV brasileira, a exposição adotou uma série de recursos tecnológicos que dão vida a personagens e tornam parte do cenário interativo (veja o vídeo acima ou clique para ver pela TV Estadão). “A gente não queria que fosse só uma exposição museológica, onde o público fosse passivo. Trouxemos a tecnologia para as pessoas não só olharem, mas sentirem como eram as coisas no Castelo”, diz Marcelo Jackow, diretor da Case Lúdico, empresa responsável pela cenografia da exposição.

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A empresa foi contratada pelo MIS junto com a Uau Grupo, responsável pela parte tecnológica, para recriar todo o ambiente do Castelo. “Usamos no MIS tecnologias que já usamos em outros museus ao redor do País e que são uma tendência em todo o mundo. Muitas das coisas na exposição são comuns em eventos corporativos ou ações comerciais de empresas, mas o grande público ainda não tinha tido acesso”, diz o diretor geral da Uau Grupo, Marcelo Gebara Stephano.

Um exemplo disso é um produto chamado de VideoLogo, que traz o personagem Nino à vida para dar boas vindas para quem entra no Castelo. Isso possível por meio da projeção de um vídeo gravado pelo ator Cássio Scapin, que interpretou o personagem, em uma placa de acrílico recortada no formato do corpo do ator, simulando a presença real dele na exposição.

 
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Já na biblioteca habitada pelo gato pintado, um display holográfico chamado Flare foi usado para recriar o livro mágico que mostrava poesias animadas. A tecnologia permite que imagens holográficas sejam projetadas em um livro real para que o visitante possa ver a mágica do livro com ilustrações que se movimentam ao vivo.

 

Ao entrar no laboratório do Tíbio e Perônio e olhar no microscópio, o visitante é surpreendido com sua própria imagem refletida no aparelho. O truque aqui é simples: uma câmera do outro lado da sala capta quem está no local, enquanto um tablet inserido dentro do miscroscópio transmite em tempo real as imagens registradas pela câmera.

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Se baratas costumam causar arrepios até nos mais fortes, dentro do Castelo elas ganham um ar divertido. Na instalação dos personagens Mau e do Godofredo foi usado um piso interativo que projeta no chão o desenho de baratas coloridas que fogem para as paredes laterais conforme os visitantes andam pelo espaço. Isso acontece porque um sensor de movimento no teto da sala capta o movimento das pessoas e faz com que o conteúdo reaja de acordo com o deslocamento delas pelo local.

Para homenagear o E.T. Etevaldo foi criado um túnel onde imagens de brigadeiros, sorvetes e tortas são projetados em cortinas de tule, para dar a sensação de que os elementos estão voando pelo espaço. Para aumentar a sensação de que os visitantes estão em outra dimensão foram colocadas molas embaixo do piso do túnel, que balança à medida que as pessoas andam pelo túnel em direção ao manequim que veste o figurino do personagem.

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Na entrada da sala de estar do Castelo, o rato azul que cantava músicas educativas para ensinar crianças a escovar os dentes ou tomar banho foge da toca cada vez que um vídeo da dedolândia (quadro musical do programa com pequenos fantoches de dedo) chega ao fim. Para sincronizar vídeo e personagem são usados sensores que identificam cada vez que o rato entra e sai da toca, disparando o vídeo no intervalo entre um passeio e outro do ratinho pelo Castelo.

 
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No centro da sala do Castelo está a árvore onde vive a cobra Celeste – de acordo com a história, foi em torno da árvore que o castelo foi construído. Um sensor de vibração, o sonar, identifica cada vez que um visitante passa em frente a árvore, acionando um mecanismo que dispara uma fala da personagem enquanto ela se move para fora do tronco.

A mesma tecnologia é usada também na biblioteca, para o personagem gato pintado interagir com os visitantes. Esses personagens, junto com o rato e o porteiro foram recriados para a exposição pelo menos artista que desenvolveu os originais, usados no programa, e que também estão expostos no MIS. A parte de automação foi desenvolvida com o uso de placas Raspberry PI.

 
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No segundo andar do Castelo, uma sala recria o interior do ninho dos passarinhos do quadro “Que som é esse?”. Na sala há seis instrumentos pendurados nas laterais (3 de cada lado) e, conforme um episódio do quadro é exibido em uma televisão, o instrumento em foco é iluminado de forma que sua sombra seja projetada do lado oposto de onde está o visitante.

