Seguindo os passos da Netflix, o Disney + não vai mais permitir o compartilhamento de senhas, passando a taxar usuários em diferentes residências que queiram dividir perfis com mais pessoas. A novidade começou a ser implementada nos EUA na terça-feira, 6, e o valor da taxa ainda não foi divulgado.
Usuários americanos receberam um e-mail do Disney+ informando sobre mudanças nos termos de uso da plataforma, que inclui a nova cobrança para adicionar mais usuários em uma única conta do serviço. A novidade chegou aos EUA poucos meses após o streaming implementar a alteração no Canadá.
O e-mail, datado de 25 de janeiro, informa também que as atualizações já estão em vigor para novos usuários do serviço, mas, para já assinantes, as regras passam a valer dia 14 de março. Ainda não há informações sobre a nova regra chegando ao Brasil.
Sobre a mudança, o diretor financeiro da Disney, Hugh Johnston, disse na teleconferência de resultados da empresa na quarta-feira, 7: “o compartilhamento pago é uma oportunidade para nós. É algo que o nosso concorrente está aproveitando e que está diante de nós”.
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Johnston também explicou que contas que estão com senhas compartilhadas e não-assinantes dividindo perfis irão receber um aviso na plataforma indicando que tenham suas próprias assinaturas no streaming. Ainda assim, os assinantes terão a opção de pagar um valor extra para adicionarem mais pessoas à suas contas.
O objetivo seria aumentar o número de assinantes, tendo em vista que, ao compartilhar senhas e perfis, a base de usuários que pagam pelo serviço cai. A Netflix, por exemplo, registrou 9 milhões de novos assinantes após aplicar a mudança.
Pioneira no bloqueio de senhas compartilhadas, a Netflix, começou a implantar a novidade no ano passado. No Brasil, o valor da taxa para adicionar uma pessoa em um perfil é de R$ 12,90 mensais, além da assinatura.
Além de barrar senhas compartilhadas, serviços de streaming também estão introduzindo planos focados em anúncios, que permitem ampliar os canais de receita. A Netflix já lançou um pacote mais barato mas com anúncios que interrompem a reprodução continua de seus conteúdos. A Amazon, fez o mesmo com o Prime Video
*Alice Labate é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani