Dia Internacional da Mulher: Conheça 10 mulheres que mudaram o mundo da tecnologia


Relembre engenheiras, inventoras, gestoras e cientistas que impactaram a história da tecnologia mundial com as suas criações

Por Henrique Sampaio
Atualização:

A falta de diversidade e exclusão de mulheres na indústria da tecnologia é um dos desafios que as empresas e universidades vem enfrentando nas últimas décadas – um sintoma de um problema histórico. Contudo, elas sempre estiveram presentes na história da computação e são responsávies muitas das grandes inovações que mudaram os rumos do mundo moderno.

Neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, lembramos de engenheiras, inventoras, gestoras e cientistas que impactaram a história da tecnologia:

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Edith Ranzini

Edith Ranzini é uma engenheira brasileira formada pela USP que compôs a equipe responsável pela criação do primeiro computador brasileiro, o Patinho Feio, em 1972, quando era mestranda na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli) e integrante do Laboratório de Sistemas Digitais (LSD), hoje Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais. Uma de suas funções na criação do Patinho Feio foi desenvolver sua memória.

Edith Ranzini criou a memória do Patinho Feio, primeiro computador brasileiro Foto: FDTE/PoliUSP
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Hoje, além de professora na Poli e na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, atua nas áreas de inteligência artificial (IA), engenharia de computação, redes neurais e sistemas gráficos.

Annie Easley

Annie Easley foi uma cientista da computação, matemática e cientista de foguetes da Nasa, onde foi uma das primeiras mulheres negras a ocupar um cargo de liderança. Dirigiu a equipe de desenvolvimento de software do Centaur, parte integral do processo de propulsão de foguetes e satélites até o espaço. Também estruturou projetos de energia solar e eólica, bem como pesquisas para determinar a vida útil de baterias de armazenamento. Morreu em 2011.

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Annie Easley foi uma das primeiras mulheres negras a ocupar um cargo de liderança na Nasa Foto: Nasa

Sinhá Moreira

Luzia Rennó Moreira, ou apenas Sinhá Moreira como ficou conhecia, fundou a primeira escola técnica de nível médio do América Latina, em Santa Rita do Sapucaí (MG), abrindo as portas para o desenvolvimento tecnológico na região, que ficou conhecida como Vale da Eletrônica.

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Sinhá Moreira fundou a primeira escola técnica de nível médio da América Latina, em Santa Rita do Sapucaí (MG) Foto: Arquivo / ETE FMC

Sobrinha do presidente Delfim Moreira, ficou empolgada com a eletrônica durante suas viagens pelo mundo com o diplomata Antônio Moreira de Abreu, com quem foi casada. Para a construção do prédio da Escola Técnica de Eletrônica da América Latina (ETE), ela doou terras que havia herdado e fez uma parceria com o Governo Federal. Além disso, criou moradias para quem vinha de fora e ajudou a desenvolver a cidade, que deixou o passado cafeeiro para se tornar um polo de tecnologia. Morreu aos 55 anos, em 1963, de câncer de mama.

Grace Hopper

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Grace Hopper foi almirante e uma importante analista de sistemas da Marinha dos EUA, responsável por uma linguagem de programação que deu origem ao COBOL. Estudou matemática na Universidade de Yale e, ao final dos anos 40, fez parte do time que desenvolveu o UNIVAC I, o primeiro computador comercial fabricado nos EUA, usado inicialmente no Pentágono. Sua trajetória para a computação é tão importante que até mesmo o termo “bug” foi cunhado por ela, em 1947, quando relatou um inseto preso nos contatos de um computador Mark II, da Universidade de Harvard. Morreu de causas naturais aos 85 anos no dia 1º de janeiro de 1992. Hoje em dia, seu sobrenome é usado na classes de chips de IA da Nvidia, que adotou o Hopper como uma homenagem.