 

No mesmo andar o visitante faz também uma visita ao quarto da Morgana, onde está o caldeirão original usado pela bruxa. Na parte interna, uma projeção interativa permite ao usuário mexer no caldeirão como se estivesse misturando uma poção mágica. A magia acontece por causa de sensores instalados no teto do cômodo que identificam o movimento das mãos e fazem a projeção interagir de acordo com o movimento captado.

“Quisemos que cada espaço tivesse um pouco de tecnologia para ampliar a participação do público e potencializar o universo mágico do Castelo”, diz Bruno Ogura, produtor e fundador da Case Lúdico.

Essa magia do Castelo Rá-Tim-Bum tem emocionado tanto os visitantes que o MIS já precisou fazer reparos em alguns personagens e até mesmo repor objetos de outras partes da exposição que não usam tecnologia ou recursos interativos eforam danificados por serem constantemente tocados por quem passa pela exposição, mesmo com a presença de avisos que pedem para não haver contato. Furtos de objetos também já foram registrados. Por causa disso, algumas partes da exposição que antes eram totalmente abertas estão sendo protegidas com placas de acrílico.

Serviço:

Castelo Rá-Tim-Bum – A ExposiçãoData: até 12/10Horários: Terça à sexta: 10h às 21h, Sábado: 9h às 23h e Domingos e feriados: 9h às 20hClassificação etária: livreIngressos: R$10,00 (inteira) R$5,00 (meia) | Terças-feiras: grátisLocal: Museu da Imagem e do Som – MIS. Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo | (11) 2117 4777 |

SÃO PAULO – Ver ao vivo o porteiro de lata mexer os olhos e falar “klift kloft stil, a porta se abriu”. Adentrar o castelo e se deparar com o Nino, o garoto de 320 anos, dando boas vindas ao visitante. Andar mais um pouco e chegar à ampla sala com uma árvore no meio, de onde a cobra Celeste solta um longo “nooossaaa” enquanto se estica para chegar mais de quem está ao redor. Essas são algumas experiências que os visitantes da disputada exposição Castelo Rá-Tim-Bum podem vivenciar no Museu da Imagem e do Som (MIS).

Para resgatar a magia que tornou o programa um dos mais importantes da TV brasileira, a exposição adotou uma série de recursos tecnológicos que dão vida a personagens e tornam parte do cenário interativo (veja o vídeo acima ou clique para ver pela TV Estadão). “A gente não queria que fosse só uma exposição museológica, onde o público fosse passivo. Trouxemos a tecnologia para as pessoas não só olharem, mas sentirem como eram as coisas no Castelo”, diz Marcelo Jackow, diretor da Case Lúdico, empresa responsável pela cenografia da exposição.

A empresa foi contratada pelo MIS junto com a Uau Grupo, responsável pela parte tecnológica, para recriar todo o ambiente do Castelo. “Usamos no MIS tecnologias que já usamos em outros museus ao redor do País e que são uma tendência em todo o mundo. Muitas das coisas na exposição são comuns em eventos corporativos ou ações comerciais de empresas, mas o grande público ainda não tinha tido acesso”, diz o diretor geral da Uau Grupo, Marcelo Gebara Stephano.

Um exemplo disso é um produto chamado de VideoLogo, que traz o personagem Nino à vida para dar boas vindas para quem entra no Castelo. Isso possível por meio da projeção de um vídeo gravado pelo ator Cássio Scapin, que interpretou o personagem, em uma placa de acrílico recortada no formato do corpo do ator, simulando a presença real dele na exposição.

 

Já na biblioteca habitada pelo gato pintado, um display holográfico chamado Flare foi usado para recriar o livro mágico que mostrava poesias animadas. A tecnologia permite que imagens holográficas sejam projetadas em um livro real para que o visitante possa ver a mágica do livro com ilustrações que se movimentam ao vivo.

 

Ao entrar no laboratório do Tíbio e Perônio e olhar no microscópio, o visitante é surpreendido com sua própria imagem refletida no aparelho. O truque aqui é simples: uma câmera do outro lado da sala capta quem está no local, enquanto um tablet inserido dentro do miscroscópio transmite em tempo real as imagens registradas pela câmera.

 

Se baratas costumam causar arrepios até nos mais fortes, dentro do Castelo elas ganham um ar divertido. Na instalação dos personagens Mau e do Godofredo foi usado um piso interativo que projeta no chão o desenho de baratas coloridas que fogem para as paredes laterais conforme os visitantes andam pelo espaço. Isso acontece porque um sensor de movimento no teto da sala capta o movimento das pessoas e faz com que o conteúdo reaja de acordo com o deslocamento delas pelo local.

Para homenagear o E.T. Etevaldo foi criado um túnel onde imagens de brigadeiros, sorvetes e tortas são projetados em cortinas de tule, para dar a sensação de que os elementos estão voando pelo espaço. Para aumentar a sensação de que os visitantes estão em outra dimensão foram colocadas molas embaixo do piso do túnel, que balança à medida que as pessoas andam pelo túnel em direção ao manequim que veste o figurino do personagem.

 

Na entrada da sala de estar do Castelo, o rato azul que cantava músicas educativas para ensinar crianças a escovar os dentes ou tomar banho foge da toca cada vez que um vídeo da dedolândia (quadro musical do programa com pequenos fantoches de dedo) chega ao fim. Para sincronizar vídeo e personagem são usados sensores que identificam cada vez que o rato entra e sai da toca, disparando o vídeo no intervalo entre um passeio e outro do ratinho pelo Castelo.

 

No centro da sala do Castelo está a árvore onde vive a cobra Celeste – de acordo com a história, foi em torno da árvore que o castelo foi construído. Um sensor de vibração, o sonar, identifica cada vez que um visitante passa em frente a árvore, acionando um mecanismo que dispara uma fala da personagem enquanto ela se move para fora do tronco.

A mesma tecnologia é usada também na biblioteca, para o personagem gato pintado interagir com os visitantes. Esses personagens, junto com o rato e o porteiro foram recriados para a exposição pelo menos artista que desenvolveu os originais, usados no programa, e que também estão expostos no MIS. A parte de automação foi desenvolvida com o uso de placas Raspberry PI.

 

No segundo andar do Castelo, uma sala recria o interior do ninho dos passarinhos do quadro “Que som é esse?”. Na sala há seis instrumentos pendurados nas laterais (3 de cada lado) e, conforme um episódio do quadro é exibido em uma televisão, o instrumento em foco é iluminado de forma que sua sombra seja projetada do lado oposto de onde está o visitante.

 

No mesmo andar o visitante faz também uma visita ao quarto da Morgana, onde está o caldeirão original usado pela bruxa. Na parte interna, uma projeção interativa permite ao usuário mexer no caldeirão como se estivesse misturando uma poção mágica. A magia acontece por causa de sensores instalados no teto do cômodo que identificam o movimento das mãos e fazem a projeção interagir de acordo com o movimento captado.

“Quisemos que cada espaço tivesse um pouco de tecnologia para ampliar a participação do público e potencializar o universo mágico do Castelo”, diz Bruno Ogura, produtor e fundador da Case Lúdico.

Essa magia do Castelo Rá-Tim-Bum tem emocionado tanto os visitantes que o MIS já precisou fazer reparos em alguns personagens e até mesmo repor objetos de outras partes da exposição que não usam tecnologia ou recursos interativos eforam danificados por serem constantemente tocados por quem passa pela exposição, mesmo com a presença de avisos que pedem para não haver contato. Furtos de objetos também já foram registrados. Por causa disso, algumas partes da exposição que antes eram totalmente abertas estão sendo protegidas com placas de acrílico.

Serviço:

Castelo Rá-Tim-Bum – A ExposiçãoData: até 12/10Horários: Terça à sexta: 10h às 21h, Sábado: 9h às 23h e Domingos e feriados: 9h às 20hClassificação etária: livreIngressos: R$10,00 (inteira) R$5,00 (meia) | Terças-feiras: grátisLocal: Museu da Imagem e do Som – MIS. Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo | (11) 2117 4777 |

SÃO PAULO – Ver ao vivo o porteiro de lata mexer os olhos e falar “klift kloft stil, a porta se abriu”. Adentrar o castelo e se deparar com o Nino, o garoto de 320 anos, dando boas vindas ao visitante. Andar mais um pouco e chegar à ampla sala com uma árvore no meio, de onde a cobra Celeste solta um longo “nooossaaa” enquanto se estica para chegar mais de quem está ao redor. Essas são algumas experiências que os visitantes da disputada exposição Castelo Rá-Tim-Bum podem vivenciar no Museu da Imagem e do Som (MIS).

