Como (tentar) se proteger do uso indevido do reconhecimento facial


Ferramenta utilizada para verificação de identidade é usada também para formação de bancos de inteligência artificial sem autorização dos usuários

Por Ana Luiza de Carvalho
Manifestantes em Hong Kong derrubam posts inteligentes com câmeras de reconhecimento facial; ferramenta gera polêmica e pode ser usada em bancos de imagens criados sem autorização dos usuários Foto: Anthony Kwan/Getty Images

O reconhecimento facial é uma ferramenta da inteligência artificial amplamente utilizada e gera polêmica ao realizar confirmação de identidade em dispositivos móveis, analisar expressões faciais com foco em publicidade e identificação de cidadãos para segurança nacional. O risco de armazenamento indevido e vazamento de dados é um dos principais riscos da tecnologia.

No início de setembro, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) notificou o Dataprev, empresa pública responsável pelos dados relacionados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por uma licitação para adquirir tecnologia de reconhecimento facial e impressão digital. O Idec afirma que a Dataprev possui falhas que permitem o vazamento de informações dos beneficiários do INSS.

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Muitas vezes, porém, registros como fotografias e vídeos formam bancos de imagens sem nem mesmo comunicar aos usuários. O site MegaFace, por exemplo, utiliza fotos de crianças no Flickr para aperfeiçoar seu algoritmo de reconhecimento facial sem conhecimento dos proprietários das imagens. O caso foi relatado em uma matéria do New York Times no último dia 11. Saiba como tentar se proteger do reconhecimento facial:

Evite usar fotos em aplicativos de inteligência artificial

Nos últimos meses, vários aplicativos de fotos foram alvo de alerta entre usuários por criarem um banco de imagens com fotos associadas a identidades. É o caso do Faceapp, que usa inteligência artificial para envelhecer os rostos de fotos, e do Remini, que recupera a qualidade de fotos antigas. O FaceApp chegou a ser questionado pelo Senado americano.

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Para fazer as transformações propostas na fotos, porém, os aplicativos criam um repositório que age a partir de inteligência artificial. A ferramenta é alimentada pelas próprias fotografias, que vão aperfeiçoando os algoritmos. Por isso, antes de usar esses apps é preciso estar ciente da utilização das imagens —fora o risco de vazamentos além da plataforma.

Confira termos de privacidade e cheque opções de compartilhamento

Embora algumas concessões sejam intrínsecas ao funcionamento dos aplicativos e criação de perfis em redes sociais, é possível checar quais são as autorizações necessárias e minimizar a exposição. No caso de aplicativos de bancos, por exemplo, não é necessário autorizar o acesso à câmera e galeria de imagens caso o usuário não faça pagamentos por leitura de códigos de barra ou QR Code. Autorize o mínimo de acessos possível.

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Use acessórios para dificultar o reconhecimento facial por câmeras urbanas

Em Hong Kong, o reconhecimento facial é uma das principais preocupações da população, especialmente em meio aos protestos que ocorrem semanalmente no território desde junho. A população que as câmeras de vigilância presentes nas ruas sejam usadas para mapeamento e represália dos manifestantes e, por isso, tem utilizado recursos para dificultar o reconhecimento facial. Máscaras, pinturas faciais e acessórios com luzes LED são alguns dos truques usados pelos manifestantes. Com esses acessórios, as câmeras não conseguem identificar um padrão fisionômico e atribuem identidades aleatórias às pessoas.

Manifestantes em Hong Kong derrubam posts inteligentes com câmeras de reconhecimento facial; ferramenta gera polêmica e pode ser usada em bancos de imagens criados sem autorização dos usuários Foto: Anthony Kwan/Getty Images

O reconhecimento facial é uma ferramenta da inteligência artificial amplamente utilizada e gera polêmica ao realizar confirmação de identidade em dispositivos móveis, analisar expressões faciais com foco em publicidade e identificação de cidadãos para segurança nacional. O risco de armazenamento indevido e vazamento de dados é um dos principais riscos da tecnologia.

No início de setembro, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) notificou o Dataprev, empresa pública responsável pelos dados relacionados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por uma licitação para adquirir tecnologia de reconhecimento facial e impressão digital. O Idec afirma que a Dataprev possui falhas que permitem o vazamento de informações dos beneficiários do INSS.

Muitas vezes, porém, registros como fotografias e vídeos formam bancos de imagens sem nem mesmo comunicar aos usuários. O site MegaFace, por exemplo, utiliza fotos de crianças no Flickr para aperfeiçoar seu algoritmo de reconhecimento facial sem conhecimento dos proprietários das imagens. O caso foi relatado em uma matéria do New York Times no último dia 11. Saiba como tentar se proteger do reconhecimento facial:

Evite usar fotos em aplicativos de inteligência artificial

Nos últimos meses, vários aplicativos de fotos foram alvo de alerta entre usuários por criarem um banco de imagens com fotos associadas a identidades. É o caso do Faceapp, que usa inteligência artificial para envelhecer os rostos de fotos, e do Remini, que recupera a qualidade de fotos antigas. O FaceApp chegou a ser questionado pelo Senado americano.