Grace Hopper fez parte do time que desenvolveu o UNIVAC I, o primeiro computador comercial fabricado nos EUA Foto: James S. Davis / Marinha dos Estados Unidos

Hedy Lamarr

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Hedy Lamarr foi uma atriz de cinema e inventora autodidata austríaca radicada nos EUA, a quem é atribuída a invenção do Wi-Fi. Aos 23 anos, fugiu do marido, que a impedia de continuar sua carreira de atriz e acabou indo parar nos EUA, trabalhando em grandes filmes. Intelectual, quando não estava atuando, trabalhava em suas próprias invenções. Em uma tentativa de ajudar nos esforços pela Segunda Guerra Mundial ela criou um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazistas. Embora o projeto não tenha sido concretizado na época, a ideia serviu de base para a tecnologia moderna de comunicação usada em telefones celulares. Morreu aos 85 anos em janeiro de 2000.

Além de atriz de Hollywood, Hedy Lamarr foi inventora e criou a base para o desenvolvimento das redes Wi-Fi  Foto: MGM/Divulgação

Ada Lovelace

A britânica Ada Lovelace é reconhecida por ter escrito o primeiro algoritmo para ser processador por uma máquina, o que fez dela a primeira programadora de computadores da história. Desenvolveu com a mãe, Anne Isabella “Anabella” Byron (casada com o escritor Lord Byron) o interesse em matemática e lógica, que a aproximou do matemático Charles Babbage e sua Máquina Analítica, uma invenção que antecede os computadores. Seu trabalho influenciou Alan Turin, o “pai da computação moderna”, que fez referências ao trabalho de Lovelace em suas pesquisas. Morreu de câncer de útero aos 36 anos de idade, em 1852. Hoje é reconhecida mundialmente como uma das mulheres mais importantes da história da tecnologia.

A matemática e escritora inglesa Ada Lovelace é considerada a primeira programadora da história Foto: Alfred Edward Chalon

Radia Perlman

Radia Perlman é uma cientista da computação americana por vezes chamada de “mãe da internet” por ter criado o protocolo Spanning Tree (STP), fundamental para a operação de pontes de redes de computadores, em 1984. Ainda, Perlman fez grandes contribuições para outras áreas de redes e inventou o protocolo TRILL para corrigir as deficiências do STP. As patentes em seu nome somam mais de 100. Em 2014, entrou para o Hall da Fama da Internet.

Radia Perlman é considerada “mãe da internet” Foto: Imprensa Livre/Intel

Elizabeth J. Feinler

Integrante do Hall da Fama da Internet, Elizabeth Feinler trabalhou no projeto de origem da internet, a Arpanet, como diretora do Network Information Center (NIC), no Stanford Research Institute em Menlo Park, na Califórnia. O escritório era uma espécie de “Google pré-histórico”, responsável por armazenar e arquivar diretórios da rede e permitir que pessoas e serviços fossem encontrados, entre as décadas de 1970 e 1980. Feinler também trabalhou no desenvolvimento e gerenciamento dos primeiros domínios da internet, usados até hoje, como .com, .net e .gov.

O escritório Elizabeth J. Feinler era uma espécie de “Google pré-histórico” Foto: Andreu Veà / Wikimedia Commons

Sheryl Sandberg

Sheryl Sandberg é a executiva responsável por tornar o Facebook num império a partir de 2008, quando se tornou diretora de operações da companhia – cargo do qual ela se afastou em 2022. Muitas dos escândalos enfrentados pelo Facebook ao longo dos anos, incluindo o escândalo Cambridge Analytica, recaíram sobre ela. Foi a primeira mulher a servir no conselho de administração da empresa e a responsável por torná-la lucrativa. Antes disso, foi vice-presidente de vendas e operaçoes globais online do Google. Figura sempre nas listas de mulheres mais poderosas e influentes dos negócios.

Sheryl Sandberg transformou o Facebook num império da tecnologia Foto: Michael Wuertenberg / Fórum Econômico Mundial

Niki Parmar

Niki Parmar é a única mulher a compor a equipe de oito cientistas do Google a assinar o artigo “Attention is All You Need”, que resultou em uma nova arquitetura de IA conhecida como Transformer. Publicado em 2017, o artigo é considerado o documento seminal para a inteligência artificial moderna, como o ChatGPT. De origem indiana, Niki trabalhou no Google Brain durante quatro anos, onde contribuiu para a pesquisa do Transformer. Hoje, ela é cofundadora da Adept IA, uma empresa que desenvolve uma IA capaz de aprender como usar softwares para diferentes fins.