Para resgatar a magia que tornou o programa um dos mais importantes da TV brasileira, a exposição adotou uma série de recursos tecnológicos que dão vida a personagens e tornam parte do cenário interativo (veja o vídeo acima ou clique para ver pela TV Estadão). “A gente não queria que fosse só uma exposição museológica, onde o público fosse passivo. Trouxemos a tecnologia para as pessoas não só olharem, mas sentirem como eram as coisas no Castelo”, diz Marcelo Jackow, diretor da Case Lúdico, empresa responsável pela cenografia da exposição.

A empresa foi contratada pelo MIS junto com a Uau Grupo, responsável pela parte tecnológica, para recriar todo o ambiente do Castelo. “Usamos no MIS tecnologias que já usamos em outros museus ao redor do País e que são uma tendência em todo o mundo. Muitas das coisas na exposição são comuns em eventos corporativos ou ações comerciais de empresas, mas o grande público ainda não tinha tido acesso”, diz o diretor geral da Uau Grupo, Marcelo Gebara Stephano.

Um exemplo disso é um produto chamado de VideoLogo, que traz o personagem Nino à vida para dar boas vindas para quem entra no Castelo. Isso possível por meio da projeção de um vídeo gravado pelo ator Cássio Scapin, que interpretou o personagem, em uma placa de acrílico recortada no formato do corpo do ator, simulando a presença real dele na exposição.

 

Já na biblioteca habitada pelo gato pintado, um display holográfico chamado Flare foi usado para recriar o livro mágico que mostrava poesias animadas. A tecnologia permite que imagens holográficas sejam projetadas em um livro real para que o visitante possa ver a mágica do livro com ilustrações que se movimentam ao vivo.

 

Ao entrar no laboratório do Tíbio e Perônio e olhar no microscópio, o visitante é surpreendido com sua própria imagem refletida no aparelho. O truque aqui é simples: uma câmera do outro lado da sala capta quem está no local, enquanto um tablet inserido dentro do miscroscópio transmite em tempo real as imagens registradas pela câmera.

 

Se baratas costumam causar arrepios até nos mais fortes, dentro do Castelo elas ganham um ar divertido. Na instalação dos personagens Mau e do Godofredo foi usado um piso interativo que projeta no chão o desenho de baratas coloridas que fogem para as paredes laterais conforme os visitantes andam pelo espaço. Isso acontece porque um sensor de movimento no teto da sala capta o movimento das pessoas e faz com que o conteúdo reaja de acordo com o deslocamento delas pelo local.

Para homenagear o E.T. Etevaldo foi criado um túnel onde imagens de brigadeiros, sorvetes e tortas são projetados em cortinas de tule, para dar a sensação de que os elementos estão voando pelo espaço. Para aumentar a sensação de que os visitantes estão em outra dimensão foram colocadas molas embaixo do piso do túnel, que balança à medida que as pessoas andam pelo túnel em direção ao manequim que veste o figurino do personagem.

 

Na entrada da sala de estar do Castelo, o rato azul que cantava músicas educativas para ensinar crianças a escovar os dentes ou tomar banho foge da toca cada vez que um vídeo da dedolândia (quadro musical do programa com pequenos fantoches de dedo) chega ao fim. Para sincronizar vídeo e personagem são usados sensores que identificam cada vez que o rato entra e sai da toca, disparando o vídeo no intervalo entre um passeio e outro do ratinho pelo Castelo.

 

No centro da sala do Castelo está a árvore onde vive a cobra Celeste – de acordo com a história, foi em torno da árvore que o castelo foi construído. Um sensor de vibração, o sonar, identifica cada vez que um visitante passa em frente a árvore, acionando um mecanismo que dispara uma fala da personagem enquanto ela se move para fora do tronco.

A mesma tecnologia é usada também na biblioteca, para o personagem gato pintado interagir com os visitantes. Esses personagens, junto com o rato e o porteiro foram recriados para a exposição pelo menos artista que desenvolveu os originais, usados no programa, e que também estão expostos no MIS. A parte de automação foi desenvolvida com o uso de placas Raspberry PI.

