THE WASHINGTON POST - Depois de um ano bem-sucedido, Bryce Adams, criadora de conteúdo no OnlyFans, queria presentear seus funcionários e familiares com um evento corporativo clássico de fim de ano.
Ela pagou US$ 38 mil para alugar o estádio de beisebol do Miami Marlins, preparou um belo filme de destaque da empresa para o telão e planejou que todos tirassem uma foto de Natal no campo usando camisas personalizadas com seus nomes e a frase: “Bryceball Miami”.
No entanto, pouco antes da festa, Adams recebeu uma ligação dos Marlins: “Seu evento foi cancelado”. Disseram a ela que alguém no escritório do presidente da equipe havia ficado incomodado com seu trabalho de vender vídeos explícitos em plataforma digital. Sua grande reunião corporativa estava a apenas um dia de distância.
O planejamento da festa era um sinal de como o setor de criação de conteúdo online se estabeleceu. Muitos influenciadores da economia americana de criadores digitais funcionam como pequenas empresas, contratando funcionários, oferecendo pacotes de benefícios e planejando festas de fim de ano.
Mas o cancelamento repentino no LoanDepot Park, em Miami, também mostrou como alguns criadores, especialmente no OnlyFans, ainda lutam contra o estigma social e tentam ser levados a sério como empresas financeiras.
“Eu disse a eles que esse é um negócio legítimo”, diz Adams. “Era para ser um dia realmente memorável, então é simplesmente decepcionante depois de todo o esforço que foi feito.”
Os funcionários do Marlins não responderam aos pedidos de comentários.
Adams, 30, e seu namorado administram uma empresa a partir de seu escritório residencial no centro da Flórida, que faturou mais de US$ 16 milhões em vendas e garantiu mais de um milhão de assinantes pagantes desde 2021.
A empresa emprega editores de vídeo, gerentes de mídia social, equipe técnica e de publicidade em uma folha de pagamento que ultrapassa US$ 1 milhão por ano.
Adams, que usa um nome artístico, pagou para reservar o estádio do Marlins das 13 às 18 horas e alugou um avião particular que poderia transportar todos para Miami e vice-versa. Adams convidou sua família para as festividades e pagou para trazer amigos de Chicago, Londres e Seattle.
“É um evento familiar. Eu disse a eles que meus pais viriam”, disse Adams. “Só queríamos jogar beisebol e comemorar com nossos amigos.”
Adams afirma que sua equipe foi transparente com os Marlins e deu “conhecimento total de quem somos desde o início”, incluindo links para suas contas de mídia social, onde suas conexões com o OnlyFans são publicadas com destaque.
Os advogados de sua empresa e dos Marlins se reuniram para confirmar os termos do acordo, diz Adams, e sua equipe trocou telefonemas e e-mails para dar aos funcionários do estádio a certeza de que não pretendiam fazer nada inapropriado.
Ela também se ofereceu para pagar uma caução de US$ 100 mil que a equipe poderia manter se sua empresa descumprisse a parte do acordo, ou para cobrir os custos de pessoal adicional para supervisionar o evento. Adams disse que ambas as propostas foram negadas.
Adams afirma que os Marlins se ofereceram para reembolsar a taxa de US$ 38 mil de sua empresa, mas que ela ainda não recebeu o dinheiro. O cancelamento também chegou tarde demais para que eles pudessem obter o reembolso do jato particular.
Assim, na semana, Adams, seus pais e o restante de sua empresa viajaram para Miami, onde alugaram um iate de 120 pés por cerca de US$ 15 mil. O vídeo de destaques do ano que eles pretendiam fazer no telão do estádio, disse ela, seria reproduzido em um laptop.
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