Niki Parmar ajudou a mudar a IA moderna  Foto: Reprodução @nikiparmar09 via Twitter/X

A falta de diversidade e exclusão de mulheres na indústria da tecnologia é um dos desafios que as empresas e universidades vem enfrentando nas últimas décadas – um sintoma de um problema histórico. Contudo, elas sempre estiveram presentes na história da computação e são responsávies muitas das grandes inovações que mudaram os rumos do mundo moderno.

Neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, lembramos de engenheiras, inventoras, gestoras e cientistas que impactaram a história da tecnologia:

Edith Ranzini

Edith Ranzini é uma engenheira brasileira formada pela USP que compôs a equipe responsável pela criação do primeiro computador brasileiro, o Patinho Feio, em 1972, quando era mestranda na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli) e integrante do Laboratório de Sistemas Digitais (LSD), hoje Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais. Uma de suas funções na criação do Patinho Feio foi desenvolver sua memória.

Edith Ranzini criou a memória do Patinho Feio, primeiro computador brasileiro Foto: FDTE/PoliUSP

Hoje, além de professora na Poli e na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, atua nas áreas de inteligência artificial (IA), engenharia de computação, redes neurais e sistemas gráficos.

Annie Easley

Annie Easley foi uma cientista da computação, matemática e cientista de foguetes da Nasa, onde foi uma das primeiras mulheres negras a ocupar um cargo de liderança. Dirigiu a equipe de desenvolvimento de software do Centaur, parte integral do processo de propulsão de foguetes e satélites até o espaço. Também estruturou projetos de energia solar e eólica, bem como pesquisas para determinar a vida útil de baterias de armazenamento. Morreu em 2011.

Annie Easley foi uma das primeiras mulheres negras a ocupar um cargo de liderança na Nasa Foto: Nasa

Sinhá Moreira

Luzia Rennó Moreira, ou apenas Sinhá Moreira como ficou conhecia, fundou a primeira escola técnica de nível médio do América Latina, em Santa Rita do Sapucaí (MG), abrindo as portas para o desenvolvimento tecnológico na região, que ficou conhecida como Vale da Eletrônica.

Sinhá Moreira fundou a primeira escola técnica de nível médio da América Latina, em Santa Rita do Sapucaí (MG) Foto: Arquivo / ETE FMC

Sobrinha do presidente Delfim Moreira, ficou empolgada com a eletrônica durante suas viagens pelo mundo com o diplomata Antônio Moreira de Abreu, com quem foi casada. Para a construção do prédio da Escola Técnica de Eletrônica da América Latina (ETE), ela doou terras que havia herdado e fez uma parceria com o Governo Federal. Além disso, criou moradias para quem vinha de fora e ajudou a desenvolver a cidade, que deixou o passado cafeeiro para se tornar um polo de tecnologia. Morreu aos 55 anos, em 1963, de câncer de mama.

Grace Hopper

Grace Hopper foi almirante e uma importante analista de sistemas da Marinha dos EUA, responsável por uma linguagem de programação que deu origem ao COBOL. Estudou matemática na Universidade de Yale e, ao final dos anos 40, fez parte do time que desenvolveu o UNIVAC I, o primeiro computador comercial fabricado nos EUA, usado inicialmente no Pentágono. Sua trajetória para a computação é tão importante que até mesmo o termo “bug” foi cunhado por ela, em 1947, quando relatou um inseto preso nos contatos de um computador Mark II, da Universidade de Harvard. Morreu de causas naturais aos 85 anos no dia 1º de janeiro de 1992. Hoje em dia, seu sobrenome é usado na classes de chips de IA da Nvidia, que adotou o Hopper como uma homenagem.