 

No segundo andar do Castelo, uma sala recria o interior do ninho dos passarinhos do quadro “Que som é esse?”. Na sala há seis instrumentos pendurados nas laterais (3 de cada lado) e, conforme um episódio do quadro é exibido em uma televisão, o instrumento em foco é iluminado de forma que sua sombra seja projetada do lado oposto de onde está o visitante.

 

No mesmo andar o visitante faz também uma visita ao quarto da Morgana, onde está o caldeirão original usado pela bruxa. Na parte interna, uma projeção interativa permite ao usuário mexer no caldeirão como se estivesse misturando uma poção mágica. A magia acontece por causa de sensores instalados no teto do cômodo que identificam o movimento das mãos e fazem a projeção interagir de acordo com o movimento captado.

“Quisemos que cada espaço tivesse um pouco de tecnologia para ampliar a participação do público e potencializar o universo mágico do Castelo”, diz Bruno Ogura, produtor e fundador da Case Lúdico.

Essa magia do Castelo Rá-Tim-Bum tem emocionado tanto os visitantes que o MIS já precisou fazer reparos em alguns personagens e até mesmo repor objetos de outras partes da exposição que não usam tecnologia ou recursos interativos eforam danificados por serem constantemente tocados por quem passa pela exposição, mesmo com a presença de avisos que pedem para não haver contato. Furtos de objetos também já foram registrados. Por causa disso, algumas partes da exposição que antes eram totalmente abertas estão sendo protegidas com placas de acrílico.

Serviço:

Castelo Rá-Tim-Bum – A ExposiçãoData: até 12/10Horários: Terça à sexta: 10h às 21h, Sábado: 9h às 23h e Domingos e feriados: 9h às 20hClassificação etária: livreIngressos: R$10,00 (inteira) R$5,00 (meia) | Terças-feiras: grátisLocal: Museu da Imagem e do Som – MIS. Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo | (11) 2117 4777 |

SÃO PAULO – Ver ao vivo o porteiro de lata mexer os olhos e falar “klift kloft stil, a porta se abriu”. Adentrar o castelo e se deparar com o Nino, o garoto de 320 anos, dando boas vindas ao visitante. Andar mais um pouco e chegar à ampla sala com uma árvore no meio, de onde a cobra Celeste solta um longo “nooossaaa” enquanto se estica para chegar mais de quem está ao redor. Essas são algumas experiências que os visitantes da disputada exposição Castelo Rá-Tim-Bum podem vivenciar no Museu da Imagem e do Som (MIS).

Para resgatar a magia que tornou o programa um dos mais importantes da TV brasileira, a exposição adotou uma série de recursos tecnológicos que dão vida a personagens e tornam parte do cenário interativo (veja o vídeo acima ou clique para ver pela TV Estadão). “A gente não queria que fosse só uma exposição museológica, onde o público fosse passivo. Trouxemos a tecnologia para as pessoas não só olharem, mas sentirem como eram as coisas no Castelo”, diz Marcelo Jackow, diretor da Case Lúdico, empresa responsável pela cenografia da exposição.

A empresa foi contratada pelo MIS junto com a Uau Grupo, responsável pela parte tecnológica, para recriar todo o ambiente do Castelo. “Usamos no MIS tecnologias que já usamos em outros museus ao redor do País e que são uma tendência em todo o mundo. Muitas das coisas na exposição são comuns em eventos corporativos ou ações comerciais de empresas, mas o grande público ainda não tinha tido acesso”, diz o diretor geral da Uau Grupo, Marcelo Gebara Stephano.

Um exemplo disso é um produto chamado de VideoLogo, que traz o personagem Nino à vida para dar boas vindas para quem entra no Castelo. Isso possível por meio da projeção de um vídeo gravado pelo ator Cássio Scapin, que interpretou o personagem, em uma placa de acrílico recortada no formato do corpo do ator, simulando a presença real dele na exposição.

 

Já na biblioteca habitada pelo gato pintado, um display holográfico chamado Flare foi usado para recriar o livro mágico que mostrava poesias animadas. A tecnologia permite que imagens holográficas sejam projetadas em um livro real para que o visitante possa ver a mágica do livro com ilustrações que se movimentam ao vivo.

