Nos próximos quatro anos, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos pretende usar a tecnologia de reconhecimento facial em 97% dos passageiros antes de eles embarcarem no vôo, afirmou o site The Verge nesta quinta-feira, 18. A tecnologia é polêmica: ativistas temem o uso de reconhecimento facial para monitoramento das pessoas pelo governo, além de práticas discriminatórias.
Segundo o site, o sistema dos EUA começou a ser usado em 2017 e, no final de 2018, estava operando em 15 aeroportos norte-americanos. Até agora, rastreando 15 mil vôos com a tecnologia, o governo descobriu 7 mil passageiros que estavam ilegalmente no país. A ideia é usar o reconhecimento facial para identificar quem entra e quem sai do país, assim como identificar vistos que passaram do prazo.
A tecnologia é usada da seguinte forma: a partir do reconhecimento facial, o sistema fotografa os passageiros no portão de embarque, depois cruza a foto com um banco de dados com várias imagens de rosto e pedidos de visto e passaporte. Agentes das fronteiras do país também vão recolher dados sobre os estrangeiros que entram nos EUA.
O banco de dados com informações da população é duramente criticado sob o argumento que essa prática fere a liberdade civil.