Grace Hopper fez parte do time que desenvolveu o UNIVAC I, o primeiro computador comercial fabricado nos EUA Foto: James S. Davis / Marinha dos Estados Unidos

Hedy Lamarr

Hedy Lamarr foi uma atriz de cinema e inventora autodidata austríaca radicada nos EUA, a quem é atribuída a invenção do Wi-Fi. Aos 23 anos, fugiu do marido, que a impedia de continuar sua carreira de atriz e acabou indo parar nos EUA, trabalhando em grandes filmes. Intelectual, quando não estava atuando, trabalhava em suas próprias invenções. Em uma tentativa de ajudar nos esforços pela Segunda Guerra Mundial ela criou um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazistas. Embora o projeto não tenha sido concretizado na época, a ideia serviu de base para a tecnologia moderna de comunicação usada em telefones celulares. Morreu aos 85 anos em janeiro de 2000.

Além de atriz de Hollywood, Hedy Lamarr foi inventora e criou a base para o desenvolvimento das redes Wi-Fi  Foto: MGM/Divulgação

Ada Lovelace

A britânica Ada Lovelace é reconhecida por ter escrito o primeiro algoritmo para ser processador por uma máquina, o que fez dela a primeira programadora de computadores da história. Desenvolveu com a mãe, Anne Isabella “Anabella” Byron (casada com o escritor Lord Byron) o interesse em matemática e lógica, que a aproximou do matemático Charles Babbage e sua Máquina Analítica, uma invenção que antecede os computadores. Seu trabalho influenciou Alan Turin, o “pai da computação moderna”, que fez referências ao trabalho de Lovelace em suas pesquisas. Morreu de câncer de útero aos 36 anos de idade, em 1852. Hoje é reconhecida mundialmente como uma das mulheres mais importantes da história da tecnologia.

A matemática e escritora inglesa Ada Lovelace é considerada a primeira programadora da história Foto: Alfred Edward Chalon

Radia Perlman

Radia Perlman é uma cientista da computação americana por vezes chamada de “mãe da internet” por ter criado o protocolo Spanning Tree (STP), fundamental para a operação de pontes de redes de computadores, em 1984. Ainda, Perlman fez grandes contribuições para outras áreas de redes e inventou o protocolo TRILL para corrigir as deficiências do STP. As patentes em seu nome somam mais de 100. Em 2014, entrou para o Hall da Fama da Internet.

Radia Perlman é considerada “mãe da internet” Foto: Imprensa Livre/Intel

Elizabeth J. Feinler

Integrante do Hall da Fama da Internet, Elizabeth Feinler trabalhou no projeto de origem da internet, a Arpanet, como diretora do Network Information Center (NIC), no Stanford Research Institute em Menlo Park, na Califórnia. O escritório era uma espécie de “Google pré-histórico”, responsável por armazenar e arquivar diretórios da rede e permitir que pessoas e serviços fossem encontrados, entre as décadas de 1970 e 1980. Feinler também trabalhou no desenvolvimento e gerenciamento dos primeiros domínios da internet, usados até hoje, como .com, .net e .gov.

O escritório Elizabeth J. Feinler era uma espécie de “Google pré-histórico” Foto: Andreu Veà / Wikimedia Commons

Sheryl Sandberg

Sheryl Sandberg é a executiva responsável por tornar o Facebook num império a partir de 2008, quando se tornou diretora de operações da companhia – cargo do qual ela se afastou em 2022. Muitas dos escândalos enfrentados pelo Facebook ao longo dos anos, incluindo o escândalo Cambridge Analytica, recaíram sobre ela. Foi a primeira mulher a servir no conselho de administração da empresa e a responsável por torná-la lucrativa. Antes disso, foi vice-presidente de vendas e operaçoes globais online do Google. Figura sempre nas listas de mulheres mais poderosas e influentes dos negócios.

Sheryl Sandberg transformou o Facebook num império da tecnologia Foto: Michael Wuertenberg / Fórum Econômico Mundial

Niki Parmar

Niki Parmar é a única mulher a compor a equipe de oito cientistas do Google a assinar o artigo “Attention is All You Need”, que resultou em uma nova arquitetura de IA conhecida como Transformer. Publicado em 2017, o artigo é considerado o documento seminal para a inteligência artificial moderna, como o ChatGPT. De origem indiana, Niki trabalhou no Google Brain durante quatro anos, onde contribuiu para a pesquisa do Transformer. Hoje, ela é cofundadora da Adept IA, uma empresa que desenvolve uma IA capaz de aprender como usar softwares para diferentes fins.