Para fazer as transformações propostas na fotos, porém, os aplicativos criam um repositório que age a partir de inteligência artificial. A ferramenta é alimentada pelas próprias fotografias, que vão aperfeiçoando os algoritmos. Por isso, antes de usar esses apps é preciso estar ciente da utilização das imagens —fora o risco de vazamentos além da plataforma.

Confira termos de privacidade e cheque opções de compartilhamento

Embora algumas concessões sejam intrínsecas ao funcionamento dos aplicativos e criação de perfis em redes sociais, é possível checar quais são as autorizações necessárias e minimizar a exposição. No caso de aplicativos de bancos, por exemplo, não é necessário autorizar o acesso à câmera e galeria de imagens caso o usuário não faça pagamentos por leitura de códigos de barra ou QR Code. Autorize o mínimo de acessos possível.

Use acessórios para dificultar o reconhecimento facial por câmeras urbanas

Em Hong Kong, o reconhecimento facial é uma das principais preocupações da população, especialmente em meio aos protestos que ocorrem semanalmente no território desde junho. A população que as câmeras de vigilância presentes nas ruas sejam usadas para mapeamento e represália dos manifestantes e, por isso, tem utilizado recursos para dificultar o reconhecimento facial. Máscaras, pinturas faciais e acessórios com luzes LED são alguns dos truques usados pelos manifestantes. Com esses acessórios, as câmeras não conseguem identificar um padrão fisionômico e atribuem identidades aleatórias às pessoas.

Manifestantes em Hong Kong derrubam posts inteligentes com câmeras de reconhecimento facial; ferramenta gera polêmica e pode ser usada em bancos de imagens criados sem autorização dos usuários Foto: Anthony Kwan/Getty Images

O reconhecimento facial é uma ferramenta da inteligência artificial amplamente utilizada e gera polêmica ao realizar confirmação de identidade em dispositivos móveis, analisar expressões faciais com foco em publicidade e identificação de cidadãos para segurança nacional. O risco de armazenamento indevido e vazamento de dados é um dos principais riscos da tecnologia.

No início de setembro, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) notificou o Dataprev, empresa pública responsável pelos dados relacionados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por uma licitação para adquirir tecnologia de reconhecimento facial e impressão digital. O Idec afirma que a Dataprev possui falhas que permitem o vazamento de informações dos beneficiários do INSS.

Muitas vezes, porém, registros como fotografias e vídeos formam bancos de imagens sem nem mesmo comunicar aos usuários. O site MegaFace, por exemplo, utiliza fotos de crianças no Flickr para aperfeiçoar seu algoritmo de reconhecimento facial sem conhecimento dos proprietários das imagens. O caso foi relatado em uma matéria do New York Times no último dia 11. Saiba como tentar se proteger do reconhecimento facial:

Evite usar fotos em aplicativos de inteligência artificial

Nos últimos meses, vários aplicativos de fotos foram alvo de alerta entre usuários por criarem um banco de imagens com fotos associadas a identidades. É o caso do Faceapp, que usa inteligência artificial para envelhecer os rostos de fotos, e do Remini, que recupera a qualidade de fotos antigas. O FaceApp chegou a ser questionado pelo Senado americano.

Para fazer as transformações propostas na fotos, porém, os aplicativos criam um repositório que age a partir de inteligência artificial. A ferramenta é alimentada pelas próprias fotografias, que vão aperfeiçoando os algoritmos. Por isso, antes de usar esses apps é preciso estar ciente da utilização das imagens —fora o risco de vazamentos além da plataforma.

Confira termos de privacidade e cheque opções de compartilhamento

Embora algumas concessões sejam intrínsecas ao funcionamento dos aplicativos e criação de perfis em redes sociais, é possível checar quais são as autorizações necessárias e minimizar a exposição. No caso de aplicativos de bancos, por exemplo, não é necessário autorizar o acesso à câmera e galeria de imagens caso o usuário não faça pagamentos por leitura de códigos de barra ou QR Code. Autorize o mínimo de acessos possível.

Use acessórios para dificultar o reconhecimento facial por câmeras urbanas

Em Hong Kong, o reconhecimento facial é uma das principais preocupações da população, especialmente em meio aos protestos que ocorrem semanalmente no território desde junho. A população que as câmeras de vigilância presentes nas ruas sejam usadas para mapeamento e represália dos manifestantes e, por isso, tem utilizado recursos para dificultar o reconhecimento facial. Máscaras, pinturas faciais e acessórios com luzes LED são alguns dos truques usados pelos manifestantes. Com esses acessórios, as câmeras não conseguem identificar um padrão fisionômico e atribuem identidades aleatórias às pessoas.

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