 

Ao entrar no laboratório do Tíbio e Perônio e olhar no microscópio, o visitante é surpreendido com sua própria imagem refletida no aparelho. O truque aqui é simples: uma câmera do outro lado da sala capta quem está no local, enquanto um tablet inserido dentro do miscroscópio transmite em tempo real as imagens registradas pela câmera.

 

Se baratas costumam causar arrepios até nos mais fortes, dentro do Castelo elas ganham um ar divertido. Na instalação dos personagens Mau e do Godofredo foi usado um piso interativo que projeta no chão o desenho de baratas coloridas que fogem para as paredes laterais conforme os visitantes andam pelo espaço. Isso acontece porque um sensor de movimento no teto da sala capta o movimento das pessoas e faz com que o conteúdo reaja de acordo com o deslocamento delas pelo local.

Para homenagear o E.T. Etevaldo foi criado um túnel onde imagens de brigadeiros, sorvetes e tortas são projetados em cortinas de tule, para dar a sensação de que os elementos estão voando pelo espaço. Para aumentar a sensação de que os visitantes estão em outra dimensão foram colocadas molas embaixo do piso do túnel, que balança à medida que as pessoas andam pelo túnel em direção ao manequim que veste o figurino do personagem.

 

Na entrada da sala de estar do Castelo, o rato azul que cantava músicas educativas para ensinar crianças a escovar os dentes ou tomar banho foge da toca cada vez que um vídeo da dedolândia (quadro musical do programa com pequenos fantoches de dedo) chega ao fim. Para sincronizar vídeo e personagem são usados sensores que identificam cada vez que o rato entra e sai da toca, disparando o vídeo no intervalo entre um passeio e outro do ratinho pelo Castelo.

 

No centro da sala do Castelo está a árvore onde vive a cobra Celeste – de acordo com a história, foi em torno da árvore que o castelo foi construído. Um sensor de vibração, o sonar, identifica cada vez que um visitante passa em frente a árvore, acionando um mecanismo que dispara uma fala da personagem enquanto ela se move para fora do tronco.

A mesma tecnologia é usada também na biblioteca, para o personagem gato pintado interagir com os visitantes. Esses personagens, junto com o rato e o porteiro foram recriados para a exposição pelo menos artista que desenvolveu os originais, usados no programa, e que também estão expostos no MIS. A parte de automação foi desenvolvida com o uso de placas Raspberry PI.

 

No segundo andar do Castelo, uma sala recria o interior do ninho dos passarinhos do quadro “Que som é esse?”. Na sala há seis instrumentos pendurados nas laterais (3 de cada lado) e, conforme um episódio do quadro é exibido em uma televisão, o instrumento em foco é iluminado de forma que sua sombra seja projetada do lado oposto de onde está o visitante.

 

No mesmo andar o visitante faz também uma visita ao quarto da Morgana, onde está o caldeirão original usado pela bruxa. Na parte interna, uma projeção interativa permite ao usuário mexer no caldeirão como se estivesse misturando uma poção mágica. A magia acontece por causa de sensores instalados no teto do cômodo que identificam o movimento das mãos e fazem a projeção interagir de acordo com o movimento captado.

“Quisemos que cada espaço tivesse um pouco de tecnologia para ampliar a participação do público e potencializar o universo mágico do Castelo”, diz Bruno Ogura, produtor e fundador da Case Lúdico.

Essa magia do Castelo Rá-Tim-Bum tem emocionado tanto os visitantes que o MIS já precisou fazer reparos em alguns personagens e até mesmo repor objetos de outras partes da exposição que não usam tecnologia ou recursos interativos eforam danificados por serem constantemente tocados por quem passa pela exposição, mesmo com a presença de avisos que pedem para não haver contato. Furtos de objetos também já foram registrados. Por causa disso, algumas partes da exposição que antes eram totalmente abertas estão sendo protegidas com placas de acrílico.

Serviço:

Castelo Rá-Tim-Bum – A ExposiçãoData: até 12/10Horários: Terça à sexta: 10h às 21h, Sábado: 9h às 23h e Domingos e feriados: 9h às 20hClassificação etária: livreIngressos: R$10,00 (inteira) R$5,00 (meia) | Terças-feiras: grátisLocal: Museu da Imagem e do Som – MIS. Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo | (11) 2117 4777 |

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