Niki Parmar ajudou a mudar a IA moderna  Foto: Reprodução @nikiparmar09 via Twitter/X

A falta de diversidade e exclusão de mulheres na indústria da tecnologia é um dos desafios que as empresas e universidades vem enfrentando nas últimas décadas – um sintoma de um problema histórico. Contudo, elas sempre estiveram presentes na história da computação e são responsávies muitas das grandes inovações que mudaram os rumos do mundo moderno.

Neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, lembramos de engenheiras, inventoras, gestoras e cientistas que impactaram a história da tecnologia:

Edith Ranzini

Edith Ranzini é uma engenheira brasileira formada pela USP que compôs a equipe responsável pela criação do primeiro computador brasileiro, o Patinho Feio, em 1972, quando era mestranda na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli) e integrante do Laboratório de Sistemas Digitais (LSD), hoje Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais. Uma de suas funções na criação do Patinho Feio foi desenvolver sua memória.

Edith Ranzini criou a memória do Patinho Feio, primeiro computador brasileiro Foto: FDTE/PoliUSP

Hoje, além de professora na Poli e na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, atua nas áreas de inteligência artificial (IA), engenharia de computação, redes neurais e sistemas gráficos.

Annie Easley

Annie Easley foi uma cientista da computação, matemática e cientista de foguetes da Nasa, onde foi uma das primeiras mulheres negras a ocupar um cargo de liderança. Dirigiu a equipe de desenvolvimento de software do Centaur, parte integral do processo de propulsão de foguetes e satélites até o espaço. Também estruturou projetos de energia solar e eólica, bem como pesquisas para determinar a vida útil de baterias de armazenamento. Morreu em 2011.

Annie Easley foi uma das primeiras mulheres negras a ocupar um cargo de liderança na Nasa Foto: Nasa

Sinhá Moreira

Luzia Rennó Moreira, ou apenas Sinhá Moreira como ficou conhecia, fundou a primeira escola técnica de nível médio do América Latina, em Santa Rita do Sapucaí (MG), abrindo as portas para o desenvolvimento tecnológico na região, que ficou conhecida como Vale da Eletrônica.

Sinhá Moreira fundou a primeira escola técnica de nível médio da América Latina, em Santa Rita do Sapucaí (MG) Foto: Arquivo / ETE FMC

Sobrinha do presidente Delfim Moreira, ficou empolgada com a eletrônica durante suas viagens pelo mundo com o diplomata Antônio Moreira de Abreu, com quem foi casada. Para a construção do prédio da Escola Técnica de Eletrônica da América Latina (ETE), ela doou terras que havia herdado e fez uma parceria com o Governo Federal. Além disso, criou moradias para quem vinha de fora e ajudou a desenvolver a cidade, que deixou o passado cafeeiro para se tornar um polo de tecnologia. Morreu aos 55 anos, em 1963, de câncer de mama.

Grace Hopper

Grace Hopper foi almirante e uma importante analista de sistemas da Marinha dos EUA, responsável por uma linguagem de programação que deu origem ao COBOL. Estudou matemática na Universidade de Yale e, ao final dos anos 40, fez parte do time que desenvolveu o UNIVAC I, o primeiro computador comercial fabricado nos EUA, usado inicialmente no Pentágono. Sua trajetória para a computação é tão importante que até mesmo o termo “bug” foi cunhado por ela, em 1947, quando relatou um inseto preso nos contatos de um computador Mark II, da Universidade de Harvard. Morreu de causas naturais aos 85 anos no dia 1º de janeiro de 1992. Hoje em dia, seu sobrenome é usado na classes de chips de IA da Nvidia, que adotou o Hopper como uma homenagem.

Grace Hopper fez parte do time que desenvolveu o UNIVAC I, o primeiro computador comercial fabricado nos EUA Foto: James S. Davis / Marinha dos Estados Unidos

Hedy Lamarr

Hedy Lamarr foi uma atriz de cinema e inventora autodidata austríaca radicada nos EUA, a quem é atribuída a invenção do Wi-Fi. Aos 23 anos, fugiu do marido, que a impedia de continuar sua carreira de atriz e acabou indo parar nos EUA, trabalhando em grandes filmes. Intelectual, quando não estava atuando, trabalhava em suas próprias invenções. Em uma tentativa de ajudar nos esforços pela Segunda Guerra Mundial ela criou um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazistas. Embora o projeto não tenha sido concretizado na época, a ideia serviu de base para a tecnologia moderna de comunicação usada em telefones celulares. Morreu aos 85 anos em janeiro de 2000.

Além de atriz de Hollywood, Hedy Lamarr foi inventora e criou a base para o desenvolvimento das redes Wi-Fi  Foto: MGM/Divulgação

Ada Lovelace

A britânica Ada Lovelace é reconhecida por ter escrito o primeiro algoritmo para ser processador por uma máquina, o que fez dela a primeira programadora de computadores da história. Desenvolveu com a mãe, Anne Isabella “Anabella” Byron (casada com o escritor Lord Byron) o interesse em matemática e lógica, que a aproximou do matemático Charles Babbage e sua Máquina Analítica, uma invenção que antecede os computadores. Seu trabalho influenciou Alan Turin, o “pai da computação moderna”, que fez referências ao trabalho de Lovelace em suas pesquisas. Morreu de câncer de útero aos 36 anos de idade, em 1852. Hoje é reconhecida mundialmente como uma das mulheres mais importantes da história da tecnologia.

A matemática e escritora inglesa Ada Lovelace é considerada a primeira programadora da história Foto: Alfred Edward Chalon

Radia Perlman

Radia Perlman é uma cientista da computação americana por vezes chamada de “mãe da internet” por ter criado o protocolo Spanning Tree (STP), fundamental para a operação de pontes de redes de computadores, em 1984. Ainda, Perlman fez grandes contribuições para outras áreas de redes e inventou o protocolo TRILL para corrigir as deficiências do STP. As patentes em seu nome somam mais de 100. Em 2014, entrou para o Hall da Fama da Internet.

Radia Perlman é considerada “mãe da internet” Foto: Imprensa Livre/Intel

Elizabeth J. Feinler

Integrante do Hall da Fama da Internet, Elizabeth Feinler trabalhou no projeto de origem da internet, a Arpanet, como diretora do Network Information Center (NIC), no Stanford Research Institute em Menlo Park, na Califórnia. O escritório era uma espécie de “Google pré-histórico”, responsável por armazenar e arquivar diretórios da rede e permitir que pessoas e serviços fossem encontrados, entre as décadas de 1970 e 1980. Feinler também trabalhou no desenvolvimento e gerenciamento dos primeiros domínios da internet, usados até hoje, como .com, .net e .gov.

O escritório Elizabeth J. Feinler era uma espécie de “Google pré-histórico” Foto: Andreu Veà / Wikimedia Commons

Sheryl Sandberg

Sheryl Sandberg é a executiva responsável por tornar o Facebook num império a partir de 2008, quando se tornou diretora de operações da companhia – cargo do qual ela se afastou em 2022. Muitas dos escândalos enfrentados pelo Facebook ao longo dos anos, incluindo o escândalo Cambridge Analytica, recaíram sobre ela. Foi a primeira mulher a servir no conselho de administração da empresa e a responsável por torná-la lucrativa. Antes disso, foi vice-presidente de vendas e operaçoes globais online do Google. Figura sempre nas listas de mulheres mais poderosas e influentes dos negócios.

Sheryl Sandberg transformou o Facebook num império da tecnologia Foto: Michael Wuertenberg / Fórum Econômico Mundial

Niki Parmar

Niki Parmar é a única mulher a compor a equipe de oito cientistas do Google a assinar o artigo “Attention is All You Need”, que resultou em uma nova arquitetura de IA conhecida como Transformer. Publicado em 2017, o artigo é considerado o documento seminal para a inteligência artificial moderna, como o ChatGPT. De origem indiana, Niki trabalhou no Google Brain durante quatro anos, onde contribuiu para a pesquisa do Transformer. Hoje, ela é cofundadora da Adept IA, uma empresa que desenvolve uma IA capaz de aprender como usar softwares para diferentes fins.

Niki Parmar ajudou a mudar a IA moderna  Foto: Reprodução @nikiparmar09 via Twitter/X

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